Scielo RSS <![CDATA[Ide]]> http://pepsic.bvsalud.org/rss.php?pid=0101-310620170001&lang=pt vol. 39 num. 63 lang. pt <![CDATA[SciELO Logo]]> http://pepsic.bvsalud.org/img/en/fbpelogp.gif http://pepsic.bvsalud.org <![CDATA[<b>Pensamento clínico e cultura do espetáculo</b>: <b>a questão do íntimo</b>]]> http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0101-31062017000100001&lng=pt&nrm=iso&tlng=pt <![CDATA[<b>Quando a sala de espera do analista é o mundo</b>: <b>entrevista com Marie Rose Moro</b>]]> http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0101-31062017000100002&lng=pt&nrm=iso&tlng=pt <![CDATA[<b>Como se conversa?</b>: <b>Aproximações, conexões e apoios</b>]]> http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0101-31062017000100003&lng=pt&nrm=iso&tlng=pt A partir de algumas reflexões postas pela antropologia, de experiências etnográficas com povos indígenas, e dos pressupostos teóricos das matrizes fenomenológicas, coloca-se a questão: como se conversa com os outros? Em que medida a aproximação com os outros permite a comunicação e a compreensão de um "outro mundo"? Tomando o conceito de psicanálise implicada como um lugar desde o qual se pode etnografar, algumas aproximações e conexões parecem possíveis.<hr/>Considering some reflections on anthropology, ethnographic experiences with indigenous peoples and theoretical assumptions of phenomenological arrays, raises the question: How do you talk to the others? To what extent the approach with others enables communication and understanding of the "another world"? Taking the concept of psychoanalysis implicated as a place from which to ethnography, some approaches and connections seems possible. <![CDATA[<b>Expressões da intimidade nos vínculos</b>: <b>interferências da cultura</b>]]> http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0101-31062017000100004&lng=pt&nrm=iso&tlng=pt O objetivo desse trabalho é discutir a intimidade na cultura atual e como ela se expressa e se organiza na complexa rede de arranjos vinculares existentes. Refletir sobre a relação entre a constituição mental do sujeito e seu modo de expressão dos afetos na cultura real e virtual; o que chamamos hoje de intimidade entre sujeitos na vida real seria equivalente nas relações virtuais? Como alcançar na relação analítica um espaço de intimidade que abra condições para a exploração do íntimo? Em muitas letras de músicas populares brasileiras atuais não se tem tratado sobre o tema família, mas sim, de questões sociais, do vazio e dos desencontros. O que estaria representando a família e os vínculos amorosos atuais na mente criativa desses artistas da cultura contemporânea?<hr/>This paper discusses intimacy in today's culture and how it is expressed and organized in the complex network of existing links. Reflecting on the relationship between the mental constitution of the subject and the way affect is expressed in real and virtual culture raises the question whether what we call intimacy between subjects in real life today has any equivalent in virtual relationships? How can we achieve a space of intimacy in the analytical relationship that creates conditions for exploration of the intimate? The lyrics of many Brazilian pop songs today do not address the subject of family, but instead touch on social issues, misunderstandings and breakups. Where are the family and today's amorous links represented in the creative minds of these artists and contemporary culture? <![CDATA[<b>Subjetividade como mercadoria e a doença normótica</b>]]> http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0101-31062017000100005&lng=pt&nrm=iso&tlng=pt Segundo Foucault, a sociedade disciplinar produz um homem dotado de uma alma/subjetividade por meio da qual o poder acessa os corpos tornando-os dóceis. Para Marcuse, a sociedade de consumo transforma o trabalhador em consumidor, acessando sua subjetividade pela criação de desejos e necessidades voltadas para o con-sumo, tornando-o cúmplice passivo de sua própria dominação. Nessa sociedade, que Debord definiu como "a sociedade do espetáculo", a forma mercadoria permeia todas as relações sociais que passam a ser mediadas por imagens que substituem e reificam a realidade social. Segundo Bauman, na sociedade contemporânea, a subjetividade se torna uma mercadoria que deve buscar aumentar continuamente seu valor no mercado. Nesse movimento incessante de produção de si, favorecido pelas novas tecnologias da informação, em que cada um deve estar apto a expor continuamente suas capacidades, floresce a "cultura do narcisismo", tal como teorizada por Lasch. Nesse contexto, são produzidos novos modos de subjetivação e sofrimento psíquico, que desafiam a clínica psicanalítica, dentre os quais podemos incluir a doença normótica, tal como definida por Bollas.