Scielo RSS <![CDATA[Cógito]]> http://pepsic.bvsalud.org/rss.php?pid=1519-947920100001&lang=pt vol. 11 num. lang. pt <![CDATA[SciELO Logo]]> http://pepsic.bvsalud.org/img/en/fbpelogp.gif http://pepsic.bvsalud.org <![CDATA[<b>Poder e Psicanálise</b>]]> http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1519-94792010000100001&lng=pt&nrm=iso&tlng=pt <![CDATA[<b>Em busca do poder</b>]]> http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1519-94792010000100002&lng=pt&nrm=iso&tlng=pt O autor chama atenção para a questão do poder, que tantas vezes se apresenta como o bem supremo ou a possibilidade de obturação das faltas humanas irrecuperáveis. Aproximando este suposto poder da abordagem existencialista, fica estabelecida a crítica da alienação de repetições que sugerem a liberdade para o sujeito.<hr/>The author draws attention to the question of power, which often presents itself as the supreme good or the possibility of fulfillment of the human´s stranded faults. Since this alleged power of the existentialist approach, is established to the critique of alienation of repetitions that suggest freedom for the individual. <![CDATA[<b>Campo do poder, segundo Pierre Bourdieu</b>]]> http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1519-94792010000100003&lng=pt&nrm=iso&tlng=pt Pretendo apresentar, neste trabalho, algumas pistas da complexa rede teórica de Pierre Bourdieu sobre o poder, o qual está sempre presente e imiscuído nos campos de produção intelectual, científica e artística (campo cultural). Para este sociólogo francês, as relações de poder, explícitas ou implícitas, conscientes ou inconscientes, permeiam todas as relações humanas, em todos os campos que fazem parte do espaço social. Para tanto, tentarei dar uma idéia de sua teoria dos campos, que constituem a pluralidade dos mundos possíveis no espaço social em que vivemos, com suas lógicas e com suas leis próprias de funcionamento, apesar de suas especificidades. Mas há invariantes, ou homologias, na estrutura de todos os campos: as lutas concorrenciais, ou seja, a luta pelo poder, que não é o poder político. No campo cultural, o poder diz respeito à disputa pela autoridade, pela legitimidade, pela autenticidade e pelo domínio dos signos, dos sentidos, das interpretações.<hr/>My intention with this work is to briefly present some hints from the complex theoric network from Pierre Bourdieu, which covers the power, which is always present and embedded on the fields of intellectual, scientific and artistic production (cultural fields). For this French Sociologist, power relations, explicit or implicit, conscious or unconscious, permeate all human relations in all fields and practices that are part of social space. To get there, I intend to provide an idea of his fields theory, which constitute the plurality of all worlds possible in the social space in which we live, with their logic and its own laws of functioning, although their specificities. But there are invariant, or homologies in the structure of all fields: the competitive struggles, namely the struggle for power, which is not political power. In the cultural field, the dispute concerns the power of authority, legitimacy, authenticity and the control of signs, meanings and interpretations. <![CDATA[<b>A formação do eu e o poder da psicanálise</b>]]> http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1519-94792010000100004&lng=pt&nrm=iso&tlng=pt O autor faz uma revisão do conceito de Eu, tanto na teoria de Freud quanto na de Lacan. Investiga a origem dessa instância, de acordo com a visão desses dois estudiosos, e ressalta as diferenças existentes entre as duas teorias. Finaliza o artigo discorrendo sobre a função e a dinâmica do Eu numa análise.<hr/>The author reviews the concept of ego, both in Freud´s theory as in Lacan. He investigates the origin of this instance, in accordance with the vision of these two psychoanalists, and emphasizes the major differences between the two theories. Finally, he concludes this paper discussing the role and dynamics of the ego in an analysis. <![CDATA[<b>O poder do grande Outro</b>]]> http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1519-94792010000100005&lng=pt&nrm=iso&tlng=pt Este artigo distingue fundamentalmente o conceito de Outro, isto é, de linguagem, da ideia de uma outra pessoa, para demonstrar que o poder na psicanálise é uma questão que concerne à relação entre o sujeito e o significante ; o sujeito é tributário do significante e é assim que o outro exerce seu poder.