Scielo RSS <![CDATA[Estudos e Pesquisas em Psicologia]]> http://pepsic.bvsalud.org/rss.php?pid=1808-428120080002&lang=t vol. 8 num. 2 lang. t <![CDATA[SciELO Logo]]> http://pepsic.bvsalud.org/img/en/fbpelogp.gif http://pepsic.bvsalud.org http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1808-42812008000200001&lng=t&nrm=iso&tlng=t <![CDATA[<b>Phenomenology and Existentialism</b>: <b>sewing senses, articulating connections</b>]]> http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1808-42812008000200002&lng=t&nrm=iso&tlng=t O presente texto procura expor historicamente o surgimento do movimento fenomenológico e do existencialismo, explorando alguns dos seus principais expoentes e algumas noções fundamentais. Procura também discutir a dificuldade em definir um termo que dê conta da variedade de concepções criadas a partir de cada autor, tanto na fenomenologia quanto no existencialismo.<hr/>This text reviews the emergence of phenomenology and existentialism under the light of history and explores a few of their most remarkable notions and representatives. It also goes into the difficulty defining a term which can account for the variety of conceptions created by each and every writer, whether in phenomenology or in existentialism. <![CDATA[<b>The sense and the imagination, pain and suffering phenomenology</b>: <b>Michel Henry/Jean-Luc Marion</b>]]> http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1808-42812008000200003&lng=t&nrm=iso&tlng=t A questão trazida por Agustin Serrano de Haro ao colóquio luso-brasileiro de fenomenologia - Forma el dolor parte del mundo da vida? Pro y contra Michel Henry? - supõe duas leituras fenomenológicas da dor: uma, situa a dor nos fenómenos «saturados», isto é irredutíveis a todo e qualquer sentido (Jean-Luc Marion); outra vê a dor como pathos que se revela na imediatez de si mesmo (Michel Henry). Procuro mostrar que a formulação «pro y contra Michel Henry?» provém de uma falsificação da fenomenologia do afecto; falsificação que o próprio Marion reconhece ao admitir que o fenomenologia do sentir, em Henry, é determinante para as questões do corpo (2007), o que contrasta com a sua (Marion) teoria do sentir como fenómeno saturado. Mostrarei ainda como é que a fenomenologia do sentir se inscreve num futuro fenomenológico que «pode bem ser o nosso».<hr/>The problem brought by Agustin Serrano de Haro to the Luso-Brazilian conference of phenomenology - Forma el dolor parte del mundo da vida? Pro y contra Michel Henry? - implies two phenomenological readings of pain: one places pain in the “saturated” phenomena, referring it as irreducible to the senses as a whole (Jean-Luc Marion); the other considers pain as pathos revealing itself in its own immediacy (Michel Henry). I’m trying to demonstrate that the formulation «pro y contra Michel Henry?» is raised by a forgery of the phenomenology of affection; a forgery recognized by Marion himself when he admits that the phenomenology of the senses, in Henri, is determining for body issues (2007); this contrasts with Marion’s own theory of the senses as a saturated phenomenon. I will further show how phenomenology of the senses is inscribed in a phenomenological future which might be ours”. <![CDATA[<b>The onto-phenomenology of the world in Merleau-Ponty or the “(un)thinking” of Husserl</b>: <b>reading the philosopher and his shadow</b>]]> http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1808-42812008000200004&lng=t&nrm=iso&tlng=t No texto O Filósofo e sua Sombra, Merleau-Ponty dá-nos a sua teoria central acerca da constituição do Corpo e da sua relação com e no mundo, mas também nos fornece um juízo crítico acerca destes e de outros conceitos que Husserl não havia considerado no seu pensamento, e que o nosso autor chamou de o ‘impensável’. Deste modo, Merleau-Ponty configura no seu sistema a consciência encarnada e a ‘Carne’ (também chamado de ‘Ser Selvagem’) como conceitos centrais, o que lhe permite criar aquilo que pretendemos chamar de uma Onto-fenomenologia do Sensível, e gerar um novo horizonte para a inter-subjectividade, na senda do que Sartre havia já começado. Assim, a compreensão deste texto é essencial para uma visão global da própria fenomenologia.<hr/>In the text The Philosopher and his Shadow, Merleau-Ponty give us his main theory of the constitution of the Body and the relationship in and within the world, but also presents a critical judgement about these and other certain concepts that Husserl would not considered, and that our author called as the ‘unthinking’. In this manner, Merleau-Ponty configures in his system the embodied conscience and the ‘Flesh’ (also called ‘Wild Being’) as main concepts, which allows him, to create what we intend to call the Onto-phenomenology of the Sensible, and beyond doubt a new horizon for the inter-Subjectivity, such as Sartre have already started. Thus, the understanding of this text is essential to the global vision of phenomenology itself. <![CDATA[<b>The meanings of “analysis” and “analytics” in Heidegger’s thinking and its implications for psychotherapy</b>]]> http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1808-42812008000200005&lng=t&nrm=iso&tlng=t Este trabalho trata de alguns dos principais conceitos da psicoterapia daseinsanalítica, inspirada no pensamento do filósofo alemão Martin Heidegger. Para isto, inicia pela explicitação da escolha do termo “analítica” (Analytik) feita por Heidegger em sua obra “Ser e Tempo” (1927) em lugar de “análise” (Analyse). Aponta-se para a diferença de sentido entre ambos, destacando o afastamento moderno do significado originário de “análise”, que o reduz a uma decomposição em elementos, em analogia com a química. No entanto, análise vem do grego analisein, que significa o destecer de uma trama, ou libertar, soltar alguém ou alguma coisa das amarras. O termo analítica, utilizado por Kant e retomado por Heidegger, não conduz a uma desintegração do fenômeno, mas sim ao seu caráter originário, ao seu sentido, sua condição de possibilidade. A analítica tece e destece, para libertar o sentido que possibilita o tecido, para vislumbrar o próprio tecer e re-tecer. Esta é a via pela qual Heidegger irá compreender a analítica. A Daseinsanalyse, análise da existência, é definida por ele em “Seminários de Zollikon” como o exercício ôntico da analítica ontológica empreendida em “Ser e Tempo”. Pode-se, então, pensar a Daseinsanalyse também como o exercício da analítica na clínica, que elabora tematicamente a existência factual do cliente, remetendo-a às suas estruturas existencial-ontológicas constitutivas. Esse destecer, conduzido pela análise, libera o existir para tudo aquilo que o interpela como abertura de sentido, ajudando-o a tornar-se presente para todos os entes, inclusive para si mesmo, através da reflexão. Após apresentar as idéias de dois psiquiatras suíços que estabeleceram relações entre a filosofia de Heidegger e a clínica - Ludwig Binswanger e Medard Boss - o artigo propõe ainda alguns modos pelos quais pode pautar-se a atitude do psicoterapeuta na Daseinsanalyse. Uma vez que as demandas de sofrimento existencial, endereçadas à clínica psicoterápica, cada vez mais estão relacionadas ao nivelamento histórico de sentido que pode ser computado no cálculo global de exploração e consumo, é imprescindível, para que a psicoterapia possa se constituir em um espaço de reflexão propiciador de outros modos de existir, que ela própria não permaneça acriticamente subordinada a esse mesmo horizonte histórico de redução de sentido.