Scielo RSS <![CDATA[Revista Brasileira de Psicanálise]]> http://pepsic.bvsalud.org/rss.php?pid=0486-641X20070003&lang=pt vol. 41 num. 3 lang. pt <![CDATA[SciELO Logo]]> http://pepsic.bvsalud.org/img/en/fbpelogp.gif http://pepsic.bvsalud.org http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0486-641X2007000300001&lng=pt&nrm=iso&tlng=pt <![CDATA[<B>Isaias Raw</B>: <B>entrevista</B>]]> http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0486-641X2007000300002&lng=pt&nrm=iso&tlng=pt <![CDATA[<B>Trajetória de um cientista engajado</B>: <B>"viver é perigoso": comentário à entrevista de Isaias Raw</B>]]> http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0486-641X2007000300003&lng=pt&nrm=iso&tlng=pt Com a entrevista de Isaias Raw, o leitor acompanha um testemunho vivo que nos desperta admiração pelo engajamento humanístico em prol da preservação da qualidade de vida humana. A entrevista expõe trechos da trajetória biográfica de um homem idealista e revolucionário que se transformou num combatente experiente e realista.<hr/>The commentaries will give the reader the chance to share the testimony of a living witness whom we feel compelled to admire for his humanitarian commitment to the quality of human life. The interview reveals chapters of the biography of an idealist and revolutionary man who turned himself into an experienced and realistic combatant.<hr/>A través de la entrevista de Isaias Raw, el lector tendrá la oportunidad de acompañar un testigo vivo que nos despierta admiración por su dedicación humanista en preservar la calidad de vida humana. La entrevista expone trechos de la trayectoria biográfica de un hombre idealista y revolucionario que se transformó en un combatiente experiente y realista. <![CDATA[<B>Sonhar a psicanálise</B>: <B>comentário à entrevista de Isaias Raw</B>]]> http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0486-641X2007000300004&lng=pt&nrm=iso&tlng=pt A autora reflete sobre o lugar da psicanálise no mundo do conhecimento - se é uma ciência, uma arte, uma técnica etc. - e se coloca a favor de entendê-la em sua singularidade e em seu caráter revolucionário, tanto do ponto de vista histórico como do ponto de vista do exercício clínico, não podendo ser enquadrada em outras áreas do conhecimento humano.<hr/>The author analyses the place of psychoanalysis in the world of knowledge: whether it is a science, an art, a technique etc. She favors the understanding of psychoanalysis considering its uniqueness and its revolutionary characteristic, as well as from a historical point of view as from the viewpoint of the clinical exercise, which prevents it from being placed among other fields of knowledge.<hr/>La autora hace reflelxiones acerca del lugar que ocupa el psicoanálisis en el mundo del conocimiento: si es una ciencia, una tecnica etc. Se ubica en el entendimiento de que el psicoanalisis tiene singularidade y caráter revolucionario desde el punto de vista histórico, bien como desde el punto de vista clínico, no permitiendo ser encajada en otras areas del conocimiento humano. <![CDATA[<B>A análise didática deve ser mantida?</B>]]> http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0486-641X2007000300005&lng=pt&nrm=iso&tlng=pt O artigo começa relembrando alguns dos pontos centrais que o autor abordou em seu trabalho "Subservient analysis" (International Journal of Psycho-Analysis, 2003, 84: 1241-1262), tais como a divisão entre classes de analistas, o proselitismo ideológico, a concentração excessiva de poder, a identificação realista, a atmosfera paranóide e as identificações doentias que caracterizam o funcionamento da análise didática. Finaliza essa parte com uma citação de Kernberg a respeito dos efeitos tóxicos do atual sistema de análise didática. Na segunda parte, baseado num poema de Antonio Machado, o autor propõe um modelo de análise de modo a ressaltar a disparidade e oposição entre a prática da análise tout court e de análise didática. Ao final, o autor mostra como a análise didática é uma produção histórica resultante de uma manobra política do estamento burocrático que visava manter e reproduzir a estrutura funcionante da Instituição imobilizando-a.<hr/>The article is initiated by touching upon some of the main issues approached by the author in his paper "Subservient analysis" (International Journal of Psycho-Analysis, 2003, 84, 1241-1262), such as the division amongst groups of analysts, the ideological proselytism, the excessive concentration of power, the realist identification, the paranoid atmosphere and the pathological identifications that characterize the fucntioning of training analysis. He ends this portion with a citation by Kernberg regarding the toxic effects of the present training analysis system. In the second part, the author, based in a poem by Antonio Machado, proposes a model of analysis so as to highlight the disparity and opposition between the practice of tout court analysis and training analysis. The author ends by showing that training analysis is a historical production resulting from a political maneuver of the burocratical establishment which aimed to maintain and reproduce the functioning structure of the institution by immobilizing it.<hr/>El artículo comienza recordando algunos de los puntos centrales que el autor abordó en su trabajo "Subservient análisis" (International Journal of Psycho-Analysis, 2003, 84, 1241-1262,), tales como la división entre clases de analistas, el proselitismo ideológico, la concentración excesiva de poder, la identificación realista, la atmósfera paranoica y las identificaciones enfermizas que caracterizan el funcionamiento del análisis didáctico. Finaliza esa parte con una citación de Kernberg a respecto de los efectos tóxicos del actual sistema del análisis didáctico. En la segunda parte, con base en un poema de Antonio Machado el autor propone un modelo de análisis didáctico de suerte a hacer sobresalir la disparidad y oposición entre la práctica del análisis tout court y del análisis didáctico. Al final el autor muestra como el análisis didáctico es una producción histórica resultante de una maniobra política del estado burocrático que visaba mantener y reproducir el funcionamiento de la estructura institucional inmovilizándola. <![CDATA[<B>Análise didática</B>: <B>uma questão sem solução?