Scielo RSS <![CDATA[Reverso]]> http://pepsic.bvsalud.org/rss.php?pid=0102-739520190001&lang=en vol. 41 num. 77 lang. en <![CDATA[SciELO Logo]]> http://pepsic.bvsalud.org/img/en/fbpelogp.gif http://pepsic.bvsalud.org http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-73952019000100001&lng=en&nrm=iso&tlng=en <![CDATA[<b>Psychoanalysis at paville school David Malkin</b>]]> http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-73952019000100002&lng=en&nrm=iso&tlng=en Que relação há entre psicanálise e arte? Que traço comum podemos perceber entre essas duas modalidades do agir humano? Não se trataria de duas maneiras de fazer vibrar um real que escapa a todo saber? Dois atos que estariam, um com o outro, em ressonância e em contiguidade quase íntima? Em todo caso, David Malkin, pintor colorista que atravessou o século XX como artista, inventor e cabalista, sabia alguma coisa sobre o real, sobre a vida e a morte. Malkin fez da imagem e da aparência uma ponte de cristal que nos conduz ao coração do real, uma ponte de que a psicanálise pode se servir para suas travessias rumo a todos esses impossíveis.<hr/>What relationship is there between psychoanalysis and art? What common trace can we perceive between these two modalities of human action? Wouldn't they be two ways of causing to vibrate a real that exceeds all knowledge? Two acts which would be in resonance and in almost intimate contiguity with each other? Anyway, David Malkin, a colorist painter who has gone through the 20th century as an artist and inventor but also as a kabbalist, knew something about the real, about life and death. Malkin has made out of image and appearance a crystal bridge that leads us to the heart of the real, a bridge psychoanalysis can use to cross towards all these impossible. <![CDATA[<b>Hate in three works of Freud</b>: <b>reflections on ambiguity, hostility and identification</b>]]> http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-73952019000100003&lng=en&nrm=iso&tlng=en Um estudo sobre a abordagem freudiana acerca do ódio em três textos clássicos. Reflexão acerca do pensamento freudiano sobre as bases da hostilidade, a ambivalência e identificação na constituição do sujeito. Tema candente diante da ascensão do discurso do ódio na sociedade contemporânea.<hr/>A study on the Freudian approach to hatred in three classic texts. Reflection on Freudian thought on the basis of hostility, ambivalence and identification in the constitution of the subject. Hot topic facing the rising of hate speech in contemporary society. <![CDATA[<b>Love of transfer</b>: <b>what's left at the end of the analysis?</b>]]> http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-73952019000100004&lng=en&nrm=iso&tlng=en O objetivo deste trabalho é pesquisar o que resta do amor de transferência no final da análise. Qual o destino desse amor? O que os restos do amor de transferência podem nos proporcionar?<hr/>The purpose of this paper is to search for what is left of the love of transfer at the end of the analysis. What is the fate of such love? What can the transfer love remnants provide us? <![CDATA[<b>Four acts on the scene</b>]]> http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-73952019000100005&lng=en&nrm=iso&tlng=en Trata-se de uma breve abordagem do ato falho, do acting-out, da passagem ao ato e do ato analítico, elementos indissociáveis da teoria e da clínica, partindo de uma incursão pelos conceitos de ato e de cena nas obras de Freud e de Lacan.<hr/>This is on a brief approach to Freudian slip, acting-out, passage to the act and analytic act, inseparables elements of theory and practice, starting from an incursion by the concepts of act and scene in the work of Freud and Lacan. <![CDATA[<b>The analyst in an ironic position humoresque</b>]]> http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-73952019000100006&lng=en&nrm=iso&tlng=en O objetivo deste artigo é tentar esclarecer o conceito de ironia, tendo em vista a sua aplicabilidade na análise, com relação à posição do analista. Alguns pesquisadores, como Rabinovich e Sauret, em seus artigos, enfocam a ironia de forma ampla, não especificando a que tipo dessa figura eles se referem. O conceito de ironia é escorregadio, nebuloso, às vezes se confundindo com o chiste, o cômico e o humor. Há várias espécies dessa figura como ironia trágica, retórica, romântica, humoresque além de outras. A partir de abordagens da ironia em Duarte (2006) e Hutcheon (2000), tentaremos mostrar que tanto Rabinovich quanto Sauret, além de Lacan, parecem se referir à ironia humoresque, que não se baseia na oposição do sentido, nem tem uma visão destrutiva. Essa espécie, que Sauret chama de “lógica da ironia”, rompe com a lógica binária, aproximando-se do humor e da noção de letra, no sentido lacaniano de litoral, podendo ser aplicada à clínica do real.