Scielo RSS <![CDATA[Estudos de Psicanálise]]> http://pepsic.bvsalud.org/rss.php?pid=0100-343720130001&lang=en vol. num. 39 lang. en <![CDATA[SciELO Logo]]> http://pepsic.bvsalud.org/img/en/fbpelogp.gif http://pepsic.bvsalud.org http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0100-34372013000100001&lng=en&nrm=iso&tlng=en <![CDATA[<b>From joyful baby screams to fort-da song</b>: <b>(psychoanalysis and music 2)</b>]]> http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0100-34372013000100002&lng=en&nrm=iso&tlng=en A polêmica do que teria vindo primeiro: música ou palavra. Retomada da questão a partir da observação de um bebê de três meses e meio e da transformação de seu choro em gritinhos prazerosos, por meio dos quais era exercida uma modulação de vogais e acentos associados a movimentos de todo corpo. A mudança do choro em gritinhos interpretada como passagem do som em voz humana, não mais uma expressão predominante de necessidade, mas de desejo, com o excedente que traz a pulsão. A narrativa de Freud sobre o menino de um ano e meio e sua brincadeira do Fort-da, na medida em que a sequência de vogais é talhada por um som consonantal duro e que a expressão não era simplesmente dita, mas cantada. O surgimento desse talhe como expressão da repetição e da pulsão de morte. A brincadeira e o canto como sublimação ancorada no sadismo e na perversão polimorfa infantil. Os gritinhos e o Fort-da como invocação do simbólico, ancorado em um significante de origem musical, que se desdobra posteriormente em uma face de poesia e outra de prosa. Fundador de um simbólico instaurado por uma afirmação (behajung) ocorrida em um momento primeiro de introdução ao simbólico, antes do aparecimento do sujeito barrado, anterior à negativa verbal e ao recalque. Fenômeno que produz a condensação fornecedora da melodia à música e que a faz ter “cem vezes mais energia que a própria palavra” (Rousseau). A harmonia interpretada já como fruto do recalque. O ritmo como domesticação de Tanatos por Eros, tornando toda música uma fonte benfazeja de compulsão à repetição. A música como fenômeno que une corpo e mente.<hr/>The polemic over which came first: words or music. This inquiry is retaken through observing a three and a half months old baby, and the change of her baby screams into pleasurable cries, used to exercise a cadence of vowels and accents joined with body movements. Transformation inferred as the course from mere sound to a human voice, not anymore as a mere expression of physical necessity but of desire and its surplus begotten by the instinct (trieb). Freud’s narrative about the one and a half year boy and his Fort-da game, this expression not merely being uttered but sang and an illustration how this vocal cadence is slashed through a rough consonantal sound. This slash interpreted as an expression of the compulsion to repeat and of the death instinct. The game and song as an example of sublimation anchored in sadism and polymorph perversion. Baby cries and Fort-da game invocative of a symbolical anchored through a musical significant, that later unfolds into poetical and prosodic faces. That founds a symbolical established upon an assertion (behajung) which occurs at a prime instant just before the advent of the divided subject, before verbal negative and repression. That phenomenon causes music as melody to be condensed, and to have a ‘hundred times more energy than word itself (Rousseau)’. Harmony is interpreted as an outcome of repression. Rhythm seen as the taming of Thanatos through Eros, making all music a benign source of compulsion to repeat. Music is a phenomenon that unifies mind and body. <![CDATA[<b>Psychoanalysis and giftedness</b>: <b>elementary scores</b>]]> http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0100-34372013000100003&lng=en&nrm=iso&tlng=en Com base no fragmento de um caso clínico, o presente artigo apresenta breves discussões psicanalíticas acerca da superdotação e dos efeitos que receber esse nome tem para um sujeito.<hr/>This paper presents a brief psychoanalytic discussion about giftedness and the effects it has received this name for a subject, based on the fragment of a clinical case. <![CDATA[<b>Research in psychoanalysis</b>: <b>method of construction psychoanalytic case</b>]]> http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0100-34372013000100004&lng=en&nrm=iso&tlng=en A autora aponta subsídios teóricos que possibilitem aos pesquisadores do campo das ciências humanas e da psicanálise reflexões acerca do método de construção do caso psicanalítico, como um aporte para as pesquisas qualitativas nesses campos. Discute teoricamente a construção da Psychoanalytische forschung (pesquisa psicanalítica), que aparece várias vezes ao longo dos textos freudianos.