Scielo RSS <![CDATA[Reverso]]> http://pepsic.bvsalud.org/rss.php?pid=0102-739520190002&lang=t vol. 41 num. 78 lang. t <![CDATA[SciELO Logo]]> http://pepsic.bvsalud.org/img/en/fbpelogp.gif http://pepsic.bvsalud.org http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-73952019000200001&lng=t&nrm=iso&tlng=t <![CDATA[<b>There is nothing but this</b>: <b>the social bond</b>]]> http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-73952019000200002&lng=t&nrm=iso&tlng=t Este artigo discute o laço social a partir da teoria lacaniana dos discursos e reflete sobre as possíveis formas de resistência dos sujeitos aos efeitos nocivos do discurso do capitalista na sociedade contemporânea.<hr/>This article discusses the social bond under the light of Lacan’s theory of the discourses and reflects on how can subjects in contemporary society resist the noxious effects of capitalist’s discourse. <![CDATA[<b>Anguish</b>: <b>the failure to do it</b>]]> http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-73952019000200003&lng=t&nrm=iso&tlng=t A angústia é um afeto norteador da clínica psicanalítica, sem representação e da ordem do real, por isso um afeto que não engana. Nesse contexto, este artigo tem por objetivo realizar um breve percurso do conceito de angústia construído por Lacan no Seminário 10, bem como compreender suas nuances, que em muitos momentos se configuram como um enigma a ser desvendado tanto na teoria quanto na clínica psicanalítica<hr/>Anguish is a guiding affection of the psychoanalytic clinic, being without representation, of the order of the real, for that reason an affection that does not deceive. In this context, this article aimed to make a brief review of Lacan 's concept of anguish in seminary 10, as well as to understand its nuances, which in many moments are configured as an enigma to be unveiled both in theory and psychoanalytic clinic <![CDATA[<b>The psychic dynamic of suicide under the perspective of the unveiling of the Self in melancholy</b>]]> http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-73952019000200004&lng=t&nrm=iso&tlng=t Este texto propõe uma investigação da dinâmica psíquica do suicídio a partir do desnudamento do Eu na melancolia. O suicídio foi considerado sob a perspectiva da identificação melancólica com o objeto perdido, investigando também o estatuto do objeto em questão. A partir da psicanálise, buscou-se desvendar alguns pontos da problemática que envolvemo o ato suicida e destacar o insuportável que afeta o sujeito nessa experiência, tendo como resultado o apagamento da subjetividade e a passagem ao ato como último recurso<hr/>This text proposes an investigation of the psychic dynamic of suicide from the unveiling of the Self in melancholy. Suicide was considered from the perspective of the melancholic identification with the lost object, also investigating the statute of the object in question. From psychoanalysis, it was sought to uncover some points of the issue involving the suicidal act, highlighting the unbearable that affects the subject in this experience, resulting in the erasure of subjectivity and the passage to the act as a last resource <![CDATA[<b>The uncanny inside us, the intolerance to difference</b>]]> http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-73952019000200005&lng=t&nrm=iso&tlng=t A autora faz uma revisão do texto Das Unheimliche, apontando para o fato de que, com a noção freudiana de inconsciente, o aparecimento do estranho, do infamiliar no psiquismo perde seu aspecto patológico e é parte integrante do mesmo. Como somos seres divididos, o estranho está dentro de nós. Aborda a questão atual dos estrangeiros e migrantes, principalmente daqueles que voltam para as matrizes colonizadoras. Tal fato, a seu ver, se constitui num retorno do recalcado, pois as pulsões primitivas de ódio, vividas de parte a parte, se reatualizam nas ações de agora. Finaliza dizendo que a psicanálise é subversiva e libertária, e pode trazer uma luz para essa intolerância à diferença. Quanto mais somos conscientes de nossas estranhezas, mais podemos tolerar sua presença no outro<hr/>The author makes a review of the text “Das Unheimliche”, pointing to the fact that with the Freudian notion of unconscious, the appearance of the uncanny in the psyche loses its pathological aspect and is an integrant part of it. As we are divided beings, the uncanny is unside us. She adresses the current issue of foreigners and migrants especially those who return to colonizing matrices. This fact, in her opinion, constitutes a return of repressed, because the primitive hatred drives, lived from part to part, are reupdated in such situation. She concludes by saying that Psychoanalysis is subversive and libertarian, so can bring a light to this intolerance to difference. The more we are conscious of our uncanny aspects, the more we can tolerate their presence in the other <![CDATA[<b>What is passive phallus?