<hr/>This article distinguishes fundamentally the concept of the Other, that is, language, from the idea of another person, to show that power in psychoanalysis is a matter that concerns the relationship between the subject and the significant; the subject is a tributary of the significant and is so the other exercises power.<hr/>Cet article distingue fondamentalement le concept de l'Autre, c'est-à-dire de langage, de l'idée d'une autre personne et, de là pour démontrer que la puissance dans la psychanalyse est une question qui concerne la relation entre le sujet et le signifiant; le sujet est tributaire de le signifiant et c'est ce que l'autre exerce son pouvoir. <![CDATA[<b>Psicanálise como um modo de saber e poder</b>]]> http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1519-94792010000100006&lng=pt&nrm=iso&tlng=pt Este artigo pretende demonstrar que a psicanálise, como prática social, cria domínios de saber, produz novos objetos, novos conceitos, novas técnicas, bem como faz surgir outro tipo de sujeito, o sujeito do inconsciente. Assim, seu discurso, como um modo de saber, surge ligado aos fenômenos de poder e relações de poder que emergem do inconsciente, através do desejo.<hr/>This article argues that psychoanalysis, as a social practice, creates areas of knowledge, produces new objects, new concepts, new techniques, and gives rise to another type of subject, the subject of the unconscious. So his discourse as a way of knowing appears linked to the phenomena of power and power relations that emerge from the unconscious through desire. <![CDATA[<b>A dominação masculina: o poder do desejo do Outro</b>]]> http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1519-94792010000100007&lng=pt&nrm=iso&tlng=pt Este trabalho discute os efeitos da dominação masculina e do poder do desejo do Outro, a partir de depoimentos da escultora franco-americana Louise Bourgeois. Para tanto, utiliza o referencial teórico da psicanálise, o pensamento do sociólogo Pierre Bourdieu e um livro de depoimentos da artista, que reúne uma série de entrevistas, desenhos e escritos produzidos por ela ao longo de sua vida. Inicialmente, faz uma breve apresentação da sua biografia, mostrando como a decepção de seu pai com o nascimento de uma filha mulher produziu nela um sentimento de risco de morte e busca de sobrevivência através da arte. Posteriormente, o trabalho problematiza uma de suas obras, intitulada “A Destruição do Pai”, e seus efeitos considerados por ela como terapêuticos. Por fim, conclui que a trajetória da artista e a obra de arte aqui trabalhada podem expressar uma reação contra a violência simbólica, que a representação do desejo do Outro pode acarretar.<hr/>This paper discusses the effects of male dominance and power of the Other's desire, from the testimonies of a Franco-American sculptor called Louise Bourgeois. We also use the psychoanalytical theory, the thinking of sociologist Pierre Bourdieu and a book of testimonies of the artist, which brings together a series of interviews, drawings and writings produced throughout her life. Initially, this paper makes a brief presentation of her biography, showing how the disappointment of her father with her birth as a woman produced a sense of risk of death and the search for survival through art. Subsequently, it discusses one of her works entitled 'The Destruction of the Father, and its effects, considered by her as therapeutic. Finally, it concludes that the trajectory of the artist and the artwork worked here can express a reaction against the symbolic violence that the representation of the Other's desire can bring. <![CDATA[<b>O não-poder</b>]]> http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1519-94792010000100008&lng=pt&nrm=iso&tlng=pt Este trabalho versa sobre os chamados “novos sintomas” como estreitamente vinculados à questão da inibição, e a partir daí faz um revisão do conceito da inibição e procura estabelecer quais as formas tomadas por esta relação.