Scielo RSS <![CDATA[Desidades]]> http://pepsic.bvsalud.org/rss.php?pid=2318-928220190001&lang=t vol. num. 22 lang. t <![CDATA[SciELO Logo]]> http://pepsic.bvsalud.org/img/en/fbpelogp.gif http://pepsic.bvsalud.org http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S2318-92822019000100001&lng=t&nrm=iso&tlng=t <![CDATA[<b>Morte e vida na adolescência</b>: <b>da dor e da delícia de ser jovem</b>]]> http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S2318-92822019000100002&lng=t&nrm=iso&tlng=t O presente artigo tem como objetivo refletir sobre o sofrimento na adolescência, que vem se apresentando sob a forma de comportamentos de risco: depressão, ideias e tentativas de suicídio e ataques corporais. Destaco que esse breve estudo partiu da incidência numerosa de suicídios e auto-mutilações que vêm ocorrendo nos últimos anos. A articulação entre algo de caráter epidêmico e a singularidade do adoecimento desses jovens que chegam aos consultórios conduziu-me a recorrer ao relato da história de Ana com seu desamparo e busca de identificação com grupos que se organizam em torno do mortífero. Por outro lado, a atenção aos movimentos de vida e anseio por pertencimento faz-se necessária, reconhecendo aí uma busca por um encontro vitalizador com a analista e uma inserção na vida através dos laços com os pares que comungam de ideais e idiomas subjetivos comuns. O desejo de vida por parte da analista se aliança assim aos recursos de saúde da paciente.<hr/>This article intends to reflect upon the subject of suffering during adolescence that has been presenting itself through risk-taking behaviors: depression, suicidal thoughts and attempts, and attacks on the body. It is worth to mention that this brief study stems from the high incidence of suicide and self-harm in the last years. The articulation between the epidemic characteristics and the singularity of these young patients’ mental illnesses has led me to resort to Ana’s story, her helplessness and identification with groups organized around death. On the other hand, it is necessary to recognize the signs of life and the longing for a sense of belonging in the search for a revitalizing meeting with the analyst and a place in life through ties with peers who share ideas and a subjective language. Thus, the analyst’s desire for life and the patient’s coping resources become allies.<hr/>El presente artículo tiene como objetivo reflexionar sobre el sufrimiento en la adolescencia, que se presenta bajo la forma de comportamiento de riesgo: depresión, ideas y tentativas de suicídio y ataques corporales. Destaco que este breve estudio partió de la incidencia numerosa de suicidios y automutilaciones que vienen ocurriendo en los últimos años. La articulación entre algo de carácter epidémico y la singularidad de la enfermedad de esos jóvenes que llegan a los consultorios me condujo a recurrir al relato de la historia de Ana con su desampara y la búsqueda de identificación con grupos que se organizan en torno de lo mortífero. Por otro lado, la atención a los movimientos de vida y deseo de pertenecer se hace necesario, reconociendo en eso una búsqueda por un encuentro revitalizante con la analista y una inserción en la vida a través de lazos con los pares que comulgan ideales e idiomas subjetivos comunes. El deseo de vida por parte de la analista se alía así con los recursos de salud de la paciente. <![CDATA[<b>Los “extraños en la ciudad”</b>: <b>la clínica y la atención psicosocial en un caso de vulnerabilidad social</b>]]> http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S2318-92822019000100003&lng=t&nrm=iso&tlng=t O presente artigo apresenta a formação de dispositivos de segregação que se formam na pólis a partir de saberes operados por profissionais em diferentes instituições que acolhem adolescentes em situação de vulnerabilidade psicossocial, os transformando em atores “estranhos à cidade”. Demonstraremos como um fazer clínico-político pode emergir, a partir da escuta de cada sujeito, como um dispositivo de resistência a esse processo, permitindo que cada sujeito possa se relançar no mundo e nos laços sociais através de outras marcas que não aquelas que lhes são impostas por tais saberes (delinquentes, dependentes químicos, perigosos, etc.). Neste processo, ilustraremos com um caso de um sujeito psicótico acompanhado pela Equipe de Referência Infanto-Juvenil para ações de atenção ao uso de Álcool e outras Drogas (ERIJAD).