Scielo RSS <![CDATA[Stylus (Rio de Janeiro)]]> http://pepsic.bvsalud.org/rss.php?pid=1676-157X20120001&lang=en vol. num. 24 lang. en <![CDATA[SciELO Logo]]> http://pepsic.bvsalud.org/img/en/fbpelogp.gif http://pepsic.bvsalud.org http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1676-157X2012000100001&lng=en&nrm=iso&tlng=en <![CDATA[<b>Demystifying the interpretation</b>]]> http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1676-157X2012000100002&lng=en&nrm=iso&tlng=en O autor pretende, com este artigo, desmitificar a interpretação, convocada pelo uso que se faz de Édipo, acentuando as semelhanças e diferenças para Freud e Lacan quanto à definição do sintoma como manifestação da verdade e finalidade de uma análise. Para fundamentar a sua proposta, ele trabalha o conceito de interpretação equívoca de Lacan interrogando se o seu uso é suficiente para mostrar uma análise orientada para o real e também interroga de quem é a decisão do fim da multiplicidade de sentido. Conclui o seu artigo, justificando com um exemplo clínico, que utilização do equívoco pode levar a mais-de-sentido - resposta à primeira indagação -, e que, enquanto a análise não está terminada, enquanto a função do sujeito suposto saber é mobilizável, pode-se dizer que uma formação do inconsciente tem sempre ainda um sentido - sua posição diante da segunda questão.<hr/>In this article, the author seeks to demystify the interpretation, triggered by the use made of the Oedipus, highlighting the similarities and the differences to Freud and Lacan regarding the definition of the symptom as a manifestation of the truth and the objective of an analysis. In order to support the proposal, the author discusses Lacan's concept of equivocation, questioning whether its use is enough to show an analysis oriented to the real, and also questions who decides about the end of the multiplicity of meaning. The author concludes the article by justifying with a clinical example, that the use of misunderstanding can lead to ‘more meaning' - answer to the first question - and that, when an analysis is not over yet, while the function of the subject supposed to know is still mobilized, it can be said that a manifestation of the unconscious still carries a meaning - the author's position related to the second question. <![CDATA[<b>An interpretation which takes into consideration the real</b>]]> http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1676-157X2012000100003&lng=en&nrm=iso&tlng=en Nesta conferência a autora investiga a especificidade de uma interpretação que incide sobre o real, interrogando se ela implica uma nova concepção da interpretação. Após longo percurso por várias obras de Lacan, e tomando o grafo do desejo para analisar essa questão, a autora verifica que as ressonâncias da interpretação, que toma por referência a poesia e a alíngua, existem desde Função do campo e da linguagem em psicanálise. Concluindo com Lacan que, se a interpretação analítica não pode desconhecer o real, a análise não opera sem o sentido, tese que Lacan mantém até o fim, pois, a análise, inconsciente real ou não, opera por e no nível do dizer.<hr/>In this conference, the author investigates the specificity of an interpretation which acts upon the real, questioning if this implies a new conception of interpretation. After a long trajectory through several of Lacan's works, and taking the graph of desire to analyze the question, the author verifies that resonances of interpretation, taken as reference from poetry and lalangue, have existed since The function and the field of speech and language in psychoanalysis. Ending with Lacan, the author affirms that if the analytical interpretation can not ignore the real, the analysis does not operate without the meaning, thesis supported by Lacan until the end, once the analysis, unconscious real or not, operates for and at the level of saying. <![CDATA[<b>Interpretation and poetry</b>]]> http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1676-157X2012000100004&lng=en&nrm=iso&tlng=en Partindo do aforismo de Lacan no Seminário 24 em que afirma: "só a poesia permite a interpretação", este trabalho procura discutir algumas das definições de poesia e suas relações com a concepção lacaniana de interpretação. Sua conclusão é de que a dimensão poética da interpretação não se encontra no conteúdo, mas sim no ato de explicitar o caráter essencialmente contingente dos significantes que determinam o sujeito.