Scielo RSS <![CDATA[Ide]]> http://pepsic.bvsalud.org/rss.php?pid=0101-310620090001&lang=pt vol. 32 num. 48 lang. pt <![CDATA[SciELO Logo]]> http://pepsic.bvsalud.org/img/en/fbpelogp.gif http://pepsic.bvsalud.org http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0101-31062009000100001&lng=pt&nrm=iso&tlng=pt http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0101-31062009000100002&lng=pt&nrm=iso&tlng=pt <![CDATA[<b>Marcas escuras sobre o papel</b>]]> http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0101-31062009000100003&lng=pt&nrm=iso&tlng=pt Tomando como ponto de partida as aplicações da tipografia na recente campanha de Barack Obama à Presidência dos Estados Unidos, o texto desenvolve uma comparação da trajetória da fonte Gotham - especialmente criada para Obama - com a trajetória histórica da Helvetica, e contempla a tipografia como um signo pluralista, utilitário, comercial e sociocultural, geralmente relegado a segundo plano pelos leitores. Conclui que é possível, a todos os “tipógrafos amadores”, desenvolver uma linguagem mais atenta ao elemento tipográfico, constituinte importante do“como dizer”.<hr/>Starting from the typografics used in the Barack Obama’s campaign, the text compares the typeface Gotham (especially created for Obama’s campaign) and the history of Helvetic typeface, and presents the typographics as a pluralist, commercial and socio cultural signs, usually neglected by the lectors. Concludes that it is possible to all “amateurs” typographs to develop a visual language that takes advantage of the typographic element as in important point of the “how to say”. <![CDATA[<b>Figuras rupestres</b>: <b>arte e/ou escrita?</b>]]> http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0101-31062009000100004&lng=pt&nrm=iso&tlng=pt O artigo enfatiza a continuidade analógica entre arte e escrita. A partir de um aforismo de Heráclito propõe as pulsões freudianas de vida e morte ou de união e separação como um campo contínuo de opostos complementares e inseparáveis e se pergunta sobre as fronteiras da psicanálise.<hr/>This paper emphasizes the analogical continuity between art and writing. Proposes the Freudian basic instincts, life and death, as complementary opposites and rises the question of the frontiers of psychoanalysis. <![CDATA[<b>A tipografia sem a tipografia</b>]]> http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0101-31062009000100005&lng=pt&nrm=iso&tlng=pt O presente trabalho visa resgatar as principais variantes que cercam a natureza escultórica da tipografia, colocando-as em diálogo com os recentes processos industriais, em busca de indícios que garantem a manutenção de seu fascínio na linguagem gráfica contemporânea.<hr/>With this work, we will redeem the main variants that surround typography’s sculptoric nature, connecting them in a dialogue with the recent industrial processes, in the search of traces witch assure the maintenance of their fascination within the contemporary graphic language. <![CDATA[<b>A tipografia e a fenda</b>]]> http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0101-31062009000100006&lng=pt&nrm=iso&tlng=pt Neste trabalho, a tipografia é pensada como um modo de questionar a separação entre a racionalidade e a loucura, segundo a proposta de Michel Foucault em sua História da loucura na época clássica. A partir de uma série de exemplos e contraexemplos (cubismo, Bauhaus, Anunciações renascentistas), trata-se de mostrar como a tipografia implica o pensamento de uma materialidade que não se deixa reduzir a nenhum idealismo.<hr/>In this paper printing type is considered as a way of questioning the separation between rationality and madness, according to Michel Foucault’s proposal in his History of madness in classical times. Starting from a series of examples and counter-examples (cubism, Bauhaus, Renaissance Annunciations), the purpose is to show how typography implies the thought of materiality which does not allow itself to be reduced to any kind of idealism. <![CDATA[<b>Vestígio da palavra</b>]]> http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0101-31062009000100007&lng=pt&nrm=iso&tlng=pt A autora, partindo de um sonho, desenvolve uma reflexão sobre os tipos gráficos como marca da subjetividade de determinadas épocas históricas. A tipografia é analisada como uma das marcas humanas, essa moldura da comunicação que está aí o tempo todo, sem necessariamente nos darmos conta do seu encanto secreto. Como se fossem as pegadas da palavra, que lhe dão forma e deixam sua impressão inscrita na memória.