<hr/>The objective of this article is to try to clarify the concept of irony, considering its applicability in the analysis, with respect to the position of the analyst. Some scholars like Rabinovich and Sauret, in their articles, focus on irony in a broad way, not specifying what kind of figure they refer to. The concept of irony is slippery, foggy, sometimes confusing with joke, comedy and humor. There are several species of this figure as tragic irony, rhetoric, romantic, humoresque among others. From the irony approaches in Duarte (Duarte, 2006) and Hutcheon (HUTCHEON, 2000), we will try to show that both Rabinovich and Sauret, in addition to Lacan, seem to refer to the humoresque irony, which is not based on the opposition of sense, nor has a destructive view. This species, which Sauret calls the "logic of irony", breaks with binary logic, approaching humor and the notion of letter, in the Lacanian sense of the coast, and can be applied to the clinic of the real. <![CDATA[<b>From verwerfung in Freud to foreclosure in Lacan</b>]]> http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-73952019000100007&lng=en&nrm=iso&tlng=en Propomos analisar nos textos de Lacan e seus interlocutores (sobretudo Freud e Hyppolite) a formação da hipótese da foraclusão como alicerce teórico no que diz respeito à constituição das psicoses. Para tal, iremos percorrer junto com Lacan a tomada da palavra “Verwerfung”, que aparece no artigo de Freud sobre o “Homem dos Lobos”, e a sua transformação em “foraclusão”. Examinaremos esse ato criativo de Lacan, a fim de situar esse novo conceito no plano epistemológico deixado por Freud e revisitado por Lacan.<hr/>We propose to analyze in the texts of Lacan and his interlocutors (above all with Freud and Hyppolite) the formation of the hypothesis of foreclusure as a theoretical foundation for the constitution of psychoses. To do this, we shall follow Lacan's use of word Verwerfung, which appears in Freud's article on the "The Wolf Man", and its transformation into foreclosure. We will examine this creative act of Lacan in order to situate this new concept in the epistemological plane left by Freud and revisited by Lacan. <![CDATA[<b>Psychoanalysis in the contemporary world</b>]]> http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-73952019000100008&lng=en&nrm=iso&tlng=en Pretende-se discutir a posição da psicanálise no mundo contemporâneo, conturbado pelas diversas mudanças provocadas pela tecnologia e pela primazia que os dispositivos móveis adquiriram na disposição e organização da vida humana, tornando-se objetos de mais-de-gozar e extensionando a noção de corpo que passa a habitar os fluxos digitais, navegando por uma dimensão de real. Diante do mal estar contemporâneo promovido pela cultura digital, pretende-se responder à questão: por que a psicanálise em um cenário pouco simbólico?<hr/>We intend to discuss the position of psychoanalysis in the contemporary world, troubled by the various changes brought about by technology and the primacy that mobile devices have acquired in the disposition and organization of human life, becoming objects of over-enjoyment and extension of the notion of body that starts to inhabit the digital flows, navigating a real territory. Faced with the contemporary discontentment promoted by digital culture, we asl: why psychoanalysis in a little symbolic scenario? <![CDATA[<b>Only love can make enjoyment indulge in desire</b>]]> http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-73952019000100009&lng=en&nrm=iso&tlng=en A estrutura da narrativa da obra As mil e uma noites ilustra com precisão o aforismo lacaniano “Só o amor pode fazer o gozo condescender ao desejo”. O presente artigo tematiza os embates entre amor e gozo, e entre amor e morte, como as faces mais pregnantes do conflito inerente a todo sujeito entre o imaginário e o real. É o simbólico que permite paliar os efeitos devastadores desse conflito, o que permite ler em As mil e uma noites um dispositivo simbólico semelhante ao de uma análise.<hr/>The narrative structure of One thousand and one nights perfectly illustrates the Lacanian aphorism “Only love allows jouissance to condescend to desire”. This article thematizes the clashes between love and jouissance, and also between love and death, as the most significant facets of the inherent conflict between the imaginary and the real in every subject. It is the symbolic which allows for mitigating the devastating effects of that conflict, enabling the reading of One thousand and one nights as a symbolic device akin to the process of analysis. <![CDATA[<b>What is love?</b>]]> http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-73952019000100010&lng=en&nrm=iso&tlng=en O artigo se pergunta sobre o que é o amor, através de Freud e Lacan. É um sentimento que realmente existe ou é uma expressão sempre narcísica.