<hr/>According to Foucault, the disciplinary society produces a soul/subjectivity endowed man, by means of whom the power accesses the bodies making them docile. In Marcuse's view, the consumer society transforms workers into consumers by accessing their subjectivity through the creation of desires and needs for consumption. This makes them passive accomplices of their own domination. In this society, which Debord defined as "the society of the spectacle", the commodity form permeates all social relationships. They start being mediated by images which replace and characterize the social reality. According to Bauman, in the contemporary society, subjectivity becomes a commodity which should try to increase its market value. In this incoming movement of self-production, favored by the new information technologies, in which everyone should be able to continually display their capacities, the culture of narcissism blossoms as it was theorized by Lasch. In this context, new forms of subjectivation and psychic suffering, which challenge the psychoanalytic clinic, are produced. Among them the normotic illness, exactily as it was defined by Bollas, can be included. <![CDATA[<b>Intimidade da clínica</b>: <b>a questão do íntimo</b>]]> http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0101-31062017000100006&lng=pt&nrm=iso&tlng=pt A autora trabalha o tema da intimidade da clínica proposto pelo pensamento de Fabio Herrmann, avançando considerações a ela inerentes sobre o estranho diálogo que se constrói na sessão analítica. Na teoria dos campos, a intimidade da clínica não diz respeito apenas à relação analista/paciente, constitui-se em um tema clínico-teórico e passeia pelo que fundamenta a clínica, tendo como perspectiva sua condição princeps de propiciadora da construção de conhecimentos em Psicanálise. O texto procura acompanhar a forma pela qual na intimidade da clínica nosso método interpretativo persegue a sustentação da eficácia terapêutica da Psicanálise, não perdendo de vista a questão do por que a terapia psicanalítica funciona, e na explicitação de como cura.<hr/>The author deals with the clinical intimacy as discussed in Fabio Herrmann's work, developed as a psychoanalytic subject. She also points out its relation with the uncanny dialogue proper to an analytic session. In multiple fields theory, the clinical intimacy goes beyond the analyst/patient relationship. It is a clinical-theoretical subject that goes along the path of clinical grounds while being the primal source for the construction of psychoanalytic knowledge. The paper discusses that our interpretative method holds psychoanalytic therapeutic efficacy by means of clinical intimacy. Nonetheless, it does not get apart from a) why psychoanalytic therapy functions, b) how it cures. <![CDATA[<b>O íntimo, o estranho e o duplo no mundo digital</b>]]> http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0101-31062017000100007&lng=pt&nrm=iso&tlng=pt Tomando como ponto de partida "Be right back", um episódio do seriado Black Mirror, criado por Charlie Brooker, a autora considera, baseada nas formulações de Freud sobre o estranho e o duplo, como podemos nos relacionar com a morte e com a "vida" após a morte através do mundo digital.<hr/>On the path of "Be right back", an episode of a TV series created by Charlie Brooker, the author considers the ways we relate with death and with "life" after death through digital world, based on the Freud's formulations of the strange and the double. <![CDATA[<b>A questão do íntimo na internet. Youtubers como psicanálise do quotidiano</b>]]> http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0101-31062017000100008&lng=pt&nrm=iso&tlng=pt Youtubers são um novo fenômeno de mídia, jovens que agregam milhões de seguidores e são chamados digital influencers. Uma singularidade dessa mídia é a suposta intimidade existente entre youtuber e seguidor, proporcionada pela lingua-gem atualizada, pelos interesses compartilhados, pela falta de intermediários e a velocidade de interação da ferramenta. No presente trabalho, os vídeos de youtubers são observados enquanto novo produto cultural e tomados como um quotidiano, a partir da teoria de Herrmann, que propõe a abolição da dicotomia entre fantasia interna e realidade, postulando um humanístico dia a dia que tanto constitui sujeito quanto mundo. Finaliza-se com uma reflexão a respeito da intimidade e levanta-se a hipótese de que a popularidade desse novo formato de mídia pode ser observada como uma formação de compromisso de sucesso do anseio por intimidade que descarta o traumático do encontro com o outro.