</B>]]> http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0486-641X2007000300006&lng=pt&nrm=iso&tlng=pt Inicialmente se procura caracterizar a psicanálise, definida e apresentada com diferentes objetivos, os quais se mostram coerentes e mesmo complementares, sendo assinalado o perigo de serem tomados isoladamente. São discutidos os aspectos peculiares da análise didática, como sua regulamentação, a relação do analista no meio societário e sua função didática. As motivações que podem levar um postulante a procurar uma análise didática também são alvo de considerações. Discute-se a divisão em duas psicanálises- a especial, para os candidatos, e a normal, para os pacientes-, bem como a divisão dos analistas em duas classes. A existência de um grupo de analistas considerado como elite possibilita que estes se arroguem o direito de ditar normas e regulamentos, excluindo a participação democrática de toda a instituição. O autor conclui afirmando que, se a análise dos que querem ser psicanalistas é um quesito indispensável a sua formação, não há como fugir de uma psicanálise que se chame ou não didática. Contudo, é necessário reformular os critérios que envolvem a análise de candidatos.<hr/>Initially there is an attempt to characterize psychoanalysis, defined and presented with different goals, which are coherent and up to an extent, complementary. The hazard of these being solely taken is pointed out. Training analysis’ peculiar aspects are discussed, such as: its regulation, the analyst’s relationship in the society he belongs to and its training function. Motivations that might lead to the seeking of training analysis are also at the core of considerations. A division into two different psychoanalysis is discussed- a special one, for candidates, and a normal one, for patients-, as well as the division between two classes of analysts. The existence of a group of analysts considered as an elite enables them the right to dictate rules and regulations, excluding the institution’s democratic participation as a whole. The author concludes by stating that, if the analysis of those who wish to become psychoanalysts is an essential part of their training, there is no way of escaping an analysis whether it is named as training analysis or not. However it is necessary to reformulate the criteria involving candidates’ analysis.<hr/>Inicialmente, se trata de caracterizar el psicoanálisis, que se define y presenta con diferentes objetivos, los cuales se muestran coherentes y hasta mismo complementares, mostrándose el peligro de que se tomen separadamente. Son discutidos los aspectos peculiares del análisis didáctico, como su reglamentación, la relación del analista en el medio societario y su función didáctica. Las motivaciones que pueden llevar a un postulante a buscar análisis didáctico también son tomadas en consideración. Se discute la división en dos psicoanálisis- la especial, para los candidatos, y la normal, para los pacientes-, bien como la división de dos clases de analistas. La existencia de un grupo de analistas considerado como elite posibilita que estos se den el derecho de dictar normas y reglamentos, excluyendo la participación democrática de toda la institución. El autor concluye afirmando que, se el análisis de los que quieren ser analistas es un requisito indispensable para su formación, no hay como escapar de un análisis que se llame o no didáctico. Con todo, es necesario repensar los criterios que envuelven el análisis de los candidatos. <![CDATA[<B>Do baluarte ao <I>enactment</I></B>: <B>o "não-sonho" no teatro da análise</B>]]> http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0486-641X2007000300007&lng=pt&nrm=iso&tlng=pt O objetivo do trabalho é discutir modelos que expressem o que ocorre na situação analítica. Demonstra-se que os modelos iniciais, relacionados à pintura e à escultura, à história e à arqueologia, se expandem para outros que indicam relação entre duas pessoas. Estuda-se, em detalhes, o modelo de campo analítico, dos Baranger, com seus baluartes obstrutivos, base para a compreensão do que atualmente se valoriza como intersubjetividade em psicanálise. Em seguida se discutem o modelo continente/contido e o fenômeno do recrutamento do analista pelo paciente. A partir de material clínico, mostra-se como esses modelos se articulam com o enactment ("colocação em cena patológica da dupla") e, a partir desse conceito, evidencia-se a importância da imagem visual, do sonho e do "não-sonho" e do conceito de "pictograma afetivo", como aspectos privilegiados para a compreensão e evolução do pensar. Sua importância leva à proposta do modelo do teatro como metáfora de processo analítico. Nele, analista e paciente participam, ao mesmo tempo, como personagens e co-autores das cenas.<hr/>The objective of this paper is to discuss models which express what occurs in the analytical situation. It demonstrate how the initial models, related to painting and sculpture, to history and archeology, develop into other models that indicate the relationship between two persons. The Baranger’s "analytical field" is thoroughly studied, with its obstructive baluarts, as basic knowledge for the comprehension of what is currently valued as intersubjectivity in psychoanalysis. It is discussed the container-contained model and the phenomenon of "recruitment". From clinical material it is shown how these models are linked with the "enactment", and the study of this concept evidences the importance of the visual image, the dream and "non-dream", the "affective pictogram", as privileged aspects for the comprehension and evolution of thought in the analytical process. Its importance leads to the proposal of the theater model as a metaphor of the analytical process. In it, the analyst and the patient both participate as characters and as co-authors of the scenes at the same time.