Scielo RSS <![CDATA[Revista da Abordagem Gestáltica]]> http://pepsic.bvsalud.org/rss.php?pid=1809-686720150002&lang=pt vol. 21 num. 2 lang. pt <![CDATA[SciELO Logo]]> http://pepsic.bvsalud.org/img/en/fbpelogp.gif http://pepsic.bvsalud.org http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1809-68672015000200001&lng=pt&nrm=iso&tlng=pt <![CDATA[<b>Alcance e significação da psico(pato)logia fenomenológica</b>]]> http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1809-68672015000200002&lng=pt&nrm=iso&tlng=pt La emergencia de la Fenomenología no puede comprenderse fuera del contexto de la crisis del naturalismo que atraviesa la filosofía y de la fundación científica de la psicología. De modo similar, la aparición de una Psicopatología Fenomenológica constituye el intento mismo de repensar los fundamentos de una Psiquiatría a fin de que pueda apelarse propiamente una "disciplina científica". Precisamente, al haber escotomizado este problema la Psiquiatría está obligada a una revisión de sus "conceptos fundamentales" (Bisnwanger). En este sentido, el planteamiento fenomenológico nos ofrece un nuevo concepto de subjetividad, donde las patologías mentales no son vistas como meras deficiencias y desviaciones respecto a una "norma", sino momentos también constitutivos de la existencia humana, es decir modificaciones esenciales inherentes al ser del hombre. Aquel imperativo binswangeriano vuelve a plantearse actualmente ante una Psiquiatría basada en evidencias (PBE), que se desenvuelve tanto a nivel de investigación como a nivel de la práctica con síntomas operativos y descripciones de síntomas, relacionando determinados conceptos psicopatológicos con cifras, lo cual permite a cualquier persona poder recabar y verificar datos del mismo modo, en cualquier momento y en todo lugar. Sin embargo, el progresivo apartamiento de lo concreto, la desconexión situacional y la preterición del sujeto en su facticidad, dejan flancos abiertos nuevamente en la misma cientificidad de la psiquiatría. Por eso, se postula una Psiquiatría basada en Valores (PBV), a la que denomina también basada en Narrativas, precisamente porque la labor del clínico se acerca a la de los historiadores, a la de los biógrafos, y a la de los etnógrafos. El síntoma no es solamente signo de la enfermedad sino que es también significación de un sentido. Pensar al hombre a partir de la noción de sentido, más que responder qué es el hombre es preguntar quién es, es decir intentar esclarecer cuales son los nexos que lo unen al mundo. Precisamente será la incapacidad de inscribirse en el mundo en común que lleva al fracaso al yo y decide así la emergencia del ser enfermo.<hr/>O surgimento da fenomenologia não pode ser entendida fora do contexto da crise do naturalismo que atravessa a filosofia e os fundamentos científicos da psicologia. Da mesma forma, o surgimento de uma Psicopatologia Fenomenológica é uma tentativa de repensar os fundamentos de uma psiquiatria, para que possa ser adequadamente chamada de "disciplina científica". Com efeito, tendo esse problema escotomizado a psiquiatria é obrigada a rever os seus "fundamentos" (Bisnwanger). Nesse sentido, a abordagem fenomenológica oferece um novo conceito de subjetividade, onde transtornos mentais não são vistos como meros deficiências e desvios de uma "norma", mas agora também constitutivos da existência humana, como modificações essenciais inerentes ao ser do homem. Aquele imperativo binswangeriano volta agora novamente perante uma psiquiatria baseada em evidências (PBE), que opera tanto a nível da pesquisa e da prática operacional com sintomas e descrições de sintomas psicopatológicos, que permite a qualquer um recolher e verificar os dados da mesma forma, a qualquer hora, em qualquer lugar. No entanto, a retirada gradual do concreto, a desconexão situacional e a omissão do sujeito em sua factualidade, deixam flancos abertos novamente no mesmo caráter científico da psiquiatria. Por isso se postula uma psiquiatria baseada em valores (PBV), também chamada com base em narrativas, precisamente porque o trabalho do clínico se aproxima do de historiadores, biógrafos e etnógrafos. O sintoma não é apenas um sinal de uma doença, mas também a significação de um sentido. Pensar o homem a partir da noção de sentido, ao invés de responder o que o homem significa perguntar quem ele é, ou seja, tentam esclarecer quais são os laços que unem o mundo. É precisamente a incapacidade de inscrever-se no mundo comum que leva ao fracasso do eu e decide assim a emergência do ser doente.<hr/>The emergence of the Phenomenology can not be understood outside the context of the crisis of naturalism that crosses philosophy and scientific foundation of psychology. Similarly, the emergence of a Phenomenological Psychopathology is an attempt to rethink the fundamentals of a psychiatry so that they can properly appealed a "scientific discipline" itself. Indeed, having this problem, psychiatry is required to review their "fundamentals" (Bisnwanger). In this sense, the phenomenological approach offers a new concept of subjectivity where mental disorders are not seen as mere deficiencies and deviations from a "standard", but now also constitutive of human existence, that is essential modifications inherent to being of man. That binswangeriano imperative that now again brought before a psychiatry based on evidence, which operates both at the research level and at the level of operating practice with symptoms and descriptions of symptoms, psychopathological concepts relating to certain figures, which allows anyone to collect and verify data in the same way, anytime, anywhere. However, the gradual withdrawal of the concrete, situational disconnection and the omission of the subject in its factuality, left open flanks again in the same scientific nature of psychiatry. Therefore, a