<hr/>This study deals with some of the main concepts of daseinsanalytical psychotherapy, inspired by the thinking of German philosopher Martin Heidegger. To fulfill this aim, it begins by expliciting the choice of the term “analytics” (Analytik) made by Heidegger in his piece Being and Time (1927) instead of “analysis” (Analyse). It points out the difference in meaning between both terms, highlighting the modern detachment from the original meaning of “analysis”, which reduces it to a decomposition of elements, in an analogy to Chemistry. However, analysis comes from the Greek analisein, which means the unweaving of a web, or freeing, releasing someone or something from his/its ties. The term analytics, used by Kant and resumed by Heidegger, does not lead to a disintegration of the phenomenon, but to its original character, to its meaning, its condition of possibility. Analytics weaves and unweaves to free the meaning that makes fabric possible, to catch a glimpse of the very activity of weaving and unweaving. This is the way through which Heidegger will understand analytics. Daseinsanalyse, the analysis of existence, is defined by him in Zollikon Seminars as the ontic exercise of ontological analysis carried out in Being and Time. It is possible, then, to think of Daseinsanalyse as the exercise of analytics in practice, which elaborates thematically the factual existence of the client, submitting it to its constitutive existential-ontological structures. This unweaving, guided by analysis, frees existing to all that summons it as an opening in meaning, helping it become present to all beings, including itself, through reflection. After presenting the ideas of two Swiss psychiatrists who established a relationship between Heidegger’s philosophy and practice, Ludwig Binswanger and Medard Boss, the article proposes some ways through which the psychotherapist can guide his/her attitudes according to Daseinsanalyse. Once the demands of existential suffering, addressed to psychotherapeutical practice, are more and more related to a historical leveling of meaning which can be accounted in the global figures of exploitation and consume, it is indispensable, so that psychotherapy can be a space for reflection which allows other ways of existing, that psychotherapy itself does not remain acritically subordinate to this same historical horizon of reducing meaning. <![CDATA[<b>Lévinas, Husserl and Damásio</b>: <b>from otherness as experience to experience as otherness</b>]]> http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1808-42812008000200006&lng=t&nrm=iso&tlng=t A presente leitura é divida em quatro partes. Começarei distinguindo três sentidos de exterioridade, de forma a esclarecer o conceito de exterioridade de Lévinas como foi exposto no ensaio Totalidade e Infinito e com o qual os termos outridade e experiência estão associados. Optei por colocar desta forma, para não ter que especificar cada um destes termos, pois eles serão clarificados ao longo da segunda e terceira parte. Inicialmente, discutirei outridade como experiência, experiência do outro, mas não-perceptiva, experiência pré-intencional, anterior mesmo à diferença entre consciência e inconsciencia. A seguir, invertendo a ordem dos termos, irei tratar experiência como outridade, isto é, experiência que, enquanto não cessa de ser experiência mantém uma relação de outridade. Lévinas escreve em Totalidade e Infinito: “experiência significa precisamente a relação com o outro absoluto”. Nos contornos desta discussão, irei comentar a resposta levinasiana à quinta Meditação Cartesiana de Husserl e, finalmente, aproximarei o pensamento de Lévinas à pesquisa neurológica de António Damásio. Na última sessão explorarei diferentes caminhos a fim de manter o seguinte paradoxo - superfíce não tem profundidade: superfície é profundidade.<hr/>The present article is divided into four parts. I will begin by distinguishing three meanings of exteriority, so as to illuminate Lévinas’ own concept of exteriority, as expounded in the essay Totality and Infinity and with which the terms otherness and experience are associated. I phrase it in this way so as to avoid specifying each of these terms, which I will attempt to clarify throughout the second and third parts. First, I will discuss otherness as experience, experience of the other, but non-perceptive, pre-intentional experience, prior even to the difference between consciousness and unconsciousness. Then, by inverting the order of the terms, I will address experience as otherness, i.e., experience which, while not ceasing to be experience, remains a relation of otherness. Lévinas writes in Totality and Infinity: “experience means precisely the relation with the absolute other.”1 Within the frame of that discussion, I will comment on the levinasianresponse to the fifth of Husserl’s Cartesian Meditations, and finally bring together Lévinas’ thought and the neurological research of António Damásio. In the last section I will explore different ways to maintain the following paradox - surface has no depth: surface is depth. <![CDATA[<b>From phenomenology towards ethics as first philosophy</b>: <b>notes on the notion of otherness in E. Lévinas thought</b>]]> http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1808-42812008000200007&lng=t&nrm=iso&tlng=t Este texto enfoca as relações entre ética e alteridade a partir da obra do filósofo lituano, radicado na França, Emmanuel Lévinas. Destaca-se a relevância de sua concepção de ética e de alteridade para os estudos psicológicos da constituição subjetiva e das relações intersubjetivas. Para Lévinas, o outro concreto e singular precede o sujeito (ainda em constituição) e o traumatiza. A relação intersubjetiva para Lévinas implica, necessariamente, um certo deslocamento, uma certa cisão ou modificação na experiência subjetiva. É a partir dessas posições que emerge uma concepção particular de ética, compreendida como o permanente reconhecimento do outro, que nos antecede e faz com que sejamos alguém. Assim, eticamente não há subjetividade sem que haja antes uma alteridade radical que a possibilite.