<hr/>This paper describes the "new symptoms” as closely tied to the question of inhibition, and then reviews the concept of inhibition, seeking to establish the forms taken by this relationship. <![CDATA[<b>De que falo, se é que (é) falo: o significante do poder nas instituições de formação psicanalítica</b>]]> http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1519-94792010000100009&lng=pt&nrm=iso&tlng=pt O falo se presta à metonímia, deslizando em sentidos que endereçam à questão do (não) poder. A instituição psicanalítica como locus de formação não tem escapado da equação do poder: nela a condição gozante desliza nas suas muitas camadas de inter-relações, a partir da sustentação do falo imaginário (signo do poder) que propicia o saber (sempre suposto) e a legitimação do lugar de analista (sempre precária). Questiona-se aqui o contexto institucional, onde o discurso da histérica e o discurso do analista caminham juntos na formação. Entre esses discursos, o discurso do mestre faz-se legitimador de poderes?<hr/>The phallus is essentially metonymic. Its significance leads to the question of (lack of) power. The psychoanalytic institution as a locus of training has not escaped from the power equation: the enjoyment glides in its many layers of inter-relationships, sustaining the imaginary phallus (sign of power) that provides knowledge (always supposed to) and the legitimation of the status of psychoanalyst (always precarious). It discusses here the institutional context in which the histeric's and the analyst's discourses go together in the training. Between these discourses, the master's discourse becames legitimating powers? <![CDATA[<b>O poder do objeto</b>]]> http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1519-94792010000100010&lng=pt&nrm=iso&tlng=pt Tomando como referência o conto dos irmãos Grimm - Hans im Glück -, citado por Freud em uma carta a Ferenczi, a autora busca trabalhar questões relativas ao poder do objeto na experiência psicanalítica. -, citado por Freud em uma carta a Ferenczi, a autora busca trabalhar questões relativas ao poder do objeto na experiência psicanalítica.<hr/>Using as a reference a Grimm Brothers’short story - Hans in Luck - mentioned by Freud in a letter to Ferenczi, the author approaches questions related with the power of the object in the psychoanalytical experience. <![CDATA[<b>O poder do grupo na formação psicanalítica</b>]]> http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1519-94792010000100011&lng=pt&nrm=iso&tlng=pt A partir da sua experiência como coordenadora de uma turma para formação psicanalítica, a autora faz considerações a respeito da importância do trabalho com os fenômenos de grupo e da constituição de um grupo para a construção desse percurso.<hr/>The author writes about her experience with psychoanalytic training and makes some considerations about the importance of group phenomena in this process. <![CDATA[<b><i>Sigmundos</i></b><b>: potência e poder</b>]]> http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1519-94792010000100012&lng=pt&nrm=iso&tlng=pt A partir do contexto de criação da psicanálise, o texto pretende analisar o deslocamento do olhar freudiano que rompeu com o discurso médico e possibilitou ver-ouvir a denúncia do corpo erógeno na histeria contra as formas de controle social da Viena fin-de-siècle, o que revela as relações entre desejo e política, já há algum tempo menosprezadas na clínica. Em seguida, toma a passagem da sociedade disciplinar à sociedade de controle para situar a clínica psicanalítica enquanto prática de resistência micropolítica do desejo frente às formas de servidão capitalistas, que hoje produzem novos modos de sofrimento e adoecimento psíquico. A experiência da análise é uma aposta na potência de criação do homem e na possibilidade de conquistar novos territórios existenciais.<hr/>From the context of creation of the psychoanalysis, this text intends to analyze the displacement of the Freudian perspective that broke with the medical speech and enabled see-hear the denunciation of the erogenous body in the hysteria against the forms of social control of the fin-de-siècle Vienna, and that reveals the relationship between desire and politics, already there is some time less esteemed in the psychoanalytical practice. Next, takes the passage of the disciplinary society to the society of control for situate the psychoanalytical practice as micropolitics resistance of the desire facing the forms of capitalistic servitude, that today produce new ways of suffering and psychological illness. The psychoanalyse experience is a bet in the potential of creation of the man and in the possibility of conquer new existential territories.