Scielo RSS <![CDATA[Revista Brasileira de Psicanálise]]> http://pepsic.bvsalud.org/rss.php?pid=0486-641X20210004&lang=pt vol. 55 num. 4 lang. pt <![CDATA[SciELO Logo]]> http://pepsic.bvsalud.org/img/en/fbpelogp.gif http://pepsic.bvsalud.org <![CDATA[<b>Supervisão</b>]]> http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0486-641X2021000400001&lng=pt&nrm=iso&tlng=pt <![CDATA[Carta-convite]]> http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0486-641X2021000400002&lng=pt&nrm=iso&tlng=pt <![CDATA[<b>Entrevista</b>]]> http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0486-641X2021000400003&lng=pt&nrm=iso&tlng=pt <![CDATA[<b>Melancolia e luto na infância e na adolescência</b>: <b>algumas reflexões sobre o papel do objeto interno</b>]]> http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0486-641X2021000400004&lng=pt&nrm=iso&tlng=pt A autora apresenta duas condições bem diferentes que interferem na capacidade de uma pessoa vivenciar o luto: se lamuriar muito e se lamuriar muito pouco. Desde 1917, cinco estados mentais específicos, presentes na descrição da melancolia feita por Freud, foram aprofundados por teóricos subsequentes. Neste artigo a autora concentra-se no quarto e no quinto estado. Menciona os objetos não valorizados em oposição aos objetos valorizados. Considera que todos os desenvolvimentos mais recentes do pensamento psicanalítico se apoiam na grande atenção à teoria das relações objetais e na crescente compreensão da natureza da diferença entre os processos patológicos e benignos projetivos e os processos patológicos e benignos introjetivos.<hr/>The author presents two very different conditions, which interfere with a person's capacity to mourn: whimpering too much and whimpering too little. Since 1917, five particular states of mind, which appear in Freud'd description of melancholia, have been developed further by subsequent theorists. This study focuses on the fourth and fifth states. It mentions the unvalued objects, as opposed to the valued objects. It also states that all the newer developments in psychoanalytic thinking are underpinned by the greater attention to the object-relations theory, and by the growing understanding of the nature of the difference between the pathological and benign projective processes, and pathological and benign introjective ones.<hr/>La autora presenta dos condiciones muy distintas que interfieren en la capacidad que una persona tiene de vivir el luto: lloriquear mucho y lloriquear muy poco. Desde 1917, cinco estados mentales específicos, presentes en la descripción de la melancolía hecha por Freud, fueron examinados más a fondo por teóricos posteriores. En este artículo la autora se centra en el cuarto y en el quinto estado. Menciona los objetos no apreciados en oposición a los objetos apreciados. Considera que todos los desarrollos más recientes del pensamiento psicoanalítico se respaldan en la gran atención a la teoría de las relaciones objetales en la creciente comprensión de la naturaleza de la diferencia entre os procesos patológicos y benignos proyectivos y los procesos patológicos y benignos introyectados.<hr/>L'autrice présente deux conditions très différentes qui interfèrent avec la capacité d'une personne vivre le deuil : se plaindre trop et se plaindre très peu. Depuis 1917, cinq stages mentaux spécifiques, compris dans la description faite par Freud de la mélancolie ont été approfondis par les théoriques qui viennent après lui. Dans cet article l'autrice se focalise sur le quatrième et cinquième stage. Elle mentionne les objets non valorisés en opposition à ceux valorisés. Elle estime que tous les développements les plus récents de la pensée psychanalytique se fondent sur la grande attention donnée à la théorie des relations objectales et sur la compréhension croissante de la nature de la différence entre les processus pathologiques et les processus pathologiques et bénins projectifs et les processus pathologiques et bénins d'introjection. <![CDATA[<b>Uma visão particularíssima de Bion</b>]]> http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0486-641X2021000400005&lng=pt&nrm=iso&tlng=pt A autora trabalhou como tradutora dos seminários clínicos de W. R. Bion em 1975 e 1978, conviveu com esse psicanalista e sua família quando moraram em Brasília por um mês e manteve correspondência com eles. Neste artigo, apresenta suas observações sobre esse contato intensivo com a psicanálise bioniana.<hr/>The author worked as a translator during W. R. Bion's clinical seminars in 1975 and 1978, spent time with Bion and his family, when they lived in Brasília for a month, and corresponded with them. In this study, she presents her observations on this intensive contact with the Bionian psychoanalysis.<hr/>La autora trabajó como traductora de los seminarios clínicos de W. R. Bion en 1975 y 1978, convivió con ese psicoanalista y su familia cuando vivieron a Brasilia durante un mes y mantuvo correspondencia con ellos. En este articulo presenta sus observaciones sobre ese contacto intensivo con el psicoanálisis bioniano.<hr/>L'autrice a travaillé comme traductrice des séminaires cliniques de W. R. Bion en 1975 et en 1978. Elle a fréquenté le psychanalyste et sa famille lorsqu'ils ont habité à Brasilia pendant un mois, et après a continué à entretenir correspondance avec eux. Dans cet article, elle présente ses remarques concernant ce rapport intensif avec la psychanalyse bionienne. <![CDATA[<b>O supervisor suposto saber</b>: <b>perspectivas lacanianas sobre a análise de controle</b>]]> http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0486-641X2021000400006&lng=pt&nrm=iso&tlng=pt De forma a preservar o ímpeto evolutivo e o alcance da psicanálise, a tarefa da análise de controle é prevenir o estabelecimento da inércia que busca o menor denominador comum e a degeneração de ideias e práticas em evolução na direção de banalizações e preconceitos. A uma instituição psicanalítica é necessário manter padrões mínimos e simultaneamente preservar-se como ambiente vibrante e dinâmico para o contínuo desenvolvimento e regeneração da psicanálise enquanto estrutura viva e simbólica. Através de uma análise de controle, cada analista adquire um estilo analítico único, que não se refere a preferências e idiossincrasias egoicas, mas a uma singular e nova articulação subjetiva dos elementos preexistentes na estrutura tradicional. Sem a realização de uma análise pessoal, a análise da contratransferência e da identificação projetiva em supervisão pode operar como resistência à análise pessoal, essa última o mais importante fator para a autoautorização do analista dentro da organização psicanalítica. O analista não é autorizado pela supervisão ou pelo supervisor, mas pela experiência analítica pessoal com o inconsciente, o sintoma e seus efeitos pós-analíticos sob a forma do que Lacan nomeia de sinthoma. Lacan diz que, ao término da análise, o analisando ou futuro analista não se identifica com o analista, mas sim com seu sinthoma.<hr/>The task of control analysis is to preserve the evolutionary impetus and edge of psychoanalysis and prevent the inertia towards the lowest common denominator, and the degeneration of evolved ideas and practices into common assumptions and prejudices. A psychoanalytic organization needs to maintain standards while also preserving the organization as a vibrant and dynamic site for the continuing development and re-invention of psychoanalysis as a living symbolic structure. Through a control analysis every analyst acquires a unique analytical style that does not refer to ego preferences and idiosyncrasies, but to a singular and new subjective articulation of the pre-existing elements of a traditional structure. Without a personal analysis, the analysis of the countertransference and of projective identification in supervision can function as a resistance to the personal analysis which is the most important factor for the self-authorization of the analyst within a psychoanalytic organization. The analyst is not authorized by supervision or the supervisor, but by the personal analytical experience with the unconscious, the symptom, and its post-analytical effects in the form of what Lacan calls the sinthome. Lacan said that at the end of analysis, the analysand or the future analyst does not identify with the analyst, but rather with his/her sinthome.