Scielo RSS <![CDATA[Cógito]]> http://pepsic.bvsalud.org/rss.php?pid=1519-947920110001&lang=t vol. 12 num. lang. t <![CDATA[SciELO Logo]]> http://pepsic.bvsalud.org/img/en/fbpelogp.gif http://pepsic.bvsalud.org <![CDATA[<b>O tempo da psicanálise</b>]]> http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1519-94792011000100001&lng=t&nrm=iso&tlng=t <![CDATA[<b>The role of time in the subject's constitution</b>]]> http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1519-94792011000100002&lng=t&nrm=iso&tlng=t A autora trabalha a noção de tempo a partir do "Projeto para uma psicologia científica" em que Freud propõe o aparelho psíquico, desde seus estágios arcaicos, como operador de conversão das quantidades dos estímulos em qualidades. O sistema capta diferenças de período nas ondas de estímulos e as codifica em "signos de qualidade", "signos de realidade", segundo Freud. A partir dessas articulações, a autora propõe o tempo como atributo do Real. A qualidade do afeto, a sensação de bom ou ruim, será determinada pelo período da catexia; tais registros de diferenças puras colhidos do período determinarão a constituição da rede de significantes e da própria subjetividade.<hr/>The author works the notion of time from the "Project for a scientific psychology" where Freud proposes the psychic apparatus, since its early stages, as the convertion operator of stimuli’s quantities in qualities. The system captures differences of period in the waves of stimuli and encodes in "signs of quality", "signs of reality", according to Freud. From these joints the author proposes time as an attribute of the Real. The affect quality, good or bad sensations will be determined by the period of cathexis; these pure differences records harvested from the period will determine the significant network constitution and the subjectivity itself. <![CDATA[<b>[Pass]time - the metaphor existence</b>]]> http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1519-94792011000100003&lng=t&nrm=iso&tlng=t A relação do ser humano com o tempo tem sido marcada tanto por aspectos utilitários como reflexivos. A operacionalização dessa ferramenta - ponderável enquanto construto humano e inapreensível enquanto possibilidade do infinito inalcançável - mobiliza questionamentos e afetos de toda ordem e para todos os fins. Seja para a vida vivida no mundo do cotidiano ou para a vida refletida no mundo das ideias, o tempo é um marco, uma baliza, uma referência para o existir e para as construções humanas. No que concerne ao campo das ideias e dos saberes em História, Filosofia, Astronomia, Teologia, Saúde Coletiva, Física Quântica e Psicanálise, entre outras, o tempo do Chronos é a medida, o controle, a linearidade previsível e mensurável. Dialeticamente, esses mesmos saberes acenam com outros tempos do tempo. Desses, constata-se que eles escapam do utilitarismo ditatorial do time is money, subvertem a ordem do controlável, extrapolam a dimensão única, rompem com o aqui e agora do imediatismo e do consumismo. Nessas outras formas de se delinear o tempo, o tudo e o todo, mais que quantificados, demandam ser qualificados. A partir dessas provocações, talvez seja possível se cogitar que o existir é mais do que um mero passatempo.<hr/>The relationship between human beings and time has been marked by both utilitarian and reflective aspects. The operation of the tool ponderable human construct is as elusive as the possibility of the unreachable infinite; it mobilizes questions and feelings of all categories and purposes. Whether it is a life lived in the everyday world or life reflecting the world of ideas, time is a landmark, a beacon, a reference to the existence and human construction. In the field of ideas and knowledge in History, Philosophy, Astronomy, Theology, Public Health, Psychoanalysis, and Quantum Physics among others, Chronos is the time of measurement, control, and predictable linearity and quantity. Dialectically, these fields nod to other aspects of time within time. Of these, it appears that they escape the dictatorship of utilitarianism ‘time is money,’ which subverts the order of control, that extends beyond the single dimension, which breaks with the immediacy of the here