<hr/>El objetivo de este trabajo es discutir modelos que expresen lo que ocurre en la situación analítica. Se demuestra que los modelos iniciales, relacionados a la pintura y la escultura, a la historia y la arqueología, se expanden para otros que indican relación entre dos personas. Se estudia, en detalles, el modelo del campo analítico, de los Baranger, con sus baluartes obstructivos, base para la comprensión de lo que actualmente se valoriza como intersubjetividad en psicoanálisis. A seguir se discuten el modelo continente/contenido y el fenómeno del reclutamiento del analista por el paciente. Partiendo del material clínico se muestra como esos modelos se articulan con el enactment ("colocación en escena patológica de la dupla"), y a partir de este concepto se evidencia la importancia de la imagen visual, del soñar y el no soñar, y del concepto de "pictograma afectivo", como aspectos privilegiados para la comprensión y evolución del pensamiento. Su importancia lleva a la propuesta del modelo del teatro como metáfora del proceso analítico. En él, analista y paciente participan, al mismo tiempo, como personajes y co-autores de las escenas. <![CDATA[<B>Confiança</B>: <B>a experiência de confiar na clínica psicanalítica e no plano da cultura</B>]]> http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0486-641X2007000300008&lng=pt&nrm=iso&tlng=pt A partir das elaborações teóricas e clínicas de psicanalistas como M. Balint, D. Winnicott e A. Green e com base em uma interpretação da vida social e cultural contemporânea (A. Giddens e A. Elliott, entre outros), será focalizado o tema da confiança. Trataremos das condições sociais e psíquicas que dão suporte aos processos de constituição da confiança e, de outro ângulo, da confiança no ambiente e no objeto primário como condição para a saúde mental. Em especial, será apresentada uma visão acerca de como o processo de cura em psicanálise enfrenta hoje o desafio da desconfiança na relação terapêutica e de como a desconfiança incide nos tratamentos e nos diversos elementos do setting analítico na clínica contemporânea.<hr/>There are social and psychic conditions that support the process of trust. The problem of trust can be dealt with in the field of the primary object as a condition of mental health. These are the theoretical and clinical contributions made by psychoanalysts like M. Balint, D. Winnicott and A. Green. Another source of knowledge on the theme is the interpretations of contemporary social and cultural life by Anthony Giddens and Anthony Elliot, among others. A special presentation is made of how the process of cure in psychoanalysis faces today the challenge of mistrust in the therapeutic relationship and of how mistrust is present in the diverse elements of the analytic setting in contemporary clinical psychoanalysis.<hr/>A partir de las elaboraciones teóricas y clínicas de psicoanalistas como M. Balint, D. Winnicott y A. Green, y además, con base en una interpretación de la vida social y cultural contemporánea, será considerado el tema de la confianza. Vamos teorizar sobre las condiciones sociales y psíquicas que pueden sostener los procesos de constitución de la confianza. Desde otro ángulo, trataremos de la confianza en el entorno y en el objeto primario como condiciones de la salud mental. En particular, se presentará una visión acerca de como el proceso de cura en psicoanálisis afronta hoy el desafío de la desconfianza en la relación terapéutica y de como la desconfianza alcanza los tratamientos y los varios elementos del setting analítico en la clínica contemporánea. <![CDATA[<B>A importância da teoria de Winnicott sobre a comunicação para a construção do significado ético da psicanálise</B>]]> http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0486-641X2007000300009&lng=pt&nrm=iso&tlng=pt A teoria de Winnicott sobre a comunicação contempla uma dimensão paradoxal. Ao reconhecer diferentes necessidades do self individual, Winnicott salienta tanto a necessidade de que o sujeito possa comunicar-se com os objetos, como a necessidade de que certos aspectos do self permaneçam continuamente não-comunicados. A autenticidade e a vitalidade do espaço terapêutico derivam da manutenção desse paradoxo entre comunicar-se e não se comunicar no diálogo psicanalítico. A ética do método psicanalítico sustenta-se nesse equilíbrio paradoxal de comunicação.<hr/>Winnicott’s theory on communication has a paradoxical dimension, as he points out that although the self enjoys communication it has as well a private core that is permanently non-communicating. The authenticity and liveliness of the therapeutic setting arise from the maintenance of this paradoxical balance between communicating and non-communicating on the psychoanalytical dialogue. The ethics of the psychoanalytic method lies on this paradoxical balance of communication.