<hr/>Con el fin de preservar el ímpetu evolutivo y el alcance del psicoanálisis, la tarea del análisis de control es evitar el establecimiento de inercias que buscan el mínimo común denominador y la degeneración de ideas y prácticas en la evolución en la dirección de trivializaciones y prejuicios. Para una institución psicoanalítica es necesario mantener estándares mínimos y simultáneamente preservarse como un entorno vibrante y dinámico para el desarrollo continuo y la regeneración del psicoanálisis como una estructura viva y simbólica. A través de un análisis de control, cada analista adquiere un estilo analítico único que no se refiere a preferencias del ego e idiosincrasias, sino a una singular y nueva articulación subjetiva de los elementos preexistentes en la estructura tradicional. Sin realizar un análisis personal, el análisis de la contratransferencia y la identificación proyectiva en la supervisión puede operar como resistencia al análisis personal, este último el factor más importante para la auto autorización del analista dentro de la organización psicoanalítica. El analista no está autorizado por la supervisión o el supervisor, sino por la experiencia analítica personal con el inconsciente, el síntoma y sus efectos posanalíticos en forma de lo que Lacan llama sinthoma. Lacan dijo que al final del análisis, el analista o analista futuro no se identifica con el analista, sino con su sinthoma.<hr/>De façon à préserver l'élan évolutif et l'étendue de la psychanalyse, la tâche de l'analyse de contrôle est celle de prévenir l'établissement de l'inertie qui cherche le plus petit dénominateur commun et la dégénération d'idées et de pratiques en évolution dans la direction des banalisations et des préjugés. Il faut qu'une institution psychanalytique maintienne des étalons minimaux et simultanément se préserver en tant qu'une ambiance vibrante et dynamique pour le développement continu et régénération de la psychanalyse considérée comme une structure vive et symbolique. Par l'intermédiaire d'une analyse de contrôle, chaque analyste acquiert un style analytique unique qui ne se réfère pas à des préférences et des idiosyncrasies égoïques, mais à une nouvelle articulation singulière et subjective des éléments préexistant dans la structure traditionnelle. Sans mener une analyse personnelle, l'analyse du contre-transfert et de l'identification projective en supervision peuvent opérer en tant que résistance à l'analyse personnelle, cette dernière le plus important élément pour l'auto autorisation de l'analyste chez l'organisation psychanalytique. L'analyste n'est pas autorisé par la supervision ou par le superviseur, mais par l'expérience analytique personnelle du surmoi, du symptôme et de ses effets postanalytiques, sous la forme de ce qui Lacan nomme sinthome. Lacan dit que, à la fin de l'analyse, l'analysant ou le futur analyste ne s'identifie pas à l'analyste, mais à son sinthome. <![CDATA[<b>Supervisão e a dicção poética do sonho</b>]]> http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0486-641X2021000400007&lng=pt&nrm=iso&tlng=pt A autora descreve o trabalho de supervisão como escuta da escuta do analista diante de seu analisando. Sugere que essa escuta supervisiva idealmente opera num espaço semelhante a uma atmosfera oniroide. Menciona uma reverie de outra reverie como parte de um processo de descolamento do senso comum, e discute o papel da teoria analítica durante o atendimento e numa supervisão. A presença da teoria é comparada à presença do sangue no corpo humano: nunca deve pesar na relação intersubjetiva do campo analítico.<hr/>The author describes the supervisory work as listening to listening of the analyst to his analysand. She suggests that this supervising Listening ideally operates in a space similar to an oneiroid atmosphere. She then mentions the operation of a reverie of another reverie, as part of a radical detachment of the common sense, and discusses the role of analytic theory during the session and a supervision. The presence of the theory is compared to the presence of blood in the human body: it must never weigh on the intersubjective relationship of the analytic field.<hr/>El autor describe el trabajo de supervisión como de escuchar la escucha del analista frente a su analizando. Sugiere que esta escucha supervisora opera idealmente en un espacio similar a una atmósfera oniroide. Luego menciona un reverie de otro reverie como parte de un proceso de desapego del sentido común y discute el papel de la teoría analítica durante la sesión y la supervisión. La presencia de la teoría se compara con la presencia de sangre en el cuerpo humano: nunca debe pesar sobre la relación intersubjetiva del campo analítico.<hr/>L'autrice décrit le travail de supervision en tant que l'ecoute de l'écoute de l'analyste face à son analysant. Elle suggère que cette Écoute de supervision idéalement agit dans un espace semblable à une atmosphère presque onirique. La chercheuse mentionne ensuite une rêverie d'une autre rêverie, comme une partie d'un processus de déplacement du sens commun et elle discute du rôle de la théorie analytique pendant la séance et dans une supervision. La présence de la théorie est comparée à présence du sang dans le corps humain : elle ne doit jamais peser sur la relation intersubjective du champ analytique. <![CDATA[<b>O mal-estar na formação psicanalítica</b>: <b>ameaças à função generativa dos Institutos e Sociedades em que ocorre a formação psicanalítica</b>]]> http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0486-641X2021000400008&lng=pt&nrm=iso&tlng=pt Neste artigo, a autora focaliza a transmissão da psicanálise através da formação das próximas gerações. Destaca a tensão entre a necessidade dos psicanalistas de trabalhar em conjunto em uma instituição e a de manter certa distância, que possibilite uma terceira perspectiva quanto à sua identificação com o Instituto. Nesse contexto, apresenta o novo mandato do Comitê de Educação Psicanalítica (pec) e o seu projeto Encontros de Sociedades sobre Educação. Discute a questão da participação de candidatos/analistas em formação dentro dos Institutos. Aborda especialmente o desafio da supervisão na formação e suas vicissitudes. Outro tópico considerado são os seminários teóricos e a exigência de que os professores não confundam a necessária transmissão da tradição com idealizações do passado psicanalítico, e aceitem a natureza finita da sua compreensão da psicanálise.<hr/>This paper focuses on the transmission of psychoanalysis in training to the next generation. The tension between the need for psychoanalysts to work together in an institution and still maintain a certain distance for a third perspective in their identification with their Institute is highlighted. In this context, the new mandate of the Psychoanalytic Education Committee and its project' Meetings of Societies on Education' is presented. The question of the participation of candidates/analysts in training in the Institutes is discussed. The particular challenge of supervision in training and its vicissitudes is a main focus. A further topic are the theoretical seminars and the need that teachers do not confuse the necessary transmission of tradition with dogmatic idealization of the psychoanalytical past and can accept the finite nature of their understanding of psychoanalysis.