Scielo RSS <![CDATA[Pensando familias]]> http://pepsic.bvsalud.org/rss.php?pid=1679-494X20140002&lang=pt vol. 18 num. 2 lang. pt <![CDATA[SciELO Logo]]> http://pepsic.bvsalud.org/img/en/fbpelogp.gif http://pepsic.bvsalud.org http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1679-494X2014000200001&lng=pt&nrm=iso&tlng=pt <![CDATA[<b>As origens do pensamento sistêmico</b>: <b>das partes para o todo</b>]]> http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1679-494X2014000200002&lng=pt&nrm=iso&tlng=pt O Pensamento Sistêmico foi reformulado ao longo dos anos, tendo sua base epistemológica modificada. O presente artigo objetiva apresentar os aspectos históricos e epistemológicos que constituem o Pensamento Sistêmico, entendendo-se que esta compreensão teórica é fundamental para a prática dos terapeutas sistêmicos nos mais diversos contextos. Reforçam-se as ideias de que pensar sistemicamente implica reconhecer o sujeito em seu contexto, de que os fatos não são previsíveis e de que o terapeuta/pesquisador faz parte do sistema no qual intervém/estuda. Assim, ao fazer uso do Pensamento Sistêmico, o profissional amplia seu olhar sobre a situação, questiona a problemática apresentada, e trabalha com as pessoas envolvidas alternativas de modos mais funcionais de relacionamento.<hr/>The Systemic Thinking has been reformulated over the years and its epistemological basis has been modified. This theoretical paper aims to present the historical and epistemological aspects of the Systems Thinking, as well as this theoretical understanding is important for the practice of systemic therapists in various contexts. The paper reinforces the idea that thinking systemically involves recognizing the person in a context, that the facts are not predictable and that the therapist/researcher is part of the system in which he/she intervenes or studies. Thus, to make use of systems thinking, the professional expands the vision of the situation, questions the problematic presented, and works more functional modes of relationship with other people involved. <![CDATA[<b>Interface entre saúde mental e relacionamento amoroso</b>: <b>um olhar a partir da psicologia positiva</b>]]> http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1679-494X2014000200003&lng=pt&nrm=iso&tlng=pt O presente artigo visa discutir a interface entre saúde mental e relacionamento amoroso, a partir da perspectiva da psicologia positiva, tendo em vista a importância que esta relação interpessoal possui no bem-estar e qualidade de vida do ser humano. A psicologia positiva, ao enfocar as emoções positivas e o bem-estar, traz um arcabouço de possibilidades que fortalece a busca pela saúde nas diferentes etapas do desenvolvimento humano e nas relações que se estabelecem entre as pessoas ao longo do ciclo vital, enfocando temas como felicidade, satisfação, estado de espírito, espiritualidade e afeto positivo. Os relacionamentos amorosos despontam como forma de interação que apresentam elementos positivos e negativos, capazes tanto de contribuir para a qualidade de vida quanto para o sofrimento. Conclui-se que os relacionamentos amorosos, quando considerados uma fonte de bem-estar, são um importante fator de proteção da saúde mental, favorecendo o crescimento individual e a satisfação conjugal.<hr/>This article discusses the interface between mental health and loving relationship, from the perspective of positive psychology, in view of the importance of this interpersonal relationship for the well-being and quality of life. Positive psychology, by focusing on positive emotions and well-being, brings a framework of possibilities that strengthens the quest for health in different stages of human development and relationships that are established between people across the life cycle, focusing on themes such as happiness, satisfaction, state of mind, spirituality and positive affect. Love relationships emerge as a form of interaction which can present many positive and negative elements both able to contribute to quality of life and to suffering. We conclude that loving relationships, when considered a source of well-being, are an important protective factor of mental health, favoring the individual growth and marital satisfaction. <![CDATA[<b>A influência das famílias de origem nas relações conjugais</b>]]> http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1679-494X2014000200004&lng=pt&nrm=iso&tlng=pt Este estudo teve como objetivo investigar a percepção de homens e mulheres, separados ou já divorciados, sobre a influência das famílias de origem na escolha do companheiro, no relacionamento marital e na separação conjugal. A pesquisa baseou-se em entrevista semiestruturada e análise de conteúdo, o embasamento teórico teve suporte nas abordagens sistêmica e psicanalítica. As três categorias de análise versam sobre: escolha conjugal, relacionamento conjugal e separação conjugal. A partir destas foi possível identificar no conteúdo das falas dos participantes o reconhecimento de semelhanças do seu relacionamento conjugal com o de seus pais ou sogros, bem como da influência mais diretiva das famílias de origem em diversas fases da vida conjugal.