Scielo RSS <![CDATA[Junguiana]]> http://pepsic.bvsalud.org/rss.php?pid=0103-082520220003&lang=es vol. 40 num. 3 lang. es <![CDATA[SciELO Logo]]> http://pepsic.bvsalud.org/img/en/fbpelogp.gif http://pepsic.bvsalud.org <![CDATA[<b>Editorial</b>]]> http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-08252022000300001&lng=es&nrm=iso&tlng=es <![CDATA[<b>La psicología del otro</b>: <b>el truco de la diversidad y la dificultad de hablar de uno mismo</b>]]> http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-08252022000300002&lng=es&nrm=iso&tlng=es O objetivo deste artigo é problematizar as ideias de outro e de diferença. Por meio da exploração do uso do termo diversidade, inicia-se um questionamento sobre qual funcionamento psíquico subjaz à exaltação das pessoas, assim chamadas, diversas. Tomando conceitos das ciências sociais, especialmente as ideias de colonialidade e de heteropatriarcado, articula-se uma possibilidade de compreensão das noções de outro e de diversidade na psicologia analítica. Para isso, resgata-se a proposta de complexo cultural e retoma-se a perspectiva da materialidade do outro, desvelando o caráter narcísico em se observar e escutar o outro a partir de um interesse em si mesmo que permanece oculto.<hr/>The aim of this article is to problematize the ideas of the other and of difference. By exploring the use of the term diversity, a questioning begins about what psychic functioning underlies the exaltation of so-called diverse people. Taking concepts from the social sciences, especially the ideas of coloniality and heteropatriarchy, a possibility of understanding the notions of the other and of diversity in analytical psychology is articulated. The theoretical frame of cultural complexes is used for this purpose. The perspective of the materiality of the other is affirmed, thus revealing the narcissistic character of observing and listening to the other from an abstract perspective that only benefits one's own development.<hr/>El objetivo de este artículo es problematizar las ideas del otro y de la diferencia. Al explorar el uso del término diversidad, se inicia un cuestionamiento sobre qué funcionamiento psíquico subyace a la exaltación de las personas llamadas diversas. Tomando conceptos de las ciencias sociales, en especial las ideas de colonialidad y heteropatriarcado, se articula una posibilidad de comprensión de las nociones del otro y de la diversidad en la psicología analítica. Para tanto, se rescata la propuesta de un complejo cultural y se retoma la perspectiva de la materialidad del otro, revelando el carácter narcisista en observar y escuchar al otro desde un interés por uno mismo que permanece oculto. <![CDATA[<b>Del pacto narcisista de la blanquitud a la corresponsabilidad</b>: <b>una mirada al complejo cultural racial</b>]]> http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-08252022000300003&lng=es&nrm=iso&tlng=es Este artigo propõe uma revisão crítica acerca das questões raciais no Brasil e suas relações com a psicologia junguiana e pós-junguiana. Iniciamos com um breve resgate histórico. Em seguida, trouxemos alguns debates contemporâneos sobre o tema, identificando as principais publicações da psicologia pós-junguiana e suas relações com a clínica. A ideia de complexo cultural abre importantes chaves de compreensão, bem como algumas colocações da escola arquetípica sobre o assunto. Constata-se um forte complexo racial presente na vida psicológica brasileira, que perpassa o atendimento psicoterápico. Conclui-se a fundamental importância da escuta do múltiplo diante das tendências a um discurso homogêneo presente atualmente, de forma mais ou menos direta e violenta.<hr/>This article proposes a critical review of racial issues in Brazil and its relationship with Jungian and post-Jungian psychology. We begin with a brief historical review. Then, we brought some contemporary debates on the subject, identifying the main publications of post-Jungian psychology and its relationship with the clinical work. The idea of cultural complex opens important keys to analyze it, as well as some ideas of the archetypal school on the subject. There is a strong racial complex present in Brazilian psychological life, which permeates psychotherapeutic care. As a conclusion we point out the fundamental importance of listening to the multiple in the face of a homogeneous discourse present today, in a more or less direct and violent way.