<hr/>Este artículo se centra en la transmisión del psicoanálisis a través de la formación las próximas generaciones. La tensión entre la necesidad de que los psicoanalistas tengan que trabajar juntos en una institución y la de mantener una cierta distancia que permita destacar una tercera perspectiva respecto a su identificación con su Instituto es relevante. En este contexto, se presenta el nuevo mandato del Comité de Educación Psicoanalítica y su proyecto Encuentros de Sociedades sobre Educación. Se discute la cuestión de la participación de candidatos/analistas en la capacitación dentro de los Institutos. Su enfoque principal es la supervisión en la formación y sus vicisitudes. Otro asunto son los seminarios teóricos y la necesidad de que los maestros no confundan la necesaria transmisión de la tradición con las idealizaciones del pasado psicoanalítico, y acepten la naturaleza finita de su comprensión del psicoanálisis.<hr/>Cet article a son focus sur la transmission de la psychanalyse par l'intermédiaire de la formation des prochaines générations. On met en relief la tension entre le besoin des psychanalystes de travailler ensemble dans une institution et de garder une certaine distance, de façon à permettre une troisième perspective concernant son identification à son Institut. Dans ce contexte, on présente le nouveau mandat du Comité d'Education Psychanalytique et son projet Rencontres de Sociétés à Propos de l'Education. On discute encore de la question de la participation de candidats/analystes en formation dans les Instituts. L'un des points principaux, en particulier, c'est le défi de la supervision dans la formation et ses vicissitudes. Un autre point concerne les séminaires théoriques et le besoin des professeurs ne pas confondre la transmission nécessaire de la tradition et les idéalisations du passé psychanalytique, pouvant ainsi accepter la nature finie de leur compréhension de la psychanalyse. <![CDATA[<b>Entre o verdadeiro e o falso self psicanalítico</b>: <b>a importância da supervisão na formação de um analista</b>]]> http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0486-641X2021000400009&lng=pt&nrm=iso&tlng=pt Neste trabalho, a autora aborda questões acerca do self analítico usando a teoria de verdadeiro e falso self para abarcar os movimentos mentais do analista, presentes na experiência de supervisão. Está implícita a importância da transmissão da psicanálise, considerando os aspectos da função do analista e de seu contínuo processo de vir a ser.<hr/>In this work, the author approaches questions about the analytic self, using the theory of the true and false self to encompass the analyst's mental movements present in the supervision experience. The importance of the transmission of psychoanalysis is implicit, considering the aspects of the analyst's function and their continuous process of being.<hr/>En este trabajo, el autor aborda preguntas sobre el self analítico utilizando la teoría del self verdadero y falso para abarcar los movimientos mentales del analista presentes en la experiencia de supervisión. La importancia de la transmisión del psicoanálisis está implícita considerando los aspectos de la función del analista y su continuo proceso de devenir.<hr/>Dans ce travail, l'autrice aborde des questions sur le self analytique en utilisant la théorie du vrai et du faux self pour embrasser, les mouvements mentaux de l'analyste présents dans l'expérience de supervision. L'importance de la transmission de la psychanalyse y est implicite considérant les aspects de la fonction de l'analyste et de son processus continu de devenir. <![CDATA[<b>Sobre a supervisão</b>]]> http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0486-641X2021000400010&lng=pt&nrm=iso&tlng=pt A supervisão é um elemento fundamental do tripé de formação - análise pessoal, supervisão e seminários - ao qual todas as correntes analíticas aderiram, seguindo Freud. Mas a função da supervisão permanece problemática, e os trabalhos que tentam esclarecê-la são particularmente poucos em comparação com aqueles que lidam com a análise do analista ou com o ensino. Este texto busca identificar sua especificidade.<hr/>Supervision is a fundamental element of the tripod of training - personal analysis, supervision, seminars - on which all analytic currents after Freud have agreed. But the function of supervision remains problematic, and the works that attempt to establish it are particularly few in number compared to those that deal with the analysis of the analyst or with teaching. This text attempts to identify what might be its specificity.<hr/>La supervisión es un elemento fundamental del trípode - análisis personal, supervisión, seminarios - de formación en el que han coincidido todas las corrientes analíticas posteriores a Freud. Pero la función de supervisión sigue siendo problemática, y las obras que intentan establecerla son particularmente escasas en comparación con las que se ocupan del análisis del analista o de la enseñanza. Este trabajo intenta identificar cuál podría ser su especificidad<hr/>La supervision est un élément fondamental du trépied - analyse personnelle, supervision, séminaires - de la formation sur lequel tous les courants analytiques après Freud se sont d'accordés. Mais la fonction de la supervision reste problématique, et les travaux qui tentent de la fonder particulièrement peu nombreux au regard de ceux qui traitent de l'analyse de l'analyste ou de l'enseignement. Ce texte tente de repérer ce qui peut être sa spécificité. <![CDATA[<b>A supervisão na formação psicanalítica no modelo Eitingon</b>: <b>história, controvérsias, linhas de desenvolvimento</b>]]> http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0486-641X2021000400011&lng=pt&nrm=iso&tlng=pt Um marco essencial na formação psicanalítica é a supervisão de formação. A autora apresenta como e através do que podem se desenvolver a competência e a identidade, ou pode haver um efeito inibidor. Considera a relação emocional entre supervisor e supervisionando durante a supervisão de formação, permeada pelas próprias experiências de aprendizagem e didáticas, carregadas com material inconsciente e ancoradas no âmbito semipúblico do Instituto. Retoma a história da supervisão de formação, descreve a controvérsia quanto a teach or treat e mostra as teorias psicanalíticas mais utilizadas na supervisão. Constata que também nos contextos mais "racionais" se atualiza uma constelação e uma dinâmica relacional emocional, parcialmente inconscientes, entre o supervisionando e o supervisor.<hr/>Training supervision is an essential event in psychoanalytic training. This study reveals how and from what competence and identity can be developed, and also if there may be an inhibiting effect. At the same time, it is always about an emotional relationship between supervisor and supervised during the training supervision process, permeated with their own learning and didatics experiences, which are constituted of unconscious material and anchored in the semi-public scope of the Institute. In this paper, the history of training supervision is recapitulated, and its conflict related to the ''teach-or-treat'' controversy is approached. Moreover, a viewpoint on the most used psychoanalytic theories in the supervision process is introduced. Consequently, even in more 'rational' contexts, a constellation, as well as a partially unconscious, emotional relational dynamics between the supervised and the supervisor are always updated.