Scielo RSS <![CDATA[Cadernos de psicanálise (Rio de Janeiro)]]> http://pepsic.bvsalud.org/rss.php?pid=1413-629520190002&lang=t vol. 41 num. 41 lang. t <![CDATA[SciELO Logo]]> http://pepsic.bvsalud.org/img/en/fbpelogp.gif http://pepsic.bvsalud.org <![CDATA[<b>What the infant transmits to the adults</b>: <b>(The concept of psychic upward transmission)</b>]]> http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1413-62952019000200001&lng=t&nrm=iso&tlng=t Depois de algumas observações acerca da transmissão psíquica descendente (trans e intergeracional), o autor passa a considerar os diferentes modelos disponíveis na atualidade para dar conta de uma dinâmica de transmissão ascendente, ou seja, do bebê em direção aos adultos que cuidam dele (as identificações projetivas de W. R. Bion, a teoria do apego e os mecanismos da sintonia afetiva).<hr/>After a few reminders about the downward psychic transmission (trans and intergenerational), the author then considers the different models currently available to account for an upward transmission dynamic, from the baby to the adults who take care of it (the projective identifications of W.R. Bion, the theory of attachment and the mechanisms of affective atunement) <![CDATA[<b>Psychic apparatus, memory and the notion of time in the first texts of Freud</b>: <b>on the vicissitudes of language</b>]]> http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1413-62952019000200002&lng=t&nrm=iso&tlng=t Este trabalho discute as implicações entre aparelho psíquico, memória e tempo nos primeiros textos da psicanálise considerando a noção do a posteriori evocada por Freud (1894) por meio do termo alemão nachträglich. Tal proposição exige uma reflexão sobre a noção de memória desenvolvida na Carta 52 (1896/1996) segundo a qual há diversos registros de memória nos quais um mesmo conteúdo, com o passar do tempo, poderia ser inscrito e transcrito conforme distintos princípios associativos da linguagem. Sob esse prisma, a memória possui como qualidade a não recuperação imediata de seu conteúdo, e disso advém uma apropriada autonomia com relação aos elementos da consciência.<hr/>This paper discusses the implications of psychic apparatus, memory and time in early psychoanalysis, considering the notion of a posteriori evoked by Freud (1894) through the German term nachträglich. Such a proposition requires a reflection on the notion of memory developed in the Letter 52 (1896/1996) according to which there are several records of memory in which the same content, over time, could be inscribed and transcribed according to distinct associative principles of language. From this point of view, memory has as its quality the immediate non-recovery of its content, and from that comes an appropriate autonomy with respect to the elements of consciousness. <![CDATA[<b>The desire to live and the transmission of knowledge</b>: <b>psychoanalytic and philosophical perspectives</b>]]> http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1413-62952019000200003&lng=t&nrm=iso&tlng=t O presente artigo tem como objetivo abordar a questão da transmissão do saber na atualidade. Partimos da constatação do alto índice de suicídios cometidos entre os jovens para demonstrar que esse fato não é contingencial, mas trata-se de um fracasso estrutural da sociedade moderna como um todo, sobretudo no que diz respeito ao que Freud entendia como desejo de viver. Diante disso, relacionamos o desejo de viver com a questão da transmissão. A partir daí, procuramos relacionar a transmissão a partir de quatro perspectivas centrais: o sujeito, a educação, a tradição e a história ou o tempo. Para nossa compreensão, a transmissão envolve mais do que um método específico de passagem de conteúdo, mas implica a transmissão do saber que só pode ser pensado como desejo. Por isso, cada perspectiva central será abordada a partir de pensadores específicos. Freud para tratar da questão da transmissão no sujeito. Rancière para pensar a transmissão na educação. Benjamin para tratar da transmissão na tradição. E Agamben para abordá-la segundo o tempo e a história. Defendemos que o suicídio em nossos tempos só pode ser abordado com eficácia se o tratarmos como sintoma estrutural do fracasso na transmissão do saber.<hr/>This article aims at addressing the issue of the transmission of knowledge at the present time. We start from the high suicide rate among young people to demonstrate that this fact is not contingent, but it is a structural failure of modern society as a whole, especially in what Freud understood as a desire to live. Facing this, we relate the desire to live with the issue of transmission. From there, we try to relate the transmission as from four central perspectives: the subject, the education, the tradition and the history or the time. To our understanding, transmission involves more than a specific method of passage of the content, but implies the transmission of knowledge that can only be thought of as desire. Therefore, each central perspective will be approached by a specific thinker. Freud to deal with the issue of transmission in the subject. Rancière to think about transmission in education. Benjamin to deal with transmission in tradition. And Agamben to approach it according to time and history. We argue that suicide in our