<hr/>The author points out the theoretical subsidies that enable researchers in the field of humanities and psychoanalysis to reflect about the construction method of a psychoanalytic case as a contribution to qualitative research in these fields. Theoretically discusses the construction of Psychoanalytische forschung (psychoanalytic research), which appears several times over the Freudian texts. <![CDATA[<b>The presence of Igor Caruso in Brazil</b>]]> http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0100-34372013000100005&lng=en&nrm=iso&tlng=en A autora traça o perfil do psicanalista Igor Caruso, um dos fundadores da International Federation of Psychoanalytic Societies (IFPS), instituição alternativa à dogmática International Psychoanalytical Association (IPA). Comenta sua primeira vinda ao Brasil em 1956 e sua estada mais prolongada em 1968/1969 em Belo Horizonte, onde ajudou a consolidar o então nascente Círculo Psicanalítico de Minas Gerais (CPMG) e participou da fundação do Círculo Brasileiro de Psicanálise (CBP). Foi importante também na criação de outros Círculos de Psicanálise na América Latina. O artigo apresenta suas ideias psicanalíticas, especialmente sobre a personalização e a permanente influência dialética da socialização, salientando ainda suas qualidades de ser humano.<hr/>The author traces the psychoanalyst Igor Caruso’s profile, one of the founders of International Federation of Psychoanalytic Societies (IFPS), alternative institution to the dogmatic International Psychoanalytical Association (IPA). She comments his first visit to Brazil, in 1956, and his longer staying in 1968/1969 in Belo Horizonte, where he helped to consolidate the then newborn Círculo Psicanalítico de Minas Gerais (CPMG), and took part on the foundation of Círculo Brasileiro de Psicanálise (CBP). Caruso has been also important in the creation of others Circles of Psychoanalysis in Latin America. The article presents his psychoanalytic ideas, especially about personalization and the permanent dialectic influence of socialization, still emphasizing his human qualities. <![CDATA[<b>Justice and Law</b>]]> http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0100-34372013000100006&lng=en&nrm=iso&tlng=en Neste ensaio o autor pretende contribuir para dirimir a confusão que comumente é feita entre a Justiça e a Lei. Partindo da análise de determinados fatos que fazem parte da nossa conjuntura social e política contemporânea tanto nacional como internacional, é perscrutado o objetivo do artigo, que se enriquece ainda a partir do auxílio de filósofos, sobretudo Platão, Kant e Hegel, e psicanalistas, Freud e Lacan, que deram contribuições significativas para a compreensão tanto da justiça quanto da lei. Desse modo, defende que nem tudo que é legal é justo. Estabelece as relações entre justiça e ética e reafirma a ideia de Freud segundo a qual somente as reações psíquicas de ordem ética podem salvar a humanidade. Conclui de forma otimista com a alusão ao Hino à paz, de Hölderlin, no que ele remete à consideração pela importância da escuta da alteridade para a promoção da eticidade.<hr/>In this essay, the author intends to contribute to clarify the misunderstanding that normally occurs with the meaning of Justice and Law. Starting with the analysis of certain facts which are part of our both national and international social conjuncture and contemporary politics, the aim of the essay is explored and enriched even more with the help of philosophers - especially from Plato, Kant and Hegel - and psychoanalysts - S. Freud and J. Lacan - whom provided significant contribution to understand the difference between Justice and Law. Therefore the author advocates that not everything that is legal is fair. The author also establishes the relation between justice and ethics and confirms Freud’s idea which states that only the psychic reactions related to ethics can salve humanity. The conclusion is optimistic and alludes to Hölderlin’s Anthem to Peace because it highlights the importance of taking into consideration the diversity in order to promote ethicality. <![CDATA[<b>Psychoanalytics letters</b>: <b>a meeting beyond the written</b>]]> http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0100-34372013000100007&lng=en&nrm=iso&tlng=en Psicanalisar é um trabalho complexo, que exige tolerância, compreensão e desdobramento pessoal, principalmente, quando a sala de análise se abre à apresentação de um caso clínico, de modo que outras pessoas escutem o sofrimento de quem conta ao psicanalista. Psicanalisar é pensar, sentir, enxergar e colocar-se diante do pathos humano. Nessa perspectiva, apresento um caso clínico sem dar nomes, sem anunciar a psicopatologia, sem denunciar, apenas narrando o que acontece quando a palavra vai além da fala e toma a forma da escrita.