<hr/>Un hito esencial en la formación psicoanalítica es la supervisión de la formación. Se presenta aquí cómo y a través de qué competencia e identidad puede desarrollarse, o puede surgir un efecto inhibitorio. Al mismo tiempo, es siempre una relación emocional entre supervisor y supervisionando durante la supervisión de la formación, influenciada por el propio aprendizaje y experiencias didácticas, cargada de material inconsciente y anclada en el ámbito parcialmente público del Instituto. En este artículo se retoma la historia de la supervisión del entrenamiento, se describe su conflicto con la controversia "teach or treat" y se presenta una visión de las teorías psicoanalíticas más utilizadas en la supervisión. De ello se deduce que también en los contextos más "racionales" siempre hay una constelación y una dinámica relacional emocional, parcialmente inconsciente, entre el supervisor y el supervisor.<hr/>Une borne essentielle dans la formation psychanalytique, c'est la supervision de formation. On présente ici comment et par quel moyen la compétence et l'identité peuvent se développer, ou il peut y avoir un effet inhibiteur. En même temps, il s'agit toujours d'une relation émotionnelle entre superviseur et supervisé pendant la supervision de formation, transpercée par ses propres expériences d'apprentissage et didactiques, chargées de matériel inconscient et ancrées dans le cadre semi-public de l'Institut. Dans cet article on reprend l'histoire de la supervision de formation, on décrit son conflit par rapport à la controverse "teach or treat" et on présente un panorama des théories psychanalytiques les plus employées en supervision. Le résultat, c'est que dans les contextes les plus « rationnels » on actualise toujours une constellation et une dynamique relationnelle émotionnelle, partiellement inconsciente, entre le superviseur et le supervisé. <![CDATA[<b>Retratos de uma supervisão</b>: <b>contribuições do jardim inglês</b>]]> http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0486-641X2021000400012&lng=pt&nrm=iso&tlng=pt O autor relata a experiência de supervisão vivida por um analista em formação em um dos Institutos filiados à IPA. Assinala impasses bem como ganhos da supervisão. Aproveitando a associação com o conceito do jardim inglês, propõe, como possibilidade de uma supervisão, o estabelecimento de um contato vivo, criativo e espontâneo entre supervisor e supervisionando, através das trilhas percorridas conjuntamente pela dupla. A supervisão, ainda que revelando angústias e medos do analista, permitiu o desenvolvimento do supervisionando, incrementando elaborações em sua análise pessoal.<hr/>This paper is a description of the experience lived by an analyst who undergoes training in one of IPA associated Institutes, related to the supervision process. It points out impasses and gains from the supervision process. Based on the association with the concept of English garden, this paper highlights that the supervision process may enable a live, creative, and spontaneous exchange between supervisor and supervised through the path taken. While supervision exposes the analyst's anxiety and fears, it allowed the development of the supervised, mainly in a way of enhancing elaborations in the setting of the supervised own analysis.<hr/>El trabajo es un relato de la experiencia vivida por un analista en formación en uno de los Institutos afiliados a la IPA sobre el proceso de supervisión oficial. Se señalaron las dificultades y los beneficios de la supervisión. A partir de una asociación con el concepto del jardín inglés, el texto propone la posibilidad de la supervisión para crear un contacto vivo, creativo y espontáneo a través de los senderos recorridos. La supervisión, si bien revela las ansiedades y miedos del analista, permitió el desarrollo del supervisado, principalmente en el sentido de incrementar las elaboraciones en el marco de su propio análisis.<hr/>L'article est un récit de l'expérience de supervision vécue par un analyste en formation dans l'un des Instituts affiliés à l'ipa. Des impasses, aussi bien que des acquis de la supervision ont été signalés. En profitant de l'association au concept du jardin anglais, le texte propose, comme une possibilité de supervision, l'établissement d'un contact vivant, créatif et spontané entre le superviseur et le supervisé par l'intermédiaire des sentiers parcourus ensemble par eux. La supervision, même si elle révèle les angoisses et les peurs de l'analyste, elle a rendu possible le développement du supervisé tout en incrémentant des élaborations dans son analyse personnelle. <![CDATA[<b>A dimensão viva da experiência de supervisão didática</b>]]> http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0486-641X2021000400013&lng=pt&nrm=iso&tlng=pt As autoras abordam uma experiência de supervisão, para fins de formação analítica, em um instituto de psicanálise, desenvolvida pela analista e pela supervisora implicadas na tarefa. Partindo de uma retrospectiva histórica da supervisão no tripé da formação psicanalítica, propõem uma reflexão sobre seu lugar e sua importância no exercício do vir a ser analista. O estudo leva as autoras a acreditarem que, assim como a própria análise é uma tarefa interminável, as forças intrapsíquicas que estão permanentemente em jogo no encontro do analista com o paciente geram uma demanda que convoca o diálogo na supervisão, o qual parece conter o paradoxo do descobrimento sem colonização. Em conclusão, entendem que, ao mesmo tempo que a tarefa da supervisão promove novos significados, ela não deve se tornar um exercício de doutrinamento.<hr/>supervisão didática<hr/>formação psicanalítica<hr/>história da supervisão<hr/>descobrimento sem colonização<hr/>This paper regards a supervisory experience for analytical specialization purposes in an Institute of Psychoanalysis, developed by the analyst and supervisor involved in the task. The authors, based on an analysis of the historical dimension of supervision on the tripod of psychoanalytic training, propose a reflection on the supervision's role in the process of becoming an analyst. The study leads the authors to believe that, just as the analysis itself is an endless task, the intrapsychic forces that are permanently at stake in the encounter of the analyst with the patient generate a demand that calls for the dialogue in the supervision, which seems to contain the paradox of discovery without colonization. In conclusion, the authors consider that, while the task of supervision promotes new meanings, it should not become an exercise of indoctrination.<hr/>El trabajo trata de una experiencia de supervisión, con fines de formación analítica en un Instituto de Psicoanálisis, desarrollada por el analista y el supervisor involucrado en la tarea. Los autores, partiendo de una retrospectiva histórica de la supervisión sobre el trípode de la formación psicoanalítica, proponen una reflexión sobre su lugar e importancia en el ejercicio de convertirse en analista. El estudio lleva a los autores a creer que, así como el análisis en sí es una tarea sin fin, las fuerzas intrapsíquicas que están permanentemente en juego en el encuentro del analista con el paciente generan una demanda que llama al diálogo en la supervisión, que parece contener la paradoja de descubrimiento sin colonización. En conclusión, se entiende que, si bien la tarea de supervisión promueve nuevos significados, no debe convertirse en un ejercicio de adoctrinamiento.