<hr/>Youtubers are a new media phenomenon, youngsters who add millions of followers and are called digital influencers. One uniqueness of this media is the supposed intimacy between youtuber and follower, provided by up-to-date language, shared interests, lack of intermediaries, and the speed of the interaction. In the present work, the videos of youtubers are observed as a new cultural product and taken as a quotidian, from Herrmann's theory, which proposes the abolition of the dichotomy between internal fantasy and reality, postulating a humanistic day-day that both constitutes subject and world. It ends with a reflection about intimacy and the hypothesis is raised that the popularity of this new media format can be observed as a formation of successful commitment to the yearning for intimacy that discards the traumatic encounter with the other. <![CDATA[<b>De corpo e alma</b>: <b>fragmentos do trabalho de elaboração do psicanalista</b>]]> http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0101-31062017000100009&lng=pt&nrm=iso&tlng=pt Por meio do relato de uma vinheta clínica de uma análise de criança, a autora faz uma reflexão sobre o trabalho de elaboração do psicanalista. A ênfase é na investigação dos processos internos inconscientes que habitam a mente do analista e encontram expressão através das mais variadas produções culturais, especialmente a música, e em como associações oníricas nos auxiliam na compreensão dos nossos pacientes.<hr/>A clinical extract from a child psychoanalysis helps the analyst to think about the process of working through. The focus here is on the investigation of the unconscious processes that inhabit the analyst mind and find expression through varies cultural activities, music in particular, and in how the dream associations guide us in the task of understanding our patients. <![CDATA[<b>Qual o seu sexo?</b>]]> http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0101-31062017000100010&lng=pt&nrm=iso&tlng=pt O artigo parte da discussão presente na sociedade sobre o que determina o gênero sexual nos seres humanos. As principais teorias correntes propõem duas hipóteses excludentes: a determinação pela cultura ou pela biologia. O autor propõe à reflexão uma via alternativa de explicação, sugerindo que encaremos a questão de forma mais complexa, do ponto de vista psicanalítico. Além da interação inegável entre o cultural e o biológico, considera o nexo oferecido pelas fantasias inconsciente e a imaginação criadora. Utilizando conceitos de D. W. Winnicott e de C. Castoriadis sobre a elaboração imaginativa do corpo e a imaginação primária na determinação-indeterminação do que há de constituído e de contingencial no sexo, apresenta uma breve vinheta clínica ilustrando o processo inconsciente de invenção da sexualidade.<hr/>The article starts with the current discussion in society about what determinates the sexual gender in humans. The main current theories propose two excluding hypotheses: the determination by the culture or by the biology. The author proposes the reflection about an alternative route of explanation, suggesting that we consider the question in a more complex way, from a psychoanalytic point of view. Besides the undeniable interaction between the cultural and the biological, it considers the nexus offered by the unconscious fantasies and the creative imagination. Using concepts by D.W. Winnicott and C. Castoriadis on the imaginative elaboration of the body and the primary imagination in the determination- indetermination of what is constituted and contingent in sex, it present a brief clinical vignette illustrating an unconscious process of the invention of sexuality. <![CDATA[<b>Obesidade mórbida na contemporaneidade</b>: <b>entre o excesso do corpo e o silêncio das palavras</b>]]> http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0101-31062017000100011&lng=pt&nrm=iso&tlng=pt No presente trabalho, pretendemos desenvolver uma reflexão sobre o lugar do corpo obeso mórbido desde a antiguidade até a contemporaneidade. Na tentativa de compreensão das movimentações psíquicas do obeso, abordaremos a finalidade da obesidade e sua relação com o comer compulsivo. Pensamos que o corpo é lugar de escritura: na ausência da palavra surge a atuação. O comer compulsivo e excessivo cria uma grande massa que protege o sujeito da energia livre, que percorre o corpo sem significação.<hr/>In this paper we aim to develop a reflexion about the place of the body of a morbid obese since antiquity till contemporaneity. In try to understand the obese's psychic movement, we will discuss what is the finality of obesity and its relationship with the compulsive eating. Compulsive and excessive eating creates a big mass that protects the subject form free energy, which runs the body without signification. <![CDATA[<b>Humano <i>in vivo</i></b>]]> http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0101-31062017000100012&lng=pt&nrm=iso&tlng=pt O artigo aborda a questão do íntimo e da cultura do espetáculo no contexto da sociedade contemporânea pela análise do que significa ser (verbo) humano no século XXI, em função das mudanças ocorridas nos modos de ser e estar no mundo a partir da segunda metade do século XX.