Scielo RSS <![CDATA[Reverso]]> http://pepsic.bvsalud.org/rss.php?pid=0102-739520200001&lang=en vol. 42 num. 79 lang. en <![CDATA[SciELO Logo]]> http://pepsic.bvsalud.org/img/en/fbpelogp.gif http://pepsic.bvsalud.org http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-73952020000100001&lng=en&nrm=iso&tlng=en <![CDATA[<b>Voices of the Superego in the clinic and contemporary malaise (paradoxes and clover of the Superego)</b>]]> http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-73952020000100002&lng=en&nrm=iso&tlng=en O Supereu avassala o domínio do eu e das engenhosamente cifradas formações do inconsciente, ao passo que também impele ao gozo... mais além do princípio do prazer. Por isso, ao atravessar o conceito de Supereu, o "eco" do pai (mas também seu Nome) serve de orientação. Entre o eco (do castigo) e o Nome se jogam os caminhos que bifurcam as apostas do destino ligados ao Supereu: apostar no pior do pai ou para além do pai. Lugar superegoico ou ruptura do lugar, obstáculos e ardis na cura e na vida para se enfrentar e negociar com a instância brutal.<hr/>Not only does the Superego overwhelm the domain of the self and ingeniously encrypted formations of the unconscious, but it also impels to jouissance... beyond the pleasure principle. Therefore, when going through the concept of Superego, the father's "echo" (but also his name) serves as a guide. Between the echo (of punishment) and the Name, the paths that bifurcate the bets of destiny linked to the Superego are played: betting on the worst of the father or beyond the father. Superegoic place or rupture of the place, obstacles and devices in healing and in life to face and negotiate with the brutal instance. <![CDATA[<b>Considerations on the body in the subjective constitution of the infant with disability</b>]]> http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-73952020000100003&lng=en&nrm=iso&tlng=en Pretende-se situar a questão do corpo na clínica psicanalítica com bebês que apresentam patologias orgânicas, para pensar as possibilidades de inserção do bebê com deficiência na rede simbólica parental. Interroga-se, assim, como a imagem do corpo, constituída e sustentada na relação com o Outro Primordial poderá ser propiciadora ou limitante para a constituição subjetiva da criança, entendendo os efeitos da lesão fantasmática sobre o laço parental na clínica das deficiências.<hr/>This article intends to situate the issue of the body in psychoanalytic clinic with babies with organic pathologies, to discuss the possibilities of insertion of the disabled baby in the symbolic parental network. It's examined, therefore, how the image of the body, constituted and sustained in the relationship with the Primordial Other, can be propitiative or limiting to the subjective constitution of the child, understanding the effects of the phantasmal injury on the parental bond in the clinic of the disabilities. <![CDATA[<b>"To hear with eyes"</b>: <b>gestures, expressions, rhythms</b>]]> http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-73952020000100004&lng=en&nrm=iso&tlng=en "To hear with eyes" é uma expressão de Shakespeare usada por Masud Khan como título de um artigo seu escrito em 1971. Khan narra o caso clínico de uma jovem modelo que lhe dizia certas coisas, mas em cujo corpo, deitado no divã, ele via outras coisas. O artigo de Khan tem quase 50 anos, e pode-se dizer que hoje o manejo clínico das questões corporais e das dissociações subjetivas tornou-se mais premente. Se Khan privilegiou o olhar do analista sobre o corpo do paciente, podemos hoje alargar este horizonte, matizando a relação entre as expressões corporais, os gestos e os ritmos no encontro clínico.<hr/>"To hear with eyes" is a Shakespearean expression used by Masud Khan as the title of an article written in 1971. Khan narrates the clinical case of a young model who told him certain things, but in whose body, lying on the couch, he I saw other things. Khan's article is almost 50 years old and yet it can be said that today the clinical management of body issues and subjective dissociations has become more pressing. If Khan privileged the analyst's gaze on the patient's body, today we can broaden this horizon, tinting the relationship between body expressions, gestures and rhythms in the clinical encounter. <![CDATA[<b>The psychoanalytic practice</b>]]> http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-73952020000100005&lng=en&nrm=iso&tlng=en A partir de um caso clínico, é trabalhada a questão da posição do psicanalista na escuta analítica e na direção do tratamento.