<hr/>L'article aborde une expérience de supervision, à des fins de la formation analytique dans un Institut de Psychanalyse, développée par une analyste et une superviseuse qui sont impliquées dans la tâche. Les autrices, à partir d'une rétrospective historique de la supervision sur le trépied de la formation psychanalytique, proposent une réflexion sur leur place et leur importance dans l'exercice de devenir analyste. L'étude conduit les autrices à croire que, de la même manière que l'analyse elle-même est une tâche sans fin, les forces intrapsychiques, qui sont en permanence en jeu dans la rencontre de l'analyste avec le patient, génèrent une demande qui appelle au dialogue dans la supervision, lequel semble contenir le paradoxe de la découverte sans colonisation. En conclusion, on comprend que, lors même que la supervision promeuve de nouvelles significations, elle ne doive pas devenir un exercice d'endoctrinement. <![CDATA[<b>O terceiro analítico supervisório</b>: <b>o processo supervisório, o campo supervisório e a transformação contínua</b>]]> http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0486-641X2021000400014&lng=pt&nrm=iso&tlng=pt As autoras propõem a hipótese da existência de um fenômeno que ocorre no processo de supervisão e que nomeiam como o terceiro analítico supervisório. Partem da ideia de que algumas representações sem representação simbólica do aparelho psíquico do paciente - que se mantêm nesse estado durante a sessão de análise - poderiam sofrer algum tipo de transformação durante o processo de supervisão. Fenômenos perceptivos que acontecem no aparelho psíquico do sujeito e no campo analítico, como o trabalho de figurabilidade e a simbolização primária, também podem acontecer numa sessão de supervisão. As autoras mostram que esse processo incide tanto na mente do supervisionando quanto na do supervisor e sucede em três tempos: 1) sessão de análise, 2) sessão de supervisão, e 3) reflexão e narrativa. Começam com uma breve revisão teórica dos conceitos de Darstellbarkeit, figurabilidade psíquica e simbolização primária. Depois, descrevem como se dá a apreensão de representações sem representação simbólica, ou seja, representações não simbolizadas, através do processo supervisório, e então propõem a ideia do terceiro analítico supervisório. Por fim, apresentam alguns exemplos clínicos.<hr/>This study proposes the hypothesis on the existence of a phenomenon that occurs in the supervisory process, and that will be named as the supervisory analytic third. It begins with the idea that some representations without symbolic representation of the patient's psychic apparatus, who remains in this state during the analysis session, could suffer some kind of transformation during the supervision process. Perceptive phenomena that occur in the subject's psychic apparatus and in the analytic field, such as the figurability work and primary symbolization, can also occur in a supervision session. The authors show that this process focuses on both the supervisee's and supervisor's minds, and takes place in three moments: 1) analysis session, 2) supervision session, and 3) reflection and intelligibility. The text begins with a brief theoretical review of the concepts of Darstellbarkeit, psychic figurability, and primary symbolization. The second part describes how the representations without symbolic representations, that is, representations that are not symbolized, are apprehended; through the supervisory process, and then proposes the idea of the supervisory analytic third. Finally, some clinical examples are presented.<hr/>El artículo propone la hipótesis de la existencia de un fenómeno que se produce en el proceso de supervisión y que se denominará tercer analítico de supervisión. Se parte de la idea de que algunas representaciones sin representación-simbólica del aparato psíquico del paciente - que permanece en este estado durante la sesión de análisis- podrían sufrir algún tipo de transformación durante el proceso de supervisión. Los fenómenos perceptivos que se producen en el aparato psíquico del sujeto y en el campo analítico, como el trabajo de figuración y simbolización primaria, también pueden producirse en una sesión de supervisión. Las autoras muestran que este proceso se centra tanto en la mente del supervisor como en la del supervisando y tiene lugar en tres tiempos: 1) sesión de análisis, 2) sesión de supervisión y 3) reflexión e inteligibilidad. El texto comienza con un breve repaso teórico de los conceptos de Darstellbarkeit, figurabilidad psíquica y simbolización primaria. La segunda parte describe cómo se produce la aprehensión de las representaciones sin representación-simbólica, es decir, de las representaciones no simbolizadas a través del proceso de supervisión y, a continuación, propone la idea del tercero analítico de supervisión. Por último, se presentan algunos ejemplos clínicos.<hr/>L'article propose, en tant qu'hypothèse, l'existence d'un phénomène qui a lieu dans le processus de supervision et qui sera nommé le tiers analytique de supervision. Il part de l'idée que certaines représentations sans représentation symbolique de l'appareil psychique du patient - lequel reste dans cet état pendant la séance d'analyse, - pourraient subir quelque type de transformation au cours du processus de supervision. Les phénomènes perceptifs qui se produisent dans l'appareil psychique du sujet et dans le champ analytique, tels que le travail de figurabilité et la symbolisation primaire, peuvent également avoir lieu lors d'une séance de supervision. Les autrices démontrent que ce processus affecte aussi bien la psyché de la personne en supervision que celle du superviseur et se déroule en trois étapes : 1) la séance d'analyse, 2) la séance de supervision et 3) les réflexions et l'intelligibilité. L'article débute par une brève révision théorique des concepts de Darstelbarkeit, de figurabilité psychique et de symbolisation primaire. Dans la deuxième partie on décrit comment l'appréhension des représentations sans représentation-symboliques se déroule-t-elle, c'est-à-dire, les représentations non-symboliques, par l'intermédiaire du processus de supervision, et on propose ensuite l'idée du tiers analytique de supervision. Pour finir, quelques exemples cliniques sont présentés. <![CDATA[<b>O Unheimliche brasileiro</b>]]> http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0486-641X2021000400015&lng=pt&nrm=iso&tlng=pt Há 10 anos era proferida e publicada a palestra antinarcísica de Viveiros de Castro. Mais que mera síntese dos pontos centrais de seu perspectivismo ameríndio, o texto é explicitamente um manifesto pela descolonização do pensamento antropológico e, implicitamente, psicanalítico. Aceitando essa provocação, os autores sugerem posicionar o indígena como o estranho familiar brasileiro. Ao longo dos séculos até o presente, nota-se um esforço contínuo de recalcamento dos povos originários como um dos eixos da formação da identidade nacional. Com base nessa hipótese, os autores lançam duas perguntas: quais atributos do indígena desencadeiam tamanho esforço de recalque? Qual a função da psicanálise nessa operação? Para tal investigação, propõem um diálogo entre a antropologia de Viveiros de Castro e o conceito freudiano de Unheimliche. Apoiados nesses alicerces teóricos, argumentam que o Brasil é um país fundado sobre a experiência unheimlich e buscam rastrear esse movimento de prefixação de familiar para infamiliar do indígena brasileiro.<hr/>Ten years ago, the anti-narcissistic essay by Viveiros de Castro was published. More than a mere synthesis of the central points of his Amerindian perspectivism, the text is explicitly a manifesto for the decolonization of anthropological and, implicitly, psychoanalytic thinking. Accepting the author's provocation, the present work suggests positioning the indigenous people as the Brazilian uncanny. Over the centuries to the present, the continuous effort to repress the original inhabitants became a cornerstone of the national identity. From this hypothesis, we pose two questions: What attributes of the indigenous people trigger such a repression effort? What is the role of psychoanalysis in this operation? For such investigation, we propose a dialogue between Viveiros de Castro's anthropology and the Freudian concept of Unheimliche. Supported by these theoretical foundations, we will argue that Brazil is a country founded on the unheimlich experience, and we will seek to track this movement of prefixing the Brazilian indigenous people from familiar to uncanny.