<hr/>The article addresses the question of the intimate and the culture of spectacle in contemporary society by the analysis of what it means to be human in the XXI century, due to changes in the ways of being and being in the world from the second half of the twentieth century. <![CDATA[<b>Privação e delinquência</b>: <b>caminhos e descaminhos da esperança. Uma contribuição psicanalítica para políticos e cidadãos brasileiros</b>]]> http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0101-31062017000100013&lng=pt&nrm=iso&tlng=pt O autor analisa a energia a ser investida e a resistência a ser vencida para a realização de transformações criativas na constituição da subjetividade brasileira. Sugere que a democracia brasileira tem muito a evoluir para se tornar uma democracia responsável dentro de direitos e deveres a serem respeitados por todos. Ela está dominada pela impunidade e conchavos de grupos poderosos preocupados em manter o poder e a se locupletar com o dinheiro público. Não é uma questão partidária mas de mentalidade na qual estamos todos mergulhados. "Tudo começa em casa", no espaço da família ou em seus equivalentes sociais em que são geradas condições fundamentais e fundantes para o desenvolvimento de um self integrado, coeso e criativo. Processos dependentes dos vínculos afetivos, das funções parentais de continência e de ações criativas que enriqueçam as atividades simbólicas individuais e coletivas. A tendência antissocial decorre da falta de apego, de desvios nos investimentos afetivos, das carências que castigam precocemente a alma do sujeito durante o seu desenvolvimento social, cognitivo e afetivo. A esperança surge no encontro de pais morais e éticos que ofereçam acolhimento, direcionamentos e condições de desenvolvimento das potencialidades criativas na busca de realizações e de prazeres pessoais e coletivos.<hr/>The paper analyses the energy to be invested and the resistance to be overcome in order to achieve creative transformations in the constitution of Brazilian subjectivity. It suggests that Brazilian society must evolve a great deal to become a responsible democracy with rights and obligations respected by all. At present it is dominated by impunity and collusion among elite groups and vested interests eager to hold on to power and enrich themselves at the taxpayer's expense. This is not a party-political problem but a mindset shared by all members of society. "Home is where we start from" in the family or its social equivalents, where fundamental and founding conditions are created for the development of an integrated, coherent and creative self. The processes concerned depend on affective bonds, parental containment, and creative actions to enrich individual and collective symbolic activities. Antisocial tendencies derive from disorganized patterns of attachment, deviations in affective investment, and deficiencies that inflict premature suffering on subjects during their social, cognitive and effective development. Hope arises from moral and ethical parents who offer responsiveness, receptivity, direction, and conditions for the development of creative potential in the pursuit of realization as well as personal and collective pleasure. <![CDATA[<b>Direitos humanos e desigualdade social</b>]]> http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0101-31062017000100014&lng=pt&nrm=iso&tlng=pt Em sociedades atuais marcadas por profundas desigualdades econômicas e sociais, como a brasileira, é preciso levá-las em conta se quisermos en-tender o aumento inquestionável, nas últimas décadas, da chamada "delinquência juvenil" nas camadas mais pauperizadas da população, expressão polissêmica e geralmente definida em termos negativos em sua versão oficial. O psicanalista Winnicott se valeu da expressão "privação e delinquência" para definir sintomas presentes em crianças e jovens que, durante a Segunda Guerra Mundial, foram separadas de seus pais para protegê-las dos bombardeios nas cidades inglesas maiores. Hoje, no entanto, é preciso refletir sobre a natureza da privação vivida por grande parte dos jovens brasileiros que, cada vez mais privada de seus direitos individuais, sociais e políticos, e impedida de possuir os bens materiais valorizados em uma sociedade individualista, competitiva e consumista, quer possuí-los a qualquer preço.