<hr/>La teoría de Winnicott sobre la comunicación tiene una dimensión paradójica. Al reconocer diferentes necesidades del self individual, Winnicott destaca tanto la necesidad de que el sujeto pueda comunicarse con los objetos, en cuanto la necesidad de que ciertos aspectos de su self permanezcan continuamente no comunicados. La autenticidad y vitalidad del espacio terapéutico deriva de la manutención de esa paradoja entre comunicarse y no se comunicar en el diálogo psicoanalítico. La ética del método psicoanalítico se sostiene en este equilibrio paradójico de la comunicación. <![CDATA[<B>Traçados de linhas de memória e de observação da natureza da mente</B>]]> http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0486-641X2007000300010&lng=pt&nrm=iso&tlng=pt A autora convoca algumas linhas de observação para construir o fio da memória através de materiais clínicos e caminhar em busca da representação de alguns dos fenômenos da natureza da mente, entendendo-a como dotada de complexidade a tal ponto que, somente por artifícios de ordem científica, os modelos, é possível falar de suas partes. Usando principalmente as formulações de Bion, procura expressar a interação entre o senso de existência e o senso de inexistência, ambos relacionados à falta. Na elaboração desses referenciais, chega ao senso de potência e propõe uma tentativa de sair da dicotomia que possam sugerir para assumir a transiência entre eles. Em seguida, faz considerações sobre a percepção de vestígios da presença e da ausência de objetos, ambas mentais e ocorrendo na base das experiências do vínculo emocional, e os relaciona a essas observações sobre o senso de existência e de inexistência ligados à falta.<hr/>The author summons some observation lines to build the thread of the memory through clinical materials and to walk in search of the representation of some of the phenomena of the nature of the mind, understanding it as endowed with complexity to such point that, only for artifice of scientific order, the models, is possible to speak about their parts. Using mainly the formulations of Bion, she tries to express the interaction between the sense of existence and the sense of inexistence, both related to the lack. In the elaboration of those referential, she comes to the sense of potency and proposes an attempt of leaving of the dichotomy that they can suggest to assume the transience among them. Afterwards, she makes considerations around the perception of tracks of the presence and absence of objects, both mental ones and that happen in the base of the experiences of the emotional bond, relating them to those observations on the sense of existence and of inexistence linked to the lack.<hr/>La autora hace uso de algunas líneas de observación para construir el hilo de la memoria, por medio de material clínico, y para caminar en busca de la representación de algunos fenómenos de la naturaleza de la mente, entendiendo a ésta como dotada de una complejidad a tal punto, que solamente por un artificio de orden científico, los modelos, es posible hablar de las partes que la componen. Fundamentalmente la autora usa las formulaciones de Bion y busca expresar la interacción que entre el sentido de la existencia y el sentido de la inexistencia, ambos relacionados con la falta. Para la construcción de esos referenciales, arriba al sentido de potencia y propone una tentativa de salir de la dicotomía que esos referenciales pueden sugerir para asumir lo que Bion denominaba de "trasiencia" entre ellos. Enseguida, realiza consideraciones al respecto de la percepción de vestigios de la presencia y ausencia de los objetos, ambos mentales y que suceden en la base de las experiencias del vínculo emocional, relacionándolos a esas observaciones sobre el sentido de la existencia y de la inexistencia vinculados a la falta. <![CDATA[<B>Processo psicanalítico e pensamento</B>: <B>aproximando Bion e Matte-Blanco</B>]]> http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0486-641X2007000300011&lng=pt&nrm=iso&tlng=pt Através da aproximação entre Bion e Matte-Blanco, a autora procura destacar a visão do método psicanalítico como promotor de expansão da capacidade do paciente de pensar suas experiências emocionais. Em seguida a um pequeno resumo das idéias de cada autor, são destacados alguns pontos de confluência entre ambos: a forma de perceber o campo dos fenômenos observados pela psicanálise, a intuição como método para observar esse campo, os sentimentos como matéria-prima para o pensar, a importância do conceito de infinito em psicanálise. É salientada a forma como as idéias de Matte-Blanco auxiliam na compreensão das propostas de Bion. Após essas correlações, a autora se detém em questões referentes ao método psicanalítico, propondo um modelo no qual o analista funcionaria como um mediador/catalisador no processo de revisão das formas com que o paciente organizou suas experiências emocionais e as teorias construídas para sustentar essas hipóteses. Fragmentos de material clínico são apresentados.<hr/>Using the convergence between Bion and Matte-Blanco, the author attempts to stress the view of the psychoanalytical method as promoter of expansion of the ability of the patient to think his emotional experiences. After a brief résumé of the ideas of both Bion and Matte-Blanco, certain points of congruence between the two are emphasised: the way of perceiving the range of phenomena observed by psychoanalysis, intuition as a method for observing this field, the feelings as the raw material for thinking, and the importance of the concept of infinity in psychoanalysis. The way in which the ideas of Matte-Blanco assist in the understanding of Bion’s propositions is highlighted. Following these correlations, the author discusses certain questions pertinent to the psychoanalytical method and proposes a model in which the analyst acts as a mediator/catalyst in the process of revision of the ways in which the patient has organized his emotional experiences and the theories constructed to support these hypotheses. Samples of clinical material are presented.