<hr/>Hace diez años se dio y se publicó la conferencia anti narcisista de Viveiros de Castro. Más que una mera síntesis de los puntos centrales de su perspectivismo amerindio, el texto es explícitamente un manifiesto para la descolonización del pensamiento antropológico e, implícitamente, psicoanalítico. Aceptando la provocación del autor, el presente trabajo sugiere posicionar al indígena como el siniestro brasileño. A lo largo de los siglos hasta el presente, ha habido un esfuerzo continuo para reprimir a los pueblos originales como uno de los ejes de la formación de la identidad nacional. Desde esta hipótesis, planteamos nuestra doble pregunta: ¿qué atributos de los pueblos indígenas desencadenan tal esfuerzo de represión? ¿Cuál es el papel del psicoanálisis en esta operación? Para tal investigación, proponemos un diálogo entre la antropología de Viveiros de Castro y el concepto freudiano de Unheimliche. Con el apoyo de estos fundamentos teóricos, argumentaremos que Brasil es un país fundado en la experiencia unheimlich.<hr/>Il y a dix ans, la conférence anti-narcissique de Viveiros de Castro a été donnée et publiée. Plus qu'une simple synthèse des points centraux de sa perspective amérindienne, le texte est explicitement un manifeste pour la décolonisation de la pensée anthropologique et, implicitement, psychanalytique. En acceptant la provocation de l'auteur, le présent ouvrage suggère de positionner l'indigène comme l'étrange familier brésilien. Au cours des siècles jusqu'à nos jours, il y a eu un effort continu pour réprimer les peuples originaux comme l'un des axes de la formation de l'identité nationale. À partir de cette hypothèse, nous posons notre double question : quels attributs des indigènes déclenchent un tel effort de répression ? Quel est le rôle de la psychanalyse dans cette opération ? Pour une telle enquête, nous proposons un dialogue entre l'anthropologie de Viveiros de Castro et le concept freudien d'Unheimliche. Soutenus par ces fondements théoriques, nous soutiendrons que le Brésil est un pays fondé sur l'expérience unheimlich. <![CDATA[<b>Lacan, esteta? </b><b>Anotações sobre a clínica do real</b>]]> http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0486-641X2021000400016&lng=pt&nrm=iso&tlng=pt O objetivo deste ensaio é desenvolver a hipótese segundo a qual é possível ouvir uma estética na proposta ética da psicanálise lacaniana. Para tanto, será discutida a clínica do simbólico tal como delineada, sobretudo, no seminário A ética da psicanálise, para em seguida apresentar a clínica do real desde o seminário O sinthoma, na qual a problemática da escrita do gozo se radicaliza. No desenrolar do debate, pretende-se destacar como, progressivamente, Lacan aprofunda a experiência analítica enquanto poiesis, ato de criação, um gesto de abandono de uma "vontade de poder", no sentido foucaultiano, para a afirmação de uma "vontade de criação", para dizê-lo nietzschianamente, própria às artes, e portanto como o avesso da biopolítica, de uma ordem de controle dos corpos e da subjetividade.<hr/>The aim of this essay is to develop the hypothesis according to which it is possible to hear an aesthetic in the ethical proposal of Lacanian psychoanalysis. In order to do so, the symbolic clinic will be discussed as outlined in the seminar The ethics of psychoanalysis to then present the clinic of the real since the seminar The sinthome in which the problem of writing of jouissance is radicalized. In the course of the debate, it is intended to highlight how, progressively, Lacan deepens the analytical experience as an act of poiesis, creation, a gesture of abandonment of a "will of power", in the Foucauldian sense, for an affirmation of a "willingness to create", to put it in a Nietzschean way, as the reverse of biopolitics, of an order of control over bodies and subjectivity.<hr/>El objetivo de este ensayo es desarrollar la hipótesis de que es posible escuchar una estética en la propuesta ética del psicoanálisis lacaniano. Con este fin, se discutirá la clínica de lo simbólico, sobre todo, como se describe en el seminario La ética del psicoanálisis, y luego presentaremos la clínica de lo real desde el seminario Le sinthome en el que se radicaliza el problema de la escritura del goce. En el transcurso del debate, se pretende destacar cómo, progresivamente, Lacan profundiza en la experiencia analítica como poiesis, acto de creación, un gesto de abandono de una "voluntad de poder", en el sentido de Foucault, para una afirmación de una "voluntad de crear", en el sentido de Nietzsche, propio de las artes y, por lo tanto, como el reverso de la biopolítica, de un orden para controlar los cuerpos y la subjetividad.<hr/>L'objectif de cet essai est de développer l'hypothèse selon laquelle il est possible de s'entendre une proposition éthique de la psychanalyse lacanienne. Pour cela, on discutera de la clinique du symbolique telle qu'elle a été délinéée surtout pendant le séminaire L'éthique de la psychanalyse pour ensuite présenter la clinique du réel depuis le séminaire Le sinthome, dans laquelle la problématique de l'écriture de la jouissance se radicalise. Pendant le déroulement du débat, on a l'intention de souligner comment Lacan approfondit progressivement l'expérience analytique en tant que poïétique, ou poiesis, un acte de création, un geste d'abandon d'une « volonté de pouvoir » dans le sens foucaldien, vers une affirmation d'une « volonté de création » pour le dire à la façon nietzschéenne, propre aux arts et, donc telle que l'inverse de la biopolitique, d'un ordre de contrôle des corps et de la subjectivité. <![CDATA[<b>Liberdade e singularidade na transmissão da psicanálise</b>: <b>interminável desafio</b>]]> http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0486-641X2021000400017&lng=pt&nrm=iso&tlng=pt A questão da formação/transmissão em psicanálise abriga a discussão entre seu regramento e uniformidade ou sua liberdade e singularidade. Neste estudo, as possibilidades de liberdade e singularidade ficam relacionadas ao trabalho no grupo institucional em torno do quarto eixo (acrescentado ao clássico tripé da formação analítica), trocas e vivências subjetivas na instituição. Descreve-se, brevemente, a experiência de criação conjunta, a cada semestre, da planilha de seminários no Instituto de Psicanálise da Sociedade Brasileira de Psicanálise de Porto Alegre (modelo Eitingon) pelo grupo institucional. Considera-se que essa experiência permite o trabalho no quarto eixo nesse Instituto específico, fortalecendo as relações democráticas e ampliando as possibilidades de liberdade e singularidade na transmissão da psicanálise.<hr/>Since its very beginning, training x transmission in psychoanalysis holds the discussion between its specific ruling and uniformity or its freedom and singularity. In this study, the possibilities of freedom and singularity are related to the work at the institutional group about the fourth axis (added to the classic tripod of the analytical training, exchanges and experiences in the institution). The experience of a joint creation, every semester, of the seminar spreadsheets at the Institute of the Brazilian Psychoanalytical Society of Porto Alegre (Eitingon Model) is briefly described by the institutional group. This experience is considered to allow the work in the fourth axis in this specific Institute, strengthening the democratic relations in the institution and enhancing the possibilities of freedom and uniqueness in the psychoanalysis transmission.