<hr/>This paper focuses the relations between ethics and otherness in the work of Emmanuel Lévinas, Lithuanian philosopher, who took French nationality. The relevance of his conception of ethics and otherness for the psychological studies of the subjective constitution and of intersubjective relations will be singularized. For Lévinas, the concrete and singular other precedes and traumatizes the subject (yet in constitution). For Lévinas, an intersubjective relation necessarily implies a certain dislocation, splitting or modification of subjective experience. It is from assertions like this that a singular conception of ethics emerges, understood as the permanent recognition of the other that precedes us and makes us somebody. Thus, there is no ethical subjectivity unless a radical otherness precedes it and makes it possible. <![CDATA[<b>After all, what does social means at phenomenological-existential clinical practices?</b>]]> http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1808-42812008000200008&lng=t&nrm=iso&tlng=t Este artigo tem como objetivo discutir a dimensão social nas práticas clínicas fenomenológico-existenciais. A partir das idéias de Heidegger e teóricos da perspectiva em foco, são discutidas as noções de social, ser-no-mundo, escuta clínica e práticas clínicas. Algumas experiências de plantão psicológico são relatadas, visando exemplificar a modalidade de plantão psicológico na perspectiva fenomenológico-existencial. O artigo finaliza considerando que a dimensão social pode ser compreendida, sob a ótica da hermenêutica, como constituinte do humano e nesse sentido, está presente na clínica fenomenológico-existencial.<hr/>This article aims to discuss the social dimension in existential-phenomenological clinical practices. Considering Heidegger’s ideas and theorists from the mentioned perspective, concepts of social, being-in-the-word, clinical listening and clinical practices are discussed. Some experiences of psychological duty are reported, aiming to exemplify the kind of stand-by psychological support based in the phenomenological-existential perspective. The article concludes considering that the social dimension can be understood, under the hermeneutics perspective, as a constituent of the human and, accordingly, is present in the phenomenological-existential clinic. <![CDATA[<b>Ethical experience, normativity and ethical paradox according to Jean-Paul Sartre</b>: <b>the conferences of cornell and Rome</b>]]> http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1808-42812008000200009&lng=t&nrm=iso&tlng=t O artigo propõe uma abordagem sistemática de duas conferências escritas por Sartre, uma para o Colóquio Morale e Società em Roma (1964) e a outra para a Universidade de Cornell, nos Estados Unidos (1965). A primeira foi efetivamente apresentada pelo filósofo, cujos extratos foram publicados em Les Écrits de Sartre. Ele terminou desistindo de apresentar a segunda por razões políticas e foi publicada recentemente em um volume da Revue Les Temps Modernes. O objetivo dessa exposição é articular os conceitos abordados por Sartre nessas conferências, sobretudo a experiência ética, a normatividade e o paradoxo ético. Dessa maneira, pretende-se mostrar de que modo podemos extrair de tal pensamento uma concepção ética fundada ao mesmo tempo numa crítica existencialista e marxista.<hr/>The article considers a systematic boarding of two conferences written for Sartre, one for the Conference Morale e Società, at Rome (1964) and the other for the University of Cornell, in the United States (1965). The first one, whose extracts had been published in Les Écrits de Sartre, effectively was presented by the philosopher. The second lecture was, for political reasons, never presented and was recently published in a volume of the Revue Les Temps Modernes. The objective of this exposition is to articulate the concepts boarded for Sartre in these conferences. That is: the ethical experience, the normativity and the ethical paradox. In this fashion, one intends to stand that we can extract of such thought an ethical conception, established at the same time in a critical existentialism and marxism. <![CDATA[<b>The critical (or <i>mundane</i>) phenomenological method in research in psycho(patho)logy and the contribution of ethnography</b>]]> http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1808-42812008000200010&lng=t&nrm=iso&tlng=t Este artigo descreve um desenvolvimento metodológico na pesquisa qualitativa em psicopatologia e psicologia, mostrando a contribuição da etnografia para o método fenomenológico mundano, de base merleau-pontyana. Descreve a fenomenologia mundana enquanto método crítico de pesquisa em Psicologia e Psicopatologia e porque ela pede, ou pelo menos recebe de bom grado a contribuição do método etnográfico. Apresenta a antropologia da experiência enquanto um enfoque que tem como foco a compreensão cultural do fenômeno estudado. Finalmente, aponta limites e possibilidades de integração entre o método fenomenológico e o método etnográfico.<hr/>This article describes a methodological development in qualitative research applied to psychopathology and psychology. It presents the contribution of ethnography for the worldly phenomenological method as a merleau-pontyan base. It describes the worldly phenomenology as a critical method for research in psychology and psychopathology and explains why it invites or welcomes the contribution of the ethnographic method. It shows the anthropology of experience as an approach that focuses on the cultural understanding of the phenomenon under study. It finally highlights the limits and possibilities of the phenomenological and ethnographic methods integration. <![CDATA[<b>The place of the other in Binswanger’s <i>daseinsanalyse</i></b>]]> http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1808-42812008000200011&lng=t&nrm=iso&tlng=t Neste trabalho tentamos apontar as vias de acesso à alteridade radical, no sentido levinasiano, que a perspectiva da análise existencial permite. Para isso descrevemos a Daseinsanalyse de Binswanger, num primeiro momento, para depois confrontá-la com a ética de Emmanuel Lévinas. Por último, tratamos do Outro na Daseinsanalyse.