<hr/>Based on a clinical case, the question of the psychoanalyst's position in analytical listening and in the direction of treatment is addressed. <![CDATA[<b>Narrative and own story, told in analysis</b>]]> http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-73952020000100006&lng=en&nrm=iso&tlng=en Este artigo surge através de questões sobre as fronteiras instáveis entre psicanálise e história. Todos têm alguma questão sobre o valor da vida, a sexualidade e a morte, este é um ponto relevante, pois o que é possível obter como resposta é a narrativa de uma história. A história surge no atendimento clínico: todos têm algum tipo de história cotidiana a narrar. É inevitável contar, mas isso também conduz ao que é inenarrável. A concepção de história que se pesquisa neste artigo é capaz de suportar o equívoco; a história passa a ser algo que comporta o sem sentido, o sem nome, o impossível e a possibilidade de morte. A história também abarca o indizível. É emergência do novo e interrompe o tempo. O que seria uma concepção de história capaz de incluir a psicanálise? Até que ponto se faz necessário aproximar verdade, inconsciente Real e história, e por essas fronteiras se verificar possível reflexão? Por fim, um impasse: a história - apartada e íntima da psicanálise.<hr/>This article brings about on about the unstable boundaries between psychoanalysis and history. Everyone has some question about the value of life, sexuality and death. This is a relevant point, because what is possible to obtain as an answer is the narrative of a history. The history emerges in clinical care: everyone has some kind of everyday story to tell. It is inevitable to tell, but it also reveals what is unspeakable. The conception of history that is researched in this article is capable of supporting the mistake; history becomes something that includes the meaningless, the nameless, the impossible and the possibility of death. History also embraces the unspeakable. It is an emergency of the new and interrupts time. What would be a conception of history capable of including psychoanalysis? Up to which extent is it necessary to approach truth, the unconscious Real and history, and through these borders is possible reflection possible? Finally, an impasse: history - separated and intimate from psychoanalysis. <![CDATA[<b>The strangely (un) familiar of fears</b>]]> http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-73952020000100007&lng=en&nrm=iso&tlng=en A autora compara a formação de sintomas na clínica psicanalítica da fobia com a verdadeira irrupção do real vista em acontecimentos recentes, como no episódio da mina do Córrego do Feijão em Brumadinho (MG). Lacan trata o Real pelo Simbólico, abordando o estranho familiar [das Unheimliche] em cada um de nós. A capacidade de elaboração do estresse pós-traumático pede não só a palavra que toca o corpo como letra de gozo, mas também a elucidação de pontos da história de cada um que, de uma maneira estranhamente (in)familiar, se fixou em traumas infantis. Esses pontos de real nos deixam agitados e aturdidos. E para eles faltam palavras.<hr/>The author compares the formation of symptoms in the psychoanalytic clinic of phobia with the true outbreak of the real seen in recent events, such as in the episode of the Córrego do Feijão mine in Brumadinho (MG). Lacan treats the Real through the Symbolic, approaching the familiar stranger [of the Unheimliche] in each of us. The ability to elaborate post-traumatic stress requires not only the word that touches the body as a letter of enjoyment, but also the elucidation of points in the history of each person, who, in a strangely (in)familiar way, has become fixated on childhood traumas. These points of the Real leave us agitated and stunned. For them, we lack words. <![CDATA[<b>To love, intransitive verb, idyll</b>: <b>the sexual initiation of a young man and fräulein's desire</b>]]> http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-73952020000100008&lng=en&nrm=iso&tlng=en Leitura psicanalítica do romance de Mário de Andrade Amar, verbo intransitivo, idilio, que trata da iniciação sexual de Carlos, um jovem dos anos 1920, feita pela preceptora alemã Frâulein. A sexualidade é vista como uma produção discursiva que envolve o sujeito e a cultura. A iniciação sexual se dá de acordo com o grupo social e o tempo histórico e é sempre uma reedição do complexo de Édipo. No romance, ao se apaixonar, o casal subverte a ordem esperada, o que torna explícita a interdição paterna.<hr/>Psychoanalytic reading of the novel by Mário de Andrade To love, intransitive verb, idyll, deals with the sexual initiation of Carlos, a young man of the 1920s, made by the German tutor Fräulein. Sexuality is seen as a discursive production that involves the subject and culture. Sexual initiation occurs according to the social group and historical time and is always a reissue of the Oedipus complex. In the romance, when they fall in love, the couple subverts the expected order, which makes paternal interdiction explicit. <![CDATA[<b>Transphobia, masculinities and violence from the perspective of psychoanalysis</b>]]> http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-73952020000100009&lng=en&nrm=iso&tlng=en Pretendemos discutir a transfobia utilizando a teoria da sedução generalizada e a categoria de códigos tradutivos de Jean Laplanche, bem como a noção de enquadramentos proposta por Judith Butler para entender as posturas violentas de homens contra mulheres transexuais. A partir disso, discutiremos o papel do abalo narcísico das identidades masculinas como uma das possíveis causas psicológicas das violências cometidas por homens cis contra mulheres trans e travestis.