<hr/>Psychoanalyze is a complex activity that requires tolerance, understanding and personal unfolding, especially when the analysis room opens to the presentation of a case, so that other people listen the that listens the psychoanalyst. Psychoanalyze is thinking, feeling, seeing and put himself before the human pathos. From this perspective, I present a case without naming, without announcing the psychopathology, without denouncing, simply narrating what happens when the word goes beyond speech and takes the form of writing. <![CDATA[<b>The problem of hysteria to the enigmatic allure of feminine seduction in Freud</b>]]> http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0100-34372013000100008&lng=en&nrm=iso&tlng=en Através de um discurso tanto religioso quanto científico a origem da sexualidade feminina foi respaldada numa leitura negativa da sexualidade masculina. Por milênios, o corpo feminino foi envolto em uma aura de profundo mistério, que deu margens a muitos equívocos. Seu corpo considerado anatomicamente imperfeito se prestava a todo tipo de associações com o mal por parte da religião e com as enfermidades por parte da ciência. Na construção da sexualidade feminina, o feminino perdeu suas origens passando a ser visto como algo desvalorizado ou recalcado em seus primórdios. Durante muito tempo, o discurso leigo e científico considerou a histeria uma doença só possível no corpo de uma mulher. Assim, numa cultura predominantemente patriarcal, a histeria passou a incorporar a própria feminilidade como um enigma, e não como uma construção da cultura. Grande parte dessa confusão se deve a uma generalização de certas categorias, que inserem aquilo que é característico da histeria à teorização da sexualidade feminina. Entretanto, a mulher da contemporaneidade é sujeito de um desejo cuja satisfação está para além do casamento e da maternidade. O desejo da mulher é o desejo da intelectualidade, de poder fazer parte do mundo das ideias, de entrar no universo da palavra, do discurso, da maiêutica, da linguajem, ou seja, de expressar suas ideias, de construir história, de fazer a diferença.<hr/>Both through the scientific as the religious discourse, the source of female sexuality was backed into a negative reading of male sexuality. For millennia the female body was wrapped in an aura of deep mystery, which gave banks the many misconceptions. Her body considered anatomically flawed lent itself to all sorts of associations with evil by religion and illnesses by science. In the construction of female sexuality, the female lost its origins going to be seen as devalued or repressed in its infancy. The scientific and lay discourse considered for a long time, hysteria as a disease only possible in a woman's body. So that in predominantly patriarchal culture hysteria began to incorporate its own femininity as a puzzle rather than as a construct of culture. Much of this confusion is due to a generalization of certain categories, which insert what is characteristic of hysteria will theorization of female sexuality. Nevertheless, the contemporary woman is the subject of a desire whose satisfaction is beyond marriage and motherhood. The woman's desire is the desire of the intellectuality, can make the world of ideas, to enter the universe of the word, speech, the maieutic, the language, that is, to express their ideas, building history, making the difference. <![CDATA[<b>First pain and last pain</b>]]> http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0100-34372013000100009&lng=en&nrm=iso&tlng=en No decorrer do texto a autora se propõe a uma reflexão sobre a questão da dor. Qual seria a primeira dor que o homem sentiria ao longo de sua vida? E a última dor? Nesse percurso entre o nascimento e a morte, passando por momentos anteriores e posteriores a esses dois marcos da vida humana, a autora lança um olhar sobre a angústia originária, do ponto de vista freudiano e levando em consideração uma separação mais arcaica, liga essa vivência com o real lacaniano, porque sem experiência, sem verbo, sem linguagem. Faz ainda referência à importância dos significantes desses marcos para os sujeitos envolvidos no evento com seus próprios desfechos, suas alegrias e suas lágrimas, conforme a situação inerente a cada acontecimento, não esquecendo o sujeito que chega e o sujeito que parte, objetos diretos do estudo em questão.<hr/>Throughout the text the author proposes a reflection about the question of pain. What would be the first pain man fells in his life? And which would be the last pain? In the comes and goes from birth to death passing by moments that are anterior and posterior to those milestones of human life, giving a look on the worry originated from the Freudian standpoint, going to a more archaic separation, liking this experience with the Lacanian concept of "the Real", because without experience, without voice, without language. The author also makes reference to birth and death moments and their meaning for subjects involved in the event, with their own outcomes, happiness, tears, according to the situation inherent to each occurrence. Not forgetting the subject that arrives and the one that goes as direct objects of this study’s discussion. <![CDATA[<b>Obsessional neurotic between constitutive evil and moral civilization</b>]]> http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0100-34372013000100010&lng=en&nrm=iso&tlng=en Este artigo é parte de um capítulo da tese intitulada Do uso da ironia na neurose obsessiva: destrutividade e criação sublimatória, defendida em março de 2012 no programa de Psicologia Clínica do Instituto de Psicologia da Universidade de São Paulo. O texto aborda as primeiras relações entre destrutividade e neurose obsessiva na obra de Freud e ao mesmo tempo aponta algumas implicações constitutivas da impossibilidade de experimentação da destrutividade na organização obsessiva, a saber: as medidas protetoras características de um ritual e o caráter anal.