</b>]]> http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-73952019000200006&lng=t&nrm=iso&tlng=t Falo passivo é uma noção elaborada por Bonaparte (1967) e Loewenstein (1935) e diz respeito à passividade fálica tanto no homem quanto na mulher. Nosso objetivo é esclarecer o sentido inaugural desse termo e demonstrar sua pertinência para os estudos psicanalíticos na atualidade. Tal noção, até então negligenciada pela maioria dos psicanalistas, mostra-se relevante em nossos dias por ser promissora sob o auspício da teoria da sedução generalizada e subjacente ao entendimento do metabolismo obsessivo<hr/>Passive phallus is a notion elaborated by Bonaparte (1967) and Loewenstein (1935) and concerns phallic passivity in both men and women. Our aim is to clarify the inaugural sense of the term and demonstrate its relevance to current psychoanalytic studies. Such a notion forgotten by most psychoanalysts is relevant today is sometimes promising under the auspices of the generalized seduction theory and on the other, underlying the understanding of obsessive metabolism <![CDATA[<b>From the master to the analyst</b>: <b>to give up the exercise of one’s</b>]]> http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-73952019000200007&lng=t&nrm=iso&tlng=t Este trabalho parte de um comentário de Lacan em 1958, segundo o qual o poder do analista opera na condição de não se servir dele. Tendo o caso Dora como norteador, tentamos articular essa ideia à elaboração dos discursos na década de 1970, época em que Lacan se dedica à formalização da clínica psicanalítica mais além do Pai. Dessa forma, ali onde o mestre dá um comando, buscando exercer o poder que lhe é suposto, o discurso analítico opera em seu avesso, fazendo valer a causa do desejo ao prescindir do exercício de seu poder<hr/>This work is based on Lacan’s 1958 statement according to which the analyst’s power operates under the condition of giving up its exercise. Having Dora’s case as a guiding, we try to articulate this idea to the elaboration of the discourses in the 1970s, period in which Lacan is dedicated to formalizing a clinic beyond the Father. Hence, there where the master gives a command, seeking to exercise the power that is supposed to him, the analytic discourse operates in its reverse, asserting the cause of desire while giving up the exercise of its power <![CDATA[<b>The strange joy in oliveira's reign</b>]]> http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-73952019000200008&lng=t&nrm=iso&tlng=t Lacan formalizou os modos de gozo do falasser, que usaremos neste artigo para ler a expressão cultural e religiosa afro-brasileira, presente na cidade de Oliveira, Minas Gerais: o reinado de Nossa Senhora do Rosário. Se Lacan leu nos místicos do cristianismo os vestígios do gozo místico, nas religiões de matriz africana focalizamos a mística dos reinadeiros como uma amostra desse mesmo gozo que nos remete ao gozo feminino. Por sua estranheza, esse gozo interroga algo do gozo do próprio sujeito. Dessa feita, pretendemos analisar como o gozo feminino é experimentado pelos reinadeiros e se mostra insuportável para quem recusa a estranheza do feminino que nele se manifesta<hr/>Lacan formalize the jouissance’s ways of parlêtre, who we will use in this task for read the cultural and religious expression afro-brazilian, present in Oliveira city: O Reinado de Nossa Senhora do Rosário. If Lacan read in christian’s mystics the vestiges of a mystic jouissance, in regilions origary from Africa we focalize the mystic of Reinadeiros like an example of the same jouissance who remit us to feminine jouissance. This jouissance is strange and, for this reason, intrrogate some thing fom the subject’s own jouissance. This way, we intend analyse how this feminine jouissance is experimented by Reinadeiros, and show intolarable for who refuse the strangeness of feminine jouissance manifested in Reinadeiros <![CDATA[<b>Myths and representativeness</b>: <b>the expression of sexuality in african cultures</b>]]> http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-73952019000200009&lng=t&nrm=iso&tlng=t O mito de criação da nação