<hr/>Departing from Lacan's aphorism in Seminar 24 in which he states that "only poetry allows interpretation", this work seeks to discuss some definitions of poetry and its connections with the Lacanian conception of interpretation. The conclusion drawn is that the poetic dimension of the interpretation is not found in its content, but within the act of making explicit the essentially contingent character of the signifiers that determine the subject. <![CDATA[<b>Poetic license in the logic of interpretation: “psychoart”</b>]]> http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1676-157X2012000100005&lng=en&nrm=iso&tlng=en O que é uma interpretação? A arte e suas manifestações são as entrelinhas do saber psicanalítico, o dizer que permite alcançar o real a que a interpretação do analista visa. A palavra é a matéria-prima tanto do poeta quanto do psicanalista, e quando utilizada com licença poética, lhes permite uma subversão da linguagem e uma consequente subversão do sentido da palavra em seu estado de dicionário. A palavra precede o sujeito: antes de nascer, ele é marcado pela palavra - palavra sedenta, vinda do Outro. Na impossibilidade de saciar a sede do Outro, o sujeito faz dela a fonte e a sede do objeto causa do desejo. É desse lugar que o sujeito escreve sua história e situa seu próprio desejo. O sujeito em análise é o escritor de sua própria história. Dessa forma, é o sujeito quem detém, com seus ditos, o texto a ser lido e interpretado pelo analista. O que pode o analista em relação ao texto do sujeito em análise?<hr/>What is an interpretation? Art and its manifestations are the in between lines of psychoanalytic knowledge, the saying that allows to achieve the real aimed by the analyst's interpretation. The word serves as raw material for both the poet and the psychoanalyst, and whenever used with poetic license, it permits them a subversion of language and a consequent subversion of the word meaning in its dictionary condition. The word precedes the subject: before birth, it is marked by the word - the thirsty word which comes from the Other. Failing to quench the thirst of the Other, the subject makes it the source and the object's thirst cause of desire. It is about this place that the subject writes his/her own history. Thus, it is the subject who owns, with his/her sayings, the text to be read and interpreted by the analyst. What can the analyst do in relation to the text of the subject in analysis? <![CDATA[<b>Interpretation</b>: <b>the poetic art with <i>lalangue</i></b>]]> http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1676-157X2012000100006&lng=en&nrm=iso&tlng=en O presente artigo trata da interpretação na psicanálise, tomando como ponto de partida a ex-sistência de alíngua para o ser falante. Mostra que desde Freud, assim como em Lacan, o não-senso presente na aquisição da linguagem convoca certa arte poética do analisando e do analista no que diz respeito à interpretação. Ilustra por meio de dois recortes clínicos como a interpretação por meio do equívoco significante é passível de intervir simbolicamente no real do sintoma para decantar, do inconsciente, o saber-fazer com alíngua.<hr/>The article deals with interpretation in psychoanalysis departing from the ex-istence of lalangue to the speaking being. It shows that since Freud, as well as in Lacan, the no-sense present in language acquisition invites a certain poetic art on the side of the analysand and the analyst in terms of interpretation. The article also illustrates through two clinic cases how the interpretation through the signifying equivocation is susceptible to intervene symbolically in the real of the symptom in order to decant, from the unconscious, the know-how-to do with lalangue. <![CDATA[<b>Against the over-interpretation</b>]]> http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1676-157X2012000100007&lng=en&nrm=iso&tlng=en Com base em um diálogo nos textos de Susan Sontag sobre a ansiedade de interpretar, e de Humberto Eco, sobre os limites da interpretação literária, o autor propõe que o tema seja de interesse dos analistas. Destaca vários pontos sobre a interpretação: propõe não confundir a posição do morto (destacada por Lacan com o jogo de bridge) com a do cadáver, pois o analista mudo e cadaverizado não é um analista; critica o excesso interpretativo do analista asfixiante que não deixa nada por interpretar; diferencia as intervenções válidas numa cura da interpretação propriamente dita; distingue a interpretação que corresponde à ética e à lógica do discurso analítico das intervenções sugestivas e persuasivas e; finalmente, discute o problema da interpretação na supervisão, articula interpretação e tempo, interpretação e transferência e interpretação e après-coup.