<hr/>Starting from a dream, the author begins a journey about the graphic fonts as a mark of subjectivity of some periods of History. The graphic design of the font is considered as one of the human marks, a frame of communication that is in front of us all the time, even when we do not notice its secret charm. As if they were the footprints of the word, they print themselves in our memory. <![CDATA[<b>Ao pé da letra</b>]]> http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0101-31062009000100008&lng=pt&nrm=iso&tlng=pt O autor descreve um momento do cotidiano da infância de Melanie Reizes, propiciador do surgimento de Melanie Klein.<hr/>The author describes a daily routine of Melanie Reize’s childhood which gave rise to Melanie Klein. <![CDATA[<b>O pensamento de Freud e a Psicanálise</b>: <b>o atrito do papel</b>]]> http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0101-31062009000100009&lng=pt&nrm=iso&tlng=pt O autor explora, na obra freudiana, sua teoria do análogo, através de uma metáfora - o atrito do papel. Ela tem a força de transformar o pensamento por escrito de um autor, psicanalista ou não, em produto objetivado. Elege Moisés e o monoteísmo (1939) para mostrar que a forma freudiana de pensar e construir teorias fica escondida na teoria que foi passada para o papel e que o leitor transforma em doutrina. A doutrina freudiana é o que se transmite na formação e no movimento psicanalítico, impedindo a identificação da máquina de pensar de Freud.<hr/>The author investigates his theory of the analogue in Freud’s written work by using a metaphor - the paper attrition. This metaphor has the strength of transforming an author’s written thought into an objectified product, whether the author be a psychoanalyst or not. In this article, Moses and Monotheism (1939) is selected to indicate that the Freudian way of thinking and constructing theories remains hidden in the theory that was passed on paper, which the reader transforms into doctrine. It is the Freudian doctrine that is transmitted in psychoanalytic training and in psychoanalytic movement, impeding the identification and acknowledgement of the Freud’s thinking machine. <![CDATA[<b>Escrever e escutar música</b>]]> http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0101-31062009000100010&lng=pt&nrm=iso&tlng=pt A escrita da música ocidental adotou o espaço como dimensão organizadora de um de seus principais constituintes, as frequências. Essa maneira de conceber a grafia musical formou e construiu um ouvido que percebe, além dos sons, movimentações e gestos sonoros que correspondem a imagens e figuras visualmente confirmadas pela escrita. As poéticas da Augenmusik e da Word-Painting são tomadas como modelos para a explicitação do relacionamento entre visão e audição tendo a escrita como mediadora, e excertos musicais do período barroco - J. S. Bach, em especial - são analisados sob esse ângulo.<hr/>In Occidental music, the indication of frequencies - one of the most important musical elements - on the written page was resolved by the use of space. This conception of musical writing created a manner of hearing in which we perceive not only sounds, but movements and gestures which correspond to images and figures, which are confirmed by what we see on the score. Augenmusik and Word-Painting are used as models to demonstrate the relationship between vision and hearing, using the score as a mediator. Musical excerpts from the Baroque period - especially J. S. Bach - are analyzed in this light. <![CDATA[<b>Da palavra do corpo ao corpo da palavra</b>: <b>a letra aprisionada</b>]]> http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0101-31062009000100011&lng=pt&nrm=iso&tlng=pt A partir de considerações evocadas pelo trabalho com dois pacientes que apresentam níveis diferentes de funcionamento mental, a autora descreve uma situação em que a manifestação da “escrita” se dá como “extensão do corpo”, e outra em que a inscrição concreta da letra “no corpo” ocorre, em contexto de anestesia quanto à vivência de dor psíquica. Para que o trabalho analítico possa fortalecer a consistência das expressões e das várias manifestações psíquicas de forma abrangente, enfatiza-se a atenção e a escuta, tanto a aspectos elaborados e “mentalizados”, quanto a aspectos primitivos, expressos ainda em um registro sensorial, a serem acolhidos e processados na relação paciente-analista.