<hr/>This study aimed to investigate the perception of men and women, separated or already divorced, on the influence of families of origin in mate choice, the marital relationship and marital separation. The research was based on semi-structured interviews and content analysis, the theoretical basis was supported in systemic and psychoanalytic approaches. The three categories of analysis deal with: marital choice, marital relationship and marital separation. From these it was possible to identify the content of participants' speech recognition of similarities of their marital relationship with their parents or in-laws as well as more policy influence of families of origin in various stages of married life. <![CDATA[<b>Ter ou não ter?</b>: <b>Uma revisão da literatura sobre casais sem filhos por opção</b>]]> http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1679-494X2014000200005&lng=pt&nrm=iso&tlng=pt Este artigo apresenta uma revisão narrativa da literatura nacional e internacional sobre casais que não têm filhos por opção. Aborda-se o conceito de casais “voluntariamente sem filhos”, a decisão de não ter filhos segundo a perspectiva do casal, a relação conjugal nesse contexto, o ciclo vital individual e familiar desses casais, bem como sua relação com a rede social. Os estudos sobre o tema têm questionado algumas ideias preconcebidas sobre esses casais: eles não apresentariam maiores dificuldades em seus relacionamentos conjugais nem seriam psicologicamente mais vulneráveis do que casais que optam por ter filhos. Constata-se que a opção por não ter filhos é uma decisão complexa e que exerce um potencial impacto sobre o desenvolvimento da relação. Os casais que não têm filhos por opção compõem um grupo diversificado no que se refere aos motivos atrelados a essa decisão e à maneira como lidam com a mesma.<hr/>This article presents a narrative review of national and international studies about voluntarily childless couples. It discusses the concept of "voluntarily childlessness", the decision not to have children according to the perspective of the couple, the marital relationship in this context, the individual and family life cycle of those couples, as well as their relationship with the social network. Studies on the topic have questioned some preconceived ideas about these couples: they would not present major difficulties in their marital relationships and they would not be psychologically more vulnerable than couples who chose to have children. Note that the option for not having children is a complex decision and it exerts a potential impact on the development of the marital relationship. Voluntarily childless couples comprise a diverse group with regard to the reasons underlying this decision and the way in which they deal with it. <![CDATA[<b>O envolvimento do pai na gestação do primeiro filho</b>]]> http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1679-494X2014000200006&lng=pt&nrm=iso&tlng=pt A gestação é um período que possibilita ao pai vivenciar experiências desconhecidas, rever papéis e se adaptar a um novo ciclo. Sendo assim, este artigo tem por objetivo descrever de que forma o homem vivencia a gestação do seu primeiro filho além de conhecer como consideram seu papel enquanto pai durante a gestação. Participaram deste estudo qualitativo cinco pais em que as esposas estavam grávidas, distribuídos nos três trimestres gestacionais. Realizou-se uma entrevista semi-estruturada em que as respostas foram analisadas conforme análise de conteúdo Bardin (1977). Os resultados mostraram que os pais se envolvem de diversas formas com a gestante e o bebê, dispensando apoio material e emocional. Todavia, alguns não conseguem vivenciar com facilidade esta fase, o que nos indica que a gestação ainda é um período no qual os homens estão buscando novas formas de se inteirar e explorar, uma vez que não ocorre em seu próprio corpo.<hr/>Pregnancy gives the father the opportunity to experience the unknown, review his roles and to adapt himself to the new cycle that begins. Thus, this article aims to describe on how men experience the pregnancy of their first child besides finding out how they consider their roles as father during the period of gestation. Took part in this qualitative research five fathers in whose wives were pregnant, distributed on the three gestational trimesters. Was performed a semi-structured interview in which the answers were analyzed according to Bardin content analysis (1977). Results showed that men are involved in several ways with their pregnant woman and the baby, excluding material and emotional support. However , some of them still cannot overcome this period easily, which points to the fact that pregnancy is yet a time where men are seeking for new ways to learn about themselves and to explore it, as it does not take place in their own bodies. <![CDATA[<b>Contextos familiares violentos</b>: <b>da vivência de filho à experiência de pai</b>]]> http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1679-494X2014000200007&lng=pt&nrm=iso&tlng=pt No âmbito da pesquisa sobre família, o tema violência, infelizmente, tem espaço. Apesar de ser o ambiente que, ao nível do ideal, deveria ser protegido, ao nível do real, a família aparece como um lugar de atos e práticas violentas contra os seus integrantes. Esse trabalho analisa, através de pesquisa bibliográfica realizada nas bases de dados Scielo e BVS-psi, a experiência de paternidade de homens oriundos de ambientes familiares violentos, buscando conhecer a relação entre a vivência de violência na família de origem e a experiência da paternidade na família atual. Foi possível identificar que a violência intrafamiliar vivenciada na infância influencia na experiência da paternidade, quando os filhos da violência tornam-se pais. No entanto, essa influência não determina a manutenção dos padrões relacionais disfuncionais da família de origem. Manter ou transformar padrões relacionais disfuncionais depende de uma conjunção de fatores de risco e proteção.