times can only be approached effectively if we treat it as a structural symptom of failure to transmit knowledge. <![CDATA[<b>Psychoanalyst, the craftsman of words</b>: <b>a reflection from three conceptions of time</b>]]> http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1413-62952019000200004&lng=t&nrm=iso&tlng=t O presente artigo visa estabelecer aproximações com o fazer do psicanalista e do artesão ourives no que tange às formas de vivenciar o tempo, suas respectivas formações e atividades. O tempo foi o eixo norteador do trabalho; usamos três concepções do tempo: tempo serial, tempo convivial e tempo de salto. Em seguida, articulamos esses modos de vivenciar o tempo com a duração das análises e a formação tanto do psicanalista como do artesão ourives. Ao final do artigo, fazemos algumas reflexões sobre a relevância da vivência do tempo de salto em momentos importantes para as duas atividades, do artesão ourives em momentos de criatividade e inventividade e do psicanalista na clínica, na formação e no processo de análise pessoal.<hr/>The present article aims at establishing approximations with the psychoanalyst's and the goldsmith craftsman's process in relation to the ways of experiencing time, their respective formations and activities. Time was the guiding axis of the work; we used three conceptions of time: serial time, friendly time and leaping time. Then, we articulate these ways of experiencing time with the timespan of the psychoanalyses and the formation of the psychoanalyst as well as the goldsmith craftman's. At the end of the article, we make some reflections about the relevance of the experience of leaping time in important moments for both activities, of the goldsmith artisan in moments of creativity and inventiveness and of the psychoanalyst in conducting his/her analyses, in his/her formation and in the process of personal analysis. <![CDATA[<b>History, narrative, resistance and utopia in Georges Perec</b>]]> http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1413-62952019000200005&lng=t&nrm=iso&tlng=t O presente artigo pretende trabalhar a articulação entre história e resistência na obra de Georges Perec, para pensar a potência utópica de seus textos. O autor submete a si e ao leitor às contraintes, que vão construindo um caminho individual numa jornada percorrida conjuntamente, escritor e leitor. Caminho que nos aproxima da leitura psicanalítica sobre o tempo e a história para pensarmos construções de narrativas. Perec transita no limite entre o Real da letra e o Simbólico do nome. Letra que faz operar um não-lugar, possibilidade de narrar, ou seja, através de a escrita da ficção poder se contar, o que implica acessar uma memória que também é coletiva, problematizando, assim, a relação com a história.<hr/>This article intends to work the relationship between history and resistance in the work of Georges Perec to think about the utopian power of his texts. The author submits himself and the reader to contraintes, constructing an individual pathway in a journey journeyed together of writer and reader. This is a road that brings us closer to the psychoanalytical reading about time and history to think of the narratives construction. Perec moves in the boundaries between the Real of the letter and the Symbolic of the name. A letter that makes a non-place work, the possibility of narrating, i.e. through the writing of fiction to be able to tell, which implies accessing a memory that is also collective, thus questioning the relationship with history. <![CDATA[<b>Memory and trauma</b>]]> http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1413-62952019000200006&lng=t&nrm=iso&tlng=t O texto trata da relação entre memória, trauma e defesas egoicas. A tese sustentada é a de que o episódio traumático se caracteriza pela ameaça à ordem vital, isto é, às pulsões do ego ou pulsões de conservação. Desse aspecto, difere das frustrações impostas à ordem sexual. Na ameaça à ordem vital, a memória é requisitada como compulsão à repetição e a defesa egoica consiste, sobretudo, na imobilização do agente traumático. Na frustração libidinal, em contrapartida, a memória emerge na forma de evocação ou repetição e o ego lida com o desprazer substituindo o objeto de satisfação perdido ou fazendo refluir a descarga libidinal inibida para a organização narcísica. As vinhetas apresentadas a título de ilustrações da teoria mostram como a defesa egoica contra o trauma resulta em diversos sintomas clínicos e culturais.<hr/>The text deals with the relationship between memory, trauma and ego defenses. The contended thesis is that the traumatic episode is characterized by the threat to the vital order, that is, to ego drives or conservation drives. In this respect, it differs from the frustrations imposed on the sexual order. In the threat to the vital order, memory is required as a compulsion to repeat and the ego defense consists above all in the immobilization of the traumatic agent. In libidinal frustration, by contrast, memory emerges in the form of evocation or repetition and the ego deals with displeasure by replacing the object of lost satisfaction or by reflecting the inhibited libidinal discharge into narcissistic organization. The vignettes presented as illustrations of the theory show how ego defense