Scielo RSS <![CDATA[Estudos de Psicanálise]]> http://pepsic.bvsalud.org/rss.php?pid=0100-343720150002&lang=pt vol. num. 44 lang. pt <![CDATA[SciELO Logo]]> http://pepsic.bvsalud.org/img/en/fbpelogp.gif http://pepsic.bvsalud.org http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0100-34372015000200001&lng=pt&nrm=iso&tlng=pt <![CDATA[<b>O exercício da parentalidade no contexto atual e o lugar da criança como protagonista</b>]]> http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0100-34372015000200002&lng=pt&nrm=iso&tlng=pt O trabalho consiste em uma revisão de literatura acerca do papel da criança na família contemporânea e as implicações da família para sua formação psíquica. Entende-se por família a instituição responsável pela inscrição cultural da criança na sociedade, através das suas relações subjetivas e com os outros. Para isso, é fundamental que a falta seja sentida tanto na transmissão do significante pela figura materna quanto na castração através da figura paterna. O que se percebe no contexto atual das famílias é a necessidade de gozo constante para que a falta não seja sentida, o que não permite o surgimento do sujeito desejante. Tal fenômeno faz com que a criança estabeleça uma relação de controle sobre o gozo, pois é colocada em evidência numa tentativa de evitar a falta.<hr/>This paper consist in a literature review concerning the child role in the contemporary family, also, its implications for her psychic development. That said, family can be understood as the institution responsible for the cultural inscription of children in society, through their subjective relations and social ones. In this regard, it is essential the miss of lack, in either significant transmission, by the maternal figure, or in the castration, by the father figure. What is acknowledged in the current family context is the need of constant enjoyment so lack it is not missed, therefore, not allowing the emergence of the desiring subject. Thus phenomenon makes the child establish a controlled relation with the enjoyment, since the child is placed in evidence, in the attempt to avoid lack. <![CDATA[<b>Édipo e seus enigmas</b>]]> http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0100-34372015000200003&lng=pt&nrm=iso&tlng=pt O mito de Édipo e a tragédia do Sófocles como foco do paradigma psicanalítico. Resposta a objeções jungianas da interpretação psicanalítica. A importância do mito na Grécia clássica. Várias leituras da resposta ao enigma da esfinge. Sexualidade infantil, pulsão epistemofílica, fantasias primevas. A pergunta ‘o que é o homem’ na ótica de Kant e Heidegger. A resposta do enigma interpretada pelo nó borromeano.<hr/>Œdipus myth and Sophocles tragedy as psychoanalytic paradigm focus. Answer to jungian objection to the psychoanalytical interpretation. Importance of Oedipus myth in classical Greece. Several readings to the sphinx’s riddle. Infantile sexuality, epistemophilic instinct, primeval fantasies. The question ‘what is man’ through Kant’s and Heidegger’s views. The enigm solution through the Borromean knot. <![CDATA[<b>Se o amor vale a pena, a que pena equivale o amor?</b>]]> http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0100-34372015000200004&lng=pt&nrm=iso&tlng=pt Quando dizemos que algo vale a pena, estabelecemos uma relação de valor, uma equivalência; significa que algo pode ser substituído ou trocado por outra coisa que, sendo uma pena, seria um castigo que lhe é equivalente; um pagamento que, no caso do amor, deveria ser gratificado e não penalizado. Então, qual a pena que se paga pelo amor? Haveria mesmo uma pena decorrente do amar? A lei do amor institui uma perda para o humano, na medida em que implica a interdição de um gozo.<hr/>When we say that something is worth, we have established a valuable relation, an equivalence. It means that something can be replaced or exchanged for something else that, being a penalty, is an equivalent punishment; a payment for something that, in love’s case, should be gratified and not penalized. So what is the penalty we pay for love? Is there a penalty for loving indeed? Law of love establishes a loss for the human being, because of prohibition of an enjoyment. <![CDATA[<b>O mal-estar contemporâneo e alguns ensinamentos a respeito da relação entre inconsciente e linguagem</b>]]> http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0100-34372015000200005&lng=pt&nrm=iso&tlng=pt