<hr/>In today's societies marked by deep economic and social inequality, such as Brazil's, this characteristic must be taken into account if we are to understand the undeniable increase in "juvenile delinquency" that took place amongst the most impoverished strata of the population in recent decades. "Juvenile delinquency" is a polysemous expression, which, in its original version, is defined in negative terms, criminalizing its subjects and ignoring their condition of exploited people. D. W. Winnicott made use of the expression "deprivation and delinquency" to define symptoms presented by children and youngsters who were taken away from their parents during World War II so that they could be protected from the bombings in England's largest cities. Today, however, one must reflect upon the nature of the deprivation experienced by a large part of the Brazilian youth. Increasingly deprived of their individual, social and political rights, and prevented from having access to material goods that are highly valued in an individualistic, competitive and consumeristic society, these youngsters strive to conquer them at all costs. <![CDATA[<b>Anne-Joseph Terwaigne, aliás, Théroigne de Méricourt (1762-1817)</b>: <b>revolução e loucura</b>]]> http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0101-31062017000100015&lng=pt&nrm=iso&tlng=pt O belo estudo de E. Roudinesco sobre Théroigne de Méricourt chama a atenção sobre a possibilidade de uma outra compreensão das origens do feminismo moderno, enriquecida pela contribuição da psicanálise. Reestabelecendo os fatos e propondo uma interpretação inovadora da loucura de Théroigne, Roudinesco critica preconceitos e ilusões históricas. Seu ensaio abre caminho para novas questões relacionadas às origens dos feminismos franceses, da democracia moderna, da psiquiatria e mesmo da psicanálise.<hr/>Elisabeth Roudinesco's distinguished study of Théroigne de Méricourt called attention to the possibility of a new understanding of the origins of modern feminism, enriched by the contribution of psychoanalysis. Reestablishing the facts, and proposing an innovative interpretation of Théroigne's madness, Roudinesco criticises preconceived ideas and historical illusions. Her teaching paves the way for new questions about the origins of French feminisms, modern democracy, psychiatry and even psychoanalysis itself. <![CDATA[<b>A escrita <i>de Moisés e o monoteísmo</i> como gesto político</b>: <b>uma leitura benjaminiana</b>]]> http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0101-31062017000100016&lng=pt&nrm=iso&tlng=pt A redação de Moisés e o monoteísmo de Freud ocorre entre 1934 e 1938, intervalo de tempo extremamente tenso na Europa, onde estão desenhados o poder conquistado por Adolf Hitler e o Anschluss de 1938. Neste artigo, a escrita de Moisés e o monoteísmo será considerada como um gesto político que se dará no interior de um Jetztzeit (Benjamin, 1940/2005). Ou seja, a hipótese com a qual se trabalha aqui é a de que alguns acontecimentos que se desenrolaram pouco antes e pouco depois do Anschluss teriam ressuscitado certos traços de memória de Freud - seu judaísmo e o modo como concebe a identidade ou, como pretendemos demonstrar, a não identidade de um povo -, profundamente intrincados com questões relevantes de um cenário mais abrangente na Europa - o nazi-fascismo, que desembocará na Segunda Guerra Mundial. De forma mais precisa: a hipótese é a de que, ao redigir Moisés e o monoteísmo, Freud agiu de modo coerente com o do materialista histórico benjaminiano apresentado pelo filósofo em Sobre o conceito de história, de 1940. Provas de tal hipótese se encontram tanto na forma estilística da escrita freudiana, nesse texto específico, como no conteúdo abordado por ele.<hr/>Freud's writing of Moses and Monotheism takes place between 1934 and 1938, an extremely tense period of time in Europe, which encompasses the conquest of power by Adolf Hitler and the 1938 Anschluss. In this article, the writing of Moses and Monotheism is viewed as a political gesture which takes place within a Jetztzeit (Benjamin, 1940). That is, the hypothesis at work is that some events which took place shortly before and shortly after the Anschluss have resurrected certain of Freud's memory traces - his Jewishness and the way he conceives of identity, or as we seek to demonstrate, the non-identity of a people - that are deeply interwoven with issues relevant to a broader European scenario - Nazi-fascism, which culminates in World War II. To put it more precisely: the hypothesis at work is that, in the writing of Moses and Monotheism, Freud acted in a manner consistent with Benjamin's historical materialist, as depicted in his 1940 work On the concept of history. Proof of this hypothesis can be found in the style of Freud's writing in this specific text, as well as in its content. <![CDATA[<b>Corpos e mistérios</b>]]> http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0101-31062017000100017&lng=pt&nrm=iso&tlng=pt A