and now and consumerism. These other ways to delineate time must be qualified, rather than quantified. From these provocations, it may be possible to think that existence is more than just the passage of time. <![CDATA[<b>Os tempos do amor</b>]]> http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1519-94792011000100004&lng=t&nrm=iso&tlng=t Hoje em dia, muitas pesquisas empenham-se em determinar o parceiro adequado e o programa sexual mais conveniente para cada um. Esses programas situam-se nas antípodas do traçado inconsciente de um sujeito, feito de enunciados singulares da sua história. A psicanálise não pretende nenhuma solução que valeria para todos. Pelo contrário, ela defende essencialmente o encontro contingente que põe em jogo tudo o que em cada um marca o traço de seu exílio da “relação sexual”. Encontro de dois inconscientes, de duas solidões, de dois sintomas nos quais se escreve o real em jogo nas parcerias amorosas.<hr/>Maintes pseudo-recerches s´emploient aujourd´hui à déterminer le partenaire adéquat et le programme sexuel plus convenable pour chacun. Ces programmes se situent aux antipodes des traces inconscientes d´un sujet fait des énoncés singuliers de son histoire.La psychanalyse ne prétend à aucune solution qui vaudriat pour tous. Au contraire, elle défend essentiellement la rencontre contingente qui met en jeu tout ce qui chez chacun marque la trace de son exil du “rapport sexuel”. Rencontrre de deux inconscients, de deux solitude, de deux symtpômes ou s´écrit le réel en jeu chez les partenaires amoureux. <![CDATA[<b>The transcience and the well-said</b>]]> http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1519-94792011000100005&lng=t&nrm=iso&tlng=t No texto de Freud A transitoriedade (1915), fomos buscar os elementos para a construção deste trabalho. Freud observa, neste seu artigo, duas tendências psíquicas que o ser humano apresenta diante da constatação da impossibilidade do existir sem perecer: “o doloroso cansaço do mundo” e “a rebelião contra o fato consumado”. Este trabalho vem situar-se em torno dessas posições que remetem à “perda do objeto” - segundo Freud, e ao “universo mórbido da falta” - segundo Lacan. Trabalhando essas questões, buscamos fazer uma articulação com a ética da psicanálise, que revaloriza o desejo e propõe uma saída do mal- dito ao bem-dizer.<hr/>This work is based on Freud´s text The transience (1915). Freud points out in this essay two psychological tendencies that human beings have on the realization of the impossibility of existence without perishing, "the painful weariness of the world" and "the rebellion against the fait accompli." This work has the focus on those positions that refers to "lack of the object" - according to Freud, and "morbid universe of missing" - according to Lacan. Working on these issues, we make a links with the ethics of psychoanalysis, which revalues the desire and proposes a way out of bad-said to well-said. <![CDATA[<b>Time, time, time, time: the time in psychoanalysis in liquid times</b>]]> http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1519-94792011000100006&lng=t&nrm=iso&tlng=t Freud, em seu texto “Análise terminável e interminável” de 1937, discute sobre a duração de uma análise e as possibilidades de abreviar ou não a sua duração, já que ele reconhece “a duração inconvenientemente longa do tratamento analítico”. Por sua vez, Lacan, nos Escritos, discute a estrutura temporal do processo lógico imbricada na produção dos significantes, especificando a modulação do tempo no movimento do sofisma: o instante de olhar, o tempo para compreender e o momento de concluir. Esses tempos guardam correlação com os três tempos da análise em Freud: recordar, repetir e elaborar. Há, portanto, tempos que constituem a duração de uma análise. Zygmunt Bauman propõe o conceito de “tempo líquido”. Neste tempo, no qual há uma fagocitose dos tempos no cotidiano da vida humana, tempo marcado pelo realtime do mundo cyber, cuja imediaticidade torna-o zero entre demanda e resposta, o tempo do inconsciente torna a análise um dispositivo factível para a subjetividade constituída na contemporaneidade? Este texto empreende algumas tentativas de elucidar tal questão, fundamental, ao ver do autor, para situar a Psicanálise na cultura líquida.