<hr/>In this paper we try to point the ways of access to the radical alterity, in the levinasian direction, which allows the perspective of the existential analysis. To reach this we first describe Binswanger’s Daseinsanalyse to later opposing it to the ethics of Emmanuel Lévinas. Finally, we seen for the Other in the Daseinsanalyse. <![CDATA[<b>Sartre as a phenomenologist</b>]]> http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1808-42812008000200012&lng=t&nrm=iso&tlng=t Este artigo tem por objetivo analisar os conceitos fundamentais da filosofia existencialista de Jean-Paul Sartre, a partir da influência da fenomenologia husserliana. A constituição da subjetividade é o fio condutor deste trabalho. Pretende-se mostrar a impossibilidade de uma conversão total por parte de Sartre à noção husserliana de um sujeito transcendental. Para o pai do existencialismo, o sujeito encontra-se sempre numa relação com outros sujeitos, estabelecendo, assim, a idéia de intersubjetividade - viga mestra do pensamento sartriano. Outrossim, a assunção da alteridade introduz uma concepção dialética à qual todos os sujeitos encontram-se subordinados. Há, pois, uma dialética da intersubjetividade (exterior) e uma dialética subjetiva (interior), segundo as quais o sujeito torna-se aquilo que é visto e, ao mesmo tempo, afasta-se de uma identificação absoluta consigo mesmo. Por fim, faz-se a análise do conceito de “singular-universal”, que visa impedir a redução do indivíduo a uma mera contextualização temporal, à medida que realça sua relação com o momento que ocupa na sua atualidade histórica, ou seja, sua historicidade.<hr/>This article aims to analyse the basic concepts of the existentialist philosophy of Jean-Paul Sartre, from the influence of the husserlian phenomenology. The constitution of the subjectivity is the connecting thread of this work. There intends to show the impossibility of a total conversion for part of Sartre to the husserlian notion of a transcendental subject. For the father of the existentialism, the subject always meets in a relation with other subjects, establishing, thus, the idea of intersubjectivity - the basis of the sartrian thought frames. Likewise, the assumption of the alterity introduces a dialectic conception to which all the subjects are subordinated. There’s, so, a dialectics of the intersubjectivity (outward) and a subjective dialectics (inward), according to which the subject becomes what is seen and, at the same time, it stands back of an absolute identification with himself. Finally, proceeding the analysis of the concept of "universal-singular”, which seeks obstructing the reduction of the individual to a mere temporal contextualization, while it highlights his relation with the moment that it occupies in his historical present, in other words, his historicity. <![CDATA[<b>The biographical method in Sartre</b>: <b>exististential contributions to Psychology</b>]]> http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1808-42812008000200013&lng=t&nrm=iso&tlng=t A crise epistemológica da psicologia no início do século XX, por estar cindida entre as perspectivas objetivistas e subjetivistas, passou a exigir do meio científico aportes teóricos para a sua superação. A fenomenologia forneceu elementos filosóficos e metodológicos para estabelecer a crítica ao psicologismo e elaborar a possibilidade de novas perspectivas para a disciplina. Sartre, por ela influenciado, assim como pelo marxismo, constituiu uma concepção histórica e dialética que está no cerne da proposição de uma psicologia existencialista. Em especial, o método biográfico, por ele implementado, tem muito a contribuir para a construção de uma metodologia para a psicologia que supere a dicotomia objetivismo/ subjetivismo e possibilite a construção da disciplina em novos parâmetros. Neste artigo são explicitados os pressupostos teórico-metodológicos do método biográfico em Sartre, sendo discutida sua aplicação prática realizada no livro Saint Genet: comédien et martyr.<hr/>The epistemological crisis in psychology at the start of the twentieth century, torn as it was between objectivist and subjectivist perspectives, began to demand from the scientific world a theoretical contribution in order to overcome this impasse. Phenomenology provided philosophical and methodological elements in order to establish a critique of psychologism, and to open the way to the development of new perspectives in this field. Sartre, thus influenced, and inspired by Marxism, elaborated a historical and dialectic concept which forms the core of the theory of existentialist psychology. In particular, the biographical method which he implemented contributed greatly to a method of psychology which goes beyond objectivism/subjectivism and allows for the development of the field within new parameters. In this article, the fundamental theory-methodologies of Sartre’s biographical method are explained. I also discuss their practical application in his book, Saint Genet: comédien et martyr. <![CDATA[<b>The existential  philosophy and the fundamentals to the psychological clinic</b>]]> http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1808-42812008000200014&lng=t&nrm=iso&tlng=t Este trabalho tem como objetivo buscar nas reflexões de Kierkegaard esclarecimentos sobre a singularidade humana e a influência da multidão na perda da singularidade, bem como no seu método de comunicação indireta para realizar o resgate do homem singular perdido na multidão. A partir daí, construir os fundamentos para a clínica psicológica, cuja proposta também consiste em buscar no homem a sua singularidade que se perdeu na impessoalidade.