Iorubá, traz à psicanálise reflexões da prática clínica no contexto cultural de origem africana. A sexualidade em algumas nações africanas faz parte das suas histórias de criação. Igbá-odu (cabaça da criação) é representado pelo Orixá Odudua, princípio feminino, a metade inferior da cabaça, e Obatalá ou Oxalá, princípio masculino, a metade superior da cabeça. Diferentemente da cultura ocidental, o artigo aponta inflexões na direção da cultura Iorubá em que a sexualidade humana ocupa a parte central da vida desses povos<hr/>The creation myth of the Yoruba nation brings to psychoanalysis reflections of clinical practice in the cultural context of African origin. Sexuality in some African nations are part of their creation stories. Igbá-odu (gourd of creation) is represented by Orixá Odudua, female principle, the lower half of the gourd, and Obatalá or Oxalá, male principle, the upper half of the head. Unlike Western culture, the article points to inflections in the direction of Yoruba culture in which human sexuality occupies the central part of the life of these peoples <![CDATA[<b>Stefan zweig’s literature and the disclosure of components of the psychoanalytic clinic</b>]]> http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-73952019000200010&lng=t&nrm=iso&tlng=t A importância da articulação entre psicanálise e literatura pode ser recuperada desde o exórdio da proposição freudiana. Tal relação é considerada componente fundamental na formação do analista e no material de investigação e revelação, configurando-se como campo possível de ilustração teórico-conceitual e material correlato à clínica. O presente artigo demonstra como a novela 24 horas na vida de uma mulher, de Stefan Zweig, autor austríaco reconhecido por Freud por suas produções literárias notáveis, revela e desvela elementos de grande valia para a psicanálise. Para tanto, será abordada a relação entre os dois campos de saber apontando no texto literário zweigiano a possibilidade da presença de alguns intervenientes precípuos - operadores e fenômenos como a transferência, a projeção, a identificação, e especialmente, a devastação feminina - que se evidenciam na clínica psicanalítica<hr/>The importance of the relationship between Psychoanalysis and Literature can be recovered from the exordium of the Freudian proposition. This connection is considered a fundamental component in the development of the analyst and a constructive material of research and revelation, configuring itself as a possible field of theoretical-conceptual illustration and a material correlated to the clinic. This article demonstrates how the novel “24 Hours in a Woman’s Life", from Stefan Zelig, an Austrian author recognized by Freud for his remarkable literary productions, reveals elements of great value to psychoanalysis. In order to do so, one will be discussed the relationship between the two fields of knowledge, pointing out in the Zweigian literary text the possibility of the presence of some key actors - operators and phenomena such as transference, projection, identification, and especially female devastation - of the psychoanalytic clinic <![CDATA[<b>Between transmissible and intransmissible</b>: <b>the question of founder trauma and siderant significant to the psychoanalyst’s formation</b>]]> http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-73952019000200011&lng=t&nrm=iso&tlng=t Examinamos a dimensão do transmissível e do intransmissível inerentes ao domínio da formação em psicanálise. Elegemos como recurso metodológico e chave de abertura à questão a articulação entre as noções de traumatismo fundador e de significante siderante, desenvolvidas, respectivamente, por Gérard Pommier e Alain Didier-Weill. Disso resultou a reflexão acerca das dificuldades inerentes à relação entre o desejo do analista e seus laços institucionais. Defendemos a importância da manutenção de um lugar de insistência tanto na prática clínica quanto institucional<hr/>We will examine the dimension of transmissible and intransmissible inherent in psychoanalysis formation’s domain. We elect as methodological resource and opening key to this question the articulation between the notions of founder trauma and siderant significant, they were developed respectively by Gérard Pommier and Alain Didier-Weill. From this resulted the reflexion about inherent dificulties to the relation between the analyst’s desire and its institutional ties. We defend the importance of keeping a place of insistence in practice both clinical and institutional