<hr/>As part of the research on family, violence has unfortunately space. Despite being the environment that, in the ideal level, should be protected, at the level of the real, the family appears as a place of violent acts and practices against its members. This study examine, through a literature research in the databases Scielo and BVS-psi, the experience of fatherhood of men from violent family backgrounds, seeking to know the relationship between the experience of violence in the origin family and the experience of fatherhood in the family today. We found that domestic violence experienced in childhood influences the experience of fatherhood, when the sons of violence become parents. However, this influence doesn’t determine the maintenance of dysfunctional relational patterns of the origin family. Maintain or turn dysfunctional relational patterns depends on a combination of risk and protective factors. <![CDATA[<b>Crenças parentais sobre o autismo e sua evolução no processo de comunicação diagnóstica</b>]]> http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1679-494X2014000200008&lng=pt&nrm=iso&tlng=pt Esse estudo investigou as crenças parentais sobre o autismo no período da comunicação do diagnóstico do filho. O processo de comunicação do diagnóstico foi realizado em entrevistas ao longo de quatro meses, posteriormente submetidas à Análise de Conteúdo. Durante esse processo os pais conversaram sobre a avaliação, o diagnóstico, as possibilidades de intervenção, etc. Os dados indicaram que os pais puderam significar as informações recebidas dos profissionais e falar sobre suas concepções e crenças acerca destas informações e do que observaram na avaliação diagnóstica. Os resultados desse estudo corroboram a importância da investigação das crenças parentais na elaboração do programa de atendimento ao filho e à família. Além disso, as crenças parentais mostraram-se importantes para a compreensão do processo de elaboração do diagnóstico que os pais passam. Essa investigação também enfatizou a importância da comunicação do diagnóstico de autismo como um processo e não se restringir a uma entrevista informativa.<hr/>This study investigated the parental beliefs about the son's autism in the diagnostic communication period. The communication of the diagnosis was performed in a process which lasted four months in interviews later analised by Content Analysis. During this process the parents received information about the evaluation, the diagnosis, the possibilities of interventions, etc. They also were able to atribute meaning to the information they received from the professionals as well discuss their beliefs about this information and their observations during the diagnostic evaluation. The results of this study corroborate the importance of research of parental beliefs for child care and family programs. In addition, parental beliefs were important for the understanding of the elaboration process of the diagnosis that parents experience. This research also emphasized the importance of the diagnostic communication as a process not restricted to an informative interview. <![CDATA[<b>A prática em terapia de família e as redes sociais pessoais</b>]]> http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1679-494X2014000200009&lng=pt&nrm=iso&tlng=pt Sabe-se que as redes sociais pessoais são essenciais na construção da subjetividade e da identidade, além de enriquecerem a percepção de cada indivíduo, enquanto ser social. Partindo disso, o presente artigo apresenta resultados de uma investigação qualitativa sobre a percepção de quatro psicólogas e terapeutas de família acerca do uso da rede social pessoal na prática profissional. As informações foram coletadas através de entrevista semiestruturada e, analisadas conforme a Análise de Conteúdo. Dentre os resultados, salienta-se o fato das participantes relacionarem a temática das redes sociais pessoais com sua prática clínica, bem como definirem suas próprias redes sociais como depositárias de identidade, de cuidado e de responsabilidade pelo outro. Os conceitos e percepções trazidas compreendem as redes sociais pessoais como favorecedoras de habilidades geradoras das práticas sociais, da visão de mundo e de cada indivíduo, sendo compreendidas como ferramenta na prática clínica na contemporaneidade.<hr/>The relationships which give meaning to our lives, and which we name personal social networks, compose an essential part of our identity, at the same time as they enrich our perception of ourselves as social beings. Parting from this point, the present qualitative research has focused on the perception of the importance of the personal social network. Four psychologists and family therapists have taken part in the research. The information was collected from semi-structured interviews and has been analyzed according to Content Analysis. Among the discussions, special emphasis has been given to the relation of the theme with their clinical practice. The process gave us a clear idea of how much our social networks contribute to our social practice, to our vision of the world and of ourselves.