<hr/>This Essay has the objective to find in the reflections of Kierkegaard ways to clarify the human singularity and the influence of the crowd in the loss of singularity, as well as in his method of indirect communication to achieve the redemption of the singular man lost in the crowd. From this point, construct the fundamentals to the psychological clinic, which proposal also consists in seeking in the man his singularity that was lost in the impersonality. <![CDATA[<b>From the Hermeneutic to the phenomenology of the literary work</b>]]> http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1808-42812008000200015&lng=t&nrm=iso&tlng=t Avec les considérables travaux de P. Ricœur consacrés à l'œuvre littéraire - en particulier La métaphore vive (1975) et les trois volumes de Temps et récit (1982-1986), mais aussi les très nombreux articles et communications plus brèves -, l'élucidation de l'œuvre sous horizon herméneutique semble s'être imposée au détriment d'une approche plus strictement phénoménologique. En effet, la philosophie de Ricœur accomplit un tournant, au milieu des années soixante dix, d'une phénoménologie post-husserlienne (bien représentée par Le volontaire et l'involontaire ainsi que par de nombreux articles sur Husserl) à une herméneutique de l'existence humaine finie et facticielle qui allait interroger de manière constante la littérature. Ce tournant est antérieur aux travaux sur l'œuvre littéraire - il s'esquisse dans l'essai sur Freud de 1969 -, mais il a permis d'ouvrir la voie à une interprétation des textes assumant le point de vue herméneutique. Nous voudrions montrer ici qu'une élucidation plus purement phénoménologique était - et reste - possible. Cette voie, R. Ingarden l'avait ouverte dès 1931 dans son livre capital: L'œuvre d'art littéraire et cet ouvrage servira de fil conducteur à notre esquisse d'une possible phénoménologie de l'œuvre.<hr/>With P. Ricouer's remarkable works concerning literature - in particular La métaphore vive (1975) and the three volumes of Temps et récit (1982-1986), and also a great number of articles and brief communiqués - the elucidation of his work through the hermeneutic point of view seems to have been imposed, to the detriment of a more phenomenological approach. In fact, Ricouer´s philosophy suddenly changes in the mid-seventies, from a post-husserlian phenomenology (represented by Le volontaire et l´involuntaire and also in many of articles about Husserl) to a hermeneutic based on a finite and factual existence, that would constantly seek to interrogate literature. This redirection occurs before his work concerning these same literary works - that is outlined in the essay on Freud from 1969 -, but it enabled the interpretation of texts from the hermeneutic point of view.Our goal here is to demonstrate that a predominantly phenomenological elucidation was - and still is - possible. This point of view was introduced by R. Ingarden in 1931 in his seminal book: L'oeuvre d'art littéraire, and this work will serve as a guideline to this sketch of a possible phenomenology of the work.<hr/>Com os consideráveis trabalhos de P. Ricouer consagrados à obra literária - em particular La métaphore vive (1975) e os três volumes de Temps et récit (1982-1986), mas também os numerosos artigos e comunicações breves -, à elucidação da obra sob o horizonte hemenêutico parece ter sido imposta em detrimento de uma aproximação mias estritamente fenomenológica. De fato, a filosofia de Ricoeur dá uma guinada, no meado dos anos setenta, de uma fenomenologia pós-husserliana (representada por Le volontaire et l’involuntaire bem como por numerosos artigos sobre Husserl) para uma hermenêutica da existência humana finita e fática que iria interrogar de maneira constante a literatura. Este redirecionamento é anterior aos trabalhos sobre a obra literária - que se esboça no ensaio sobre Freud de 1969 -, mas permitiu abrir uma interpretação de textos que assumem o ponto de vista hermenêutico. Queremos mostrar aqui que uma elucidação mais puramente fenomenológica foi - e ainda é - possível. Este ponto de vista foi aberto por R. Ingarden desde 1931 em seu livro capital : L'œuvre d'art littéraire e esta obra servirá de fio condutor à este esboço de uma possível fenomenologia da obra. <![CDATA[<b>Empathy and being-to-another</b>: <b>Husserl and Sartre before the intersubjectivity issue</b>]]> http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1808-42812008000200016&lng=t&nrm=iso&tlng=t O artigo propõe a discussão sobre o problema da intersubjetividade em Husserl e Sartre. São examinadas a teoria sartriana do être-pour-autrui, do ser-para-outrem, e a teoria husserliana da Einfühlung, da “intropatia” (ou, para utilizar uma expressão mais corrente, da empa­tia), enquanto forma de fundo da experiência de um outro sujeito. O autor analisa, em Husserl, a existência de um “solipsismo” metodológico destinado a mostrar que o sentido da subjectividade é a intersubjectividade comunitária, na empatia e na comunicação. Em Sartre, ao invés, constata-se uma afirmação inicial de outrem como a inul­trapassável presença de uma liberdade que aniquila a minha própria, deixando-me ver nela, apenas, a minha própria imagem como objecto, e que para sempre me enclausura numa som­bria solidão.<hr/>This article discusses the intersubjectivity issue in Husserl and Sartre. It goes over Sartre’s être-pour-autrui (being-to-another) theory and Husserl’s Einfühlung, of “intropathy” theory (or the empathy theory, to use a term of current use), as background form of another subject’s experience. As for Husserl’s thoughts, the author examines the existence of a methodological “solipsism”, meant to demonstrate the meaning of subjectivity is communitarian intersubjectivity, in both empathy and communication. In Sartre’s writings, however, there is an opening affirmative of another with the unsurpassable presence of a liberty which annihilates my own, allowing me to see in it just my own image as an object, and which, encapsules me forever in gloomy loneliness. <![CDATA[<b>The case of Vera</b>: <b>an existential-phenomenological analisis of a “failed” experience or the dilemmas and impasses of fresh psychotherapists</b>]]> http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1808-42812008000200017&lng=t&nrm=iso&tlng=t O texto visa a demonstrar como a falta de conhecimento e de vivência dos diversos fundamentos dos enfoques fenomenológico-existenciais pode dificultar ou mesmo impedir o sucesso na prática do psicoterapeuta iniciante. De início, são feitas uma descrição e uma análise de alguns processos psicoterápicos de uma mesma cliente, acompanhada por diversos estagiários supervisionados pelo autor do artigo ao longo de três anos, apontando certos equívocos atribuídos às referidas limitações do aprendiz de psicoterapeuta. Em seguida, os dilemas e os conflitos do psicoterapeuta iniciante são discutidos, propondo sugestões para dar conta de tal situação. Finalmente, são apresentados alguns dos seus te­mas, a sua origem diversificada e parte dos múltiplos significados de uma orientação fenomenológico-existencial, apontando algumas de suas contribuições e aplicações à prática psicoterápica.