<hr/>A través de la aproximación entre Bion y Matte-Blanco, la autora trata de destacar la visión del método psicoanalítico como promotor de la expansión de la capacitad del paciente pensar sus experiencias emocionales. A seguir de un pequeño resumen de las ideas de cada autor, son destacados algunos puntos de confluencia entre ambos: la forma de percibir el campo de los fenómenos observado por el psicoanálisis, la intuición como método para observar este campo, los sentimientos como materia prima para pensar, la importancia del concepto de infinito en el psicoanálisis. Se destaca la forma como las ideas de Matte-Blanco auxilian la comprensión de las propuestas de Bion. Después de estas correlaciones, la autora se detiene en algunas cuestiones referentes al método psicoanalítico, proponiendo un modelo en el cual el analista funcionaria como un mediador/catalizador en el proceso de revisión de las formas como el paciente organizó sus experiencias emocionales y las teorías construidas para sostener estas hipótesis. Fragmentos de material clínico son relatados. <![CDATA[<B>Cabelos</B>: <B>da etologia ao imaginário</B>]]> http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0486-641X2007000300012&lng=pt&nrm=iso&tlng=pt O atendimento de uma criança que tinha grande atração por "cabelos" levou a autora a investigar o tema. Foi realizado um apanhado da função dos cabelos do ponto de vista anatômico, biológico e etológico, concluindo-se que, tendo uma função protetora onto e filogenética, os cabelos constituem a pré-concepção de um objeto que nos contém e mantém seguros. O fato de os cabelos se prestarem a ser utilizados como defesa contra diferentes tipos de angústia encontra expressão nos hábitos e costumes dos povos, em diferentes épocas, em seus mitos e contos. Os cabelos surgem também com freqüência nas situações clínicas, e a autora aponta seu uso para fazer frente às angústias de separação, sua manipulação como defesa contra angústias persecutórias, a alopecia como expressão do medo da perda do objeto de amor e como expressão de defesa contra o risco de se tornar "não-ser".<hr/>The attendance of a child who had great attraction for hair led the author to do an investigation about such theme. It was gathered an amount of information about the hair’s function regarding the anatomical, biological and ethological aspects. It concluded that, having a phylogenic and ontological protecting role, the hair establishes a pre-conception of an object which contain us and keep us safe. The fact of the hair being a defense agent against several types of grief finds expression among several peoples’ costumes, in their remained myths and tales, in which the hair is pointed out. It also suggests breaking up grieves; manipulation as defense against persecutory sorrows; alopecy as expression of fear of losing an object of love and even as expression of defense against a risk of turning into "not-being".<hr/>El interés de un niño que sentía gran atracción por cabellos le ha llevado a la autora hacer una investigación sobre el tema. Se ha realizado un recogido de la función de los cabellos desde el punto de vista anatómico, biológico y etológico, concluyendo que, habiendo una función protectora onto y filogenética, cabellos constituyen la preconcepción de un objeto que nos contiene y mantiene seguros. El hecho de "cabellos" prestarse a ser utilizado como defensa contra diferentes tipos de angustia encuentra expresión en los hábitos y costumbres de varios pueblos, en sus mitos y cuentos, que son aquí mencionados. "Cabellos" surgen también con frecuencia en las situaciones clínicas, y aquí la autora señala su uso para hacer frente a las angustias de separación, su manipulación como defensa contra angustias persecutorias, alopecia como expresión del miedo a la pérdida del objeto de amor y además como expresión de defensa contra el riesgo de volverse "no-ser". <![CDATA[<B>O analista trabalhando</B>: <B>modelos e teoria da técnica no momento atual</B>]]> http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0486-641X2007000300013&lng=pt&nrm=iso&tlng=pt Ter capacidade de insight, e não apenas insight, é apresentado como objetivo central de um novo modo de pensar sobre a técnica psicanalítica. Ele se baseia na observação de que o que muda em psicanálise não é o que os pacientes pensam, mas, sim, o modo como eles pensam sobre o que pensam. São apresentadas várias metáforas que apreendem esse novo modo de trabalho.<hr/>The goal of insightfulness, rather than insight, is presented as central to a new way of thinking about psychoanalytic technique. It is based upon the author’s observation that what changes in psycho­analysis is not what patients think about, but rather how they think about what they think about. Several metaphors are presented that capture this new way of working.<hr/>El objetivo de tener capacidad de insight, en vez de apenas insight, lo muestra como central en una nueva manera de pensar la técnica psicoanalítica. Con base en la observación del autor sobre lo que muda en el análisis no es lo que los pacientes piensan, más si el modo como ellos piensan sobre lo que ellos piensan. Muestra varias metáforas que aprehenden este nuevo modo de trabajar. <![CDATA[<B>O discurso do adolescente em análise e o esgarçamento do tecido transicional</B>: <B>a mudança da psicopatologia na sociedade contemporânea</B>]]> http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0486-641X2007000300014&lng=pt&nrm=iso&tlng=pt Três pequenas vinhetas clínicas são relatadas para mostrar, através do discurso adolescente, como um "esgarçamento" mais ou menos extenso da experiência transicional pode ser considerado uma fonte de sofrimento psíquico e a origem de uma nova forma de "mal-estar na civilização" contemporânea. Como psicanalistas, deveríamos olhar a adolescência como um de nossos observatórios privilegiados, pela função que exerce de vínculo cultural entre gerações: as novas formas de descontentamento cultural perturbam a estruturação e o funcionamento da vida psíquica, em especial os processos de transformação e mediação, que são os mais frágeis e sensíveis aos efeitos metapsíquicos da intersubjetividade. À maneira de um observatório, a adolescência nos dá a chance de ver, quase em tempo real, o quão rápidas, totalizantes, transitórias e "inapreensíveis" podem ser as mudanças no modo de pensar e representar a realidade interna e externa, o quão incipientes e ao mesmo tempo abortivas elas podem ser. A adolescência ilumina aspectos do "mal-estar na cultura", assim como os "descontentamentos" do analista, que precisa fazer frente a eles. Focalizam-se aqui alguns problemas em particular: o papel do trauma e seu impacto no ego, que não é "preparado" para cooperar com o que ainda não está representado, o conseqüente não-desenvolvimento da diferenciação entre realidade e fantasia, a legitimação progressiva da "auto-sensorialidade autística" e o aumento dos "distúrbios psíquicos autístico-miméticos" como um marco da idade.