<hr/>This article discusses the constitution of segregational devices developed in the polis through areas of knowledges operated by professionals in several institutions that care for adolescents in situations of psycho-social vulnerability, transforming these adolescents in “strangers to the city”. We will demonstrate how a clinical-political practice can emerge from listening to each of these adolescents, as a resource of resistance against this process, allowing each person to relaunch themselves in the world and in social ties through characterizations other than those imposed my such areas of knowledge (delinquents, chemical substance addicts, dangerous, etc.). We will illustrate this process with the case study of a psychotic subject, cared for by the Child and Adolescent Reference Team for the counsel of Alcohol and Drug abuse (ERIJAD).<hr/>El presente artículo presenta la formación de dispositivos de segregación que se forman en la polis a partir de saberes utilizados por profesionales en diferentes instituciones que acogen adolescentes en situación de vulnerabilidad psicosocial, transformándolos en actores “extraños para la ciudad”. Demostraremos cómo el quehacer clínico-político puede emerger, a partir de la escucha de cada sujeto, como un dispositivo de resistencia a ese proceso, permitiendo que cada sujeto pueda relanzarse al mundo y a las relaciones sociales a través de otras marcas diferentes de aquellas que les son impuestas por tales saberes (delincuentes, drogodependientes, peligrosos, etc.). Ilustraremos este proceso con el caso de un sujeto psicótico acompañado por el Equipo de Referencia Infanto-Juvenil para acciones de atención al uso de Alcohol y otras Drogas (ERIJAD). <![CDATA[<b>Tornar-se adolescente</b>: <b>o corpo como cenário</b>]]> http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S2318-92822019000100004&lng=t&nrm=iso&tlng=t Proponho-me a fazer algumas reflexões que surgem da prática clínica psicanalítica, focando-me em como se viabiliza o contato com os corpos e como vivem a sexualidade entre adolescentes. Como se vinculam? Como se expõem? Como se sintomatizam? Os espelhos de hoje são, sobretudo, as representações que circulam pelas redes sociais. Conquistar visibilidade, exibindo para ser suportado pelo olhar do outro, é atualmente condição de existência. Corpos produzidos, manipulados, exibidos, buscando reconhecimento, são alguns dos imperativos predominantes desde a puberdade. Sugiro uma nova hipótese: o corpo adolescente, talvez, encarnou no último tempo esse efeito de desenraizamento, produto de uma ruptura da comunidade social. O sentimento de ausência de sentidos coletivos poderia ter incidido na fetichização do cenário corporal que tanto nos impacta e muitas vezes preocupa os adolescentes. Nesta direção, paradoxalmente, o despertar da luta feminina contra a violência de gênero tem convocado a atenção e participação comprometida dos adolescentes.<hr/>I set forth to make a few considerations, which emerge from psychoanalytic clinical practice, on how physical contact occurs and how adolescents experience sexuality. How do they bond? How do they expose themselves? How do they somatize? Today’s mirrors are, above all, the representations circulating through social media. Conquering visibility and exposing oneself in order to be validated by the gaze of others is a contemporary condition of existence. Bodies that are produced, manipulated, exhibited, and seek recognition are some of the imperatives prevalent since puberty. I suggest a new hypothesis: the adolescent body has, perhaps, lately incarnated this uprooting as a product of a rupture in the social community. The feeling of lack of collective meaning could have precipitated the fetishism of the body that impacts us and worries teenagers so much of the time. Still, paradoxically, the awakening of the female struggle against gender violence has been summoning the attention and committed participation of teens.