<hr/>The article discuss what love is through Freud and Lacan. of love. It’s something real or only a narcissist state? <![CDATA[<b>About women's surroundings</b>: <b>love, speech and joy</b>]]> http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-73952019000100011&lng=en&nrm=iso&tlng=en Acerca dos arredores da mulher é um breve artigo sobre o amor, o falo e o gozo. Nota-se nesta escrita alguns percursos que servem para desbastar o caminho até a questão final: o que dizer do gozo da mulher, se ela nada sabe. Na perspectiva de um fragmento literário, mostra-se que não há ninguém que não seja afetado por algo do não saber e por algo da verdade. O saber tem relação com o amor. Trata-se de pensar com este texto sobre questões da demanda e da prova de amor, sobre a mãe e a mulher, sobre o encontro entre uma perversão e um enigma, sobre o mito, sobre o gozo outro que não o gozo fálico - e ainda o pai, o vazio e a père-version.<hr/>"About woman's surroundings" is a brief article on love, phallus and joy. This writing unveils some paths which thin the way to the final question: what can be said about the woman's enjoyment, if she knows nothing. A snippet from a literary work brings a perspective that shows that there is nobody who is not affected by something from the non-knowledge and by something of the truth. Knowledge is related to love. This text invites us to think about questions of demand and the proof of love, about the mother and the woman, about the encounter between a perversion and a riddle, about myth, about an enjoyment other than the phallic jouissance - and still the father, the emptiness and the perversion. <![CDATA[<b>Hysteria, desire and the enigma of the feminine</b>]]> http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-73952019000100012&lng=en&nrm=iso&tlng=en O objetivo do artigo é evidenciar as relações entre o masoquismo originário e a histeria, argumentando que os sintomas histéricos são uma reencenação do sexual incompreendido, a partir da experiência primária do masoquismo, que remetem ao enigma do feminino. Para isso, serão retomados escritos freudianos sobre a histeria, o problema econômico do masoquismo e as elaborações lacanianas sobre o objeto a e o gozo, empreendendo um diálogo com Emilse Naves, que sustenta uma relação entre histeria e pulsão de morte, de modo a resgatar a primazia do sexual e de Eros.<hr/>The aim of the article is to highlight the relationships between original masochism and hysteria, arguing that the hysterical symptoms are a reenactment of the misunderstood sexual from the primary experience of masochism, which refer to the enigma of the feminine. For this, Freudian writings on hysteria, the economic problem of masochism and Lacanian elaborations on "object a" and enjoyment will be resumed, undertaking a dialogue with Emilse Naves, which sustains a relation between hysteria and the death drive in order to rescue the primacy of sexual and Eros. <![CDATA[<b>The psychoanalyst is the only one to authorize himself or herself to be a psychoanalyst</b>]]> http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-73952019000100013&lng=en&nrm=iso&tlng=en O autorizar-se psicanalista implica sustentar essa autorização ao se comprometer com a formação permanente, priorizando sua análise pessoal, pois a experiência radical de análise é a única garantia de sua formação como psicanalista.<hr/>When a person authorizes oneself as a psychoanalyst, he is supposed to sustain one's authorization by committing himself, our herself, to permanent training, priorizing his or her personal analysis. This radical experience is the only guarantee of his or her training as a psychoanalyst. <![CDATA[<b>How do you form a psychoanalyst?</b>]]> http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-73952019000100014&lng=en&nrm=iso&tlng=en O texto aborda o tripé da formação psicanalítica, constatando, a partir de Freud e Lacan, que a psicanálise se transmite pela via da análise pessoal - efeitos que se fazem sentir “na própria pele” [Freud], a partir de uma mudança de posição de analisando a analista operada por um ato analítico, pelo fim da análise, com a destituição subjetiva e a travessia da fantasia [Lacan] - e não por meio do simples ensino teórico do discurso universitário, o que nos permite dizer que a formação do analista independe de qual tenha sido sua formação (diploma) anterior.<hr/>The text deals with the tripod of psychoanalytic formation noting from Freud and Lacan that psychoanalysis is transmitted through personal analysis - effects that are felt "in one's own skin" [Freud] - from a change of position from analyzing to analyst operated by an analytic act - the end of the analysis, with the subjective destitution and the crossing of the fantasy [Lacan] - and not through the simple theoretical teaching of the university discourse which allows us to say that the formation of the analyst is independent of what was one's previous training.