<hr/>Este artículo propone una revisión crítica de las cuestiones raciales en Brasil y su relación con la psicología junguiana y posjunguiana. Comenzamos con una breve reseña histórica. Luego, trajimos algunos debates contemporáneos sobre el tema, identificando las principales publicaciones de la psicología posjunguiana y su relación con la clínica. La idea de complejo cultural abre importantes claves de comprensión, así como algunos posicionamientos de la escuela arquetípica sobre el tema. Hay un fuerte complejo racial presente en la vida psicológica brasileña, que impregna la atención psicoterapéutica. Concluye la importancia fundamental de la escucha de lo múltiple frente a las tendencias hacia un discurso homogéneo presentes en la actualidad, de forma más o menos directa y violenta. <![CDATA[<b>Los complejos culturales y los artivismos</b>]]> http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-08252022000300004&lng=es&nrm=iso&tlng=es A partir da teoria dos complexos formulada por Jung este trabalho se propõe a fazer uma interlocução entre os estudos pós-junguianos sobre Complexos Culturais e as teorias decoloniais, utilizando como ponto de intersecção para esse diálogo os artivismos. Entende-se por artivismos toda produção artística que carrega em seu âmago a resistência e a subversão de quaisquer narrativas ou normas que colaborem ou promovam a opressão de um indivíduo e/ou grupo. Esse artigo tem o intuito de trazer a psicologia analítica para a arena dos debates contemporâneos na tentativa de ampliar a discussão entre indivíduo-grupo-sociedade, que podem contribuir para o desenvolvimento da psicologia analítica brasileira.<hr/>Based on the theory of complexes formulated by Jung, this work aims to establish a dialogue between post-Jungian studies on Cultural Complexes and decolonial theories, utilizing artivism as an intersection point for this dialogue. Artivism is understood as any artistic production that carries at its core the resistance and subversion of any narratives or norms that collaborate or promote the oppression of an individual and/or group. This article aims to bring analytical psychology to the arena of contemporary debates in an attempt to broaden the discussion between individual-group-society, which can greatly contribute to the development of Brazilian analytical psychology.<hr/>A partir de la teoría de los complejos formulada por Jung, este trabajo propone establecer un diálogo entre los estudios pos-junguianos sobre los Complejos Culturales y las teorías decoloniales, utilizando el artivismo como punto de intersección de dicho diálogo. Se entiende por artivismo toda producción artística que lleve en su núcleo la resistencia y subversión de cualesquiera narrativas o normas que coadyuven o promuevan la opresión de un individuo y/o grupo. Este artículo tiene como objetivo traer la psicología analítica a la arena de los debates contemporáneos en un intento de ampliar la discusión entre individuo-grupo-sociedad, que puede contribuir en gran medida al desarrollo de la psicología analítica brasileña. <![CDATA[<b>James Hillman y la Fenomenología</b>: <b>la base poética de la psique</b>]]> http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-08252022000300005&lng=es&nrm=iso&tlng=es O principal objetivo desse artigo é refletir e apontar para os possíveis horizontes epistemológicos e ontológicos da psicologia arquetípica de James Hillman ao aproximá-la de uma possível relação com a fenomenologia. Para cumprir com tal intento, torna-se necessário delimitar dois pontos de partida, sendo eles: (1) O lema central da psicologia arquetípica de "ficar com a imagem" (stick to the image) e sua possível relação com a noção fenomenológica de "voltar às coisas mesmas". (2) O postulado de uma base mito-poética para a psique humana e a possível aproximação com a noção de poiesis tal como apresentada na fenomenologia de Heidegger. A psicologia arquetípica surge em um novo contexto "pós-junguiano" que busca substituir uma atitude interpretativa, unívoca e metafísica, por uma atitude fenomenológica em relação as imagens da alma. A base mito-poética e o "ficar com a imagem", noções centrais em sua psicologia, constituem a base dessa possível atitude fenomenológica em seu pensamento.<hr/>The main objective of this article is to reflect and point to the possible epistemological and ontological horizons of James Hillman's archetypal psychology by approaching it to a possible relationship with phenomenology. In order to fulfill this intention, it is necessary to delimit two starting points, namely: (1) The central motto of archetypal psychology of "stick to the image" and its possible relationship with the phenomenological notion of "back to things themselves". (2) The postulate of a mytho-poetic basis for the human psyche and the possible approach to the notion of poiesis as presented in Heidegger's phenomenology. Archetypal psychology emerges in a new "post-Jungian" context that seeks to replace an interpretive, univocal and metaphysical attitude with a phenomenological attitude towards images of the soul. The mytho-poetic basis and "stick to the image", central notions in his psychology, constitute the basis of this possible phenomenological attitude in his thinking.