<hr/>Considering the work with two patients in different levels of mental functioning, the author describes a situation in which “writing” happens as “an extension of the body”, and another in which there is a concrete “inscription of letters on the body”, in a context of difficulty in experiencing psychic pain. The attention and containment regarding not only “mentalized” but also primitive aspects, still expressed in a sensorial level, are emphasized, so that psychic experience including its varied manifestations, can be enlarged and processed within the analyst and patient relationship. <![CDATA[<b>A forma</b>: <b>sua importância semiótica e psicanalítica</b>]]> http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0101-31062009000100012&lng=pt&nrm=iso&tlng=pt No diálogo entre a Semiótica como proposta por C. S. Peirce e a Psicanálise, pode ser pensada a importância das formas mítico-metafóricas de apresentação e representação do psíquico para determinar interpretantes adequados para que a nossa conduta leve ao possível encontro com o objeto desejado.<hr/>Through the dialogue between Semiotics as it is proposed by C. S. Peirce and Psychoanalysis, it can be considered the relevance of the mythic - metaphorical forms of presentation and representation of the Psychic in order to determine adequate interpretants for our conduct aiming its possible meeting with the desired Object. <![CDATA[<b>Entre o design da letra e o corpo invisível da palavra</b>]]> http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0101-31062009000100013&lng=pt&nrm=iso&tlng=pt A relação entre a letra, a palavra e a constituição psíquica é tratada através do drama exposto no filme O leitor, sob a direção de Stephen Daldry (2008), que adaptou o livro de Bernhard Schlink com o mesmo nome (1995) para o cinema. O trabalho tenta articular a dialética entre a condição originária do narcisismo e do amor primário e as vias de ascensão para a alteridade.<hr/>The relation between the letter, the word and the psychical constitution is treated through examining the drama in Bernhard Schlink’s novel The reader (1995) as represented in the recent film by Stephen Daldry (2008). We try to articulate the dialectics between the original condition of the human being, its primary love and narcissism and its ascension into a differentiated self. <![CDATA[<b>Internet de papel</b>]]> http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0101-31062009000100014&lng=pt&nrm=iso&tlng=pt O autor descreve a importância da escrita musical no desenvolvimento da inteligência musical, tanto do compositor quanto da própria composição, abrindo a possibilidade, em conjunto com os avanços tecnológicos atuais, da veiculação da música (e seu feitiço...) até lugares os mais longínquos.<hr/>The author describes the importance of writing in the development of musical intelligence, concerning composites as well as the composition itself, opening up possibilities together with the current technological advances of transmitting music (and its spell…) until the most remote locations. <![CDATA[<b>O corpo e o texto da cidade</b>]]> http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0101-31062009000100015&lng=pt&nrm=iso&tlng=pt A cidade pode ser entendida como um corpo, que suporta o texto da sua história. Constituída pelo tecido de quadras, ruas, praças e parques, a construção da cidade, obra coletiva por excelência, resulta de seu passado, que se conserva em imagens, e dos projetos que expressam seus sonhos e desejos. Nesse processo, alguns edifícios permanecem e guardam mensagens em seu corpo. Para elaborar a ideia, a cidade de São Paulo é tomada como exemplo.<hr/>The city can be understood as a body that supports the text of its history. Constituted by the tissue of blocks, streets, squares and parks, the construction of the city, collective work par excellence, derives from its past, which is preserved in images, and from designs that express its dreams and desires. In this process, some buildings remain and keep messages in its body. To further develop the idea, the city of São Paulo is taken as an example. <![CDATA[<b>Estética da forma</b>: <b>Mário Pedrosa - crítica de arte, psicologia e psicanálise</b>]]> http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0101-31062009000100016&lng=pt&nrm=iso&tlng=pt O artigo analisa a posição crítica de Mário Pedrosa que se opõe à crítica conteudista/impressionista e apela à noção de Forma (Gestalt) para fundamentar conceitualmente uma estética da forma. Como contraponto, considera a crítica à Gestaltheorie, segundo Merleau-Ponty, apresentando a concepção de Gestalt ou estrutura elaborada por este filósofo. Mostra ainda que Pedrosa entra em contato com essa filosofia e reconhece os limites da Teoria da Forma, apelando à psicanálise freudiana, porém, na chave interpretativa da psicanálise da arte de Ernst Kris e na de Anton Ehrenzweig. Finalmente, mostra como Pedrosa, dadas essas escolhas teóricas equivocadas, perde de vista a fecundidade da noção de Forma e preconcebe a psicanálise, na relação com a arte, como psicanálise do artista, ignorando as possibilidades da psicanálise no campo da estética da recepção, possibilidades fecundas para a apreciação crítica da arte, da cultura e do mundo sensível.