psychiatry based on values (PBV), which is also called based on narratives, precisely because the work of clinical approaches to historians, the biographers, and ethnographers postulated. The symptom is not only a sign of the disease but also a sense of significance. Thinking man from the notion of sense, rather than answer what is man is to ask who he is, that is, they try to clarify what are the links that unite the world. It is precisely the inability to join the common world that leads to failure to the self and decide the emergency to being sick. <![CDATA[<b>Implicações psicológicas da filosofia da ação de Paul Ricoeur</b>]]> http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1809-68672015000200003&lng=pt&nrm=iso&tlng=pt Da filosofa da vontade cujo primeiro tomo é publicado em 1950, da soma antropológica que constitui Si mesmo como um outro publicado em 1990, até a obra Percurso do reconhecimento publicado em 2004, um ano antes de morrer, Paul Ricoeur não cessou de meditar sobre a relação entre os atos e seus autores. Cruzando a aproximação fenomenológica e a atitude hermenêutica, ele observa as relações entre as perguntas que? Por que? Quem? Nos atos postos, ele confronta a reivindicação pelo autor do seu ato ao reconhecimento do ato pelo outro. Assim, Paul Ricoeur coloca a questão da identidade pessoal e do reconhecimento no coração da sua filosofia da ação. Nossa comunicação propõe mostrar a fecundidade dessa reflexão filosófica para desmistificar os supostos conselhos terapêuticos que, convidando o paciente a ser ele mesmo ou lhe sugerindo de se esforçar para sair das suas dificuldades pessoais, só aumentam sua perplexidade. Nós veremos também o quanto a reflexão de Ricoeur se encontra em fase com uma autêntica relação terapêutica, na medida em que sua filosofia da ação nos faz mergulhar no coração do involuntário e do voluntário, mantendo a tensão entre iniciativa e sofrimento e enfim propondo uma concepção aberta da identidade pessoal.<hr/>Starting with the Philosophie de la volonté, from the first volume published in 1950, to the anthropological amount represented by Soi-même comme un autre in 1990, until the book Parcours de la Reconnaissance printed in 2004, one year before his death, Paul Ricœur never stopped reflecting on the relationship between one's acts and their author. Crossing the phenomenological and hermeneuticapproaches, he investigates the connections between the questions "What? Why? Who?" in one's action. He confronts the claim of an action by its author to the recognition of this act by others. Thus, Paul Ricoeur raises the question of personal identity and recognition at the core of his philosophy of action. Our communication proposes to show the fruitfulness of this philosophical reflection to demystify the supposed therapeutic advices which, by inviting the patient to " e himself" or suggesting him to "make efforts" to overcome his personal distress, only manage to increase his perplexity. We will also see how Ricoeur's thinking is attuned to an authentic therapeutic relationship, insofar as his philosophy of action makes us enter into the heart of theinvoluntary and voluntary action. It maintains the tension between initiative and suffering, and finally proposes a wider representation of one's personal identity.<hr/>De la Philosophie de la volonté dont le premier tome paraît en 1950, à la somme anthropologique que constitue Soi-même comme un autre éditée en 1990, jusqu'à l'ouvrage Parcours de la Reconnaissance publié en 2004, un an avant sa mort, Paul Ricoeur n'a cessé de méditer sur la relation entre les actes et leur auteur. En croisant l'approche phénoménologique et la démarche herméneutique, il scrute les rapports entre les questions quoi? pourquoi? qui? dans les actes posés, il confronte la revendication par l'auteur de son acte à la reconnaissance de l'acte par autrui. Paul Ricoeur place ainsi la question de l'identité personnelle et de la reconnaissance au coeur de sa philosophie de l'action. Notre communication se propose de montrer la fécondité de cette réflexion philosophique pour démystifier les prétendus conseils thérapeutiques qui, en invitant le patient à être lui-même ou en lui suggérant de faire effort pour sortir de son marasme personnel, ne font qu'accroître sa perplexité. Nous verrons ainsi combien la réflexion de Ricoeur se trouve en phase avec une authentique relation thérapeutique, dans la mesure où sa philosophie de l'action nous plonge au coeur de l'involontaire et du volontaire, maintient la tension entre initiative et souffrance et enfin propose une conception ouverte de l'identité personnelle. <![CDATA[<b>Princípios fundadores e atualidade de uma prática psicoterapêutica de orientação fenômeno-estrutural</b>]]> http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1809-68672015000200004&lng=pt&nrm=iso&tlng=pt A preocupação curativa não se situa no centro nem da reflexão nem do comportamento fenômeno-estrutural. Seria dizer que essa prática permaneceria indiferente, totalmente insensível e hermética à angústia do outro até ficar surda a seu sofrimento, expresso ou não, e à sua aspiração legítima, explícita ou implícita, de melhoria de sua condição? Quem poderia querer tal desdém, ainda mais emanante de uma corrente de pensamento e de ação que valoriza por outro lado uma solidariedade inter-humana e reivindica à vontade laços com raízes e intenções humanistas? É por que sua função é mais larga, mais ambiciosa por certos lados, mas também mais humilde e mais realista, visto sob outro ângulo, que essa aproximação pode permitir-se o que poderia parecer a um olhar desprevenido, seja como uma pretensão extensiva seja como uma surpreendente falta de ambição. As páginas abertamente dedicadas no início dos anos 1950 à questão psicoterapêutica pelo promotor desse método, Eugène Minkowski, apesar de raras e limitadas na sua obra, comportam eixos de orientação de um rigoroso e surpreendente frescor visionário, mesmo transpostos à nossa situação contemporânea onde sua pertinência se faz ainda mais sentir. Na sequência, colocando não o cuidado, mas sim, o encontro como princípio de base do estabelecimento do contato com o paciente, em plena consciência da atitude inicial que ele supõe e requer na duração assim como na natureza do recolhimento dos dados clínicos que provirá, mostraremos como fontes de análise podem emergir para desembocar, a cada polo da relação, sobre perspectivas de evolução da pessoa para contribuir a um encaminhamento significante do olhar sobre o outro e sobre si mesmo particularmente propício à uma evolução sentida e compartilhada em conjunto.