<hr/>Freud in his article “Analysis terminable and interminable”, 1937, discusses the duration of an analysis and the possibility of shortening the duration or not, as it recognizes "the inconveniently long term analytic treatment." Lacan, in Écrits, discuss the temporal structure of the logical process embedded in the production of significant, specifying the time modulation of the movement of sophistry: the time to look, the time to understand and the moment to conclude. These times are correlated with the three times of analysis proposed by Freud: to remember, to repeat and to elaborate. So there are times that the duration of an analysis. Zygmunt Bauman proposes the concept of "liquid time". At this time, in which there is phagocytosis of time in everyday life, a realtime marked by the cyber environment, immediacy which makes it zero between demand and response, the time of the unconsciousness makes the analysis feasible for a device made in contemporary subjectivity? This paper undertakes a few attempts to elucidate this question, fundamental, in the author's view, to put Psychoanalysis in “liquid culture”. <![CDATA[<b>Time and memory</b>]]> http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1519-94792011000100007&lng=t&nrm=iso&tlng=t Este trabalho procura uma melhor compreensão dos mecanismos do esquecimento e da memória, enfatizando a importância não apenas do que é lembrado, mas, principalmente, de como a possibilidade de esquecer é fundamental para a formação de nossas memórias. Há uma ênfase no conceito da memória enquanto construto, e na aplicação deste conceito à Psicanálise.<hr/>This paper endeavors to reach a better understanding of the mechanisms of memory and of forgetfulness, underlining the importance not only of what is remembered but, especially, of how the possibility of forgetfulness is paramount to the formation of our memories. There is an emphasis in the concept of memory as a construct, an in the application of this concept to Psychoanalisis. <![CDATA[<b>A time psychoanalysis forcluded</b>]]> http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1519-94792011000100008&lng=t&nrm=iso&tlng=t Considerando que o Inconsciente funciona de acordo com o processo primário e é atemporal, torna-se difícil entender por que a psicanálise se recusa a aceitar a analisabilidade dos idosos, inclusive foracluindo o tempo cronológico da velhice, quando o Inconsciente continua jovem, bem como o desejo.<hr/>Time and psychoanalysis have a specific relationship, since the Unconscious is submitted to the primary process, and is intemporal and remains eternally young. However it’s hard to believe that psychoanalysis refuses to treat old people or even try to understand the process of getting old, thus forcluding time of Old Age. <![CDATA[<b><i>Non-time</i></b><b> man </b>]]> http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1519-94792011000100009&lng=t&nrm=iso&tlng=t A sessão analítica é um lapso de tempo que visa um ponto singular no discurso que possibilite ao sujeito uma retificação do sentido e da modalidade lógica da sua existência enquanto falasser. Este artigo tem como objetivo evidenciar que a experiência analítica é essencialmente um manejo do tempo. Uma revisão de literatura apoia o relato de um caso clínico que se dirige à análise no momento de concluir sua vida. A manobra do tempo, na transferência, revela a função de relançamento que uma interpretação deve ter, restituindo ao ato suas duas dimensões: corte e infinito. O ato revela a dimensão assemântica do inconsciente, o que faz supor que ele resulta da temporalidade da sessão analítica. Nessa via, a direção do tratamento desse sujeito, com sessões de tempo variável, o conduz a retificar seu sintoma como modo de gozar do inconsciente, descolando-se da sua fantasia de eternidade para aí começar a viver.