<hr/>This paper is a part of thesis’ chapter called "The use of irony in obsessional neurosis: destruction and sublimation creation", defended in March 2012 at the Clinical Psychology program of the Institute of Psychology of the University of São Paulo. The text covers the first relations between destructivity and obsessional neurosis in Freud's work, while pointing some implications of the impossibility of experimentation destructivity in obsessive organization, mainly protective measures characteristics of a ritual and anal character. <![CDATA[<b>Pink Floyd - The Wall</b>: <b>a process of “psychotization”</b>]]> http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0100-34372013000100011&lng=en&nrm=iso&tlng=en O artigo analisa o personagem Pink, protagonista do filme Pink Floyd - The Wall, do ponto de vista da psicanálise. São feitos comentários sobre algumas das músicas que compõem o filme, descrevendo-se o que vai acontecendo no mundo interno de Pink e o caminho percorrido por ele rumo à psicose. Ao longo do artigo, são apresentados alguns conceitos psicanalíticos considerados importantes para o entendimento do caso.<hr/>In this paper, we analyze Pink, main character of the movie “Pink Floyd - The Wall”, from the psychoanalytic viewpoint. Comments are made about some of the songs that make up the movie, describing what happens in Pink’s internal world and the path taken by him towards psychosis. Throughout the paper, we present some psychoanalytic concepts considered important for understanding the case. <![CDATA[<b>In the avenues of language</b>]]> http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0100-34372013000100012&lng=en&nrm=iso&tlng=en O autor pretende pensar sobre a possibilidade do sujeito singular no mundo atual. Há a percepção de que o processo civilizatório é complexo, envolvendo equilibração. Enfrentar os desafios de legitimar os modos de existência diferenciados na contemporaneidade sustenta-se, à guisa de exemplo, na criatividade da travessia analítica na linguagem.<hr/>The author wants to think about the possibility of the singular subject in the current world. There is the perception that the civilizing process is complex and includes sense of balance. To face the challenge which currently legitimizes the different ways of existence, for example, in the creativity of the analytical path of the language. <![CDATA[<b>Debris, the metaphor</b>: <b>a return to the "Where Signorelli" Freud</b>]]> http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0100-34372013000100013&lng=en&nrm=iso&tlng=en Neste texto se faz uma abordagem teórica sobre os restos metonímicos, tema presente n’O seminário 5: As formações do inconsciente, de Jacques Lacan. Articula-se a proposição lacaniana com o “caso” Signorelli, autorrelatado e discutido por Freud na sua obra. São abordados os lapsos da fala na análise, enfocando o aspecto enigmático do neologismo quando assume a condição de significante e de metáfora, apontando para o desejo enunciado pelo sujeito do inconsciente. Dessa forma, Signorelli, na experiência do fundador da psicanálise, revela o inconsciente e as múltiplas significações associadas ao significante, onde a angústia de castração relacionada à morte e ao gozo sexual aflora como o de maior pregnância. A experiência de Freud, extensiva aos que empreendem uma análise seja na posição de analista seja na posição de analisando, se mostra atual, pois, no “caso” Signorelli, Freud atrela a psicanálise ao significante, à língua, à linguagem, possibilitando a compreensão dos mecanismos do recalque e da resistência. Propõe-se, então, a partir dos pressupostos do ensino de Freud e de Lacan que no tropeço da fala se enuncia o desejo fugaz, que na captura dos restos metonímicos pode residir o tesouro de um significante que remete à verdade do sujeito.<hr/>In this paper we make a theoretical approach on the metonymic remains, a theme addressed by Jacques Lacan in his "The Seminar 5 - Formations of the Unconscious". An articulation of the Lacanian proposition with the Signorelli case self-reported and discussed by Freud on his work. We address the lapses in speech analysis, focusing on the neologism’s enigmatic aspect, which assumes the condition of significant and metaphor, pointing to the desire enunciated by the subject of the unconscious. Thus, Signorelli, an experience of the founder of psychoanalysis, reveals the unconscious and the multiple meanings associated with significant, where castration anxiety related to death and sexual enjoyment emerges as the most pregnant. The experience of Freud shows up today, since that is also experienced in the course of analysis by the analyst and the patient, as in the account of the Signorelli case where Freud demonstrates