redação de Moisés e o monoteísmo de Freud ocorre entre 1934 e 1938, intervalo de tempo extremamente tenso na Europa, onde estão desenhados o poder conquistado por Adolf Hitler e o Anschluss de 1938. Neste artigo, a escrita de Moisés e o monoteísmo será considerada como um gesto político que se dará no interior de um Jetztzeit (Benjamin, 1940/2005). Ou seja, a hipótese com a qual se trabalha aqui é a de que alguns acontecimentos que se desenrolaram pouco antes e pouco depois do Anschluss teriam ressuscitado certos traços de memória de Freud - seu judaísmo e o modo como concebe a identidade ou, como pretendemos demonstrar, a não identidade de um povo -, profundamente intrincados com questões relevantes de um cenário mais abrangente na Europa - o nazi-fascismo, que desembocará na Segunda Guerra Mundial. De forma mais precisa: a hipótese é a de que, ao redigir Moisés e o monoteísmo, Freud agiu de modo coerente com o do materialista histórico benjaminiano apresentado pelo filósofo em Sobre o conceito de história, de 1940. Provas de tal hipótese se encontram tanto na forma estilística da escrita freudiana, nesse texto específico, como no conteúdo abordado por ele.<hr/>Freud's writing of Moses and Monotheism takes place between 1934 and 1938, an extremely tense period of time in Europe, which encompasses the conquest of power by Adolf Hitler and the 1938 Anschluss. In this article, the writing of Moses and Monotheism is viewed as a political gesture which takes place within a Jetztzeit (Benjamin, 1940). That is, the hypothesis at work is that some events which took place shortly before and shortly after the Anschluss have resurrected certain of Freud's memory traces - his Jewishness and the way he conceives of identity, or as we seek to demonstrate, the non-identity of a people - that are deeply interwoven with issues relevant to a broader European scenario - Nazi-fascism, which culminates in World War II. To put it more precisely: the hypothesis at work is that, in the writing of Moses and Monotheism, Freud acted in a manner consistent with Benjamin's historical materialist, as depicted in his 1940 work On the concept of history. Proof of this hypothesis can be found in the style of Freud's writing in this specific text, as well as in its content. <![CDATA[<b><i>Alkahest</i></b>: <b>um método em forma de licor</b>]]> http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0101-31062017000100018&lng=pt&nrm=iso&tlng=pt A redação de Moisés e o monoteísmo de Freud ocorre entre 1934 e 1938, intervalo de tempo extremamente tenso na Europa, onde estão desenhados o poder conquistado por Adolf Hitler e o Anschluss de 1938. Neste artigo, a escrita de Moisés e o monoteísmo será considerada como um gesto político que se dará no interior de um Jetztzeit (Benjamin, 1940/2005). Ou seja, a hipótese com a qual se trabalha aqui é a de que alguns acontecimentos que se desenrolaram pouco antes e pouco depois do Anschluss teriam ressuscitado certos traços de memória de Freud - seu judaísmo e o modo como concebe a identidade ou, como pretendemos demonstrar, a não identidade de um povo -, profundamente intrincados com questões relevantes de um cenário mais abrangente na Europa - o nazi-fascismo, que desembocará na Segunda Guerra Mundial. De forma mais precisa: a hipótese é a de que, ao redigir Moisés e o monoteísmo, Freud agiu de modo coerente com o do materialista histórico benjaminiano apresentado pelo filósofo em Sobre o conceito de história, de 1940. Provas de tal hipótese se encontram tanto na forma estilística da escrita freudiana, nesse texto específico, como no conteúdo abordado por ele.<hr/>Freud's writing of Moses and Monotheism takes place between 1934 and 1938, an extremely tense period of time in Europe, which encompasses the conquest of power by Adolf Hitler and the 1938 Anschluss. In this article, the writing of Moses and Monotheism is viewed as a political gesture which takes place within a Jetztzeit (Benjamin, 1940). That is, the hypothesis at work is that some events which took place shortly before and shortly after the Anschluss have resurrected certain of Freud's memory traces - his Jewishness and the way he conceives of identity, or as we seek to demonstrate, the non-identity of a people - that are deeply interwoven with issues relevant to a broader European scenario - Nazi-fascism, which culminates in World War II. To put it more precisely: the hypothesis at work is that, in the writing of Moses and Monotheism, Freud acted in a manner consistent with Benjamin's historical materialist, as depicted in his 1940 work On the concept of history. Proof of this hypothesis can be found in the style of Freud's writing in this specific text, as well as in its content. <![CDATA[<b>Escolhas