<hr/>Three short clinical vignettes are reported to show, through the adolescent discourse, how a more or less extensive "laceration" of the transitional experience can be considered a source of psychic suffering and an origin of new form of "discontent with civilization" in contemporary society. As psychoanalysts, we should regard adolescence as one our privileged observatory, because of its function as a cultural link between generations: the new forms of civilization’s discontents disturb the structuring and functioning of psychic life, especially the processes of transformation and mediation, which are the most fragile and sensitive to the meta-psychic effects of intersubjectivity. As an observatory, adolescence gives us the chance to see, almost in real time, how rapid, overwhelming, transient and "ungraspable" are the changes in ways of thinking, of representing inner and external reality- how incipient and at the same time abortive they may be; it highlights aspects of "civilization’s discontents", and along with these the "discontents" of the analyst who has to face them. Some issues are particularly focused on: the role of trauma and its impact on an ego which is "not prepared" to cope with what is not yet representable; the consequent undeveloped differentiation between reality and phantasy; the progressive legitimation of the "autistic auto-sensuousness" and the increase of "the autistic-mimetic psychic disturbances" as the mark of the age.<hr/>Tres pequeñas viñetas clínicas son relatadas para mostrar, a través del discurso adolescente, como el dilaceramiento más o menos extenso de la experiencia transicional puede ser considerado una fuente de sufrimiento psíquico y el origen de una nueva forma de "malestar en la cultura "contemporánea. Como psicoanalistas, deberíamos mirar para la adolescencia como uno de nuestros observatorios privilegiados, por ejercer la función de un vínculo cultural entre generaciones: las nuevas formas de descontentamiento cultural perturba la estructuración y el funcionamiento de la vida psíquica, especialmente los procesos de transformación y mediación que son los mas frágiles y sensibles a los efectos metapsíquicos de la intersubjetividad. Como un observatorio la adolescencia nos da la chance de ver, casi en tiempo real, lo tan rápido, extenso, transitorio e "inaprensible" pueden ser las mudanzas en el modo de pensar y representar la realidad interna y externa- tan incipientes y al mismo tiempo abortivas ellas pueden ser; la adolescencia ilumina aspectos del "malestar en la cultura", y más allá de eso los "descontentamientos" del analista que precisan hacer frente a ellos. Algunos problemas son enfocados en particular: el papel del trauma y su impacto en el ego que no está "preparado" para cooperar con lo que aun no está representado; consecuentemente el no desarrolló de la diferenciación entre realidad y fantasía; la legitimación progresiva de la "autosensorialidad autística" y el aumento de los "disturbios psíquicos autísticos-miméticos" como marcas de su edad. http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0486-641X2007000300015&lng=pt&nrm=iso&tlng=pt Três pequenas vinhetas clínicas são relatadas para mostrar, através do discurso adolescente, como um "esgarçamento" mais ou menos extenso da experiência transicional pode ser considerado uma fonte de sofrimento psíquico e a origem de uma nova forma de "mal-estar na civilização" contemporânea. Como psicanalistas, deveríamos olhar a adolescência como um de nossos observatórios privilegiados, pela função que exerce de vínculo cultural entre gerações: as novas formas de descontentamento cultural perturbam a estruturação e o funcionamento da vida psíquica, em especial os processos de transformação e mediação, que são os mais frágeis e sensíveis aos efeitos metapsíquicos da intersubjetividade. À maneira de um observatório, a adolescência nos dá a chance de ver, quase em tempo real, o quão rápidas, totalizantes, transitórias e "inapreensíveis" podem ser as mudanças no modo de pensar e representar a realidade interna e externa, o quão incipientes e ao mesmo tempo abortivas elas podem ser. A adolescência ilumina aspectos do "mal-estar na cultura", assim como os "descontentamentos" do analista, que precisa fazer frente a eles. Focalizam-se aqui alguns problemas em particular: o papel do trauma e seu impacto no ego, que não é "preparado" para cooperar com o que ainda não está representado, o conseqüente não-desenvolvimento da diferenciação entre realidade e fantasia, a legitimação progressiva da "auto-sensorialidade autística" e o aumento dos "distúrbios psíquicos autístico-miméticos" como um marco da idade.