Scielo RSS <![CDATA[Reverso]]> http://pepsic.bvsalud.org/rss.php?pid=0102-739520100003&lang=en vol. 32 num. 60 lang. en <![CDATA[SciELO Logo]]> http://pepsic.bvsalud.org/img/en/fbpelogp.gif http://pepsic.bvsalud.org <![CDATA[<b>Editorial</b>]]> http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-73952010000300001&lng=en&nrm=iso&tlng=en <![CDATA[<b>The invention of sexuality</b>]]> http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-73952010000300002&lng=en&nrm=iso&tlng=en Os autores partem do princípio que todas as sociedades foram, desde sempre, interpeladas pelo enigma do sexual, o que as levou a criar dispositivos para lidar com as demandas pulsionais. Através de uma digressão sócio-histórica, os autores mostram como o Ocidente criou expedientes para lidar com este enigma, levando ao que pode ser chamado da "invenção da sexualidade". Os discursos sobre a sexualidade aparecem em momentos sócio-históricos precisos como tentativas de normatizar as práticas sexuais de acordo com os padrões da época, visando ao controle da via social e política através do controle do corpo e da sexualidade. Sendo a regulamentação do sexo um assunto do Estado, das elites dominantes e da religião, o texto propõe mostrar como a "moral" de cada uma destas instâncias cria tanto o discurso sobre a regulamentação da sexualidade quanto os dispositivos que visam regulá-la, controlá-la ou mesmo curar as manifestações da sexualidade "desviantes". A infindável leitura que há séculos vem sendo feita sobre esta dimensão constitutiva do humano retrata o destino particular que a nossa cultura deu ao sexual. O interesse em discutir este tema é mostrar quanto as nossas teorias, e a nossa prática clínica, são tributárias da cultura. Para os autores, a psicanálise, fruto da cultura ocidental, só pode ser devidamente entendida a partir da perspectiva histórica que a precedeu.<hr/>The authors assume that all societies have always been challenged by the enigma of sexual, which led them to create discourses to cope with drives demands. Through a socio-historical digression, the authors show how the Western World created ways to deal with this enigma, leading to what might be called the "invention of sexuality". The discourses on sexuality appear at precise socio-historical periods as attempts to regulate the sexual practice in accordance with the standards of a given time, in order to control social and political behaviors by controlling body and sexuality. Being the regulation of sex an issue of the State, of the ruling elites and of religion, the text proposes to show how the "moral" of each of these instances creates both the discourse about sexuality and its regulation, as well as means to control it or even to cure its "deviant" manifestations. The endless approaches that for centuries have been attributed to this constitutive dimension of the human, portrays the particular destination that our culture has given to the sexual. The interest of discussing this theme is to show how our theories and our clinical practice are tributary to culture. For the authors, psychoanalysis, a creation of Western culture, may only be properly understood from the historical perspective that preceded it. <![CDATA[<b>The look of Signorelli</b>]]> http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-73952010000300003&lng=en&nrm=iso&tlng=en Partindo do episódio de esquecimento de nomes próprios descrito por Freud e que ficou conhecido como o caso Signorelli, o autor faz uma análise do mesmo não sob a vertente significante, mas sob a vertente do objeto olhar, cuja epifania se dá sob a forma do " überdeutlich".<hr/>Considerating the episode of the lapse of proper names, described by Freud and known as "Signorelli case", the author analyses the same, not from the point of view of the significant, but from the point of view of "the look object", whose epiphany happens under the form of " überdeutlich". <![CDATA[<b>Sexuality in adolescence</b>: <b>the awakening of Anne</b>]]> http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-73952010000300004&lng=en&nrm=iso&tlng=en O diário de Anne Frank, documento histórico sobre a guerra e as persecuções raciais, tem valor também de precioso relato sobre as problemáticas da adolescência. Anne, na viagem de ida ao anexo onde viveu escondida por mais de dois anos, tinha falado de rumo ao grande desconhecido, grande Outro desconhecido que Anne tenta desmascarar, mas frente ao qual ela só consegue se posicionar representando, desconhecido do real do sexo, que não é possível desvendar, e desconhecido do real da morte, que não nos permite acrescentar mais palavras, mas só um ponto final.