Scielo RSS <![CDATA[Revista Brasileira de Psicanálise]]> http://pepsic.bvsalud.org/rss.php?pid=0486-641X20080001&lang=pt vol. 42 num. 1 lang. pt <![CDATA[SciELO Logo]]> http://pepsic.bvsalud.org/img/en/fbpelogp.gif http://pepsic.bvsalud.org <![CDATA[<b>D. W. Winnicott em questão</b>]]> http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0486-641X2008000100001&lng=pt&nrm=iso&tlng=pt <![CDATA[<b>Carlos Vogt</b>: <b>entrevista</b>]]> http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0486-641X2008000100002&lng=pt&nrm=iso&tlng=pt <![CDATA[<b>Possíveis ressonâncias</b>: <b>comentário à entrevista de Carlos Vogt</b>]]> http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0486-641X2008000100003&lng=pt&nrm=iso&tlng=pt <![CDATA[<b>Psicanálise e poesia</b>: <b>comentários à entrevista de Carlos Vogt</b>]]> http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0486-641X2008000100004&lng=pt&nrm=iso&tlng=pt <![CDATA[<b>Por uma psicanálise bem temperada</b>]]> http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0486-641X2008000100005&lng=pt&nrm=iso&tlng=pt A autora procura demonstrar que o paradigma da psicanálise se alicerça nos conceitos de inconsciente, pulsão, transferência e repetição. Aqueles que acolheram o legado freudiano admitem também, que a atividade de simbolização representa a marca do humano, ainda que estejam em desacordo quanto aos caminhos trilhados para concebê-la. Winnicott alargou os limites da clínica psicanalítica ao descrever um espaço- nem externo nem interno, nem eu nem não-eu, uma transição entre o subjetivamente concebido e o objetivamente percebido- onde se cria o eu e o mundo, domínio do simbólico e berço da cultura. Para ele, nossa tarefa se faz nesse espaço. Trata-se de um jogo em que o sujeito é pensado como um permanente “tornar-se”. Tal concepção da clínica é especialmente eficiente em pacientes psicóticos ou borderlines, pacientes cujo sofrimento psíquico está além do conflito edipiano, refletindo a impossibilidade de constituição do próprio eu.<hr/>La autora ha buscado enseñar que el paradigma del psicoanálisis tiene como sostén los conceptos de inconsciente, pulsión, transferencia y repetición. Aquellos que han aceptado el legado freudiano admiten, también, que la actividad de simbolización representa la huella del humano, aunque estén en desacuerdo cuanto a los caminos recogidos para concebirla. Winnicott alargó los límites de la clínica psicoanalítica cuando describió un espacio- ni externo ni interno, ni yo ni no-yo, una transición entre lo subjetivamente concebido y lo objetivamente percibido- donde uno cría el yo y el mundo, dominio del simbólico y cuna de la cultura. Para el, nuestra tarea es hecha en ese espacio; es un juego en el que el sujeto es pensado como un permanente “volverse”. Tal concepción de la clínica es especialmente eficiente en pacientes psicóticos o borderlines, pacientes cuyo sufrimiento psíquico está mas allá del conflicto edipiano, reflejando la imposibilidad de constitución del propio yo.<hr/>The author aims to show that the paradigm of psychoanalysis is based on the concept of unconscious, instinct, transference and repetition. Those who have welcomed Freud’s legacy admit, also, that the activity of symbolization represents the sign of human, even if they could disagree about the pathways followed in its conceiving. Winnicott has enlarged the limits of psychoanalytical clinics when he described a space- neither external nor internal, neither me nor not-me, a transition between what’s subjectively conceived and what’s objectively perceived- where one creates the self and the world, domain of the symbolical and source of the culture. For him, our task is built in such space; it’s a game where the subject is thought as a permanent “going on being”. Such conceiving of clinics is especially efficient with psychotic patients or borderlines, patients whose psychic suffering is beyond the Oedipian conflict, reflecting the impossibility of constitution of their own self. <![CDATA[<b>Sobre a depressão pura</b>]]> http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0486-641X2008000100006&lng=pt&nrm=iso&tlng=pt Esta é uma revisão bibliográfica que trata da teoria psicológica de D. W. Winnicott sobre a depressão, em sua relação com a capacidade de preocupação com o outro. Realiza-se uma abordagem dos artigos que se referem às formas pura e impura da depressão. A finalidade é demonstrar os pressupostos do autor quanto à existência de processos mentais derivados da relação mãe-bebê e ligados à integração da crueldade primária necessária ao estabelecimento da capacidade de preocupação e reconhecimento da alteridade.