<hr/>Three short clinical vignettes are reported to show, through the adolescent discourse, how a more or less extensive "laceration" of the transitional experience can be considered a source of psychic suffering and an origin of new form of "discontent with civilization" in contemporary society. As psychoanalysts, we should regard adolescence as one our privileged observatory, because of its function as a cultural link between generations: the new forms of civilization’s discontents disturb the structuring and functioning of psychic life, especially the processes of transformation and mediation, which are the most fragile and sensitive to the meta-psychic effects of intersubjectivity. As an observatory, adolescence gives us the chance to see, almost in real time, how rapid, overwhelming, transient and "ungraspable" are the changes in ways of thinking, of representing inner and external reality- how incipient and at the same time abortive they may be; it highlights aspects of "civilization’s discontents", and along with these the "discontents" of the analyst who has to face them. Some issues are particularly focused on: the role of trauma and its impact on an ego which is "not prepared" to cope with what is not yet representable; the consequent undeveloped differentiation between reality and phantasy; the progressive legitimation of the "autistic auto-sensuousness" and the increase of "the autistic-mimetic psychic disturbances" as the mark of the age.<hr/>Tres pequeñas viñetas clínicas son relatadas para mostrar, a través del discurso adolescente, como el dilaceramiento más o menos extenso de la experiencia transicional puede ser considerado una fuente de sufrimiento psíquico y el origen de una nueva forma de "malestar en la cultura "contemporánea. Como psicoanalistas, deberíamos mirar para la adolescencia como uno de nuestros observatorios privilegiados, por ejercer la función de un vínculo cultural entre generaciones: las nuevas formas de descontentamiento cultural perturba la estructuración y el funcionamiento de la vida psíquica, especialmente los procesos de transformación y mediación que son los mas frágiles y sensibles a los efectos metapsíquicos de la intersubjetividad. Como un observatorio la adolescencia nos da la chance de ver, casi en tiempo real, lo tan rápido, extenso, transitorio e "inaprensible" pueden ser las mudanzas en el modo de pensar y representar la realidad interna y externa- tan incipientes y al mismo tiempo abortivas ellas pueden ser; la adolescencia ilumina aspectos del "malestar en la cultura", y más allá de eso los "descontentamientos" del analista que precisan hacer frente a ellos. Algunos problemas son enfocados en particular: el papel del trauma y su impacto en el ego que no está "preparado" para cooperar con lo que aun no está representado; consecuentemente el no desarrolló de la diferenciación entre realidad y fantasía; la legitimación progresiva de la "autosensorialidad autística" y el aumento de los "disturbios psíquicos autísticos-miméticos" como marcas de su edad. http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0486-641X2007000300016&lng=pt&nrm=iso&tlng=pt Três pequenas vinhetas clínicas são relatadas para mostrar, através do discurso adolescente, como um "esgarçamento" mais ou menos extenso da experiência transicional pode ser considerado uma fonte de sofrimento psíquico e a origem de uma nova forma de "mal-estar na civilização" contemporânea. Como psicanalistas, deveríamos olhar a adolescência como um de nossos observatórios privilegiados, pela função que exerce de vínculo cultural entre gerações: as novas formas de descontentamento cultural perturbam a estruturação e o funcionamento da vida psíquica, em especial os processos de transformação e mediação, que são os mais frágeis e sensíveis aos efeitos metapsíquicos da intersubjetividade. À maneira de um observatório, a adolescência nos dá a chance de ver, quase em tempo real, o quão rápidas, totalizantes, transitórias e "inapreensíveis" podem ser as mudanças no modo de pensar e representar a realidade interna e externa, o quão incipientes e ao mesmo tempo abortivas elas podem ser. A adolescência ilumina aspectos do "mal-estar na cultura", assim como os "descontentamentos" do analista, que precisa fazer frente a eles. Focalizam-se aqui alguns problemas em particular: o papel do trauma e seu impacto no ego, que não é "preparado" para cooperar com o que ainda não está representado, o conseqüente não-desenvolvimento da diferenciação entre realidade e fantasia, a legitimação progressiva da "auto-sensorialidade autística" e o aumento dos "distúrbios psíquicos autístico-miméticos" como um marco da idade.<hr/>Three short clinical vignettes are reported to show, through the adolescent discourse, how a more or less extensive "laceration" of the transitional experience can be considered a source of psychic suffering and an origin of new form of "discontent with civilization" in contemporary society. As psychoanalysts, we should regard adolescence as one our privileged observatory, because of its function as a cultural link between generations: the new forms of civilization’s discontents disturb the structuring and functioning of psychic life, especially the processes of transformation and mediation, which are the most fragile and sensitive to the meta-psychic effects of intersubjectivity. As an observatory, adolescence gives us the chance to see, almost in real time, how rapid, overwhelming, transient and "ungraspable" are the changes in ways of thinking, of representing inner and external reality- how incipient and at the same time abortive they may be; it highlights aspects of "civilization’s discontents", and along with these the "discontents" of the analyst who has to face them. Some issues are particularly focused on: the role of trauma and its impact on an ego which is "not prepared" to cope with what is not yet representable; the consequent undeveloped differentiation between reality and phantasy; the progressive legitimation of the "autistic auto-sensuousness" and the increase of "the autistic-mimetic psychic disturbances" as the mark of the age.