Scielo RSS <![CDATA[Reverso]]> http://pepsic.bvsalud.org/rss.php?pid=0102-739520080002&lang=pt vol. 30 num. 56 lang. pt <![CDATA[SciELO Logo]]> http://pepsic.bvsalud.org/img/en/fbpelogp.gif http://pepsic.bvsalud.org http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-73952008000200001&lng=pt&nrm=iso&tlng=pt <![CDATA[<b>Angústia e saber</b>: <b>reflexões sobre a inter-relação entre Psicanálise e Filosofia</b>]]> http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-73952008000200002&lng=pt&nrm=iso&tlng=pt Pretendemos neste artigo pensar a inter-relação entre Psicanálise e Filosofia à luz de uma interpretação radical da modernidade, isto é, um modo de pensar que concebe a modernidade - ao menos em algumas de suas correntes dominantes - como um projeto de encobrimento da finitude humana. Nessa perspectiva o confronto entre a Psicanálise e a Filosofia possibilita resgatar um saber que não só não dissimula a angústia mas nela se sustenta.<hr/>In this article, we intend to analyze the inter-relationship between Psychoanalysis and Philosophy considering the radical interpretation of modernity, or, in other words, a form of thought that conceives modernity - at least some of its dominating tendencies - as a project of camouflaging human finitude. In this perspective, a confrontation between Psychoanalysis and Philosphy pemits one to salvage knowlege that not only dissimulates anxiety, but that can also be sustained by it. <![CDATA[<b>A angústia nos autismos e nas psicoses da infância</b>]]> http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-73952008000200003&lng=pt&nrm=iso&tlng=pt A localização da angústia nos autismos e psicoses da infância implica, primeiramente, explicitar a concepção de constituição subjetiva como tributária de formações defensivas resultantes das precipitações da angústia: são as necessárias respostas ao real tão perturbador quanto inacessível que distinguem o campo simbólico no qual o sujeito se estabiliza a ponto de antecipá-la em sinal. Nesse contexto, a angústia nos autismos e nas psicoses adquire conotações específicas de impasse na constituição subjetiva, posto que figuram a redução da alteridade à sua dimensão real (a) ou à sua dimensão simbólica (A). Alerta-se, então, para a modalidade de tratamento clínico denominada tratamento do Outro.<hr/>The localization of anxiety in infantile autisms and psychoses implys, in the first place, on expliciting the concept of the constitution of the individual as a tributary to defensive formations that result form the precipitation of anxiety: these are the necessary responses to the upsetting and unaccessable real that distinguishes the symbolic field from which the individual finds the stability that enables one to anticipate anxiety by a signal. In this context, the anxiety in autisms and psychoses aquires specific impassive connotations in the constitution of the individual, which illustrate the reduction of “alterity” to its real dimension (a) or to its symbolic dimension (A). Special attention to the clinical treatment denominated: the Other’s treatment. <![CDATA[<b>Da angústia ao desejo do analista</b>]]> http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-73952008000200004&lng=pt&nrm=iso&tlng=pt A angustia é o ponto último diante do real, sendo portanto uma balisa na condução do tratamento. Neste texto a autora aborda a questão da angústia não do lado do analisante, mas do lado do analista, para mostrar como foi através do conceito de contratransferência que Lacan pôde formalizar o conceito de desejo do analista. O que está em jogo então é a análise do analista enquanto propicia na economia do desejo do sujeito o surgimento de um “desejo maior”.<hr/>Anxiety is the last point before the real, being therefore a conductor of treatment. In this article, the author discusses the analyst’s anxiety in order to demonstrate how Lacan used the concept of counter-transference to formalize the concept of anxiety. So being, it is the analyst’s analysis that proportions, in the economy of the individual’s wish, the appearence of the “greater wish”. <![CDATA[<b>A angústia como incidência clínica do irrepresentável da pulsão</b>: <b>desamparo, trauma e repetição</b>]]> http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-73952008000200005&lng=pt&nrm=iso&tlng=pt As inquietações que nos trouxeram a estas investigações surgiram a partir de minha experiência clínica. O que causa meu trabalho teórico e o que instiga minha escrita como analista é a escuta de meus pacientes. De algum modo os efeitos