<hr/>The analytic session is a lapse in time aimed at a singular point in the discourse that enables the subject, while a falasser, to a rectification of his existence’s meaning and logic mode. The purpose of this article is to show that the analytic experience is, essentially, a time management. A review of the literature supports the report of a clinical case which heads to analysis by the time his life is thought to be almost through. The maneuver of time, in the transference, reveals the reinsertion function which an interpretation must have, readdressing to the act its two dimensions: cut and infinity. The act reveals the non semantic dimension of the unconscious, which suggests that it is a timely result of the analytical session. In this way, the direction of the treatment of this subject, with sessions of variable durations, leads him to rectify his symptoms as a way to the unconscious satisfaction, dislocating himself from his fantasy of eternity to, so, start living. <![CDATA[<b>Em ato... </b><b>Superfície e tempo </b>]]> http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1519-94792011000100010&lng=t&nrm=iso&tlng=t O autor articula as noções de tempo lógico e a topologia da cadeia borromeana, em Lacan, para trabalhar a questão do saber produzido na análise “de uma só vez como superfície e tempo” enquanto ato.<hr/>L'auteur articule les notions de topologie de la chaîne borromenne, en Lacan, et le temps logique de travailler la question du Savoir produit dans l'analyse « à la fois en surface et de temps » tout en loi. <![CDATA[<b>The trauma, the original fantasy and the Oedipus</b>]]> http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1519-94792011000100011&lng=t&nrm=iso&tlng=t O autor faz uma revisão histórica do conceito de trauma na teoria freudiana, apontando para uma mudança de significação do termo ao longo do tempo. Opõe a teoria da fantasia à do trauma para destacar a primazia da primeira e salientar a função estruturante da fantasia originária, como derivada do complexo de Édipo de cada sujeito. Finalmente, questiona qual o papel reservado para o trauma na teoria psicanalítica atual e os motivos que levam os neuróticos a relatarem fantasias mascaradas de traumatismos.<hr/>The author makes a historical review of the concept of trauma in the Freudian theory, pointing to a change in the term’s meaning over time. Opposes the fantasy theory to the trauma’s theory to emphasize the primacy of the first one and highlight the structuring role of the original fantasy, as derived from the Oedipus complex of each subject. Finally, he asks what role is reserved for the concept of trauma in current psychoanalytic theory and reasons why the neurotic reports fantasies camouflaged with traumatic contents. <![CDATA[<b>O que faz laço na escola</b>]]> http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1519-94792011000100012&lng=t&nrm=iso&tlng=t Baseado em uma conferência que Jacques Derrida pronunciou a convite do Museu Freud, em 1994, em Londres, que resultou na publicação de seu livro Mal de arquivo, o autor deste trabalho propôs a hipótese de que o que faz a aliança entre os membros de uma instituição psicanalítica não é a amizade entre eles, mas o temor de ver destruída a memória da instituição.<hr/>La conférence que Jacques Derrida a prononcé sous l’invitation du Musée de Freud, vers 1994, à Londres, qui devient son libre Mal d’archive, l’auteur de ce travail a proposé l’hipóthese de ce que fait noeud parmi les membres d’une instituition psychanalytique n’est pas l’amitié parmi eux, mais la peur de la destruction de la memoire de l’instituition. <![CDATA[<b>The psychoanalyst’s position and the symptom as source of discomfort</b>]]> http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1519-94792011000100013&lng=t&nrm=iso&tlng=t Este artigo aborda a ética da psicanálise que é transmitida, antes de tudo, a partir da experiência intensiva, também chamada de a análise do analista. Para tal, recorre à obra de Freud e ao ensino de Lacan, principalmente no que diz respeito ao estatuto do sintoma na teoria psicanalítica e aos nomeados ‘operadores éticos do analista’. Do ensino de Lacan, extraímos estes operadores clínicos da ética psicanalítica: o desejo do analista; o discurso do analista; o ato do analista; o saber do analista. Esses operadores cumprem aqui a função de serem coordenadas teórico-conceituais a nos guiar na abordagem do mal-estar proveniente do sintoma que, inexoravelmente, leva um sujeito a buscar a psicanálise como modo de tratamento. Da tomada/abordagem do sintoma no campo da ética da psicanálise, retiram-se consequências quanto ao agir do analista na operacionalização dessa mesma ética.