<hr/>Tres pequeñas viñetas clínicas son relatadas para mostrar, a través del discurso adolescente, como el dilaceramiento más o menos extenso de la experiencia transicional puede ser considerado una fuente de sufrimiento psíquico y el origen de una nueva forma de "malestar en la cultura "contemporánea. Como psicoanalistas, deberíamos mirar para la adolescencia como uno de nuestros observatorios privilegiados, por ejercer la función de un vínculo cultural entre generaciones: las nuevas formas de descontentamiento cultural perturba la estructuración y el funcionamiento de la vida psíquica, especialmente los procesos de transformación y mediación que son los mas frágiles y sensibles a los efectos metapsíquicos de la intersubjetividad. Como un observatorio la adolescencia nos da la chance de ver, casi en tiempo real, lo tan rápido, extenso, transitorio e "inaprensible" pueden ser las mudanzas en el modo de pensar y representar la realidad interna y externa- tan incipientes y al mismo tiempo abortivas ellas pueden ser; la adolescencia ilumina aspectos del "malestar en la cultura", y más allá de eso los "descontentamientos" del analista que precisan hacer frente a ellos. Algunos problemas son enfocados en particular: el papel del trauma y su impacto en el ego que no está "preparado" para cooperar con lo que aun no está representado; consecuentemente el no desarrolló de la diferenciación entre realidad y fantasía; la legitimación progresiva de la "autosensorialidad autística" y el aumento de los "disturbios psíquicos autísticos-miméticos" como marcas de su edad. http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0486-641X2007000300017&lng=pt&nrm=iso&tlng=pt Três pequenas vinhetas clínicas são relatadas para mostrar, através do discurso adolescente, como um "esgarçamento" mais ou menos extenso da experiência transicional pode ser considerado uma fonte de sofrimento psíquico e a origem de uma nova forma de "mal-estar na civilização" contemporânea. Como psicanalistas, deveríamos olhar a adolescência como um de nossos observatórios privilegiados, pela função que exerce de vínculo cultural entre gerações: as novas formas de descontentamento cultural perturbam a estruturação e o funcionamento da vida psíquica, em especial os processos de transformação e mediação, que são os mais frágeis e sensíveis aos efeitos metapsíquicos da intersubjetividade. À maneira de um observatório, a adolescência nos dá a chance de ver, quase em tempo real, o quão rápidas, totalizantes, transitórias e "inapreensíveis" podem ser as mudanças no modo de pensar e representar a realidade interna e externa, o quão incipientes e ao mesmo tempo abortivas elas podem ser. A adolescência ilumina aspectos do "mal-estar na cultura", assim como os "descontentamentos" do analista, que precisa fazer frente a eles. Focalizam-se aqui alguns problemas em particular: o papel do trauma e seu impacto no ego, que não é "preparado" para cooperar com o que ainda não está representado, o conseqüente não-desenvolvimento da diferenciação entre realidade e fantasia, a legitimação progressiva da "auto-sensorialidade autística" e o aumento dos "distúrbios psíquicos autístico-miméticos" como um marco da idade.<hr/>Three short clinical vignettes are reported to show, through the adolescent discourse, how a more or less extensive "laceration" of the transitional experience can be considered a source of psychic suffering and an origin of new form of "discontent with civilization" in contemporary society. As psychoanalysts, we should regard adolescence as one our privileged observatory, because of its function as a cultural link between generations: the new forms of civilization’s discontents disturb the structuring and functioning of psychic life, especially the processes of transformation and mediation, which are the most fragile and sensitive to the meta-psychic effects of intersubjectivity. As an observatory, adolescence gives us the chance to see, almost in real time, how rapid, overwhelming, transient and "ungraspable" are the changes in ways of thinking, of representing inner and external reality- how incipient and at the same time abortive they may be; it highlights aspects of "civilization’s discontents", and along with these the "discontents" of the analyst who has to face them. Some issues are particularly focused on: the role of trauma and its impact on an ego which is "not prepared" to cope with what is not yet representable; the consequent undeveloped differentiation between reality and phantasy; the progressive legitimation of the "autistic auto-sensuousness" and the increase of "the autistic-mimetic psychic disturbances" as the mark of the age.<hr/>Tres pequeñas viñetas clínicas son relatadas para mostrar, a través del discurso adolescente, como el dilaceramiento más o menos extenso de la experiencia transicional puede ser considerado una fuente de sufrimiento psíquico y el origen de una nueva forma de "malestar en la cultura "contemporánea. Como psicoanalistas, deberíamos mirar para la adolescencia como uno de nuestros observatorios privilegiados, por ejercer la función de un vínculo cultural entre generaciones: las nuevas formas de descontentamiento cultural perturba la estructuración y el funcionamiento de la vida psíquica, especialmente los procesos de transformación y mediación que son los mas frágiles y sensibles a los efectos metapsíquicos de la intersubjetividad. Como un observatorio la adolescencia nos da la chance de ver, casi en tiempo real, lo tan rápido, extenso, transitorio e "inaprensible" pueden ser las mudanzas en el modo de pensar y representar la realidad interna y externa- tan incipientes y al mismo tiempo abortivas ellas pueden ser; la adolescencia ilumina aspectos del "malestar en la cultura", y más allá de eso los "descontentamientos" del analista que precisan hacer frente a ellos. Algunos problemas son enfocados en particular: el papel del trauma y su impacto en el ego que no está "preparado" para cooperar con lo que aun no está representado; consecuentemente el no desarrolló de la diferenciación entre realidad y fantasía; la legitimación progresiva de la "autosensorialidad autística" y el aumento de los "disturbios psíquicos autísticos-miméticos" como marcas de su edad.