<hr/>This text intends to evince the bad effects of the lack of knowledge and experience about the varied fundamental views that must base the existential-phenomenological analysis in the practice of fresh psychotherapists. At first, it builds an analytical description of meeting reports, concern­ing on an only client's several psychotherapical processes, with some trainees, supervised by the article author during three years. Next, problems and conflicts suffered by fresh psychotherapists are dis­cussed, when the author makes some suggestions trying to save such a situation. Finally, there is a partial exploration of the diverse origin, of some of the themes and the multiple meanings of an existential-phenomenological conduction, pointing out some of its contributions and applications for the psychotherapical practice. <![CDATA[<b>The - possible - debate between reductive materialism and phenomenology</b>]]> http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1808-42812008000200018&lng=t&nrm=iso&tlng=t Uma das questões candentes no que ao problema mente/corpo diz respeito - diríamos, tendo em perspectiva uma abordagem promissora para o problema mente/corpo - é a tentativa, que deve ser encorajada, de associar o materialismo reducionista à fenomenologia husserliana. Este não é certamente o caminho para um tipo de ligação que determine a exclusão do carácter específico das estratégias envolvidas, como supôs Francisco Varela, mas antes um debate que encontra a sua força na diferença entre as duas estratégias. O problema central deste artigo será, pois, o de patentear que o debate entre materialismo reducionista e fenomenologia é não apenas possível mas estritamente necessário. Observada essa primeira tarefa, procuraremos discutir, na última parte deste brevíssimo ensaio, a relação entre a fenomenologia husserliana e a Neurofenomenologia de Francisco Varela.<hr/>One of the chief questions regarding the mind/body problem - we would say, regarding a hopeful approach to the mind/body problem - is the attempt, one must encourage, to bond reductive materialism and husserlian phenomenology. This is certainly not the path to a kind of connection that entails the exclusion of the specific character of the strategies involved, as Francisco Varela supposed, but a debate that finds in the difference between those two strategies its own potential. The central problem in this paper is thus to demonstrate that the debate between reductive materialism and phenomenology is not only possible, although those differences, but strictly necessary. Having this task accomplished, we will discuss in the last part of this brief essay the relation between Husserlian phenomenology and Francisco Varela’s Neurophenomenology. <![CDATA[<b>Merleau-Ponty, Sartre and Heidegger</b>: <b>three conceptions of Phenomenology, three great philosophers</b>]]> http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1808-42812008000200019&lng=t&nrm=iso&tlng=t Este artigo expõe três concepções da fenomenologia, todas elas provenientes da fenomenologia de Husserl. Primeiramente, pretendemos mostrar que, ao enfatizar a percepção, Merleau-Ponty reconduziu a Psicologia às suas origens. Posto que ela deriva da Filosofia, cujo nascedouro é o mundo sensível, este filósofo parece sugerir que o amor ao saber/perceptivo é imprescindível aos que exercem a “ciência da alma”. Sartre, no seu encontro com a Fenomenologia, parte da intencionalidade como pressuposto fundamental para uma concepção de consciência que foge a noções substancializadas. A busca de uma “filosofia concreta” encontra ali a raiz necessária para seu florescimento em direção a uma filosofia da contingência. No bloco final, a Fenomenologia hermenêutica de Heidegger aparece em sua possibilidade de relação com a psicoterapia. Neste texto a Fenomenologia é apresentada como uma postura que considera o modo de ser do homem, a existência, sempre em jogo no tempo.<hr/>This article exposes three different Phenomenology concepts, all of which originated from Husserl's Phenomenology. First we intend to show that, by emphasizing perception, Merleau-Ponty led Psychology back to it's origins.Given that Psychology branches off from Philosophy, whose birthplace is the knowable world, this philosopher appears to suggest that the love of perceivable knowledge is essential to those who practice the "science of the soul". In his encounter with Phenomenology Sartre starts by presupposing that intentionality is fundamental to the conception of a conscience that escapes from substantialized notions.There the search for a "concrete philosophy" finds the necessary root, enabling it to bloom and grow towards a philosophy of contingence.In the final part, Heidegger's hermeneutic Phenomenology appears in terms of it's possible of relation with Psychotherapy. In this part about Heidegger, Phenomenology is presented as a point of view that considers man's way of being, his existence, always at stake in time <![CDATA[<b>Damages</b>: <b>reflections on the aesthetic emotions of the modern man through the phenomenology, existentialism and imaginary</b>]]> http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1808-42812008000200020&lng=t&nrm=iso&tlng=t Aborda-se o olhar do autor diante das sensações e percepções de sua esposa, após a mesma ter perdido a avó. Discute-se sobre a memória, sentimentos, imagens e a felicidade que são resgatadas a partir de uma caixa com alguns pertences da avó. Reflete-se sobre a forma como nos identificamos com a matéria e como procuramos diante da perda de um ente querido buscar um sentido para a nossa própria existência.<hr/>Approach the look of the author in front of the sensations and perceptions of his wife, after she lost her grandmother. It is discussed on the memory, feelings, images and happiness that are rescued from a box with some belongings of the grandmother. Reflects about the way that we identify us with the matter and forward looking as the loss of a loved one seek direction for our very existence. <![CDATA[<b>Hypermodern <i>flânerie</i> in a simulated <i>urbis</i></b>: <b>the new enlightened digital tramps</b>]]> http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1808-42812008000200021&lng=t&nrm=iso&tlng=t O objetivo deste trabalho é discutir a nova reconfiguração de uma prática social moderna, a avatar-flânerie, que emerge em função do surgimento de um novo espaço urbano e virtual, que se configura para além da emergência das cidades digitais, cibercidades, cidades ciborgues (LEMOS, 2003) e suas implicações com a instância do real, assim como o seu impacto nas subjetividades contemporâneas. A idéia de metacibercidades expressa com maestria exatamente o que está em questão: uma mudança, uma sucessão, que se coloca no além daquilo que ainda está em análise: o