the link between psychoanalysis and the signifier and language. That enables the understanding of the mechanisms of repression and resistance. It is proposed, then, from the statements of Freud and Lacan’s teaching that the stumbling speech is a fleeting enunciated desire, which captures the debris that may exists in the metonymic treasure of a signifier which refers to the truth of the subject. <![CDATA[<b>It is transmitted so crossed, psychoanalysis</b>]]> http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0100-34372013000100014&lng=en&nrm=iso&tlng=en A singularidade da transmissão no campo da psicanálise passa por outras vias bem diferentes das do ensinamento, da educação e da filiação. Verificamos que existe um antagonismo entre uma tentativa de organizar uma transmissão racional, estabelecida, universitária e alguma coisa que chamamos de “atravessada”. Lacan buscou evitar um modo de transmissão preestabelecido, e o dispositivo do passe foi a proposição elaborada por ele - com o intuito de poder ter acesso a esse saber que concerne à transmissão - e que se constitui de maneira atravessada. A palavra passe evoca uma trans-formação, um processo que passa de um estado a outro. Ele foi revisitado por Lacan diversas vezes, e tais retornos dizem justamente dessa dificuldade em conceber a transmissão. Podemos dizer que existe uma forma de errância na transmissão e que a psicanálise se transmite de maneira atravessada.<hr/>Psychoanalytical transmission is rather singular, a quite different of teaching, of education and affiliation. We observed that there is an antagonism between an attempt to organize a rational academic established transmission and something that we call “traversed”. Lacan has always tried to avoid a predetermined mode of transmission, and the pass is one proposition elaborated by him - with the intention of access this knowledge concerning the transmission, which is constituted in a crossed way. The word pass evokes a trans-formation, a procedure that passes from one state to another. It has been revisited several times by Lacan, and these returns are clearly related to the difficulty of conceiving transmission. We may say that there is one sort of wandering in the transmission, that’s the reason why psychoanalysis is transmitted in a traversed way. <![CDATA[<b>Real, symbolic, imaginary</b>: <b>the reference to the node</b>]]> http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0100-34372013000100015&lng=en&nrm=iso&tlng=en Por que o ternário RSI é figurativo do borromeano? Partindo dessa questão aparentemente simples, isolamos duas lógicas distintas do trabalho do ensinamento de Lacan, que concernem o ternário: a que diz “da referenciação” e que preside o seu aparecimento em 1953, e aquela dita “nodal”, que surge com a borromenização do RSI a partir de 1973. Qualificamos a primeira de lógica da referenciação devido a sua proximidade com o método cartesiano de coordenadas algébricas de formas geométricas (sistema de coordenadas cartesianas). Mas essa questão não é apresentada sem gerar problemas, e a aparição do laço borromeano em 1973 traz consigo a solução de alguns problemas. Iremos explorar as vantagens e os limites dessa nova apresentação do RSI pelo borromeano e três consistências, para finalmente propor um nó de nove consistências como suporte do RSI. Esse percurso interroga as relações e as intersecções entre a clínica, a nodologia (nodologie lacanienne) e a cientificidade da psicanálise.<hr/>Why is the RSI ternary figurative of the borromean? Starting from this apparently simple question our aim is to isolate two distinct forms of logic at work in Lacan’s teachings on the ternary: the so-called marker first mentioned in 1953 and the nodal, which appeared with the borromeanisation of RSI from 1973 on. We describe the first as the logic of marking because of its proximity to the Cartesian approach of algebraic coordinates of geometric forms (the Cartesian marker). This, however, poses certain problems and the appearance of the borromean link in 1973 manages to solve some of them. We thus examine the advantages and the limits of this new presentation of RSI by a triple consistency borromean to propose instead a knot of nine consistencies as a support of RSI. This development raises the question of the connections and cross-checkings between clínical practice, nodology and the science of psychoanalysis. <![CDATA[<b>Humor in Chaplin</b>]]> http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0100-34372013000100016&lng=en&nrm=iso&tlng=en Freud retrata o humor como mecanismo de defesa nobre, uma possibilidade para enfrentar o sofrimento e transformá-lo em prazer. A partir de recortes da autobiografia de Chaplin, reflito sobre a importância do seu trabalho criativo com o humor como ponte para a elaboração de conflitos e reconstrução pessoal.<hr/>This article is a reflection about the value of Chaplin’s work with humor and creativity to elaborate his personal conflicts and promote a life reconstruction, using Freud’s conception about humor as a noble defense mechanism.