<hr/>El objetivo principal de este artículo es reflexionar y señalar los posibles horizontes epistemológicos y ontológicos de la psicología arquetípica de James Hillman acercándola a una posible relación con la fenomenología. Para cumplir con esta intención, es necesario delimitar dos puntos de partida, a saber: (1) El lema central de la psicología arquetípica de "adherirse a la imagen" (stick to the image) y su posible relación con la noción fenomenológica de "volver a las mismas cosas". (2) El postulado de una base mitopoética para la psique humana y el posible acercamiento a la noción de poiesis tal como se presenta en la fenomenología de Heidegger. La psicología arquetípica surge en un nuevo contexto "pos-junguiano" que busca reemplazar una actitud interpretativa, unívoca y metafísica por una actitud fenomenológica hacia las imágenes del alma. La base mitopoética y el "adherirse a la imagen", nociones centrales en su psicología, constituyen la base de esta posible actitud fenomenológica en su pensamiento. <![CDATA[<b>Hermes en los campos de Apolo</b>: <b>desidealización y excentricidad en la paternidad neurodivergente</b>]]> http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-08252022000300006&lng=es&nrm=iso&tlng=es O artigo apresenta o início de uma investigação a respeito da neurodiversidade numa perspectiva arquetípica, especificamente sobre certos aspectos da chegada de um filho neurodivergente em uma família, buscando levantar reflexões vivenciais a respeito da diversidade no mundo, lares, escolas e consultórios. Essa investigação parte de experiências tanto pessoais quanto clínicas e elabora, sob uma lente arquetípica, relações entre a imaginação do trickster e dois fenômenos psíquicos presentes na ocorrência da neurodivergência em uma família: a desidealização e a excentricidade.<hr/>The article presents the beginning of an investigation about neurodiversity, specifically about certain aspects of the arrival of a neurodivergent child in a family, and it seeks to raise experiential reflections about neurodiversity in the world, homes, schools, and medical offices. This investigation starts from both personal and clinical experiences to elaborate, under an archetypal lens, relationships between the imagination of the trickster and two psychic phenomena present in the occurrence of neurodivergence in a family: deidealization and eccentricity.<hr/>El artículo presenta el inicio de una investigación sobre la neurodiversidad desde una perspectiva arquetípica, específicamente sobre ciertos aspectos de la llegada de un niño neurodivergente a una familia, buscando plantear reflexiones experienciales sobre la diversidad en el mundo, los hogares, las escuelas y los consultorios. Esta investigación parte de experiencias tanto personales como clínicas y elabora, bajo una lente arquetípica, las relaciones entre la imaginación del trickster y dos fenómenos psíquicos presentes en la ocurrencia de la neurodivergencia en una familia: la desidealización y la excentricidad. <![CDATA[<b>Entre el orden y el desorden</b>: <b>la lectura del cuento "El empapelado amarillo" de Charlotte Perkins Gilman</b>]]> http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-08252022000300007&lng=es&nrm=iso&tlng=es O artigo parte de dois textos da escritora Charlotte Perkins Gilman, o conto O papel de parede amarelo, de 1892 e o depoimento Porque escrevi O papel de parede amarelo, de 1913. Neste, a autora relata sua experiência prévia e insatisfatória com um tratamento médico que inspirou a criação do conto. A escolha desta narrativa literária se fez, não somente por suas qualidades, como também pela intersecção com o tema da desigualdade de gênero na saúde mental e no tratamento dirigido à mulher, direcionado pela ideologia de gênero. A partir do contexto histórico, aponta-se o surgimento da psicologia profunda e de perspectivas psicológicas no tratamento das doenças mentais e a importância do desenvolvimento do pensamento junguiano em diálogo com outras áreas de conhecimento, como estudos sociais, feministas e literários. Afora o aspecto histórico e social, o artigo faz uma leitura psicológica do conto, ressaltando aspectos e temáticas conflitivas e símbolos alquímicos presentes nesta narrativa que, passados mais de um século, continua nos assombrando.