<hr/>Desde su inicio, la formación x transmisión en psicoanálisis engloba la discusión entre su regulación y uniformidad o su libertad y singularidad. En este estudio, las posibilidades de libertad y singularidad quedan relacionadas con el trabajo en el grupo institucional alrededor del cuarto eje (sumada a la clásica trípode de la formación analítica, intercambios y vivencias en la institución). Se describe, brevemente, la experiencia de la creación conjunta, cada semestre, de la programación de los seminarios en el Instituto de Psicoanálisis de la Sociedad Brasileña de Psicoanálisis de Porto Alegre (Modelo Eitingon) por el grupo institucional. Se considera que esta experiencia permite el trabajo en el cuarto eje, en este Instituto específico, fortaleciendo las relaciones democráticas en la institución y ampliando las posibilidades de libertad y singularidad en la transmisión del psicoanálisis.<hr/>La question de la formation versus la transmission en psychanalyse abrite la discussion entre le règlement et l'uniformité ou la liberté et la singularité. Dans cette étude, les possibilités de liberté et de singularité restent reliées au travail dans le groupe institutionnel autour du quatrième axe (ajouté au trépied classique de la formation analytique, échanges et expériences dans l'institution). On décrit brièvement l'expérience de création collective de la grille de séminaires menée à chaque semestre par le groupe institutionnel, à l'Institut de Psychanalyse de la Société brésilienne de Psychanalyse de Porto Alegre (Modèle Eitingon). On estime que cette expérience permet de travailler sur le quatrième axe au sein de cet Institut, tout en renforçant les relations démocratiques et élargissant les possibilités de liberté et de singularité dans la transmission de la psychanalyse. <![CDATA[<b>Uma poética do feminino</b>: <b>considerações sobre uma certa hora perigosa</b>]]> http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0486-641X2021000400018&lng=pt&nrm=iso&tlng=pt Entrelaçando fragmentos de uma experiência clínica com a narrativa de um dia na vida de Ana, personagem de um conto da escritora Clarice Lispector, a autora considera o feminino não como um adjetivo, uma qualidade, mas como um estado mental, algo não definitivo, não adquirido e perdido de forma absoluta; um estado mental fugidio que encarna o constitutivo do ser humano, isto é, o enigma da criação, a vida e a morte, o indizível, o mistério, a falta; o feminino como uma metáfora do sujeito na psicanálise, constituindo-se permanentemente na sustentação e no repúdio ao que espanta, fascina, causa horror e assombro.<hr/>Interweaving fragments of a clinical experience with the narrative of a day in the life of Ana, a character in a short story written by Clarice Lispector, the author considers the feminine not an adjective or a quality, but rather a mental state, something that is not definitive, not acquired and altogether lost; it is a fleeting mental state that embodies what constitutes the human being, that is to say, the enigma of creation, life and death, the unsayable, the mysterious, the lack; the feminine as a metaphor for the subject in psychoanalysis, which is permanently constituted in the support and repudiation of what frightens, fascinates, causes horror and dread.<hr/>Entrelazando fragmentos de una experiencia clínica con la narrativa de un día en la vida de Ana, personaje de un cuento de la escritora Clarice Lispector, la autora considera lo femenino no como un adjetivo, una cualidad, sino como un estado mental, algo no definitivo, no adquirido y perdido absolutamente; un estado mental fugaz que encarna lo que constituye el ser humano, es decir, el enigma de la creación, la vida y la muerte, lo indecible, el misterio, la carencia; lo femenino como metáfora del sujeto en psicoanálisis, constituyéndose permanentemente en el soporte y el rechazo de lo que asombra, fascina, provoca horror y asombro.<hr/>Entrelaçant des fragments d'une expérience clinique avec le récit d'une journée dans la vie d'Ana, le personnage d'une nouvelle de l'écrivaine Clarice Lispector, l'auteure considère que le féminin n'est pas un adjectif, une qualité, mais un état mental, quelque chose de non définitif, pas acquis et absolument perdu ; un état mental fugace qui incarne ce qui constitue l'être humain, c'est-à-dire, l'énigme de la création, la vie et la mort, l'indicible, le mystère, le manque ; le féminin comme métaphore du sujet en psychanalyse, se constituant en permanence dans le support et le rejet de ce qui étonne, fascine, fait horreur et stupéfaction. <![CDATA[<b>Finding the Piggle</b>: <b>reconsidering D. W. Winnicott's most famous child case</b>]]> http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0486-641X2021000400019&lng=pt&nrm=iso&tlng=pt Entrelaçando fragmentos de uma experiência clínica com a narrativa de um dia na vida de Ana, personagem de um conto da escritora Clarice Lispector, a autora considera o feminino não como um adjetivo, uma qualidade, mas como um estado mental, algo não definitivo, não adquirido e perdido de forma absoluta; um estado mental fugidio que encarna o constitutivo do ser humano, isto é, o enigma da criação, a vida e a morte, o indizível, o mistério, a falta; o feminino como uma metáfora do sujeito na psicanálise, constituindo-se permanentemente na sustentação e no repúdio ao que espanta, fascina, causa horror e assombro.<hr/>Interweaving fragments of a clinical experience with the narrative of a day in the life of Ana, a character in a short story written by Clarice Lispector, the author considers the feminine not an adjective or a quality, but rather a mental state, something that is not definitive, not acquired and altogether lost; it is a fleeting mental state that embodies what constitutes the human being, that is to say, the enigma of creation, life and death, the unsayable, the mysterious, the lack; the feminine as a metaphor for the subject in psychoanalysis, which is permanently constituted in the support and repudiation of what frightens, fascinates, causes horror and dread.<hr/>Entrelazando fragmentos de una experiencia clínica con la narrativa de un día en la vida de Ana, personaje de un cuento de la escritora Clarice Lispector, la autora considera lo femenino no como un adjetivo, una cualidad, sino como un estado mental, algo no definitivo, no adquirido y perdido absolutamente; un estado mental fugaz que encarna lo que constituye el ser humano, es decir, el enigma de la creación, la vida y la muerte, lo indecible, el misterio, la carencia; lo femenino como metáfora del sujeto en psicoanálisis, constituyéndose permanentemente en el soporte y el rechazo de lo que asombra, fascina, provoca horror y asombro.<hr/>Entrelaçant des fragments d'une expérience clinique avec le récit d'une journée dans la vie d'Ana, le personnage d'une nouvelle de l'écrivaine Clarice Lispector, l'auteure considère que le féminin n'est pas un adjectif, une qualité, mais un état mental, quelque chose de non définitif, pas acquis et absolument perdu ; un état mental fugace qui incarne ce qui constitue l'être humain, c'est-à-dire, l'énigme de la création, la vie et la mort, l'indicible, le mystère, le manque ; le féminin comme métaphore du sujet en psychanalyse, se constituant en permanence dans le support et le rejet de ce qui étonne, fascine, fait horreur et stupéfaction. <![CDATA[<b>Tempos de encontro</b>: <b>escrita, escuta, psicanálise</b>]]> http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0486-641X2021000400020&lng=pt&nrm=iso&tlng=pt Entrelaçando fragmentos de uma experiência clínica com a narrativa de um dia na vida de Ana, personagem de um conto da escritora Clarice Lispector, a autora considera o feminino não como um adjetivo, uma qualidade, mas como um estado mental, algo não definitivo, não adquirido e perdido de forma absoluta; um estado mental fugidio que encarna o constitutivo do ser humano, isto é, o enigma da criação, a vida e a morte, o indizível, o mistério, a falta; o feminino como uma metáfora do sujeito na psicanálise, constituindo-se permanentemente na sustentação e no repúdio ao que espanta, fascina, causa horror e assombro.