As novas formas de relação entre os sujeitos, marcadas pelo potencial das novas tecnologias e pela rapidez dos meios de comunicação, trazem questões para os profissionais que trabalham com a subjetividade. A consequente quebra de tabus e paradigmas que desencadeia mudanças sociais, ou seja, mudança nos signos, nos códigos e nos referenciais de nossa cultura, coloca a psicanálise defronte de importantes desafios. Entendida como um instrumento clínico, cuja teoria e técnica estão assentadas no campo simbólico, campo onde são inscritos os processos de subjetivação, a psicanálise pode se deparar com a ineficácia de seus dispositivos quando as características e particularidades dos novos sujeitos são ignoradas.<hr/>The new forms of relationship between subjects, characterized by the potential of new technologies and the velocity of the media, bring issues to the professionals who work with subjectivity. The resulting breaking of taboos and paradigms that triggers social changes, such as alterations in the signals, codes and references from our culture places psychoanalysis in front of important challenges. Understood as a clinical tool, with theory and techniques sited in the symbolic field, where the subjective processes are inscribed, psychoanalysis may face the inefficiency of its devices when the features and particularities of the new subjects are ignored. <![CDATA[<b>O amor na formação do analista</b>]]> http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0100-34372015000200006&lng=pt&nrm=iso&tlng=pt O texto aborda a formação do analista como um projeto ético e singular, onde se busca percorrer a aventura freudiana de descoberta do inconsciente na vivência da transferência, ressaltando que a transmissão da psicanálise se dá pelas vias do amor. Considera a natureza do amor nos dois lados da relação analítica.<hr/>The text is about analyst formation as a singular ethic project, where one tries to search the freudian adventure to search unconscious through transference experience, enphasising that psychoanalysis transmission occurs by love ways. Love’s nature in both sides of the relation. <![CDATA[<b>Uma objeção à autonomia do eu</b>: <b>o estádio do espelho</b>]]> http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0100-34372015000200007&lng=pt&nrm=iso&tlng=pt Na doxa psicanalítica o estádio do espelho é tratado e transmitido aos novos analistas como um conceito simbólico-imaginário, mais imaginário que simbólico, e associado exclusivamente à formação do eu, que dá continuidade às elaborações freudianas sobre o narcisismo. Dessa maneira, não só se invisibilizam as diferenças entre as elaborações freudianas e lacanianas, mas também se perdem as referências mais inovadoras trazidas pelo conceito mencionado. Este artigo se propõe voltar à letra de Lacan para encontrar as condições estruturais de tal desvio e salientar o lugar estratégico que o estádio do espelho ocupa na teoria e na técnica psicanalítica.<hr/>In psychoanalytic doxa the mirror stage is treated and transmitted to new analysts, as a symbolic - imaginary construct, more imaginary than symbolic, that is linked exclusively to the formation of the self, and continues Freud’s elaborations on narcissism. Thus, not only became invisible the differences between the Freudian and Lacanian elaborations, but also lost the most innovative references brought by the conceptual construct of the mirror stage. This article aims to return the letter of Lacan to find the structural conditions of such deviation, and highlight the strategic role of the mirror stage plays in psychoanalytic theory and technique. <![CDATA[<b>Bellum, bellus</b>: <b>A guerra dos sexos</b>]]> http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0100-34372015000200008&lng=pt&nrm=iso&tlng=pt A guerra traz consigo o horror da destruição e da morte, horror que o poeta alemão Reiner Maria Rilke, em uma de suas elegias, chama de das Schrecklich, que não é outra coisa senão o ponto de chegada de um começo radiante, bellus (das Schöne). De um lado a guerra, uma confrontação entre dois exércitos; do outro, o amor, um face a face entre dois sujeitos em busca do desejo. Nos dois casos, duas entidades se encontram face a face em uma indecisão e uma dúvida, mas também em uma relação que os une e separa. A relação sexual pode ser vivida como um conflito, uma relação de força e uma tensão contínua, ou como uma relação de