<hr/>We intend to discuss transphobia using the theory of generalized seduction and Jean Laplanche's category of translational codes, as well as the notion of frameworks proposed by Judith Butler to understand the violent stances of men against transsexual women. Besides, we will discuss the role of narcissistic shuddering of male identities as one of the possible psychological causes of the violence committed by cis men against trans and transvestite women. <![CDATA[<b>An unprecised law</b>: <b>the ethical and moral dilemma of Heloise</b>]]> http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-73952020000100010&lng=en&nrm=iso&tlng=en Este texto mostra aspectos metapsicológicos de Heloise, protagonista feminina do filme Em nome de Deus. A produção cinematográfica retrata o dilema ético e moral da personagem que não se resigna diante da sociedade moralista e conservadora do século XII. Por ser incompreendida, ela vive o conflito com a lei. O problema ético observado está centrado no "abrir mão de seu desejo", provocando sintomas em Heloise (Lacan, [1959-1960] 1997), p. 382). É necessário construir um novo tipo de engajamento, buscando na história indícios de sinthoma. Quais as possibilidades para que uma nova Heloise possa se haver com sua instância superegoica a partir de seu Id, tornando possível desabrochar novamente o seu Ego? Nesse viés, o sentido deste texto é abrir a discussão sobre a contribuição do saber psicanalítico no erigir de uma ética para a sociedade contemporânea que possa contribuir para a criação de valores éticos que levem em conta o desejo dos sujeitos.<hr/>The text discusses metapsychological aspects of Heloise, female protagonist of the film In the name of God. The cinematographic production portrays the ethical and moral dilemma of the character who is not resigned to the moralist and conservative society of the 12th century. Because she is misunderstood, she lives in conflict with the law. The observed ethical problem is centered on "giving up your desire", causing symptoms in Heloise (LACAN, [1959-1960] 1997), p. 382). It is necessary to build a new type of engagement, looking for signs of sinthome in history. What are the possibilities for a new Heloise to deal with her superegoic instance from her Id, making it possible to unfold her Ego again? In this bias, the meaning of this text is to open the discussion about the contribution of psychoanalytic knowledge in the erection of an ethics for contemporary society that can contribute to the creation of ethical values that take into account the subject's desire. <![CDATA[<b>Clinical reflections in d minor</b>]]> http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-73952020000100011&lng=en&nrm=iso&tlng=en Comentários clínicos sobre questões musicológicas foram feitos desde uma perspectiva histórica, contemplando elementos originais da psicanálise além de aspectos da formação clínica em geral. Críticas com relação à resistência ao saber musicológico aparecem a partir de Freud em O Moisés de Michelangelo e perduram até os dias de hoje. Tal resistência gera óbice à reflexão clínica devido ao seu caráter de negação de estudos já realizados. Foi possível observar a presença de questões musicológicas na relação entre analista e paciente, além de outras considerações psicológicas sobre elementos da teoria musical, como a tonalidade de Ré menor.<hr/>Clinical comments on musicological issues were made from a historical perspective, covering original elements of psychoanalysis in addition to aspects of clinical training in general. Criticisms regarding the resistance to musicological knowledge appear from Freud in Michelangelo's Moses and continue to this day. Such resistance creates an obstacle to clinical reflection due to its denial character of studies already carried out. It was possible to observe the presence of musicological issues in the relationship between analyst and patient, in addition to other psychological considerations about elements of music theory, such as the key of D minor. <![CDATA[<b>Interview with <i>Arlindo</i> pimenta</b>: <b>50 years of círculo psicanalítico de Minas Gerais</b>]]> http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-73952020000100012&lng=en&nrm=iso&tlng=en Através da entrevista à Reverso, Arlindo Pimenta apresenta dados históricos relacionados à psiquiatria mineira nos anos 1960 e a influência da psicanálise no desenvolvimento dessa especialidade médica. Apresenta ainda dados e fatos do início do CPMG e a virada político-estrutural no início dos anos 1980 e como foi retomada e aperfeiçoada nas gestões que se seguiram até os dias de hoje.<hr/>Through an interview to Reverso, Arlindo Pimenta presents historical data related to Minas Gerais psychiatry in the 1960s and the influence of psychoanalysis on the development of this medical specialty. It also presents data and facts from the beginning of the CPMG and the political-structural turning point in the early 1980s and how it was resumed and improved in the administrations that followed until today.