<hr/>Propongo algunas reflexiones surgidas de la práctica clínica psicoanalítica focalizando cómo se vehiculiza el contacto con los cuerpos y cómo viven la sexualidad entre adolescentes. ¿Cómo se vinculan? ¿Cómo se exponen? ¿Cómo se sintomatizan? Los espejos de hoy son, sobre todo, las representaciones que circulan por las redes sociales. Conquistar visibilidad exhibiendo para ser sostenido por la mirada del otro, es actualmente condición de existencia. Cuerpos producidos, manipulados, exhibidos buscando reconocimiento son algunos de los imperativos predominantes desde la pubertad. Planteo una nueva hipótesis: el cuerpo adolescente, quizás, encarnó en el último tiempo ese efecto de desarraigo producto de una ruptura de la comunidad social. El sentimiento de ausencia de sentidos colectivos podría haber incidido en la fetichización del escenario corporal que tanto nos impacta y muchas veces preocupa de los adolescentes. En esta dirección, paradójicamente, el despertar de la lucha femenina contra la violencia de género ha convocado la atención y la participación comprometida de las adolescentes. <![CDATA[<b>Infância Mapuche</b>: <b>perspectivas do sofrimento psíquico perante a violência estrutural do neoliberalismo no Chile</b>]]> http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S2318-92822019000100005&lng=t&nrm=iso&tlng=t O presente artigo pretende expor a violência a partir de diversas perspectivas ou dimensões e analisar sua influência no processo de identificação experimentado na infância Mapuche. Para isso, abordaremos a noção de aculturação e de transmissão entre as gerações, assim como proporemos um olhar reflexivo a respeito da concepção da realidade por parte das culturas em luta como um modo de compreensão do conflito, além dos aspectos evidentes relacionados ao território e aos recursos. Pretendemos fazer uma interpretação psicanalítica do conflito a partir da perspectiva do sujeito e comunidade Mapuche.<hr/>This article intends to showcase violence through its multiple perspectives or dimensions, and analyse its influence in the identification process experienced during Mapuche childhood. To do so, we will tackle the notion of acculturation and of generational transmission. We will also propose a reflexive outlook on the concept of reality by part of the struggling cultures as a means of understanding the conflict, besides the evident aspects related to territory and resources. We intend to formulate a psychoanalytic interpretation of the conflict from the perspective of the Mapuche subject and community.<hr/>El presente artículo pretende exponer acerca de la violencia desde diversas perspectivas o dimensiones y analizar su influencia en el proceso de identificación experimentado en la infancia Mapuche. Para ello, abordaremos la noción de aculturación y el de transmisión entre las generaciones, así como también plantear una mirada reflexiva respecto de la concepción de la realidad por parte de las culturas en pugna como un modo de comprensión del conflicto, más allá de los aspectos evidentes relacionados con el territorio y los recursos. Pretendemos hacer una interpretación psicoanalítica del conflicto desde la perspectiva del sujeto y comunidad Mapuche. <![CDATA[<b>O sofrimento psíquico de crianças e jovens nos dias atuais</b>]]> http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S2318-92822019000100006&lng=t&nrm=iso&tlng=t O sofrimento psíquico de crianças e jovens tem sido motivo de grande discussão nos últimos anos. Tal discussão gira em torno, principalmente, de um possível agravamento desse sofrimento em função de mudanças vividas no laço social. Na entrevista, procurou-se abordar aspectos importantes relacionados à subjetividade de crianças e jovens no contemporâneo. Os perigos da chamada “patologização da vida” e suas consequências, como o aumento do apelo à medicalização, o estatuto do corpo como ponto de identificação e o aumento no número de suicídio entre jovens, estão entre as questões discutidas de maneira não alarmista, apostando na resposta que as próximas gerações poderão produzir. Discutiu-se também o papel dos pais, profissionais e da sociedade como um todo frente ao endereçamento dessas novas e diferentes formas de manifestações do sofrimento.