amor onde a diferença é levada em conta. Um homem e uma mulher são separados pela sua diferença sexual. A guerra dos sexos é a consequência de uma relação fundada no bellum, na confrontação de força, numa relação quantitativa que faz da diferença de forças a única diferença possível. Existe também um conflito entre Diké (a justiça) e Nomos (a lei). Um conflito que é uma ligação e uma tensão. Diké representa a lei oral que antecede e funda o Nomos, a lei escrita. No início (am Anfang) a justiça dos deuses e a lei dos homens estão em um face a face, em um equilíbrio, depois eles se distanciam e entram em conflito. A arte, o belo, das Schöne, é o ato de fundação de toda relação humana. O ato de criação, aquele do início, que aparece em sua beleza, coloca em harmonia a justiça dos deuses e a lei dos homens. Justiça e lei surgem a partir de um ato de separação, que é o ato mesmo de criar. Cada criação é um ato de diferenciação que separa, mas que, num primeiro momento não entra em conflito. Existem dois tempos para essa separação, dois tempos consequentes que produzem o bellus e o bellum. O primeiro privilegia a ligação; o segundo, a oposição. Essa relação permite inscrever simbolicamente no psiquismo que o dois, o real, vem depois do UM. Édipo mata o pai real apagando, assim, o UM simbólico, sua origem. Antígona é sua filha e sua irmã ao mesmo tempo. Ela é fruto de um incesto. Como se livrar da maldição que sobreveio por causa desse sacrilégio? Como reparar o crime do Édipo pai?<hr/>The war brings with it the horror of death and destruction. Horror that the German poet Rainer Maria Rilke calls schreklich at one of his elegies, and which is but the arrival of a shining beginning, bellus (das Schöne). At one side the war, the confrontation between two armies, on the other love, a face to face of two beings in their seach for desire. On both sides two beings face each other through indecision and doubt, though also a relantionship that unite and divide. Sexual relation might be experienced as a conflict, a power relationship and a continous strain, or as love relationship were differences are handled. A man and a woman are parted by their sexual difference. Sex war is the consequence of a bellum grounded relationship, a strenght fight, a quantititative struggle in which strenght power dissimilarity acts as the only possible difference. A conflict between Diké (Justice) and Nomos (Law) also exists. A conflict that also is a binding instance and a tension. Diké plays as the oral law that procedes and establishes Nomos, the written law. In the beginning (am Anfang) the gods justice and human law are face to face, at balance, some kind of equilibrium, then they spread apart and grow to conflict. Art, the beautiful (das Schöne), is the founding act of every human relationship. The creative act, that in which the beginning appears at his beauty, harmonizes the god’s and man’s justice. Justice and law arise from a parting act which is the same as a creative one. Each creation is a differentiation act that spreads apart but which, for a moment, doesn’t conflicts. There are two moments to this separation, two sucessive moments that produce bellus and bellum. The first privileges the bond, the second opposition. This relationship allows that the ‘two’, the real, cames after the ‘one’. Oedipus kills the real father and as so erases its origin, the symbolic ‘one’. Antigone at the sametime is his sister and his daughter. She cames from an incest. How to throw away the curse that came from such sacrilege? How to repair the crime from Oedipus the father? <![CDATA[<b>Psicanálise e odontopediatria</b>: <b>ofício da comunicação</b>]]> http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0100-34372015000200009&lng=pt&nrm=iso&tlng=pt Este artigo tem o objetivo de discutir sobre algumas contribuições da psicanálise para a odontopediatria no campo da comunicação. A odontopediatria é uma especialidade da odontologia que se depara com muitos desafios psicológicos. O atendimento odontopediátrico inclui o dentista, sua equipe, o paciente e o acompanhante em diferentes contextos, o que desenha múltiplas dinâmicas. O lúdico se faz presente no consultório do odontopediatra. As fantasias paranoides são muito comuns. É uma abordagem diferenciada quando o odontopediatra busca ampliar a comunicação com o paciente e desenvolver sua escuta nas práticas odontológicas. Em algumas situações, é importante indicar que o psicanalista veja o paciente. Seja qual for o caso, a psicanálise tem muitas interfaces a construir com a odontopediatria.