against trauma results in various clinical and cultural symptoms. <![CDATA[<b>Tension and listening</b>: <b>atlas reflections for a condition between</b>]]> http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1413-62952019000200007&lng=t&nrm=iso&tlng=t Trazendo diferentes autoras e autores para interlocução em um mesmo plano, este trabalho procura estabelecer algumas conexões e outras divergências contextualizadas no que se refere principalmente a uma escuta. Para tanto, pensa formas narrativas pelas vias de um viés psicanalítico, de um método em atlas oferecido pelo historiador da arte Aby Warburg e de uma transmissão da história analisada pelo pensador Walter Benjamin. Enquanto coloco desvios a estas linhas, faço alguns apontamentos a respeito da temporalidade, de uma espera e de uma condição aporética dos conceitos, associando-os a certa indecidibilidade fundamental relacionada a um encontro e ao acontecimento.<hr/>Bringing different authors to a dialogue at the same scene, this writing aims at establishing some connections and divergences in a context referred to listening. That is to be made by the narrative forms of psychoanalysis, the atlas method proposed by the art historian Aby Warburg and Walter Benjamin's standings on the transmissions of history. While putting some veerings to these lines, I make notes regarding to temporality, waiting and the aporethic condition of a concept - associating such to a fundamental incompleteness, due to its connections with an encounter and an event. <![CDATA[<b>Adolescence, Mourning and History</b>]]> http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1413-62952019000200008&lng=t&nrm=iso&tlng=t O presente artigo discute o luto na adolescência a partir dos textos freudianos; objetiva tecer uma reflexão entre o luto e a possibilidade de construção de uma história pessoal na atualidade; questiona se a adolescência pode ser pensada como um momento importante para a historicização da existência do sujeito. Esta questão convoca uma argumentação que se volta à possibilidade de narrar e rememorar a infância no trabalho psíquico do adolescente de maneira a edificar a elaboração do luto.<hr/>This article discusses mourning in adolescence as from the Freudian texts. It aims at stimulating a reflection between mourning and the possibility of building a personal history in the present time. It questions whether adolescence can still be thought of as an important moment for the historicization of the subject's existence. This question summons an argument that turns to the possibility of narrating and recalling childhood in the psychic work of the adolescent building up on ways of elaborating the mourning process. <![CDATA[<b>The "uncanny" logical time in the face of the disruptive photographs of Diane Arbus</b>]]> http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1413-62952019000200009&lng=t&nrm=iso&tlng=t Qual é o tempo do "estranho"? Que tempo é esse em que se dá a experiência de estar diante da arte e ser estranhada por ela? Aqui parto da minha experiência de olhar as fotografias de Diane Arbus - que, em seu tempo disruptivo, retratava seus freaks, personagens produzidos em sua metodologia íntima de adentrar as casas e cotidianos das pessoas que fotografava. Aproximo esse tempo produzido por Arbus da teorização de Lacan sobre o Tempo Lógico para refletir sobre o tempo da minha experiência, diante da obra da fotógrafa, com o "estranho" - noção cunhada por Freud em 1919 para dizer dos instantes em que um objeto "estranho" provoca o retorno de uma familiaridade até então radicalmente esquecida quando estamos diante dele.<hr/>What is the time of the "uncanny"? What time is this in which the experience of facing art and being estranged by it occurs? Here I take a look at the photographs of Diane Arbus - who, in her disruptive time, portrayed her freaks, characters produced through her intimate methodology of entering their homes and daily lives. I bring this time produced by Arbus close to the theorization of Logical Time by Lacan, to reflect about the time of my experience, facing of the work of the photographer, with the "uncanny" - a notion coined by Freud in 1919 to talk about the moments in which an "uncanny" provokes the return of a familiarity hitherto radically forgotten, when we are facing it. <![CDATA[<b>Construction of clinical case in psychiatric hospitalization</b>: <b>proposal of work in psychoanalysis</b>]]> http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1413-62952019000200010&lng=t&nrm=iso&tlng=t Este artigo discute as contribuições do método psicanalítico de Construção do Caso Clínico à internação psiquiátrica, a partir de questões suscitadas durante a experiência de estágio em uma Unidade Psiquiátrica no Ceará. O método é uma proposta de orientação institucional ao campo da Saúde Mental e foi utilizado como estratégia de intervenção, visando uma orientação da equipe ao tratamento de casos de difícil manejo. Essa ferramenta indicou uma abordagem diferencial dos casos, permitindo uma articulação em rede feita em equipe, além de tornar possível traçar intervenções clínicas específicas para cada paciente.