<hr/>Anne Frank: The Diary of a Young Girl, a historical document about the war and racial harassment, is also valuable as an important report about the issues of adolescence. Anne, on her one-way journey to the annexe, where she lived hidden for over two years, talked about "going into the great unknown". The unknown great Other that Anne tries to unmask, but before which she can only stand if acting. The unknown of the real of sex, which is not possible to unveil, and the unknown of the real of death, to which we cannot add anymore words, only a full stop. <![CDATA[<b>Discussion of the concept of intersubjectivity in the light of contributions of psychoanalysis</b>]]> http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-73952010000300005&lng=en&nrm=iso&tlng=en O presente trabalho propõe uma discussão sobre a noção de intersubjetividade e o conceito de pulsão, ambos fundamentais para pensar o desenvolvimento e o processo de emergência psíquica do recém-nascido. Embora oriundos de perspectivas teórico-metodológicas distintas, a psicologia do desenvolvimento e a psicanálise, algumas articulações podem ser tecidas entre os mesmos, ensejando avanços no estudo sobre a construção do laço entre o bebê e seus cuidadores. Como releitura da noção de apoio sugerida por Freud (1905), sustenta-se a tese de que a capacidade intersubjetiva inata do bebê, experimentada no enlaçamento com seus cuidadores, serve como plataforma de lançamento da pulsão, permitindo que esta se constitua como circuito (Laznik, 2004, 2006, 2007).<hr/>This paper proposes a discussion of the notion of intersubjectivity and of the concept of drive, both essential to thinking about development and the process of psychic emergence of the newborn. Although coming from different theoretical and methodological perspectives, the developmental psychology and psychoanalysis, some articulations can be woven between them. As a rereading of the notion of support suggested by Freud (1905), sustains the thesis that the infant's innate ability intersubjective experienced in bonding with their caregivers serve as a launching pad of the drive, allowing the drive is constituted as a circuit (Laznik , 2004, 2006, 2007). <![CDATA[<b>Late intervention</b>: <b>reflections on a possible intervention in the infantile autism</b>]]> http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-73952010000300006&lng=en&nrm=iso&tlng=en Trata-se de um trabalho elaborado a partir de um estudo de caso de um jovem de 20 anos, que aos 5 anos recebe um diagnóstico de autismo grave. A comunicação com ele sempre foi algo restrito, e a escrita se tornou uma forma de D reproduzir o discurso do Outro, em várias esferas. O que se propõe é uma aposta num tratamento de autismo, pensando intervenções possíveis mesmo num autismo já estruturado, fora de um momento em que seria possível uma dita "intervenção a tempo".<hr/>It's a text elaborated from a case of a young boy twenty years old, that received a autism diagnosis when he was five. Communication was something restrict, and his writing becomes a way of reproduction for the other discourse, in differents levels. The authors believe in the possibility of the autism treatment, thinking about possibles interventions even in a structured autism, when a so-called "intervention in time" is not possible. <![CDATA[<b>The birth of psychoanalysis to child</b>: <b>a story to tell</b>]]> http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-73952010000300007&lng=en&nrm=iso&tlng=en Este artigo faz uma volta no tempo, abordando histórias pessoais de pioneiros da psicanálise (Hermine von Hug-Hellmuth, Anna Freud, Melanie Klein), as quais se entrelaçam com a própria história da psicanálise. A partir desse resgate histórico e considerando as evoluções na prática clínica, são levantados questionamentos tais como: existência de uma psicanálise de adultos e de uma psicanálise de crianças; lugar dos pais na análise; limites entre pedagógico e psicanalítico; existência ou não de relação transferencial entre criança e analista.