<hr/>This paper aims to discuss some psychoanalytic contributions to Pediatric Dentistry in the field of communication. The Pediatric Dentistry is a branch of Dentistry that faces many psychological challenges. The dental care of children includes the dentist, his team, the patient and his companion at different places, which draws several dynamics. Play is present in the pediatric dentist’s office. The paranoid fantasies are very common. It’s a different approach when the pediatric dentist is looking for expanding the communication with his patient and developing his listening in dental practices. In some situations it is important to recommend that the psychoanalyst see the patient. Whatever the case the Psychoanalysis has many interfaces to build with Pediatric Dentistry. <![CDATA[<b>Adolescentes e Facebook</b>: <b>do espaço potencial e ambiente suficientemente bom à possibilidade de brincar na rede</b>]]> http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0100-34372015000200010&lng=pt&nrm=iso&tlng=pt Partindo de fragmentos de dois casos clínicos com adolescentes e uma breve pesquisa, realizada através do Facebook, interrogamos se há uma aproximação possível entre esse espaço virtual e os conceitos de espaço potencial e influencia do ambiente desenvolvido por Winnicott. Será que nessa rede social pode-se perceber um viver/pensar criativo? Ou, inversamente, deparamo-nos com um espaço que serve à instituição de comportamentos padronizados, em consonância aos ideais de consumo, se consolidando como um campo fecundo à alienação?<hr/>As to begin with I’ll use two clinical fragments with adolescents and a brief research, made though the Facebook. I wanted to enquire as to whether there is a connection between virtual space and the Winnicotian concepts of potential space and sufficiently good environment. Or quite the contrary, if we find ourselves opposed to a space that is used to forge standardized behaviors, according to the consumerism ideals that consolidate a fertile alienating soil. <![CDATA[<b>Realidade virtual v. realidade psíquica</b>]]> http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0100-34372015000200011&lng=pt&nrm=iso&tlng=pt Atravessados pela psicanálise, procuramos desconstruir as chamadas realidades virtuais, com o intuito de compreender os elementos que as sustentam. Deveriam elas ser desconsideradas pelo fato de não possuírem “corporalidade”? A dinâmica psíquica de um sujeito ora on-line, ora off-line apresenta diferenças significativas? Estaríamos vivendo uma era narcísica mediada pela virtualidade, ou a virtualidade é apenas uma nova roupagem de modalidades narcísicas de relações objetais? Para responder a esses questionamentos, primeiramente discorreremos um pouco sobre o surgimento do conceito de fantasia na obra freudiana e sobre o fenômeno internet e, assim, realizar um entrelaçamento sobre a realidade virtual e a realidade psíquica.<hr/>We sought to deconstruct the so called virtual realities, intending to understand the elements that support them. Should they be dismissed because not pertaining to a ‘coporeality? The psychical dynamic of someone sometimes on line, sometimes off line, show meaningful differences? Are living at narcissical era mediated by virtuality or is it only a new expedient to show narcissical object realitions? To shed some light on these issues, we’ll discuss about the idea of fantasy at the Freudian text and the internet phenomenon, as to acheive a coupling between virtual reality and psychical reality. <![CDATA[<b>Me dá um like?</b>: <b>Fotografo, logo existo: histeria e redes virtuais</b>]]> http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0100-34372015000200012&lng=pt&nrm=iso&tlng=pt A partir de um caso clínico vamos abordar um modo de relação que expressa uma das facetas do sofrimento psíquico no contemporâneo: a relação com o outro nas redes sociais. Como psicanalistas à escuta dos sujeitos do contemporâneo, observamos algumas transformações nas demandas clínicas e na forma como se apresentam no setting analítico. Vamos destacar nesse caso clínico como o atravessamento do sujeito por novas formas de comunicação e interação - advindas da tecnologia e da Internet - ensejam, nesse caso, novos e atualizados modos de ‘pantomina’, característica importante dos quadros clássicos da histeria. À escuta também das particularidades dos sofrimentos atuais, contextualizando nossa reflexão em um cenário cultural caracterizado pela estetização da existência e publicização do sujeito hodierno, temos como pano de fundo para o drama de A* uma cultura imagética e da exterioridade favoráveis a uma economia libidinal dedicada à sedução, ao fascínio e à exibição.