<hr/>The article analyses the critical position of Mario Pedrosa. This position opposes itself to the content/ impressionist critics and appeals to the notion of Gestalt, considering the possibility of conceptually substantiating an aesthetics of the form. As a counterpoint, it considers the phenomenological critics to the Gestaltheorie, according to Merleau-Ponty, presenting the Gestalt or the concept of structure proposed by this philosopher. It also underlines that Pedrosa gets in touch with Merleau-Ponty’s thought, recognizing the limits of the Form Theory and appealing to the Freudian psychoanalysis, in the interpretative key of the art psychoanalysis elaborated by Ernst Kris and Anton Ehrenzweig. Finally, given these theoretical choices, it shows how Pedrosa loses sight of the richness of the notion of structure or Gestalt and preconceives the art psychoanalysis as an artist psychoanalysis, ignoring its fertile possibilities in the field of reception aesthetics, for the art criticism as well as for the cultural and sensitive world appreciation. <![CDATA[<b>Escrever, ouvir</b>: <b>perspectivas sobre o saber entre os Aweti do Alto Xingu</b>]]> http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0101-31062009000100017&lng=pt&nrm=iso&tlng=pt A partir de pesquisa de campo intensiva entre os Aweti, do Alto Xingu, o artigo apresenta uma comparação entre o sentido da escrita para a antropóloga e para os índios entre os quais trabalha. Enquanto para a primeira, de acordo com uma concepção ocidental do conhecimento, a escrita é a fixação de um saber sobre o mundo (no caso, os índios, tomados como objetos de conhecimento), para os segundos o saber sobre o mundo aparece como meio e resultado da expansão de suas relações sociais, sendo assim inseparável do modo pelo qual é adquirido, ou seja, do saber sobre as pessoas que trocam conhecimentos.<hr/>Following the author’s intensive field research among the Aweti, from the Upper Xingu, the paper presents a comparison between the anthopologist’s and her Indian natives’ conceptions of writing. While the former, according to a western notion of knowledge, see it as a way to register an understanding of the world (the Indians, taken as the subject of knowledge), to the latter writing appears as the means and outcome of expanding social relations. Knowledge about the world is thus embedded in the way by which it is acquired, that is, in the knowledge people have about each other while sharing information. <![CDATA[<b>Ponto, vírgula, ritmos...</b>]]> http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0101-31062009000100018&lng=pt&nrm=iso&tlng=pt A pontuação, esses sinais gráficos que dão sentido a um texto escrito, é tomada como um semáforo que orienta os movimentos que surgem na produção de outras tessituras do humano.<hr/>The punctuation, these graphic signs that give meaning to a written text, is taken as a semaphore guiding the movements that occur in the production of other human constructs. <![CDATA[<b>De como as ostras produzem as suas pérolas<sup><a href="#1a">*</a></sup> ou As flores também ficam instáveis e podem ferir</b>: <b>a vida da palavra na poética visual de Ana Miguel</b>]]> http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0101-31062009000100019&lng=pt&nrm=iso&tlng=pt Nas diversas circunstâncias de cada projeto estético, a artista Ana Miguel cultiva a presença da palavra como estratégia constante para a formulação de uma ética particular. A trajetória construída, a partir da poética visual da artista, move-se entre significativas vivências retomadas, no mais íntimo de sua existência, para erigir o edifício de narrativas assentadas sobre as realidades de um entorno sempre objetual.