<hr/>Neither does the curative concern stand at the core of reflection nor in the method of the phenomeno-structural approach. Should it mean that this practice could remain indifferent, insensitive and totally hermetic to one's distress to the point of staying deaf to its suffering, expressed or not, and its legitimate aspiration, formulated or implied, to improve one's condition? Who could pretend to such a disdain, especially originating from a school of thought and action empowering inter-human solidarity and furthermore claiming roots and attachments to humanistic intentions? It is specifically because of its broader project, more ambitious in many ways but also on the other hand more humble and realistic, that this approach can afford what would appear to an outsider as excessive arrogance or on the contrary, as a stunning lack of ambition. At the beginning of the 1950's, pages explicitly devoted to the psychotherapeutic question by the proponent of this method, Eugène Minkowski, although rare and limited in his work, contain nevertheless guidelines of a rigorous and surprising visionary freshness, even transposed today in a contemporary world, where their relevance are especially required. In his wake, by putting the encounter as the basic principle to establish the contact with a patient instead of his cure, in full awareness of the initial attitude supposed and required over time, as well as the nature of the collection of its clinical data, we will demonstrate how sources of analysis can emerge, leading at each point of the relationship, to perspectives of an individual transformation, contributing to a significant progress in regarding others and oneself as particularly suitable when this experience and evolution is shared.<hr/>La préoccupation curative ne se situe au coeur ni de la réflexion ni de la démarche phénoméno-structurale. Est-ce à dire que cette pratique resterait indifférente, totalement insensible et hermétique à la détresse d'autrui jusqu'à rester sourde à sa souffrance, exprimée ou pas, et à son aspiration légitime, explicite ou implicite, d'amélioration de sa condition? Qui pourrait prétendre à un tel dédain, d'autant plus émanant d'un courant de pensée et d'action qui valorise par ailleurs une solidarité interhumaine et se revendique volontiers d'attaches avec des racines et intentions humanistes? C'est parce que son entreprise est plus large, plus ambitieuse par certains côtés mais aussi plus humble et plus réaliste, vu sous un autre angle, que cette approche peut se permettre ce qui pourrait apparaître, à un regard extérieur mal averti, soit comme une prétention extensive soit comme un sidérant manque d'ambition. Les pages consacrées ouvertement au début des années 1950 à la question psychothérapeutique par le promoteur de cette méthode, Eugène Minkowski, pour rares et limitées qu'elles soient dans son oeuvre, n'en comportent pas moins des axes d'orientation d'une rigoureuse et étonnante fraicheur visionnaire, même transposés à notre situation contemporaine où leur pertinence se fait encore plus pressément ressentir. Dans son sillage, en posant non pas le soin mais la rencontre comme principe de base de l'établissement du contact avec le patient, en pleine conscience de l'attitude initiale qu'elle suppose et requiert dans la durée ainsi que de la nature du recueil des données cliniques qui en découlera, nous montrerons comment des sources d'analyse peuvent émerger qui s'avèrent déboucher, à chaque pôle de la relation, sur des perspectives d'évolution de la personne, pour contribuer à un cheminement signifiant du regard sur autrui et soi-même particulièrement propice à une évolution éprouvée et partagée ensemble. <![CDATA[<b>Contribuições de Viktor Frankl ao movimento da saúde coletiva</b>]]> http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1809-68672015000200005&lng=pt&nrm=iso&tlng=pt Estudo teórico, em que se apresenta a Logoterapia de Viktor Frankl, enfatizando sua concepção sobre a busca e a descoberta/encontro com o sentido da vida, bem como o vazio existencial, e suas decorrências. Apresenta-se brevemente o movimento da Saúde Coletiva. Propõe-se reflexão sobre contribuições de Viktor Frankl para a Saúde coletiva: é possível um diálogo profícuo entre Saúde Coletiva e Logoterapia.<hr/>Theoretical study presenting Viktor Frankl's Logotherapy, emphasizing its conception about the search and discovery/meeting of a meaning to life, as well as the existential emptiness and its consequences. The Collective Health Movement is briefly presented. There is a proposal of a reflection about Viktor Frankl's contributions for the Collective Health: it is possible a fruitful dialogue between Collective Health and Logotherapy.