<hr/>In this paper we present a clinical case study in order to discuss how individuals relate to others in social networks, as we consider this relationships to express one of the facets of psychological distress in contemporary times. Listening to contemporary individuals, as psychoanalysts, has lead us to observe changes in clinical demands and in the way they get enacted in the analytical setting. We shall highlight how the new possibilities of communication and interaction provided by technology and the internet runs through the subject and cause new - updated - forms of “pantomime”, important feature of classical cases of hysteria. By listening to details of present day suffering and contextualizing our reflection about it in a cultural scenario marked by the aestheticization of existence and publicity of present day subject, we unveil an imagetic and outside oriented cultural background - that favors a libidinal economy dedicated to the seduction, fascination and exhibition - for the patient’s drama. <![CDATA[<b>Conexões em rede</b>: <b>os fios que tecem a vida, o tempo e a psicanálise</b>]]> http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0100-34372015000200013&lng=pt&nrm=iso&tlng=pt Como pensar o tempo hoje, quando deixa de ser marcado pela história e pelo mundo interno, invertendo-se numa sucessão de instantes e de atos avessos à lógica do neurótico? Nesse mesmo sentido, como pensar o inconsciente se, para Freud, não há psíquico sem memória e sem história? As vicissitudes das pulsões, distribuídas em rede, parecem ter suas conexões constituídas por fios de remanescentes de imagens diretas da coisa ou de seus derivados parciais com pouca amarração, e não mais por reminiscências e remanescentes com investimentos ligados também à palavra, ao outro enquanto metáfora de relação, de vínculo. Se a atuação, como um obstáculo à análise, é um desafio, o que podemos dizer hoje, quando o processo de parar, recordar e elaborar se torna mais difícil?<hr/>How to think about time, today, when it ceases to be marked by history and by the internal world, reversing into a succession of moments and of acts which are averse to the logic of the neurotic? In the same sense, how to think about the unconscious if in Freud's view there is no psychical without memory or history? The vicissitudes of the drives, distributed on a network, seem to have their connections constituted of threads of reminiscing direct images of the thing or its partial derivatives with little fastening, and not any longer by reminiscences and remnants with investments also connected to the word, to the other, as a metaphor for relationship, for bonding. If acting, as an obstacle to the analysis, is a challenge, what can we say today, when the process of halting, remembering, and elaborating becomes more difficult? <![CDATA[<b>Flexitempo e psicanálise em tempos virtuais</b>]]> http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0100-34372015000200014&lng=pt&nrm=iso&tlng=pt A vida é urgente no século XXI. As avançadas tecnologias da comunicação são uma realidade contundente. Freud tem paixão pela verdade e fé inabalável na razão. O homem pode se tornar aquilo o que é em sua verdade, em sua potencialidade. O homem tanto pode conhecer sua realidade externa, o mundo atual, quanto compreender sua realidade interna com intuito de vir a ser completamente humano. Na consciência o simbólico é expresso como linguagem, brotando da necessidade, da exigência do intercâmbio com outros homens. A psicanálise é um percurso que se debruça no tempo, que expõe bem as mudanças trazidas na modernidade. A tomada de consciência é uma possibilidade nova, que se repete em cada ato humano e ciência. Na contramão do tempo tudo ficou mais flexível: flexitempo e acting out. Como está o tempo das pessoas?