<hr/>Interweaving fragments of a clinical experience with the narrative of a day in the life of Ana, a character in a short story written by Clarice Lispector, the author considers the feminine not an adjective or a quality, but rather a mental state, something that is not definitive, not acquired and altogether lost; it is a fleeting mental state that embodies what constitutes the human being, that is to say, the enigma of creation, life and death, the unsayable, the mysterious, the lack; the feminine as a metaphor for the subject in psychoanalysis, which is permanently constituted in the support and repudiation of what frightens, fascinates, causes horror and dread.<hr/>Entrelazando fragmentos de una experiencia clínica con la narrativa de un día en la vida de Ana, personaje de un cuento de la escritora Clarice Lispector, la autora considera lo femenino no como un adjetivo, una cualidad, sino como un estado mental, algo no definitivo, no adquirido y perdido absolutamente; un estado mental fugaz que encarna lo que constituye el ser humano, es decir, el enigma de la creación, la vida y la muerte, lo indecible, el misterio, la carencia; lo femenino como metáfora del sujeto en psicoanálisis, constituyéndose permanentemente en el soporte y el rechazo de lo que asombra, fascina, provoca horror y asombro.<hr/>Entrelaçant des fragments d'une expérience clinique avec le récit d'une journée dans la vie d'Ana, le personnage d'une nouvelle de l'écrivaine Clarice Lispector, l'auteure considère que le féminin n'est pas un adjectif, une qualité, mais un état mental, quelque chose de non définitif, pas acquis et absolument perdu ; un état mental fugace qui incarne ce qui constitue l'être humain, c'est-à-dire, l'énigme de la création, la vie et la mort, l'indicible, le mystère, le manque ; le féminin comme métaphore du sujet en psychanalyse, se constituant en permanence dans le support et le rejet de ce qui étonne, fascine, fait horreur et stupéfaction. <![CDATA[<b>Análise, teimosia do sintoma e migração</b>]]> http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0486-641X2021000400021&lng=pt&nrm=iso&tlng=pt Entrelaçando fragmentos de uma experiência clínica com a narrativa de um dia na vida de Ana, personagem de um conto da escritora Clarice Lispector, a autora considera o feminino não como um adjetivo, uma qualidade, mas como um estado mental, algo não definitivo, não adquirido e perdido de forma absoluta; um estado mental fugidio que encarna o constitutivo do ser humano, isto é, o enigma da criação, a vida e a morte, o indizível, o mistério, a falta; o feminino como uma metáfora do sujeito na psicanálise, constituindo-se permanentemente na sustentação e no repúdio ao que espanta, fascina, causa horror e assombro.<hr/>Interweaving fragments of a clinical experience with the narrative of a day in the life of Ana, a character in a short story written by Clarice Lispector, the author considers the feminine not an adjective or a quality, but rather a mental state, something that is not definitive, not acquired and altogether lost; it is a fleeting mental state that embodies what constitutes the human being, that is to say, the enigma of creation, life and death, the unsayable, the mysterious, the lack; the feminine as a metaphor for the subject in psychoanalysis, which is permanently constituted in the support and repudiation of what frightens, fascinates, causes horror and dread.<hr/>Entrelazando fragmentos de una experiencia clínica con la narrativa de un día en la vida de Ana, personaje de un cuento de la escritora Clarice Lispector, la autora considera lo femenino no como un adjetivo, una cualidad, sino como un estado mental, algo no definitivo, no adquirido y perdido absolutamente; un estado mental fugaz que encarna lo que constituye el ser humano, es decir, el enigma de la creación, la vida y la muerte, lo indecible, el misterio, la carencia; lo femenino como metáfora del sujeto en psicoanálisis, constituyéndose permanentemente en el soporte y el rechazo de lo que asombra, fascina, provoca horror y asombro.<hr/>Entrelaçant des fragments d'une expérience clinique avec le récit d'une journée dans la vie d'Ana, le personnage d'une nouvelle de l'écrivaine Clarice Lispector, l'auteure considère que le féminin n'est pas un adjectif, une qualité, mais un état mental, quelque chose de non définitif, pas acquis et absolument perdu ; un état mental fugace qui incarne ce qui constitue l'être humain, c'est-à-dire, l'énigme de la création, la vie et la mort, l'indicible, le mystère, le manque ; le féminin comme métaphore du sujet en psychanalyse, se constituant en permanence dans le support et le rejet de ce qui étonne, fascine, fait horreur et stupéfaction. <![CDATA[<b>Psicanálise</b>: <b>de Bion ao prazer autêntico</b>]]> http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0486-641X2021000400022&lng=pt&nrm=iso&tlng=pt Entrelaçando fragmentos de uma experiência clínica com a narrativa de um dia na vida de Ana, personagem de um conto da escritora Clarice Lispector, a autora considera o feminino não como um adjetivo, uma qualidade, mas como um estado mental, algo não definitivo, não adquirido e perdido de forma absoluta; um estado mental fugidio que encarna o constitutivo do ser humano, isto é, o enigma da criação, a vida e a morte, o indizível, o mistério, a falta; o feminino como uma metáfora do sujeito na psicanálise, constituindo-se permanentemente na sustentação e no repúdio ao que espanta, fascina, causa horror e assombro.<hr/>Interweaving fragments of a clinical experience with the narrative of a day in the life of Ana, a character in a short story written by Clarice Lispector, the author considers the feminine not an adjective or a quality, but rather a mental state, something that is not definitive, not acquired and altogether lost; it is a fleeting mental state that embodies what constitutes the human being, that is to say, the enigma of creation, life and death, the unsayable, the mysterious, the lack; the feminine as a metaphor for the subject in psychoanalysis, which is permanently constituted in the support and repudiation of what frightens, fascinates, causes horror and dread.<hr/>Entrelazando fragmentos de una experiencia clínica con la narrativa de un día en la vida de Ana, personaje de un cuento de la escritora Clarice Lispector, la autora considera lo femenino no como un adjetivo, una cualidad, sino como un estado mental, algo no definitivo, no adquirido y perdido absolutamente; un estado mental fugaz que encarna lo que constituye el ser humano, es decir, el enigma de la creación, la vida y la muerte, lo indecible, el misterio, la carencia; lo femenino como metáfora del sujeto en psicoanálisis, constituyéndose permanentemente en el soporte y el rechazo de lo que asombra, fascina, provoca horror y asombro.<hr/>Entrelaçant des fragments d'une expérience clinique avec le récit d'une journée dans la vie d'Ana, le personnage d'une nouvelle de l'écrivaine Clarice Lispector, l'auteure considère que le féminin n'est pas un adjectif, une qualité, mais un état mental, quelque chose de non définitif, pas acquis et absolument perdu ; un état mental fugace qui incarne ce qui constitue l'être humain, c'est-à-dire, l'énigme de la création, la vie et la mort, l'indicible, le mystère, le manque ; le féminin comme métaphore du sujet en psychanalyse, se constituant en permanence dans le support et le rejet de ce qui étonne, fascine, fait horreur et stupéfaction.