<hr/>Estudio teórico donde se presenta la Logoterapia de Viktor Frankl, enfatizando su concepción acerca de la busqueda y descubrimiento/encuentro com el sentido de la vida, así como el vacío existencial y sus derivaciones. Brevemente se presenta el movimiento de La Salud Colectiva. Se propone una reflexión acerca de las contribuciones de Viktor Frankl para La Salud Colectiva: Es posible un dialogo fructífero entre La Salud Colectiva y Logoterapia. <![CDATA[<b>"Deus não morreu e o diabo existe"</b>: <b>Reflexões fenomenológicas sobre a experiência espiritual e o sofrimento psíquico grave</b>]]> http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1809-68672015000200006&lng=pt&nrm=iso&tlng=pt Trata-se de um estudo sobre o fenômeno espiritual na clínica psicológica com indivíduos em sofrimento psíquico grave. Partimos de uma abordagem fenomenológica, visitando quatro autores seminais: Edmund Husserl, Edith Stein, Rudolf Otto e Paul Tillich. Utilizamos adicionalmente a abordagem psicanalítica de Donald Winnicott na reflexão discussão e no manejo clínico, além de outros autores da área. Tal revisão propiciará uma reflexão sobre a experiência pseudocultural e religiosa de possessão ou de graça e contemplação, em contraposição à crise psicótica e seus correlatos, objetivando promover discussões e novos posicionamentos sobre os diagnósticos postulados pela psiquiatria e a clínica psicológica tradicional.<hr/>It is a study of the spiritual phenomenon in clinical psychology with individuals in severe psychological suffering. We start from a phenomenological approach, visiting four seminal authors: Edmund Husserl, Edith Stein, Rudolf Otto and Paul Tillich. We additionally use the psychoanalytic approach of Donald Winnicott in discussion and clinical management, in addition to other authors of the area. Such revision will provide a reflection on the pseudocultural and religious experience or possession of grace and contemplation, as opposed to psychotic crisis and its related, aiming to promote discussions and new positions on the diagnostic postulated by traditional psychiatry and clinical psychology.<hr/>Se trata de un estudio sobre el fenómeno espiritual en la clínica psicológica con individuos en sufrimiento psíquico grave. Partimos de un enfoque fenomenológica, visitando cuatro seminales autores: Edmund Husserl, Edith Stein, Rudolf Otto e Paul Tillich. Utilizamos también el abordaje psicanalítica de Donald Winnicott en la discusión y en el manejo clínico, además de otros autores. Tal repaso propiciará una reflexión sobre la experiencia pseudocultural y religiosa de possessão o de gracia y contemplação, en contraposición la crisis psicótica y sus correlatos, objetivando promover discusiones y nuevos posicionamientos sobre los diagnósticos postulados por la psiquiatria y la clínica psicológica tradicional. <![CDATA[<b>Michel Henry</b>: <b>afetividade e alucinação</b>]]> http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1809-68672015000200007&lng=pt&nrm=iso&tlng=pt Neste artigo mostramos como é que Michel Henry toma a alucinação como paradigma da fenomenalidade da vida. Nele, a fenomenalidade da alucinação situa-nos na vida afetiva deixada a nu pela fenomenalidade da vida subjetiva. E porque a vida afetiva é vivência da pura vinda a si da vida nas modalidades da audição, da visão, da angústia, do temor, nela, a alucinação, enquanto fenômeno suspenso na sua própria fenomenalidade aparece como fenômeno exemplar da vida, ainda que vivido em sentimento de pura insuportabilidade dessa prova afetiva da vida. Todavia é a partir da experiência da insuportabilidade da prova de si da vida que se encontra, inerente ao sentimento da afeção da vida, a possibilidade de reversão do sofrimento em fruição. Mostramos ainda convergências entre a fenomenalidade da vida afetiva e práticas clínicas, laboratoriais ou outras, e seus desenvolvimentos em interdisciplinaridade no nosso grupo de investigação.<hr/>In this article, we show how Michel Henry takes hallucination as a paradigm of the phenomenality of life. According to him, the phenomenality of hallucination refers us to the affective life laid bare by the phenomenality of subjective life. And because the affective life is pure experience brought to existence from life through modes of hearing, vision, anxiety, fear, in it, hallucination, while phenomenon suspended in its own phenomenality, appears as a phenomenon that is exemplary of life, though experienced in a feeling of pure intolerability of this affective experience of life. However, it is from the experience of intolerability of the self-experience of life that one finds, inherent to the feeling of affection of life, the possibility of reverting suffering into fruition. We also show convergences between the phenomenality of the affective life and clinical, laboratorial or other practices, and their developments into interdisciplinarity in our research group.<hr/>En este artículo mostramos cómo Michel Henry toma la alucinación como paradigma de la fenomenicidad de la vida. De acuerdo con Henry, la fenomenicidad de la alucinación nos emplaza a la vida afectiva mostrada en su desnudez a través de la fenomenicidad de la vida subjetiva. Y dado que la vida afectiva es vivencia de la pura venida a sí de la vida en las modalidades de la audición, la visión, la angustia o el temor, en la alucinación, en cuanto fenómeno suspenso en su propia fenomenicidad, aparece como fenómeno ejemplar de la vida, aunque vivido en sentimiento de pura intolerancia de esa prueba afectiva de la vida. No obstante, es a partir de la experiencia de intolerancia de la prueba de sí de la vida como se encuentra, inherente al sentimiento de la afección de la vida, la posibilidad de reversión del sufrimiento en fruición. Mostramos por último algunas convergencias entre la fenomenicidad de la vida afectiva y las prácticas clínicas, de laboratorio o de otra naturaleza, y sus desarrollos en nuestro grupo de investigación desde una perspectiva multidisciplinar. <![CDATA[<b>O contato na situação contemporânea</b>: <b>um olhar da clínica da