<hr/>This article approaches the ethics of the psychoanalysis that is transmitted by intensive experience, also called the psychoanalyst’s analysis. In order to do that, it falls back upon Freud’s work and Lacan’s guideline mainly in what it comes to the rule of the symptoms in the psychoanalytic theory and also the so called ‘psychoanalyst’s ethical operators’. From Lacan’s teachings, we extract these clinical operators of the psychoanalytic ethics: the psychoanalyst’s desire; the psychoanalyst’s discourse; the psychoanalyst’s acting; the psychoanalyst’s knowledge. These operators fulfill the role of being the theoretical-conceptual guideline to guide us at the approach of the discomfort from the symptom that inexorably makes one to look for the psychoanalysis as a treatment. Concerning the symptom at the psychoanalysis ethics, we get consequences towards the acting of the psychoanalyst when operating this same ethics. <![CDATA[<b>Parricide in Freud’s work</b>]]> http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1519-94792011000100014&lng=t&nrm=iso&tlng=t O objetivo deste texto é discutir o desenvolvimento teórico da Psicanálise, tomando como objeto de reflexão o parricídio na obra de Freud. Para tanto, trabalha-se com a noção de ‘só depois’, com a experiência de leitura de Freud do escritor Dostoievski e seus efeitos em sua obra. São destacados três textos escritos e publicados por Freud em datas distintas: Totem e Tabu (1913), Dostoievski e o Parricídio (1928) e Moisés e o Monoteísmo (1939). Argumenta-se que esses três textos estão entrelaçados, de modo que o segundo ressignificou o primeiro, e o terceiro, os dois anteriores, possibilitando a colocação do parricídio na gênese do ataque histérico, do monoteísmo, da criação artística e da transmissão da Psicanálise.<hr/>The aim of this paper is to discuss the development of psychoanalysis, from parricide in Freud's work. To this end, I work with the notion of ‘deffered action’, with the freudian experience of reading the writer Dostoievski and its effects on his work. I highlight three texts written and published by Freud on different dates: Totem and Tabu (1913), Dostoievski and Parricide (1928) and Moisés and Monotheism (1939). I argue that these three texts are woven together, so that the second meant the first and the third, the two previous, allowing the placement of parricide in the genesis of hysterical attack, monotheism, artistic creation and transmission of psychoanalysis. <![CDATA[<b>Time - the wire and the plot</b>]]> http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1519-94792011000100015&lng=t&nrm=iso&tlng=t O objetivo deste texto é discutir o desenvolvimento teórico da Psicanálise, tomando como objeto de reflexão o parricídio na obra de Freud. Para tanto, trabalha-se com a noção de ‘só depois’, com a experiência de leitura de Freud do escritor Dostoievski e seus efeitos em sua obra. São destacados três textos escritos e publicados por Freud em datas distintas: Totem e Tabu (1913), Dostoievski e o Parricídio (1928) e Moisés e o Monoteísmo (1939). Argumenta-se que esses três textos estão entrelaçados, de modo que o segundo ressignificou o primeiro, e o terceiro, os dois anteriores, possibilitando a colocação do parricídio na gênese do ataque histérico, do monoteísmo, da criação artística e da transmissão da Psicanálise.<hr/>The aim of this paper is to discuss the development of psychoanalysis, from parricide in Freud's work. To this end, I work with the notion of ‘deffered action’, with the freudian experience of reading the writer Dostoievski and its effects on his work. I highlight three texts written and published by Freud on different dates: Totem and Tabu (1913), Dostoievski and Parricide (1928) and Moisés and Monotheism (1939). I argue that these three texts are woven together, so that the second meant the first and the third, the two previous, allowing the placement of parricide in the genesis of hysterical attack, monotheism, artistic creation and transmission of psychoanalysis.