líquidas</b>]]> http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0101-31062017000100019&lng=pt&nrm=iso&tlng=pt A redação de Moisés e o monoteísmo de Freud ocorre entre 1934 e 1938, intervalo de tempo extremamente tenso na Europa, onde estão desenhados o poder conquistado por Adolf Hitler e o Anschluss de 1938. Neste artigo, a escrita de Moisés e o monoteísmo será considerada como um gesto político que se dará no interior de um Jetztzeit (Benjamin, 1940/2005). Ou seja, a hipótese com a qual se trabalha aqui é a de que alguns acontecimentos que se desenrolaram pouco antes e pouco depois do Anschluss teriam ressuscitado certos traços de memória de Freud - seu judaísmo e o modo como concebe a identidade ou, como pretendemos demonstrar, a não identidade de um povo -, profundamente intrincados com questões relevantes de um cenário mais abrangente na Europa - o nazi-fascismo, que desembocará na Segunda Guerra Mundial. De forma mais precisa: a hipótese é a de que, ao redigir Moisés e o monoteísmo, Freud agiu de modo coerente com o do materialista histórico benjaminiano apresentado pelo filósofo em Sobre o conceito de história, de 1940. Provas de tal hipótese se encontram tanto na forma estilística da escrita freudiana, nesse texto específico, como no conteúdo abordado por ele.<hr/>Freud's writing of Moses and Monotheism takes place between 1934 and 1938, an extremely tense period of time in Europe, which encompasses the conquest of power by Adolf Hitler and the 1938 Anschluss. In this article, the writing of Moses and Monotheism is viewed as a political gesture which takes place within a Jetztzeit (Benjamin, 1940). That is, the hypothesis at work is that some events which took place shortly before and shortly after the Anschluss have resurrected certain of Freud's memory traces - his Jewishness and the way he conceives of identity, or as we seek to demonstrate, the non-identity of a people - that are deeply interwoven with issues relevant to a broader European scenario - Nazi-fascism, which culminates in World War II. To put it more precisely: the hypothesis at work is that, in the writing of Moses and Monotheism, Freud acted in a manner consistent with Benjamin's historical materialist, as depicted in his 1940 work On the concept of history. Proof of this hypothesis can be found in the style of Freud's writing in this specific text, as well as in its content. <![CDATA[<b>Meias verdades</b>: <b>um romance de tirar o fôlego!</b>]]> http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0101-31062017000100020&lng=pt&nrm=iso&tlng=pt A redação de Moisés e o monoteísmo de Freud ocorre entre 1934 e 1938, intervalo de tempo extremamente tenso na Europa, onde estão desenhados o poder conquistado por Adolf Hitler e o Anschluss de 1938. Neste artigo, a escrita de Moisés e o monoteísmo será considerada como um gesto político que se dará no interior de um Jetztzeit (Benjamin, 1940/2005). Ou seja, a hipótese com a qual se trabalha aqui é a de que alguns acontecimentos que se desenrolaram pouco antes e pouco depois do Anschluss teriam ressuscitado certos traços de memória de Freud - seu judaísmo e o modo como concebe a identidade ou, como pretendemos demonstrar, a não identidade de um povo -, profundamente intrincados com questões relevantes de um cenário mais abrangente na Europa - o nazi-fascismo, que desembocará na Segunda Guerra Mundial. De forma mais precisa: a hipótese é a de que, ao redigir Moisés e o monoteísmo, Freud agiu de modo coerente com o do materialista histórico benjaminiano apresentado pelo filósofo em Sobre o conceito de história, de 1940. Provas de tal hipótese se encontram tanto na forma estilística da escrita freudiana, nesse texto específico, como no conteúdo abordado por ele.<hr/>Freud's writing of Moses and Monotheism takes place between 1934 and 1938, an extremely tense period of time in Europe, which encompasses the conquest of power by Adolf Hitler and the 1938 Anschluss. In this article, the writing of Moses and Monotheism is viewed as a political gesture which takes place within a Jetztzeit (Benjamin, 1940). That is, the hypothesis at work is that some events which took place shortly before and shortly after the Anschluss have resurrected certain of Freud's memory traces - his Jewishness and the way he conceives of identity, or as we seek to demonstrate, the non-identity of a people - that are deeply interwoven with issues relevant to a broader European scenario - Nazi-fascism, which culminates in World War II. To put it more precisely: the hypothesis at work is that, in the writing of Moses and Monotheism, Freud acted in a manner consistent with Benjamin's historical materialist, as depicted in his 1940 work On the concept of history. Proof of this hypothesis can be found in the style of Freud's writing in this specific text, as well as in its content.