gestalt-terapia</b>]]> http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1809-68672015000200008&lng=pt&nrm=iso&tlng=pt Este artigo parte das queixas trazidas pelos clientes para nossa clínica e busca a partir daí uma compreensão sobre a existência no mundo contemporâneo e como vivenciamos o contato com o outro na atualidade. Para isso, fazemos uma revisão bibliográfica nos debruçando sobre o que a Gestalt-Terapia fala a respeito das relações e do homem. Articulamos essa visão com o que vemos hoje em nossa sociedade, através de um diálogo com autores que abordam o tema da contemporaneidade. A partir de nossos estudos pudemos perceber que os sofrimentos com os quais nos deparamos apontam para uma dificuldade do estabelecimento do diálogo, da intimidade e da entrega, que se configuram para a Gestalt-Terapia como interrupções na dinâmica do contato, nomeadamente nas etapas do contato e do contato-final. Concluímos que essas dimensões, necessárias para o contato, para o estabelecimento de uma relação plena com o outro, parecem não estar encontrando lugar em nossa sociedade, o que pode estar ligado a uma crescente perda do espaço da experiência. Isso se expressa na dificuldade de vivenciar dimensões imprescindíveis para que a experiência ocorra, como a da pausa e a da entrega, da abertura e da disponibilidade, do risco implícito nas relações com o outro.<hr/>This article was motivated by the complaints brought from the clients to our clinic and search from there an understanding about the existence in the contemporary world and how we experience the contact with each other today. For this, we make a literature review discussing what Gestalt Therapy think about relationships and men. Furthermore, we articulate that vision with what we see today in our society through a dialogue with authors who discuss issues of contemporaneity. From our studies we realized that the sufferings we encounter speaks about difficulties in the establishment of dialogue, intimacy and surrender, which configures itself to the theory of Gestalt Therapy as interruptions in the dynamics of the contact, named as the steps of: contact and final contact. We conclude that these dimensions needed for the contact, to establish a full relationship with others, seem not to be finding place in our society, which can be linked to an increasing loss of the experience space. This is expressed in the difficulty of living dimensions essential to the establishment of experience, such as respite and surrender, openness and availability, the risk implicit in relationships with others.<hr/>Este artículo fue motivado por las quejas presentadas por los clientes a nuestra clínica y búsqueda a partir de ahí un entendimiento acerca de la existencia en el mundo contemporáneo y cómo experimentamos el contacto con los demás hoy. Para ello, hacemos una revisión de la literatura abordando lo que la Terapia Gestalt habla de las relaciones y los hombres. Acercamos esta visión con lo que vemos hoy en día en nuestra sociedad, a través de un diálogo con los autores que abordan el tema de la contemporaneidad. A partir de nuestros estudios nos dimos cuenta de que los sufrimientos con la que nos enfrentamos indican una dificultad de establecer el diálogo, la intimidad y la entrega, que están configurados para la Terapia Gestalt como interrupciones en la dinámica de contacto, a saber las etapas de contacto y el contacto final. Llegamos a la conclusión de que estas dimensiones necesarias para el contacto, para establecer una relación plena con el otro, parecen no estar encontrando su lugar en nuestra sociedad, lo que puede vincularse a una creciente pérdida del espacio de la experiencia. Esto se expresa en la dificultad de experiencia de las dimensiones esenciales para la experiencia se producir, como la pausa y el la entrega, la apertura y la disponibilidad de los riesgos en relación con los demás <![CDATA[<b>"Tem que nascer já com aquele dom"</b>: <b>vivências de uma jovem travesti</b>]]> http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1809-68672015000200009&lng=pt&nrm=iso&tlng=pt O objetivo deste estudo de caso foi conhecer as vivências sociais, afetivas e sexuais de uma jovem travesti e compreender sua percepção sobre a identidade de gênero. Utilizou-se uma entrevista semiestruturada. A análise deu-se a partir do referencial fenomenológico. A participante possui 22 anos, atua como profissional do sexo e diz não se sentir como um homem ou uma mulher, mas uma travesti. No que tange ao seu "mundo próprio", nota-se que a entrevistada evita e foge da angústia, o que dificulta que se conscientize de seus sentimentos e diminua sua capacidade para fazer integração existencial de suas escolhas. Isso parece impedi-la de assumir e de transformar seu "mundo próprio", mantendo pensamentos, sentimentos e condutas rígidos e com pouca mobilidade. O olhar do pesquisador deve ser o de acolher essa escuta e compreendê-la, com destaque para a potencialização de seus recursos.<hr/>The aim of this case study was to understand the social, emotional and sexual experiences of a young travesti and understand their perception of gender identity. We used a semistructured interview. The analysis was conducted from the phenomenological method. The participant has 22 years, acting as a sex worker and says not feel like a man or a woman, but a travesti. In terms of their "own world", there is evidence that has a lesser degree self-awareness, with less integrated existential choices. This seems to prevent her from taking over and transforming their "own world", keeping thoughts, feelings and behaviors and rigid with little mobility. The researcher should be to accommodate this listening and understand it, especially the enhancement of its resources.