<hr/>Se trata de una labor de revisión de la literatura acerca de la teoría psicológica de D. W. Winnicott sobre la depresión en su relación con la capacidad de preocupación por los demás. Tiene un enfoque de los artículos que se refieren a las maneras pura y impura de la depresión, con lo propósito de demostrar la hipótesis del autor sobre la existencia de procesos mentales derivados de la relación madre-bebé y vinculada a la integración primaria de la crueldad necesaria para el establecimiento de la capacidad de preocupación y el reconocimiento de la alteridad.<hr/>This paper is a literature review conducted in the work of D. W. Winnicott about his theory on the psychological depression, in its relationship with the capacity for concern with the other. It holds an approach the articles that refer ways of pure and impure depression. A purpose is to demonstrate the assumptions of the author on the existence of mental processes derived from the mother-baby and linked to integration of primary cruelty necessary for the establishment of capacity for concern and recognition of otherness. <![CDATA[<b>Paradoxo</b><b>, objeto transicional e fetiche</b>]]> http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0486-641X2008000100007&lng=pt&nrm=iso&tlng=pt Tomando como ponto de partida a afirmação de que “em nenhum campo cultural é possível ser original, exceto numa base de tradição” (“d. w. w. por d. w. w”, 1967), este artigo visa rastrear a produção de autores contemporâneos de Winnicott e reconhecer possíveis influências que teriam contribuído para a “invenção” dos conceitos de objeto transicionale espaço potencial. Busca-se também, desta forma, neste vértice, trazer subsídios para a discussão sobre a possibilidade de a clínica e a teoria desenvolvidas por Winnicott constituírem um novo paradigma dentro do campo psicanalítico.<hr/>Tomando como punto de partida la aserción de que “no existe campo cultural en lo cual sea posible ser original excepto en la base de la tradición” (“d. w. w. por d. w. w”, 1967), este artículo tiene por objetivo rastrear la producción de autores contemporáneos de Winnicott y así comparar posibles influencias para la “invención” de los conceptos de “objeto transicional” y “espacio potencial”. Buscamos así, de esta forma, desde este punto de vista, traer subsidios para la discusión sobre la posibilidad de la clínica y la teoría propuestas por Winnicott formar un nuevo paradigma dentro del campo psicoanalítico.<hr/>Considering Winnicott’s thinking “in any cultural field it is not possible to be original except on a basis of tradition” (“d. w. w. by d. w. w”), this paper aims to follow the tracks of Winnicott’s contemporary authors and to delineate possible influences that could have contributed to the “invention” of the concepts of “transicional objects” and “potential space”. We looking for in this way, under this vertice, to bring informations to the discussion about the possibilities of the clinics and theories developed by Winnicott to make an new paradigm in the psychoanalytic field. <![CDATA[<b>O início do trabalho do paradoxo na clínica psicanalítica</b>]]> http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0486-641X2008000100008&lng=pt&nrm=iso&tlng=pt A autora contextualiza a noção de paradoxo em diferentes disciplinas, reservando-a tal como usada por Winnicott para o final do trabalho, depois de apresentar um relato clínico sobre uma menina de 9 anos em pleno processo de dar início ao pensamento paradoxal. Bia, ao iniciar o tratamento, encontrava-se em franco surto psicótico. A analista se propõe ficar o mais próxima possível da vidaexpressa pela criança durante a sessão, para tentar colher o que de mais singular e criativo existe na comunicação da paciente. A autora se vale da sistematização dos paradoxos winnicottianos realizada por Roussillon, que considera o paradoxo do “encontrado-criado” um facilitador da maturação. É esse paradoxo do “encontrado-criado” que está em jogo na sessão aqui relatada.