surgimento das cibercidades em concomitância com a emergência de novos espaços urbanos-arquitetônicos-virtuais simulados, construídos e reconfigurados cotidianamente por mais de 2 milhões de pessoas, jogadores do MMPORPG ( massive multiplayer on line role playing game) - Second Life1. Para tanto, discutiremos rapidamente o conceito de cibercidade, a partir de uma rápida historiografia da idéia de cidade moderna, contextualizando-a como um artifício técnico onde novas redes de sociabilidade entram em cena a partir do surgimento das novas tecnologias móveis. Num segundo momento, migramos para o ambiente da nova urbis virtual, entendida aqui como uma extensão-protética-tecnológica das cidades digitais, onde novos atores sociais - netizens- exteriorizam neste novo espaço uma possibilidade-hipótese de uma nova flânerie criativa na figura de um sujeito-jogador-avatar. À luz das idéias de Walter Benjamin em sua obra “Passagens”, construiremos uma análise das novíssimas práticas hipermodernas de percepção/observação flaneuse e possíveis respectivas alterações dos espaços urbanos virtuais no limite da experiência orgânica/digital, da vida vivida influenciada pela experiência do viver no ciber design urbano.<hr/>The object of this study is to analyze the new reconfiguration of a modern social practice, the contemporary flânerie of a virtual avatar, which emerges along with the birth of a new urban cyberspace. What is implicit in here is the fact that this new space we focused on appears with its own characteristics far beyond and different from what we have already known about the cibercities. For this purpose, then, I use this new expression metacibercity to better indicate this idea as something that goes very distant from what has been analysed until today; something that takes place in parallel with the birth of the cibercities: the simulation of a cibercity within a MMPORPG ( massive multiplayer on line role playing game) - Second Life, that has over than 2 million players. We discuss the concept of cibercities from a historical point of view, understanding it as an technical device where a new net of sociabilities appears from the emergence of the new mobile technologies. In a second scene, we migrate to this new ambience of what I call the new simulated urbis, perceived as a technical extension protesis of the cibercities where new social actors - netzens- has this creative opportunity of getting into this pratice: the new hypermodernity flânerie. Enhanced by the concepts and ideas of Walter Benjamin, we build this flânerie analysis and its possibilities of modifying and interacting into the real urban space since its experiences from the virtual living as a inhabitant and a player in the ciberspace. <![CDATA[<b>The order of chaos</b>: <b>epistemology of a time and experiences of rupture/discontinuity at the masterpiece <i>the New York trilogy</i></b>]]> http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1808-42812008000200022&lng=t&nrm=iso&tlng=t A Trilogia de Nova York é um romance policial pós-moderno. Obra de seu tempo, traz questões pertinentes à contemporaneidade, como a intensificação das experiências de ruptura. Do encontro com o novo num espaço-tempo cada vez mais comprimido, seguem-se esvaziamentos das categorias que nos remetem a ordens, unidades, certezas. Contudo, imersa na realidade da ficção - e na nossa -, escolhi o caminho, não dos que lamentam saudosamente uma modernidade das seguranças, e sim dos que não consideram preencher os inúmeros vazios restantes, mas conservá-los como aberturas que são, como torção própria de paradigma - que nos lega não outra coisa senão outro paradigma. Desta imanência entre o ser/estar e o conhecer (não esqueçamos o detetive como sujeito de um ato epistêmico), lançarei ao interesse questões em três diferentes frentes: (i) sobre a contemporaneidade, análise da própria obra; (ii) na contemporaneidade, análise do discurso e da autoria; (iii) na e sobre a contemporaneidade.<hr/>The New York Trilogy is a post-modern detective fiction and as well comes up with some contemporary issues as the intensification of the experiences of rupture/discontinuity (once begun in Modernity). Once the disconcerting encounters with new are happening in a space-time each time more constricted, the categories related to an order, unities, certainties are being “replaced” by non-spaces, nothingnesses. However, looking from an inside’s perspective, I chose to take the way not of those who miss modernity (and the “safety” that comes with it), but of those who consider not to fill the innumerable remaining emptinesses in order to conserve them as the true openings that they are, to accept them as the very twist of paradigm - and the fate of gaining not other thing than another paradigm. From this immanent bond between the being and the knowing, I will launch questionings in three different trails: (i) about the contemporary days, analysis of the novel itself; (i) in the contemporary days, analysis of discourse and authorship; (iii) about and in the contemporary days. <![CDATA[<b>Some contributions of the neurosciences to the study of the relationship between affect and cognition</b>]]> http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1808-42812008000200023&lng=t&nrm=iso&tlng=t Este artigo tem por objetivo fazer uma reflexão sobre algumas contribuições das chamadas Neurociências para o estudo da relação entre o afeto e a cognição. Buscou-se discutir a independência e/ou a integração dos sistemas cerebrais subjacentes a determinados processos afetivos e cognitivos, através da seleção de estudos clínicos e experimentais que abordam a relação cérebro/ mente, especialmente aqueles que apontam para algumas dissociações funcionais em pacientes com comprometimentos cerebrais, De modo complementar, foram apresentadas algumas investigações experimentais com animais, desenvolvidas no contexto das Neurociências. Os estudos aqui apresentados, apesar de sua diversidade teórica e metodológica, parecem apontar, em sua maioria, para o importante papel regulador do afeto na cognição humana.