<hr/>El objetivo de este estudio fue conocer las experiencias sociales, emocionales y sexuales de una joven travesti y comprender su percepción de la identidad de género. Se utilizó una entrevista semiestructurada. Se realizó un análisis fenomenológico. La participante tiene 22 años, actúa como prostituta y dice que no se siente como un hombre o una mujer, sino un travesti. En su "propio mundo" hay evidencia de que tiene un menor grado de auto-conciencia, con opciones existenciales menos integrados. Esto parece evitar que se apoderen y transformar su "propio mundo", manteniendo pensamientos, sentimientos y comportamientos rígidos y con poca movilidad. La mirada del investigador debe ser para dar cabida a esta escucha y lo entiendo, sobre todo el aumento de sus recursos. <![CDATA[<b>Considerações fenomenológico-hermenêuticas acerca da somatização na adolescência</b>: <b>um estudo de caso</b>]]> http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1809-68672015000200010&lng=pt&nrm=iso&tlng=pt O objetivo desta pesquisa consistiu em compreender o fenômeno da somatização, à luz da Fenomenologia-Hermenêutica de Martin Heidegger, tomando como base um caso que fora acompanhado pela equipe de saúde de um hospital universitário. Trata-se de um estudo fenomenológico-hermenêutico, de caráter qualitativo, que utilizou como metodologia de investigação o estudo de caso único. Participou da pesquisa uma adolescente de 15 anos de idade, que apresentou como queixa um "entalo na garganta", sendo hospitalizada para tratamento médico e investigação diagnóstica. Foram utilizados como instrumentos de coletas de dados o relatório de atendimento psicológico, elaborado a partir do acompanhamento psicológico realizado com a adolescente, e um roteiro de entrevista semi-aberto. O estudo mostrou que a somatização pode ser analisada existencialmente com um modo de privação do caráter fundamental de poder-ser do Dasein, como uma carência que sempre se dá em relação ao seu modo de ser-no-mundo-com-os-outros. Evidenciou-se a relevância do contexto psicoterapêutico no favorecimento do encontro da participante consigo mesma, à medida que se disponibilizou um espaço em que ela pode voltar-se à sua experiência e falar de seu sofrimento (expresso na forma de um corporar), reconhecendo e significando-o. Ressalta-se que o desaparecimento do sintoma se deu favorecido pelo contexto psicoterapêutico.<hr/>The objective of this research consisted in understanding the phenomenon of somatic illness, in the light of Martin Heidegger's Hermeneutic-Phenomenology, considering a case that had been accompanied by a team of health assistance of a university hospital. This article is a hermeneutic-phenomenological study with qualitative character that used as an investigation methodology the single-case subject. The subject was 15-year-old girl who had been complaining of choking when was hospitalized for medical treatment and diagnosis investigation. A semi-structured interview and a report of psychological service that was elaborated from psychological attendance with the subject were used as instruments of data collection. The present study provides evidence that somatization can be existentially analyzed by a privatization way of the fundamental character from Dasein's view of being as a lack related to her way of being-in-the-world-with-others. Moreover, the study evidenced the importance of psychotherapeutic context in the privilege of the participant in meeting herself, while a space was made available in which the subject could return to her experience and speak about her suffering (expressed in form of bodying forth), recognizing and giving it a significance. Therefore, the study allows for the inference that the psychotherapeutic process led to the disappearance of somatic symptom.<hr/>El objetivo de esta investigación consiste en la comprensión del fenómeno de la somatización, a luz de la fenomenología-hermenéutica de Martin Heidegger, tomando como base un caso que ha sido acompañado por el equipo de salud de un hospital universitario. Se trata de un estudio fenomenológico-hermenéutico, de carácter cualitativo que usó como metodología de investigación lo estudio de caso único. Ha participado de la investigación una adolescente con 15 años de edad, que presentó como queja un "entalo" en la garganta, cuando fue hospitalizada para recibir tratamiento médico e investigar el diagnóstico. Un informe del servicio psicológico elaborado a partir de la asistencia psicológica con el paciente y uUn itinerario de la entrevista semiabierto fueron utilizados como instrumentos de recopilación de datos. El estudio mostró que la somatizacion puede analizarse a la luz del existencialismo con una manera de privación del carácter fundamental de poder-ser de Dasein, como una falta que siempre siente su manera de ser-en-el-mundo-con-los-otros. También se ha evidenciado la relevancia del contexto psicoterapéutico en el favorecimiento del encuentro de la participante consigo misma, a medida que se ha disponibilizado un espacio en que ella pudo volverse a su experiencia y hablar de su sufrimiento (expreso en la forma de una corporalidad), reconociendo y significándolo. Por consiguiente, es posible inferir que la desaparición del síntoma fue favorecido por el proceso psicoterapéutico. <![CDATA[<b>Fenomenologia da percepção extracorpórea</b>: <b>análise de experiências fora do corpo</b>]]> http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1809-68672015000200011&lng=pt&nrm=iso&tlng=pt Diversos autores apontam conceitos e etiologias para o fenômeno de Experiências Fora do Corpo (EFC). O presente artigo objetivou descrever e analisar as EFC a partir da experiência do vivido, elencando diferentes experiências denominadas EFC, comparando-as entre si e com o conceito científico de EFC, e investigando os sentidos dados a estas, bem como seu papel na vida cotidiana daqueles que alegam praticá-las, de modo a explorar as variedades de experiências rotuladas como EFC. Treze sujeitos foram entrevistados quanto a suas experiências, crenças e a consequência das EFC em suas vidas. Utilizou-se a análise de conteúdo, adotando Merleau-Ponty como principal referencial teórico para a interpretação dos dados. Os relatos de EFC foram divididos em dois grupos: aqueles que têm convicção da natureza espiritual destas - e que, assim, relataram experiências com presença de seres espirituais que os auxiliaram - e aqueles ressabiados de suas percepções - que se mantiveram céticos e, quando em EFC, permaneceram nos cômodos onde estavam fisicamente. Contudo, em ambos os casos, a experiência possuía um papel importante no entendimento e no modo de ser no mundo de tais sujeitos, sendo utilizada como coping para questões desde doenças crônicas, com risco de morte; ao desinteresse pela vida.