<hr/>Se trata en este trabajo de exponer el inicio del funcionar de la paradoja en la clínica. És descrita una sesión de una niña de 9 años, la cual había llegado al consultorio con un brote psicótico dos años antes. La analista hace comentarios sobre lo que pasaba en su mente, antes o luego de sus interpretaciones, a fin de aprender la vida del proceso analítico. La idea de la paradoja está puesta como Winnicott la utiliza. És el testimonio clínico de la paradoja del “creado-encontrado” que se presenta en el material clínico.<hr/>This paper intends to deal with the way Winnicott uses the notion of paradox in psychoanalytic work. Clinical material of a 9 years old girl shows the way how analytic process creates paradox functionning. The patient was in a psychotic onset when she came to psychoanalysis. During some time, she presented delusions and imaginary friends. Bit by bit, she becomes more obsessive, nevertheless starts to relate and play with the analyst. The session here exposed is a trial of Bia experiencing paradox mode. In this case, the kind of paradox is the well-known paradox of “finding-creating” the object. At the end, the author traces some theory on paradox following Roussillon’s ideas within his systematic study on paradox in psychoanalysis. <![CDATA[<b>As principais contribuições de Winnicott à prática clínica</b>]]> http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0486-641X2008000100009&lng=pt&nrm=iso&tlng=pt O trabalho de Winnicott abre-nos possibilidades de analisar pacientes difíceis, com a teoria do “amadurecimento pessoal” e o uso dos fenômenos de “regressão à dependência” na interação paciente/analista, que fornece o holdingnecessário e deve decidir quando falar e quando silenciar, particularmente nas situações de “descongelamento” do trauma, quando a aceitação das críticas do paciente às falhas do analista, sem revidar ou se justificar, é um importante elemento de retomada do desenvolvimento, sobretudo em casos de pacientes bordelines, esquizóides e narcísicos graves, nos quais o mais importante é a “sobrevivência do analista”.<hr/>El trabajo de Winnicott abre posibilidades de analizar pacientes difíciles, con la teoría de la “maduración personal” y el uso de los fenómenos de “regresión a la dependencia” en la interacción paciente y analista, que ofrece el holding necesario y debe decidir cuando hablar y cuando silenciar, particularmente en las situaciones de “descongelamiento” del trauma, cuando la aceptación de las críticas del paciente a las fallas del analista, sin retrucar o justificarse, es un elemento importante de retomada del desarrollo, sobre todo en los casos de pacientes bordelines, esquizoides y narcísicos graves, donde lo más importante es la “supervivencia del analista”.<hr/>Winnicott offers possibilities of analysing difficult patients, with theory on “personal maturation” and the usage of “regression to dependence” phenomenon in the interaction between patient and analyst, which supplies the necessary “holding” and has to decide when to speak and when to be silent, mainly in trauma “defrosting” situations, in which acceptance of patient’s criticism towards the analyst’s faults, lacking revenge or justification, is an important element for reconducting development, mainly in cases of borderline, schizoid and severely narcissistic patients, where the most important aspect is the “analyst’s survival”. <![CDATA[<b>O corpo e os <i>Demônios da loucura</i></b>: <b>sobre a teoria psicossomática de Winnicott</b>]]> http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0486-641X2008000100010&lng=pt&nrm=iso&tlng=pt A autora estuda um personagem de Aldous Huxley no livro Demônios da loucura. Nesse texto, misto de ensaio histórico e ficção, Huxley aborda o processo de endemoninhamento das freiras ursulinas de Loudun, dando destaque ao padre exorcista Jean Joseph Surin. Surin adoece, padecendo por vinte anos de transtornos psicossomáticos. A autora analisa os seus sintomas à luz da teoria psicossomática de Winnicott, aplicando, em especial, as idéias sobre as bases para o selfno corpo.