<hr/>The article is based in two writings by Charlotte Perkins Gilman, the short story The yellow wallpaper, published in 1892, and the testimony Why I wrote the yellow wallpaper, published in 1913. In the latter, the author reports her previous unsatisfying experience with the medical treatment which inspired the creation of the short story. This literary narrative was chosen, not only due to its qualities, but also because of the intersection with the theme of gender inequality in mental health and in treatments directed to women, driven by gender ideology. Stemming from the historical context, I point out the origin of depth psychology and of psychological perspectives in the treatment of mental illnesses and the importance of the development of the Junguian thought in a dialogue with other areas of knowledge, such as social, feminist, and literary studies. Apart from historical and social aspects, the article makes a psychological reading of the short story, highlighting conflictive aspects and themes and alchemical symbols that are present in the narrative which, even after over a century, still haunts us.<hr/>El artículo se basa en dos textos de la escritora Charlotte Perkins Gilman, el cuento El empapelado amarillo, de 1982 y la afirmación Por qué escribí El empapelado amarillo, de 1913. En este, la autora relata su experiencia previa e insatisfactoria con el tratamiento médico, que inspiró la creación del cuento. La elección de esta narrativa literaria se hizo, no sólo por sus cualidades, sino también por la intersección con el tema de la desigualdad de género en la salud mental y en el trato dirigido a las mujeres, pautado por la ideología de género. Desde el contexto histórico, se señala el surgimiento de la psicología profunda y las perspectivas psicológicas en el tratamiento de la enfermedad mental y la importancia del desarrollo del pensamiento junguiano en diálogo con otras áreas del conocimiento, como los estudios sociales, feministas y literarios. Más allá del aspecto histórico y social, el artículo hace una lectura psicológica del relato, destacando aspectos y temas conflictivos y símbolos alquímicos presentes en esta narración que, después de más de un siglo, continúa obsesionándonos. <![CDATA[<b>#automutilación</b>: <b>la expresión simbólica de la autolesión no suicida</b>]]> http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-08252022000300008&lng=es&nrm=iso&tlng=es A autolesão não suicida (ALNS) é um fenômeno de relevância crescente com altas taxas de prevalência em adolescentes e jovens adultos. Como método, foi realizada etnografia virtual em comunidade de autolesão no Facebook de modo a ampliar a compreensão dos aspectos simbólicos relacionados à prática. Em fevereiro de 2021, 133 publicações foram coletadas e divididas em três categorias de análise: autolesão, sofrimento e religião. A autolesão é compreendida como similar ao comportamento compulsivo por meio do qual praticantes buscam uma experiência de transcendência ainda que às custas de dor. Assemelha-se a uma dependência comportamental. O sofrimento descrito aponta processos depressivos e se caracteriza por solidão, dificuldade de expressão de sentimentos e necessidade de manutenção de uma persona funcional no cotidiano. Assim, a comunidade emerge como meio de expressão dos aspectos relegados à sombra no mundo offline.<hr/>Non-suicidal self-injury (NSSI) is a phenomenon of increasing relevance, with high prevalence rates in adolescents and young adults. NSSI is one of the main risk factors for future. The method of virtual ethnography was carried out in a self-injury community on Facebook in order to broaden the understanding of the symbolic aspects related to the practice. In February 2021, 133 publications were collected and divided into three categories of analysis: self-injury, suffering and religion. Self-injury was understood as a compulsive behavior through which practitioners seek an experience of transcendence at the expense of pain. It resembles an addict behavior. The suffering described refers to depressive processes and is characterized by loneliness, difficulty in expressing feelings and the need to maintain a functional persona in everyday life. Therefore, the group emerges as a means of expressing aspects relegated to the shadows in the offline world.<hr/>La autolesión no suicida (ALNS) es un fenómeno de creciente relevancia con altas tasas de prevalencia en adolescentes y adultos jóvenes. Como método, se realizó una etnografía virtual en una comunidad de autolesiones en Facebook con el fin de ampliar la comprensión de los aspectos simbólicos relacionados con la práctica. En febrero de 2021 se recopilaron 133 publicaciones y se dividieron em tres categorías de análisis: autolesiones, sufrimiento y religión. Se entiende que la autolesión es similar al comportamiento compulsivo por el cual los practicantes buscan una experiencia de trascendencia incluso a expensas del dolor. Se asemeja a una adicción conductual. El sufrimiento descrito apunta a procesos depresivos y se caracteriza por la soledad, la dificultad para expresar los sentimientos y la necesidad de mantener una personalidad funcional en la vida cotidiana. Así, la comunidad surge como medio de expresión de aspectos relegados a la sombra en el mundo offline.