<hr/>Several authors point out concepts and causes for the phenomenon of Out of Body Experiences (OBE). This article aimed to describe and analyze the OBE from the experience of the lived, listing different experiences called EFC, comparing them with each other and with the scientific concept of OBE, and investigating the meanings given to them, and their role in everyday life of those who claim to practice them in order to explore the variety of experiences named as OBE. Thirteen people were interviewed about their experiences, beliefs and consequence of OBE in their lives. We used content analysis, adopting Merleau-Ponty as the main theoretical framework for the interpretation of data. Reports of OBE were divided into two groups: those who have belief in the spiritual nature of such experiences - and thus reported experiences with the presence of spiritual beings who helped them - and those distrustful of their perceptions - who were skeptical and when in OBE, remained in the rooms where they were physically. However, in both cases, the experience had an important role in the understanding and being in the world of the experient, and is used as coping for questions from chronic diseases; life-threatening; to the lack of interest in life.<hr/>Varios autores señalan conceptos y las causas del fenómeno de Experiencias fuera del cuerpo (EFC). Este artículo tiene como objetivo describir y analizar el EFC de la experiencia de lo vivido, enumerando las diferentes experiencias llamadas EFC, comparándolos entre sí y con el concepto científico de EFC, y la investigación de los significados que se les da, así como su papel en la vida cotidiana de aquellos que dicen practicarlas; con el fin de explorar la variedad de experiencias etiquetadas como EFC. Fueron entrevistados trece sujetos acerca de sus experiencias, creencias y consecuencia de la EFC. Se utilizó el análisis de contenido, la adopción de Merleau-Ponty como el principal marco teórico para la interpretación de los datos. Informes de EFC se dividieron en dos grupos: aquellos que tienen fe en la naturaleza espiritual de estos - y por lo tanto las experiencias reportadas con la presencia de los seres espirituales que les ayudaron - y los que desconfían de su percepción - que eran escépticos y cuando en EFC, se quedaron en las habitaciones donde estaban físicamente. Sin embargo, en ambos casos, la experiencia tuvo un papel importante en la comprensión y ser en el mundo de tales sujetos, siendo utilizados como un afrontamiento para las cuestiones de las enfermedades crónicas, el riesgo de muerte; la falta de interés en la vida. <![CDATA[<b>Sobre o artigo de Beck</b>: <b>"a última fase da fenomenologia de Husserl"</b>]]> http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1809-68672015000200012&lng=pt&nrm=iso&tlng=pt Diversos autores apontam conceitos e etiologias para o fenômeno de Experiências Fora do Corpo (EFC). O presente artigo objetivou descrever e analisar as EFC a partir da experiência do vivido, elencando diferentes experiências denominadas EFC, comparando-as entre si e com o conceito científico de EFC, e investigando os sentidos dados a estas, bem como seu papel na vida cotidiana daqueles que alegam praticá-las, de modo a explorar as variedades de experiências rotuladas como EFC. Treze sujeitos foram entrevistados quanto a suas experiências, crenças e a consequência das EFC em suas vidas. Utilizou-se a análise de conteúdo, adotando Merleau-Ponty como principal referencial teórico para a interpretação dos dados. Os relatos de EFC foram divididos em dois grupos: aqueles que têm convicção da natureza espiritual destas - e que, assim, relataram experiências com presença de seres espirituais que os auxiliaram - e aqueles ressabiados de suas percepções - que se mantiveram céticos e, quando em EFC, permaneceram nos cômodos onde estavam fisicamente. Contudo, em ambos os casos, a experiência possuía um papel importante no entendimento e no modo de ser no mundo de tais sujeitos, sendo utilizada como coping para questões desde doenças crônicas, com risco de morte; ao desinteresse pela vida.<hr/>Several authors point out concepts and causes for the phenomenon of Out of Body Experiences (OBE). This article aimed to describe and analyze the OBE from the experience of the lived, listing different experiences called EFC, comparing them with each other and with the scientific concept of OBE, and investigating the meanings given to them, and their role in everyday life of those who claim to practice them in order to explore the variety of experiences named as OBE. Thirteen people were interviewed about their experiences, beliefs and consequence of OBE in their lives. We used content analysis, adopting Merleau-Ponty as the main theoretical framework for the interpretation of data. Reports of OBE were divided into two groups: those who have belief in the spiritual nature of such experiences - and thus reported experiences with the presence of spiritual beings who helped them - and those distrustful of their perceptions - who were skeptical and when in OBE, remained in the rooms where they were physically. However, in both cases, the experience had an important role in the understanding and being in the world of the experient, and is used as coping for questions from chronic diseases; life-threatening; to the lack of interest in life.