<hr/>La autora estudia un personaje de Aldous Huxley en su libro Los demonios de Loudun. En el texto, mescla de ensayo histórico y ficcional, Huxley trata sobre el proceso de endemoniamiento de las monjas ursulinas de Loudun, destacando el padre exorcista Jean Joseph Surin. Surin se enferma, padecendo durante veinte años, de transtornos psicosomáticos. La autora analisa sus síntomas a la luz de la teoría psicosomática de Winnicott, usando en especial sus ideas sobre las bases para el self en el cuerpo.<hr/>The author studies a character in Aldous Huxley’s Devils of Loudun, a semi-fictional essay. Huxley approaches the subject of the possession of nuns from the Loudun convent by the devils, and their exorcism, giving special emphasis to the exorcist priest Jean-Joseph Surin. Surin becomes ill, suffering psychosomatic ailments for twenty years. The author analyses these diseases in the light of Winnicott’s psychosomatic theory, applying mostly his ideas about the basis of the self in the body. <![CDATA[<b>Transferência e contratransferência</b>: <b>a clínica viva</b>]]> http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0486-641X2008000100011&lng=pt&nrm=iso&tlng=pt Neste trabalho, a articulação entre transferência e contratransferência destaca o campo psicanalítico como expressão viva do encontro humano. A abrangência e a complexidade do tema são abordadas na perspectiva de diversos autores psicanalíticos. Da tradição à contemporaneidade, percorremos um vasto território conceitual, ratificando, desde a descoberta por Freud, o vigor desse fenômeno relacional que desafia ativamente a continuidade do processo analítico. Buscamos destacar a vivacidade e a importância do manejo dessa experiência como aspectos fundamentais à manutenção e à expansão da prática psicanalítica no mundo atual. Daí se origina um percurso que vai da ontologia à constituição do psiquismo como questão do humano na modernidade.<hr/>En este trabajo, la articulación entre transferencia y contratransferencia destaca el campo psicoanalítico como expresión viva del encuentro humano. En este sentido, lo que abarca y la complejidad del tema lo trata a través de la perspectiva de diversos autores psicoanalíticos. Desde los tradicionales hasta los contemporáneos, recorrimos un basto territorio conceptual, ratificando, desde la descubierta de Freud, el vigor de este fenómeno relacional que desafía activamente la continuidad del proceso analítico. De esta forma, tratamos de destacar la vivacidad y la importancia del manejo de esta experiencia como fundamental para la manutención y la expansión de la práctica psicoanalítica en el mundo actual. De allí se origina un recorrido que va desde la ontología a la constitución del psiquismo como una cuestión de lo humano en la modernidad.<hr/>In this paper, the articulation between transference and countertransference highlights the psychoanalytic field as a live expression of the human encounter. The complexity of the subject is approached from the perspective of several psychoanalytic authors. From tradition to the contemporary, a vast conceptual territory is traveled, ratifying, since Freud’s discovery, the vigor of this relational phenomenon that actively challenges the continuity of the analytic process. We seek to highlight the vivacity and the importance of handling this experience as fundamental for maintaining and expanding psychoanalytic practice in today’s world. From there, a path originates going from ontology to the constitution of the psyche as a human issue in modernity. <![CDATA[<b>A capacidade de estar vivo</b>]]> http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0486-641X2008000100012&lng=pt&nrm=iso&tlng=pt Este trabalho, ilustrado com casos clínicos, busca acompanhar o desenvolvimento e a expressão da capacidade de estar vivo nas várias etapas do amadurecimento, segundo a teoria de Winnicott. O tema se expande para realçar as implicações que tem com a experiência corporal, emocional e afetiva, até alcançar questões relativas à ambivalência de paciente e analista quanto à capacidade de estar vivo.