<hr/>This paper proposes a turn back in time, addressing personal stories of the pioneers of psychoanalysis (Hermine von Hug-Hellmuth, Anna Freud, Melanie Klein), which are related with the history of psychoanalysis itself. From this historical point of view and considering developments in clinical practice, some questions are raised: existence of a psychoanalysis of adults and of a psychoanalysis of children; parent's place in the analysis of the child; limits between educational and psychoanalytic; existence or not of a transferential relationship between child and analyst. <![CDATA[<b>How the analysis end</b>]]> http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-73952010000300008&lng=en&nrm=iso&tlng=en A autora apresenta algumas reflexões sobre o final das análises, segundo Freud e Lacan, ilustradas por dois casos clínicos.<hr/>The author presents some reflections about the end of analysis, according to Freud and Lacan, illustrated by two clinical cases. <![CDATA[<b>The body marks</b>: <b>the body as a repository of unconscious fantasies</b>]]> http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-73952010000300009&lng=en&nrm=iso&tlng=en Este texto trabalha as várias tentativas de significação pelo sujeito daquilo que escapou ao registro simbólico, do que não encontrou representação na linguagem e se atualiza mediante danos físicos, às vezes irreversíveis. O corpo, como depositário de fantasias inconscientes, torna-se a contingência para a impressão de marcas sobre ele, que o transformam e o levam ao limite da dor. O indivíduo tenta pela modificação traumática deliberada da imagem corporal, através de práticas agressivas ao corpo, estabelecer-se como sujeito, já perdido de si mesmo em sua submissão ao desejo do Outro.<hr/>This text examines the various attempts of meaning by the subject of what escaped the symbolic record of what has not found representation in language and updates itself by physical damage, sometimes irreversible. The body, as depositary of unconscious fantasies, becomes a contingency for printing marks on it, that transform and take the limit of pain. The individual tries to traumatic deliberate modification of body image through aggressive practices to the body, set up as a subject already lost himself in his submission to the Other's desire. <![CDATA[<b>D3@dúvidas.3</b>: <b>a phobia in a case of obsessive neurosis</b>]]> http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-73952010000300010&lng=en&nrm=iso&tlng=en Este é um atendimento clínico, acontecido durante o ano de 1998, interrompido com seis meses de percurso, que o autor publica acreditando ser uma experiência clínica rica em seu conteúdo e que prova quanto aprendemos com os nossos pacientes. Trata-se de um caso de fobia, que estou nomeando como medo de errar (fobia de cometer erros e ser castigado), presente numa estrutura obsessiva, com manifestações de defesa repetidamente compulsivas. O desejo do analista não foi suficiente para conduzir o tratamento até o seu final.<hr/>This is a clinic consultation dued in 1998 wicht lasts only six months. The author believes that is a rich clinic experience that proves how much we can learn with ours patients. This case is about a phobia, named by myself as a mistake's fear (phobia to do something wrong and to be punished), that appears in a obsessive structure with a defense repeatedly compulsive. The analyst desire wasn't enough to lead the treatment until its end. <![CDATA[<b>Children from hait</b>]]> http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-73952010000300011&lng=en&nrm=iso&tlng=en Este é um atendimento clínico, acontecido durante o ano de 1998, interrompido com seis meses de percurso, que o autor publica acreditando ser uma experiência clínica rica em seu conteúdo e que prova quanto aprendemos com os nossos pacientes. Trata-se de um caso de fobia, que estou nomeando como medo de errar (fobia de cometer erros e ser castigado), presente numa estrutura obsessiva, com manifestações de defesa repetidamente compulsivas. O desejo do analista não foi suficiente para conduzir o tratamento até o seu final.<hr/>This is a clinic consultation dued in 1998 wicht lasts only six months. The author believes that is a rich clinic experience that proves how much we can learn with ours patients. This case is about a phobia, named by myself as a mistake's fear (phobia to do something wrong and to be punished), that appears in a obsessive structure with a defense repeatedly compulsive. The analyst desire wasn't enough to lead the treatment until its end.