<hr/>The psychological suffering of children and youth has been highly discussed in the last few years. This discussion revolves mainly around a possible intensification of this suffering, due to changes in the experience and configuration of social bonds. The interview approaches important aspects of the subjectivity of children and youth today. The dangers of the so called “pathologization of everyday life” and its consequences, like the spike in and appeal of medicalization, the status of the body as a means of constitution of identity and the growing number of suicide amongst young people are some of the questions here discussed, refusing and alarmist tone, and betting on the answers that the next generations will be able to produce. The role of parents, professionals and society as a whole in addressing these new forms of suffering is also discussed.<hr/>El sufrimiento psíquico de niños y jóvenes ha sido motivo de una gran discusión en los últimos años. Tal discusión gira en torno, principalmente, del posible agravamiento de ese sufrimiento en función de las transformaciones que han sufrido las relaciones sociales. En la entrevista, se abordan aspectos importantes relacionados con la subjetividad de niños y jóvenes en la contemporaneidad. Los peligros de la llamada “patologización de la vida” y sus consecuencias, como el aumento de la apuesta por la medicalización, el estatuto del cuerpo como punto de identificación y el aumento del número de suicidios de jóvenes, están entre los temas discutidos sin un estilo sensacionalista, apostando por la respuesta que las próximas generaciones podrán producir ellas mismas. Se discute también el papel de los padres, los profesionales y de la sociedad como un todo, frente a la expresión y el rumbo que toman esas formas nuevas y diversas en que se manifiesta el sufrimiento. <![CDATA[<b>Juventude, aparência e identidade no liceu</b>]]> http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S2318-92822019000100007&lng=t&nrm=iso&tlng=t O sofrimento psíquico de crianças e jovens tem sido motivo de grande discussão nos últimos anos. Tal discussão gira em torno, principalmente, de um possível agravamento desse sofrimento em função de mudanças vividas no laço social. Na entrevista, procurou-se abordar aspectos importantes relacionados à subjetividade de crianças e jovens no contemporâneo. Os perigos da chamada “patologização da vida” e suas consequências, como o aumento do apelo à medicalização, o estatuto do corpo como ponto de identificação e o aumento no número de suicídio entre jovens, estão entre as questões discutidas de maneira não alarmista, apostando na resposta que as próximas gerações poderão produzir. Discutiu-se também o papel dos pais, profissionais e da sociedade como um todo frente ao endereçamento dessas novas e diferentes formas de manifestações do sofrimento.<hr/>The psychological suffering of children and youth has been highly discussed in the last few years. This discussion revolves mainly around a possible intensification of this suffering, due to changes in the experience and configuration of social bonds. The interview approaches important aspects of the subjectivity of children and youth today. The dangers of the so called “pathologization of everyday life” and its consequences, like the spike in and appeal of medicalization, the status of the body as a means of constitution of identity and the growing number of suicide amongst young people are some of the questions here discussed, refusing and alarmist tone, and betting on the answers that the next generations will be able to produce. The role of parents, professionals and society as a whole in addressing these new forms of suffering is also discussed.<hr/>El sufrimiento psíquico de niños y jóvenes ha sido motivo de una gran discusión en los últimos años. Tal discusión gira en torno, principalmente, del posible agravamiento de ese sufrimiento en función de las transformaciones que han sufrido las relaciones sociales. En la entrevista, se abordan aspectos importantes relacionados con la subjetividad de niños y jóvenes en la contemporaneidad. Los peligros de la llamada “patologización de la vida” y sus consecuencias, como el aumento de la apuesta por la medicalización, el estatuto del cuerpo como punto de identificación y el aumento del número de suicidios de jóvenes, están entre los temas discutidos sin un estilo sensacionalista, apostando por la respuesta que las próximas generaciones podrán producir ellas mismas. Se discute también el papel de los padres, los profesionales y de la sociedad como un todo, frente a la expresión y el rumbo que toman esas formas nuevas y diversas en que se manifiesta el sufrimiento.