desta produção devem a eles retornar. E acredito que é nesta tensão entre o singular (o inédito que se apresenta na escuta de cada paciente em nossa clínica) e o universal (que toda teoria pretende) que a transmissão da psicanálise pode acontecer com mais rigor e vigor. Foi no contexto da escrita da dissertação de Mestrado, concluída em julho de 2006, “Inscrição e destinos do irrepresentável da pulsão: deslizamentos teóricos e incidências na clínica psicanalítica”1, que a abordagem do tema da angústia se impôs. Realizamos uma retomada de textos freudianos e assinalamos os desdobramentos na teoria freudiana da angústia que realçam a presença de elementos do domínio do irrepresentável, através de um deslizamento conceitual sobre desamparo, trauma, compulsão à repetição e pulsão de morte.<hr/>This investigation was brought on by doubts that have come up in my clinical practice. Both, my theoretical work and my writings as an analyst have resulted from what I have heard from my patients. These effects should return to them. I believe that it is the existing tension between the singular (the inedita that appears in what we hear from each patient) and the universal (that which all theory intends to produce) that psychoanalytic transmission can happen more vigorously and rigorously. It was in the context of my Master’s dissertation, concluded in July 2006, ‘Inscriptions and destinations of what is non-representable in drive (instinct); theoretical movements and incidents in clinical psychoanalysis’, [1] that the approximation to anxiety occurred. We have studied Freudian texts and pointed out developments in the Freudian theory on anxiety that highlight the presence of elements from the domain of what is non-representable by using movements in the concepts of helplessness, trauma, the conpulsion to repeat, and the death instinct. <![CDATA[<b>O corpo do psicanalista</b>: <b>possíveis impactos da clínica no corpo do analista</b>]]> http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-73952008000200006&lng=pt&nrm=iso&tlng=pt Este artigo reflete sobre um tema pouco explorado: o corpo do analista. O autor discute os possíveis impactos da clínica no corpo do psicanalista. Analisa como o corpo pode ser afetado, a longo prazo, pelo contato com fortes projeções de angústia e hostilidade dos pacientes. Conclui que os restos e pontos cegos da análise do próprio psicanalista, somados à face inconsciente da contratransferência, podem ter um efeito danoso para o seu corpo.<hr/>This article discusses a rarely explored theme: the psychoanalyst’s body. The author considers the possible impacts of clinical pratice on the psychoanalyst’s body. He analyses how the body can be affected, within a long period of time, by the contact with massive projections of anxiety and hostility coming from the patients. The article concludes that the remains and the blind points from the psychoanalyst’s own analysis, together with the unconscious face of counter-transference, can bring a harmful effect to his body. <![CDATA[<b>Do corpo imaginário ao corpo marcado pelo objeto <i>a</i> no ensino de Lacan</b>: <b>uma torção</b>]]> http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-73952008000200007&lng=pt&nrm=iso&tlng=pt O artigo tem como objetivo abordar no ensino de Lacan o estádio do espelho - em que o corpo aparece como imagem a ser construída - e o esquema óptico - no qual se destacam o Outro na aquisição dessa imagem e a presença do objeto a no corpo pulsional. Mais interessante que ver esses dois momentos de forma separada e excludente, propomos uma torção, inspirada na banda de Moebius, na abordagem do corpo no ensino de Lacan, ou seja, um corpo imaginário que não deixa de apontar para um resto irrepresentável representado pelo objeto a.<hr/>The article discusses Lacan’s mirror stage in education - in which the body appears as an image to be built - and the optical scheme - which highlights the Other in the acquisition of the image and the presence of the object a in the instinctual body. More interesting than seeing these two moments in an isolated and exclusionary form, we propose a torsion, inspired by the Moebius band, in the approach of the body in education as elaborated by Lacan, an imaginary body that doesn’t fail to point to an unrepresentable rest represented by the object a. <![CDATA[<b>A dama da lagartixa</b>: <b>um caso de fobia</b>]]> http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-73952008000200008&lng=pt&nrm=iso&tlng=pt A clínica da fobia se apresenta como um desafio à direção do tratamento, fazendo-nos rever as noções de falo como operador estrutural, de angústia, gozo, fantasma e objeto, chegando ao ponto mais irredutível da estrutura do sujeito freudiano que é o objeto a. Indaga-se se tais particularidades fariam da fobia uma terceira neurose. Um caso clínico vem ilustrar e aquecer as discussões.