<hr/>Varios autores señalan conceptos y las causas del fenómeno de Experiencias fuera del cuerpo (EFC). Este artículo tiene como objetivo describir y analizar el EFC de la experiencia de lo vivido, enumerando las diferentes experiencias llamadas EFC, comparándolos entre sí y con el concepto científico de EFC, y la investigación de los significados que se les da, así como su papel en la vida cotidiana de aquellos que dicen practicarlas; con el fin de explorar la variedad de experiencias etiquetadas como EFC. Fueron entrevistados trece sujetos acerca de sus experiencias, creencias y consecuencia de la EFC. Se utilizó el análisis de contenido, la adopción de Merleau-Ponty como el principal marco teórico para la interpretación de los datos. Informes de EFC se dividieron en dos grupos: aquellos que tienen fe en la naturaleza espiritual de estos - y por lo tanto las experiencias reportadas con la presencia de los seres espirituales que les ayudaron - y los que desconfían de su percepción - que eran escépticos y cuando en EFC, se quedaron en las habitaciones donde estaban físicamente. Sin embargo, en ambos casos, la experiencia tuvo un papel importante en la comprensión y ser en el mundo de tales sujetos, siendo utilizados como un afrontamiento para las cuestiones de las enfermedades crónicas, el riesgo de muerte; la falta de interés en la vida. <![CDATA[<b>Elementos para uma compreensão diagnóstica em psicoterapia</b>: <b>o ciclo do contato e os modos de ser</b>]]> http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1809-68672015000200013&lng=pt&nrm=iso&tlng=pt Diversos autores apontam conceitos e etiologias para o fenômeno de Experiências Fora do Corpo (EFC). O presente artigo objetivou descrever e analisar as EFC a partir da experiência do vivido, elencando diferentes experiências denominadas EFC, comparando-as entre si e com o conceito científico de EFC, e investigando os sentidos dados a estas, bem como seu papel na vida cotidiana daqueles que alegam praticá-las, de modo a explorar as variedades de experiências rotuladas como EFC. Treze sujeitos foram entrevistados quanto a suas experiências, crenças e a consequência das EFC em suas vidas. Utilizou-se a análise de conteúdo, adotando Merleau-Ponty como principal referencial teórico para a interpretação dos dados. Os relatos de EFC foram divididos em dois grupos: aqueles que têm convicção da natureza espiritual destas - e que, assim, relataram experiências com presença de seres espirituais que os auxiliaram - e aqueles ressabiados de suas percepções - que se mantiveram céticos e, quando em EFC, permaneceram nos cômodos onde estavam fisicamente. Contudo, em ambos os casos, a experiência possuía um papel importante no entendimento e no modo de ser no mundo de tais sujeitos, sendo utilizada como coping para questões desde doenças crônicas, com risco de morte; ao desinteresse pela vida.<hr/>Several authors point out concepts and causes for the phenomenon of Out of Body Experiences (OBE). This article aimed to describe and analyze the OBE from the experience of the lived, listing different experiences called EFC, comparing them with each other and with the scientific concept of OBE, and investigating the meanings given to them, and their role in everyday life of those who claim to practice them in order to explore the variety of experiences named as OBE. Thirteen people were interviewed about their experiences, beliefs and consequence of OBE in their lives. We used content analysis, adopting Merleau-Ponty as the main theoretical framework for the interpretation of data. Reports of OBE were divided into two groups: those who have belief in the spiritual nature of such experiences - and thus reported experiences with the presence of spiritual beings who helped them - and those distrustful of their perceptions - who were skeptical and when in OBE, remained in the rooms where they were physically. However, in both cases, the experience had an important role in the understanding and being in the world of the experient, and is used as coping for questions from chronic diseases; life-threatening; to the lack of interest in life.<hr/>Varios autores señalan conceptos y las causas del fenómeno de Experiencias fuera del cuerpo (EFC). Este artículo tiene como objetivo describir y analizar el EFC de la experiencia de lo vivido, enumerando las diferentes experiencias llamadas EFC, comparándolos entre sí y con el concepto científico de EFC, y la investigación de los significados que se les da, así como su papel en la vida cotidiana de aquellos que dicen practicarlas; con el fin de explorar la variedad de experiencias etiquetadas como EFC. Fueron entrevistados trece sujetos acerca de sus experiencias, creencias y consecuencia de la EFC. Se utilizó el análisis de contenido, la adopción de Merleau-Ponty como el principal marco teórico para la interpretación de los datos. Informes de EFC se dividieron en dos grupos: aquellos que tienen fe en la naturaleza espiritual de estos - y por lo tanto las experiencias reportadas con la presencia de los seres espirituales que les ayudaron - y los que desconfían de su percepción - que eran escépticos y cuando en EFC, se quedaron en las habitaciones donde estaban físicamente. Sin embargo, en ambos casos, la experiencia tuvo un papel importante en la comprensión y ser en el mundo de tales sujetos, siendo utilizados como un afrontamiento para las cuestiones de las enfermedades crónicas, el riesgo de muerte; la falta de interés en la vida.