<hr/>Life is urgent. The advanced technologies of communication are an overwhelming reality. Freud has passion for the truth an unwavering faith on reasoning. People can become what they are in their effectiveness, in their potential. They can both know their external reality, today’s world, and understand their inner reality with the purpose of becoming completely human. In the consciousness, what is symbolic expresses itself as language, coming from the necessity and the demanding of exchange with other people. Psychoanalysis is a journey that looks over the time, which shows very well the changes brought from modernity. Becoming conscious is a new possibility, repeated in each human act or science. In the wrong direction of the time, everything became more flexible: flexitime and acting out. How is people’s time? <![CDATA[<b>Smartphones</b>: <b>objeto transicional e conectividade de um novo espaço potencial</b>]]> http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0100-34372015000200015&lng=pt&nrm=iso&tlng=pt O objetivo do estudo é refletir sobre a utilização pelo sujeito hipermoderno do smartphone enquanto objeto transicional e suporte de espaço potencial, à luz da teoria winnicottiana. Tendo em mente a função de provisão ambiental ao sujeito contemporâneo a ser desempenhada pelos pais ou seus substitutos e pela sociedade, pretende-se demonstrar que a utilização das novas tecnologias também pode estar na esfera da expressão de saúde, como elemento apto a ser integrado ao campo de uma nova ‘normalidade’, em vez de vinculada necessariamente ao registro do patológico, como precipitadamente (dada a curta historicidade do fenômeno) tende-se a enquadrar.<hr/>The objective of the study is to raise a reflection with regards to the use of smartphones by the hypermodern subject as a transitional object and as a support of potential space, in light of the Winnicotian theory. Bearing in mind the environmental provision by parents, their surrogates and, finally, by the society in the upbringing of the contemporary being, the aim is to demonstrate that the utilization of new technologies can be in the realm of the expression of health, as an element able to be integrated into the field of a new “normality”, instead of necessarily attached to the pathological registry, as one would, precipitously (given the short term of the phenomenon), attempt to classify. <![CDATA[<b>Psicanálise on-line</b>: <b>finalmente saindo do armário?</b>]]> http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0100-34372015000200016&lng=pt&nrm=iso&tlng=pt Foram consultados pesquisadores da área, alguns artigos recentes e eventos como o painel “Psicanálise.net”, no XVII Foro Internacional das Sociedades Psicanalíticas (IFPS), na Cidade do México, em 2012. Autores como R. Carlino e J. S. Scharff abordam esse tema, concluindo, de uma forma geral, que o movimento em direção à análise on-line é inevitável e tende a crescer. Já Cibele Barbieri (2005), num artigo, pergunta se num encontro virtual com um suposto analista será possível se instalar uma transferência analítica. Fica claro que o assunto é controvertido, mas a pesquisa sugere que a adoção dessa nova tecnologia é inevitável e será parte do tratamento psicanalítico, pois cada vez mais os analistas estão recorrendo a esse meio, quando não são possíveis as sessões no consultório, face a face. Faltam, no entanto, mais estudos para comprovar a eficácia desse modo de praticar a psicanálise e saber se poderíamos realmente chamar de psicanálise esse atendimento terapêutico.<hr/>Some researchers, recent articles and a panel discussion at the XVII International Psychoanalytical Forum called “Psychoanalysis.net”, held in Mexico City, in 2012 were reviewed. Authors such as R. Carlino and J. S. Scharff wrote about screen relations, having concluded that, in general, the trend towards distance psychoanalysis is inevitable and will continue to expand. However, Cibele Barbieri (2005) in an article, wonders whether a virtual encounter with an alleged psychoanalyst is able to produce analytical transference. It is evident that this issue is controversial, despite the fact that my research suggests that the adoption of this new technology is inevitable and will be part of the armamentarium used by analysts for the psychoanalytical treatment. More and more the screen is been used, when face to face sessions are not possible. Not until we have more research done will we be able to verify the effectiveness of this form of practicing psychoanalysis and only then will know if we can call screen therapy - psychoanalysis.