<hr/>Este trabajo, ilustrado con casos clínicos, trata de acompañar el desarrollo y la expresión de la capacidad de estar vivo en las varias etapas del madurar. Utilizando la teoría de Winnicott, el tema se expande, para destacar las implicaciones que tiene con la experiencia corporal, emocional y afectiva, hasta llegar en cuestiones relativas a la ambivalencia del paciente y del analista teniendo en cuenta la capacidad de estar vivo.<hr/>Illustrated by two clinical cases, this paper’s attempt is to accompany the development and expression of the capacity of being alive in several stages of maturation. The theme is expanded by referring to Winnicott’s theory in order to outline its implications with bodily, emotional and affective experience up to the point where it reaches issues related to the patient’s and analyst’s ambivalence keeping in mind the capacity of being alive. <![CDATA[<b>O brincar como modelo do método de tratamento psicanalítico</b>]]> http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0486-641X2008000100013&lng=pt&nrm=iso&tlng=pt O autor mostra que o tratamento psicanalítico, do ponto de vista de Winnicott, tem um modelo clínico diferente do modelo freudiano e kleiniano. Esse modelo se torna mais claramente visível caso utilizemos, para compreensão geral das propostas e diferenças entre esses autores, a noção de paradigma tal como a formulou Thomas Kuhn. Ao explicitar as características da matriz paradigmática da psicanálise tradicional, podemos focar a atenção num dos elementos dessa matriz- o que diz respeito ao modelo heurístico para a prática de resolução de problemas (clínicos) na psicanálise- e, analisando a obra de Winnicott, distinguir, de um lado, um método de tratamento que tem na interpretação e no desvelamento dos conflitos inconscientes (referidos à sexualidade e ao complexo de Édipo) o seu guia, e, de outro lado, um modelo clínico psicanalítico que tem o seu telosno brincar, na criatividade e no encontro de si mesmo.<hr/>El autor mostra que el tratamiento psicoanalítico, del punto de vista de Winnicott, tiene un modelo clínico diferente del modelo freudiano y kleiniano. Este modelo es más claramente visible en el caso de que utilicemos, para comprensión general de las propuestas y diferencias entre estos autores, la noción de paradigma, tal como la formuló Thomas Khun. Al explicar las características de la matriz paradigmática del psicoanálisis tradicional, podemos focalizar nuestra atención en uno de los elementos de esta matriz- lo que se refiere al modelo heurístico para la práctica de resolución de problemas (clínicos) en el psicoanálisis- y, analizando la obra de Winnicott, diferenciar, de una parte, un método de tratamiento que tiene en la interpretación y el desvencijar de los conflictos inconscientes (referidos a la sexualidad y al complejo de Édipo) su guía, y de otra parte un modelo clínico psicoanalítico que tiene su telos en el juego en sí, en la creatividad y en el encuentro de sí mismo.<hr/>The purpose of this paper is to show that the psychoanalytical treatment, from Winnicott’s perspective, offers a clinical model different from Freud’s and Klein’s. To have a global understanding of these authors’ objectives and differences, this model can be more clearly seen if we use the idea of paradigm as it was elaborated by Thomas Kuhn. By specifying the characteristics of the paradigmatic matrix of the traditional psychoanalysis, we can focus our attention on one of the elements of this matrix- which concerns the heuristic model for (clinical) problem solving purposes in psychoanalysis-, and by analyzing Winnicott’s work, we can distinguish a method of treatment which is based on the interpretation and unveiling of unconscious conflicts (sexuality and the Œdipus complex) from another type of psychoanalytical clinical model which has its telos in playing, creativity and meeting oneself. <![CDATA[<b>O paradigma winnicottiano e o futuro da psicanálise</b>]]> http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0486-641X2008000100014&lng=pt&nrm=iso&tlng=pt Depois de apresentar os desafios atuais com que se defronta a psicanálise, este trabalho analisa as respostas a esses desafios que foram ou poderiam ser utilizadas pelos psicanalistas. Tendo feito a exposição da resposta conservadora, que consiste em defender a metapsicologia de Freud, e da assimilativa, que inclui a psicanálise na federação das ciências cognitivas e na aceitação da metapsicologia cognitivista, o texto apresenta a resposta por mudança paradigmática, contida na obra de Winnicott.