<hr/>Clinical work with phobias is a challenge to the direction of treatment which has brought us to reconsider several concepts such as: phallus (as a structural operator), anxiety, joy (juoissance), and even more, the most resistant structure known in the Freudian subject: the object a. We ask if these particularities might lead us to understand phobia as a third neurosis. A clinical case study is herein presented to illustrate our point of view and, also, to heat up our discussion. <![CDATA[<b>A cor da castração</b>]]> http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-73952008000200009&lng=pt&nrm=iso&tlng=pt A partir do caso clínico de fobia infantil conhecido como “O pequeno Hans”, de Freud, investiga-se detalhadamente a constituição da cadeia significante que sinaliza para a equação castração-angústia-recalque-neurose. A seqüência cronológica de fatos centrais da história é dividida em momentos específicos, ao longo dos quais se articulam teoria e clínica na gênese das fobias.<hr/>Stemming from Freud’s clinical report on a child’s animal phobia, a careful study is done on the process of building a chain of signifiers which points to the equation castration-anxiety-repression. The chronology of the main facts in this case have been divided into specific moments, allowing an overview of theory and clinical aspects in the genesis of phobia. <![CDATA[<b>A relação sujeito-trabalho-organização na contemporaneidade e a psicanálise</b>: <b>porta de saída ou pacto com o diabo?</b>]]> http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-73952008000200010&lng=pt&nrm=iso&tlng=pt O objetivo do artigo é estudar a relação sujeito/trabalho/organização a partir do ponto de vista da psicanálise. No ambiente organizacional o capital demanda um novo perfil de profissional, diferente daquele da era industrial, e diante dessa nova realidade o sujeito busca se inserir. Qual o papel que cabe à psicanálise, tanto em sua dimensão clínica como em sua extensão, diante desses novos desafios trazidos pela contemporaneidade? Será a psicanálise uma possível porta de saída para os impasses trazidos ao mercado de trabalho pela modernidade?<hr/>This paper aims to study the subject/work/organization relationship from the point of view of psychoanalysis. This approach promotes the observation of such subjects in the organizational environment in a new perspective. The context is capitalism in its post-industrial phase, together with the hegemony of the capital discourse. In the contemporary era, the role reserved to the subject by the capital is of the consumer itself. Modern organizations now demand a new professional profile, which is different from the model used during the industrial era. The subject struggles to deal with this new scenario, which offers him new possibilities to articulate enjoyment and desire. Which role does psychoanalysis play in regard to new challenges brought to the contemporary era? Is it possible to think of psychoanalysis as a way out of job-related dilemmas of Post-Modernity, or would psychoanalysis be risking to establish a pact with devil? <![CDATA[<b>As relações de trabalho contemporâneas e a perversão</b>]]> http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-73952008000200011&lng=pt&nrm=iso&tlng=pt Teorias e práticas recentes em gestão de recursos humanos nas organizações apontam para a possibilidade de um controle absoluto do homem sobre o ambiente, assim como sobre si mesmo. Uma análise desse novo discurso a partir de conceitos advindos da psicanálise é capaz de indicar um elo entre elementos sutis de controle inseridos em certas práticas de gestão de pessoas e a perversão, fornecendo elementos de pesquisa e reflexão para gestores de empresas e para profissionais ligados à saúde mental.<hr/>Recent theories and practices in human resources management indicate the possibility of a complete control of man over his environment as well as himself. The analysis of this new concept from a psychoanalytical point of view shows a close relation between control strategies that are part of some management practices and perversion, generating research elements for managers and other professionals in mental health field.