<hr/>Departing from a dialogue with Susan Sontag's writings on the anxiety of interpreting and with Umberto Eco's writings on the limits of literary interpretation, the author proposes the theme to become part of analysts' interests. Several points about interpretation are highlighted: it proposes not to confuse the deceased's positions (highlighted by Lacan with the bridge game) with that of the corpse, once the speechless and ‘corpsed' analyst is not an analyst indeed; the author criticizes the interpretative excess of the suffocating analyst who does not fail to interpret anything; the author also differentiates the valid interventions in a cure of the interpretation itself. Besides, the text distinguishes the interpretation which corresponds to ethics and the logic of the analytical discourse of the suggestive and persuasive interventions, and, finally, it discusses the problem of interpretation in the supervision; it articulates interpretation and transference, interpretation and après-coup. <![CDATA[<b>The psychoanalytic interpretation</b>: <b>"a say nothing"</b>]]> http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1676-157X2012000100008&lng=en&nrm=iso&tlng=en Este artigo vem ressaltar que a interpretação psicanalítica se situa entre a transferência, que marca o início de uma análise, e o momento do passe, que corresponde ao final de análise. A autora interroga: qual é a liberdade do analista no que se refere à interpretação? No que a interpretação - situada como a tática do analista - deve incidir? Qualquer intervenção do analista pode ser considerada como uma interpretação? Para responder a tais questões a autora percorre textos e seminários de Lacan dos anos de 1950 a 1970, nos quais verifica os vários modos de interpretação designados por Lacan: a pontuação, o corte, o semidizer, a alusão e o equívoco. Conclui, com Colette Soler, que existe nos modos de interpretação mencionados um traço comum: "um dizer nada", um "silêncio falante" do analista que obriga o analisante a designar o horizonte do que não é dito.<hr/>This article emphasizes that the psychoanalytic interpretation is placed between the transfer that marks the beginning of an analysis and the moment of the pass, which corresponds to the end of the analysis. The author questions: What is the freedom of the analyst when it comes to interpretation? What must interpretation - situated as the tactics of the analyst - focus on? Can any intervention by analyst be considered an interpretation? To answer these questions, the author goes through some of Lacan's texts and seminars dated from the 1950 to 1970s, in which she verifies the many ways of interpretation assigned by Lacan: the punctuation, the cut, the semi-saying, the allusion, the equivocation. She concludes, with Colette Soler, that there is a common feature in the mentioned ways of interpretation: "a say nothing", a "silent speaker" of the analyst who compels the analyzed to designate the horizon of what is not said. <![CDATA[<b>What can be a logic of the real?</b>]]> http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1676-157X2012000100009&lng=en&nrm=iso&tlng=en Logo após formalizar a lógica da fantasia, Lacan demonstrou como o ato psicanalítico implicava, em última instância, um ato para além dessa lógica. Com isso Lacan chegou ao extremo de uma tensão entre os campos da lógica e da ética, na qual o limite do primeiro se encontrava em uma resposta advinda do segundo. O ato, assim, é uma resposta do real à montagem fantasmática pela qual o sujeito se constituiu com base na determinação simbólica. Neste sentido, lógica e real se mostravam excludentes. Todavia, Lacan não tardou em formalizar o tipo de laço que se estrutura como efeito deste ato, um laço que pressupõe uma lógica afeita ao real. O objetivo deste texto é acompanhar estas passagens do ensino de Lacan, tendo em conta que o laço do discurso do psicanalista é aquele que possibilita uma lógica à interpretação.<hr/>Soon after formalizing the logic of fantasy, Lacan demonstrated how the psychoanalytical act meant, ultimately, an act way beyond that logic. Thus, Lacan got to the extreme of a tension between the fields of logic and ethics, in which the logic finds its limit in an ethical response. In this way, the act is a real response to the fantasy, by which the subject was constituted from the symbolic determination. In this sense, logic and real proved themselves to be mutually excluding. However, it did not take Lacan long to formalize the type of bond that is structured as an effect of this act, that is, a bond that requires logic related to the real. The aim of this paper is to follow these passages in Lacan's teachings, taking into account the fact that that is the discourse of the analyst that provides logic for interpretation. <![CDATA[<b>The duty to speak and the duty to silence</b>]]> http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1676-157X2012000100010&lng=en&nrm=iso&tlng=en Este trabalho pretende justificar axiologicamente as condições que tornam o dizer um ato contingente, porém, baseado em uma forma de dever. Discute-se a noção de dever contrapondo sua extração superegoica com sua dimensão ética bem como sua tensão conceitual com a lógica da interpretação.