<hr/>From the most various circumstances the artist Ana Miguel cultivates the presence of the Word as Constant strategy to the formulation of a particular ethic. The path built from the visual poetic of the artist moves itself between significant experiences of life retaking in the most internal of her existence to the building of narratives based on the realities of a surrounding always with objects. <![CDATA[<b>Navegar é preciso</b>]]> http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0101-31062009000100020&lng=pt&nrm=iso&tlng=pt Neste artigo, a autora reflete sobre as mudanças ocorridas na escrita devidas à intensa presença atual dos meios eletrônicos no cotidiano das pessoas. Para tanto, descreve como a escrita é utilizada nas diferentes formas de texto eletrônico e aponta para uma aproximação entre a comunicação escrita e a falada.<hr/>In this article the author reflects on the changes occurred in writing due to the current intense presence of electronic media in people’s everyday lives. For that, he describes how writing is used in the different formats of electronic text and points to a narrowing between written and spoken communication. <![CDATA[<b>Ferenczi</b>: <b>Budapeste</b>]]> http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0101-31062009000100021&lng=pt&nrm=iso&tlng=pt Pretende-se alinhar alguns dos prováveis motivos para a psicanálise ter encontrado terreno fértil na Hungria. A proximidade de Budapeste de Viena, a capital do Império Austro-Húngaro, conferiu-lhe vantagens e desvantagens. O não-abandono do húngaro, somado ao uso do alemão nos cursos superiores, configurará um conflito para a burguesia: orgulho da língua e de ser bilíngue. A terapia da palavra, legitimando o húngaro como língua do afeto, veio a calhar para resolver esse conflito. Pretende-se também focalizar as contribuições do trabalho de Ferenczi, cujo pano de fundo é o clima de fé no homem, reinante nas primeiras décadas do século XX, quando surge a noção de “sentir com”, também presente em outros pensadores, e também a noção de simpatia, vista como uma etapa do desenvolvimento humano, segundo os fenomenologistas.<hr/>This work intends to outline some of the probable reasons for Psychoanalysis to have found fertile grounds to flourish in Hungary. The fact that Budapest was near Vienna, the capital of the Austro-Hungarian Empire, had its advantages and disadvantages. The fact that the Hungarian language was not abandoned, adding to it the use of German in the Universities, represented a conflict for the bourgeoisie: the pride in their language and in both languages. The therapy of the word, legitimizing Hungarian as the language of affection, came to solve this conflict. It also intends to focus on the contributions of Ferenczi’s work, whose background is faith in the human being, an idea which prevailed in the early decades of the 20th century. At that time the concept of “feeling with” appears, also present in other thinkers. The same occurred with the concept of affinity, considered by the phenomenologists as a phase in human development. <![CDATA[<b>Linguagem e suas ressonâncias na escrita psicanalítica</b>: <b>uma reflexão decorrente das leituras na área de rastreamento</b>]]> http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0101-31062009000100022&lng=pt&nrm=iso&tlng=pt Este trabalho comenta e problematiza a escrita psicanalítica, propondo uma reflexão a respeito da interatividade subjacente à prática clínica, ao conhecimento teórico, às vivências estéticas e mnêmicas do psicanalista em sua busca de conhecimento, junto à sua experiência de escrita-sempre-a-caminho.<hr/>This work comments and questions psychoanalytic writing, by proposing a reflexion concerning subjacent interactivity in the clinical practice, as well as the psychoanalyst’s esthetic and mnemic experiences in his quest for knowledge along with his continuous, ongoing writing experiments. http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0101-31062009000100023&lng=pt&nrm=iso&tlng=pt <![CDATA[<b>Sob as adicções</b>: <b>a incapacidade de estar só</b>]]> http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0101-31062009000100024&lng=pt&nrm=iso&tlng=pt Este trabalho comenta e problematiza a escrita psicanalítica, propondo uma reflexão a respeito da interatividade subjacente à prática clínica, ao conhecimento teórico, às vivências estéticas e mnêmicas do psicanalista em sua busca de conhecimento, junto à sua experiência de escrita-sempre-a-caminho.<hr/>This work comments and questions psychoanalytic writing, by proposing a reflexion concerning subjacent interactivity in the clinical practice, as well as the psychoanalyst’s esthetic and mnemic experiences in his quest for knowledge along with his continuous, ongoing writing experiments.