<hr/>This article discusses the contributions of the psychoanalytic method of Construction of the Clinical Case to psychiatric hospitalization, based on issues raised during the internship experience at a Psychiatric Unit in Ceará. The method is an institutional orientation proposal in the field of Mental Health and was used as intervention strategy, aiming at a team orientation in the treatment of difficult cases. This tool indicated a differential approach of the cases, allowing a team-made network articulation, besides making it possible to draw up specific clinical interventions for each patient. <![CDATA[<b>Psychoanalysis in front of giftedness</b>: <b>essays about a anti-segregation clinic</b>]]> http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1413-62952019000200011&lng=t&nrm=iso&tlng=t Este ensaio tem como objetivo demonstrar como a psicanálise pode auxiliar jovens identificados como superdotados em situação de fracasso escolar. Apresenta o conceito de segregação como operador lógico na clínica psicanalítica contemporânea, sobretudo em jovens nomeados como superdotados com os respectivos efeitos de inserção promovidos pela retificação subjetiva.<hr/>Thais article aims at demonstrating how psychoanalysis can help gifted young people in situations of schoolfailure. It presents the concept of segregation as a logical operator in the contemporary psychoanalytic clinic, especially in young people appointed as gifted with their insertion effects promoted by subjective rectification. <![CDATA[<b>Hallucinations</b>: <b>illness index or stabilizing factor?</b>]]> http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1413-62952019000200012&lng=t&nrm=iso&tlng=t Este artigo trata de um estudo de caso de paciente atendido em um serviço de saúde do município de São Paulo (SP). Considerando que o referencial teórico psicanalítico orientou a prática clínica do processo, abordou-se a psicose em termos de estrutura clínica de linguagem, contrariamente à noção de déficit das funções psíquicas. A partir de Freud e Lacan, e suas contribuições ao estudo das psicoses, buscou-se entender quais situações, contextos e elementos intrapsíquicos se associavam à produção dos fenômenos psicóticos, seus efeitos e sua função para o sujeito, em especial no que tange à alucinação. A partir do fragmento do caso clínico, chegou-se à conclusão de que a alucinação fomenta a produção de um discurso singular, tendo uma lógica própria que se engendra a partir da experiência enigmática da psicose, sendo capaz de conduzir o sujeito à estabilização.<hr/>It is a case study of a patient attended at a health service in the city of São Paulo (SP). Considering that the psychoanalytic theoretical framework guided the clinical practice of the process, the psychosis was approached in terms of a clinical structure of language, contrary to the notion of psychic functions' deficit. Beginning from Freud and Lacan, and their contributions in the study of psychoses, an understanding of which situations, contexts and intrapsychic elements were associated with the production of psychotic phenomena was sought, as well as their effects and their function in relation to the subject, particularly with regard to hallucination. From the clinical case fragment, it was concluded that the hallucination fosters production of a singular discourse, with its own logic generated from the enigmatic experience of psychosis, and capable of leading the subject to stabilization. <![CDATA[<b>Continuity and discontinuity in the baby's subjectivation process</b>]]> http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1413-62952019000200013&lng=t&nrm=iso&tlng=t Este artigo trata de um estudo de caso de paciente atendido em um serviço de saúde do município de São Paulo (SP). Considerando que o referencial teórico psicanalítico orientou a prática clínica do processo, abordou-se a psicose em termos de estrutura clínica de linguagem, contrariamente à noção de déficit das funções psíquicas. A partir de Freud e Lacan, e suas contribuições ao estudo das psicoses, buscou-se entender quais situações, contextos e elementos intrapsíquicos se associavam à produção dos fenômenos psicóticos, seus efeitos e sua função para o sujeito, em especial no que tange à alucinação. A partir do fragmento do caso clínico, chegou-se à conclusão de que a alucinação fomenta a produção de um discurso singular, tendo uma lógica própria que se engendra a partir da experiência enigmática da psicose, sendo capaz de conduzir o sujeito à estabilização.<hr/>It is a case study of a patient attended at a health service in the city of São Paulo (SP). Considering that the psychoanalytic theoretical framework guided the clinical practice of the process, the psychosis was approached in terms of a clinical structure of language, contrary to the notion of psychic functions' deficit. Beginning from Freud and Lacan, and their contributions in the study of psychoses, an understanding of which situations, contexts and intrapsychic elements were associated with the production of psychotic phenomena was sought, as well as their effects and their function in relation to the subject, particularly with regard to hallucination. From the clinical case fragment, it was concluded that the hallucination fosters production of a singular discourse, with its own logic generated from the enigmatic experience of psychosis, and capable of leading the subject to stabilization.