<hr/>The objective of this article is to analyze pertinent contributions of the Neurosciences to the study of the relationship between affect and cognition. Through a selection of a few clinical and experimental studies that investigates the mind-brain relationship, especially those that point out to functional dissociations in patients with cerebral damages, we intend to discuss the brain systems that are involved with certain emotional and cognitive processes. In a complementary way, we also present a few animal experimental investigations that are developed in the field of the Neurosciences. The studies that we present here, in spite of their theoretical and methodological diversity, seem to emphasize the importance of the emotions and the affects to the regulation of the human cognition. <![CDATA[<b>The reading in the high school and the metacognitive strategies use</b>]]> http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1808-42812008000200024&lng=t&nrm=iso&tlng=t O presente estudo teve por objetivo identificar a freqüência de uso das estratégias metacognitivas de leitura por estudantes do Ensino Médio, verificando a influência das variáveis idade, gênero, série, turno e rede de ensino freqüentada. Participaram 641 estudantes de escolas públicas e particulares, com idade entre 14 e 17 anos. O instrumento utilizado foi a Escala de Estratégias Metacognitivas de Leitura. A análise dos resultados revelou que as estratégias metacognitivas de leitura do tipo solução de problemas são as mais utilizadas (M=15,38; DP=4,78) entre os participantes. Os estudantes revelaram usar com mais freqüência as estratégias metacognitivas no durante a leitura (M=26,81; DP=7,91). Verificou-se que as estudantes do sexo feminino fazem mais uso dessas (M=41,12 e DP =11,28) que os estudantes do sexo masculino (M=34,12 e DP= 10,83). Constatou-se diferenças quanto a, idade, rede de ensino, série e turno freqüentado.<hr/>The present study aimed to identify the frequency of metacognitive strategies usage of students in the high school for reading and verify the influence of the variables age, genere, grade, type of school and period frequented. 641 students took part in the study, coming from public to private schools, aging from 14 to 17 years. The instrument used was the Escala de Estratégias Metacognitivas de Leitura (Metacognitive reading strategies scale). The analyses of the results showed that the problem solving strategies were the most used (M = 15,38; DP = 4,78) among the subjects. The students themselves revealed to use more metacognitive reading strategies during read (M =26,81; DP =7,91). It was also verified that the female students use more the strategies (M = 41,12 e DP = 11,28) than the male ones (M = 34,12 e DP = 10,83). Differences related to age, type of school, grade and period frequented were noticed too. <![CDATA[<b>About the family</b>: <b>the community speaking</b>]]> http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1808-42812008000200025&lng=t&nrm=iso&tlng=t O presente estudo discute questões relacionadas à família que vive em contexto de pobreza e às políticas públicas a ela destinadas. Ele decorre da experiência adquirida no projeto de extensão intitulado “Inserção do Psicólogo no Programa Saúde da Família”, desenvolvido em Vespasiano (MG), junto a pessoas diabéticas e hipertensas freqüentadoras do PSF daquele município. O trabalho pretende contribuir para um maior esclarecimento acerca da experiência de família em contexto de pobreza na perspectiva de seus membros. Para isso, apresenta fragmentos de relatos dos participantes dos grupos terapêuticos, realizados ao longo do desenvolvimento do projeto, cujo objetivo era investigar a experiência de família dos mesmos. Evidenciou-se a ênfase dos participantes nos aspectos interpessoais da dinâmica da família e na qualidade das relações entre seus membros, e não nas suas características estruturais, tais como suas formas de organização e funcionamento, aspectos estes mais ressaltados na literatura sobre o tema.<hr/>This paper argues questions about families that live in poverty context and about the public politics applied to them. It is originated from the project Insertion of the Psychologist in the Program of Family Health, developed in Vespasiano (MG), with patients with diabetes and hypertension that participated on the program. This paper intends to contribute to a major elucidation of the poor families experience from the perspective of their members. In order to do that, it shows narratives fragments of the participants of the therapeutical groups, developed in the project, whose aim was to investigate their family experience. It was clear the emphasis of the members on the inter-personal aspects of the family dynamics and on the quality of the relationships between their members, more than the emphasis on the structural characteristics, like those organization and operation styles, which where the features more pointed out on the literature about poor families. <![CDATA[<b>Winnicott and Maturana</b>: <b>is it a possible dialogue?</b>]]> http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1808-42812008000200026&lng=t&nrm=iso&tlng=t Este trabalho procura demonstrar algumas consonâncias entre dois autores, D. W. Winnicott e Humberto R. Maturana, baseado na hipótese de que a “interlocução”, o “diálogo” entre esses dois autores pode contribuir para uma melhor compreensão do fazer humano em sua complexidade, compreendido aqui também o que se refere às relações entre a atividade de trabalho, a criatividade, a saúde e os cuidados entre os seres humanos.<hr/>This paper looks for to demonstrate some accories between two authors, D.W. Winnicott and Humberto R. Maturana, based on the hypothesis of that the “interlocution”, the “dialogue” enters these two authors can contribute to understand making human being in its complexity, including here also what concerns the relations between the human activity, the creativity, the health and the cares between the human beings. <![CDATA[<b>Sobre o dualismo e a técnica</b>: <b>o lugar da psicologia filosófica na formação do psicólogo brasileiro</b>]]> http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1808-42812008000200027&lng=t&nrm=iso&tlng=t Este trabalho procura demonstrar algumas consonâncias entre dois autores, D. W. Winnicott e Humberto R. Maturana, baseado na hipótese de que a “interlocução”, o “diálogo” entre esses dois autores pode contribuir para uma melhor compreensão do fazer humano em sua complexidade, compreendido aqui também o que se refere às relações entre a atividade de trabalho, a criatividade, a saúde e os cuidados entre os seres humanos.<hr/>This paper looks for to demonstrate some accories between two authors, D.W. Winnicott and Humberto R. Maturana, based on the hypothesis of that the “interlocution”, the “dialogue” enters these two authors can contribute to understand making human being in its complexity, including here also what concerns the relations between the human activity, the creativity, the health and the cares between the human beings.