<hr/>This paper establish some axiological justification to the conditions by witch a "speak" (dire) presents itself as a contingent act, in a form of duty. We discuss the notion of duty, opposing it its superego extraction to its ethical dimension, as well as its conceptual tension with the logic of interpretation. <![CDATA[<b>The psychoanalyst, the limits of interpretability, and the pass</b>]]> http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1676-157X2012000100011&lng=en&nrm=iso&tlng=en Rastreamos a retomada feita por Lacan na última década de seu ensino, ao estudar um pequeno texto de Freud sobre a interpretação para verificar até que ponto a construção do inconsciente Real daquela década poderia ter alguma base nas observações do criador da psicanálise. Lastreia-se nossa visada na identificação nesse texto de Freud, da função do sonho que não é senão a de "evitar a perturbação do sono" e que esta representa o ganho de prazer, a Mehrlust (prazer a mais), o gozo, um despertar. Tal despertar é também examinado na relação com as três questões kantianas tratadas por Lacan (1972) em Televisão, que dizem respeito às possibilidades éticas do saber, fazer e esperar. Com base nisso, examinamos o passe e a possibilidade de aprender com a sua experiência.<hr/>We track Lacan's reassessment of his teaching in the last decade, departing from a short text by Freud on the interpretation, in order to determine to what extent the construction of the unconscious Real from that decade could have some basis on the observations by the creator of psychoanalysis. In this text, our endeavor holds itself on the identification of the function of the dream, which is nothing but that of "avoiding sleep disturbance" and that it represents the gain of pleasure, a Mehrlust (a plus of pleasure), the jouissance, an awakening. Such an awakening is also examined in relation to the three Kantian questions developed by Lacan (1972) in Television, which relate to the ethical possibilities of knowing, doing, and hoping. From this, we examine the pass and the possibility to learn from it's experience. <![CDATA[<b>From the logic of interpretation to the practice of the letter</b>]]> http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1676-157X2012000100012&lng=en&nrm=iso&tlng=en O título Da lógica da interpretação à prática da letra formaliza um percurso: "de"..."à" e, portanto, indica uma orientação, uma passagem, uma operação. Uma operação lógica que afete, que tenha efeitos. É isso mesmo que esperamos da direção da psicanálise pelo psicanalista. Orientados eticamente pelo Real, visamos a uma passagem que tenha consequências poéticas e políticas, já que apostamos em um novo laço enraizado no radical da letra do sinthoma.<hr/>From the logic of interpretation to the practice of the letter: This title formalizes a trajectory: "from"… "to", and, consequently, indicates an orientation, a passage, an operation. A logic operation which affects, which produces effects: and this is exactly what we expect from the direction of psychoanalysis by the psychoanalyst, critically oriented by the Real, as we envision a passage which brings out poetic and political consequences, once we trust in a new bond rooted in the radical of the letter of the sinthoma. <![CDATA[<b>Working with Lacan</b>: <b>in analysis, supervision, and seminars</b>]]> http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1676-157X2012000100013&lng=en&nrm=iso&tlng=en O título Da lógica da interpretação à prática da letra formaliza um percurso: "de"..."à" e, portanto, indica uma orientação, uma passagem, uma operação. Uma operação lógica que afete, que tenha efeitos. É isso mesmo que esperamos da direção da psicanálise pelo psicanalista. Orientados eticamente pelo Real, visamos a uma passagem que tenha consequências poéticas e políticas, já que apostamos em um novo laço enraizado no radical da letra do sinthoma.<hr/>From the logic of interpretation to the practice of the letter: This title formalizes a trajectory: "from"… "to", and, consequently, indicates an orientation, a passage, an operation. A logic operation which affects, which produces effects: and this is exactly what we expect from the direction of psychoanalysis by the psychoanalyst, critically oriented by the Real, as we envision a passage which brings out poetic and political consequences, once we trust in a new bond rooted in the radical of the letter of the sinthoma.