<hr/>Después de presentar los desafíos actuales con los cuales se depara el psicoanálisis, el presente trabajo analiza las respuestas a esos desafíos que fueron o podrían haber sido usados por psicoanalistas. Exponiendo la respuesta conservadora, que consiste en defender la metapsicología de Freud, y la asimilativa, que incluye el psicoanálisis en la federación de las ciencias cognitivas y en la aceptación de la metapsicología cognitivista, el texto presenta la respuesta por un cambio paradigmático, contenido en la obra de Winnicott.<hr/>After displaying the present challenges which psychoanalysis is faced with, this paper analyses the responses to such challenges that have or could have been utilized by psychoanalysts. Having made a conservative response exhibit which consists in defending Freud’s metapsychology and the assimilative one, which includes psychoanalysis in the cognitive sciences’ confederation and in the acceptance of cognitivist metapsychology, the text presents the response to the paradigmatic change contained in Winnicott’s work. <![CDATA[<b>O não-interpretar</b>: <b>algumas considerações sobre a contribuição de M. Balint e dois fragmentos clínicos</b>]]> http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0486-641X2008000100015&lng=pt&nrm=iso&tlng=pt Neste ensaio são apresentados dois sonhos extraídos de duas distintas situações clínicas. De acordo com o autor, esses sonhos exemplificam a interferência potencial que, em certas condições e em certos momentos da análise, a atividade interpretativa do analista pode representar em relação ao processo íntimo e criativo do analisando. Em seguida o autor propõe uma rota de discussão através de tópicos muito particulares, embora negligenciados, do trabalho de Balint. Isso é feito para evidenciar uma tradição técnica e clínica que toma como agentes de mudança psíquica a tolerância do paciente à regressão e o não-interpretar do analista, a par da interpretação.<hr/>En este ensayo se presentan dos sueños extraídos de dos distintas situaciones clínicas. De acuerdo con el autor estos sueños ejemplifican la potencial interferencia que, en ciertas condiciones y en ciertos momentos del análisis, la actividad interpretativa del analista puede representar en relación al proceso íntimo y creativo del analizando. En seguida, el autor propone un trayecto de discusión a través de tópicos particulares, a pesar de negligenciados, del trabajo de Balint. Esto lo hace para destacar una tradición técnica y clínica que toma como agentes mutativos del cambio psíquico la tolerancia del paciente a la regresión y el non interpretar del analista, a la par del interpretar.<hr/>In this paper two dreams from two diff erent clinical instances are presented. According to the author, these exemplify the potential interference that, in certain conditions and in certain moments of the analysis, the analyst’s interpretive activity may represent with regard to the analysand’s creative and intimate processes. Subsequently, a route through some particular topical, though neglected, aspects of Balint’s work is propounded. So the author highlights a technical and clinical tradition which attributes the dignity of mutative agents of psychic change to the patient’s tolerance of regression and the analyst’s not interpreting, on a par with interpretation. http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0486-641X2008000100016&lng=pt&nrm=iso&tlng=pt Neste ensaio são apresentados dois sonhos extraídos de duas distintas situações clínicas. De acordo com o autor, esses sonhos exemplificam a interferência potencial que, em certas condições e em certos momentos da análise, a atividade interpretativa do analista pode representar em relação ao processo íntimo e criativo do analisando. Em seguida o autor propõe uma rota de discussão através de tópicos muito particulares, embora negligenciados, do trabalho de Balint. Isso é feito para evidenciar uma tradição técnica e clínica que toma como agentes de mudança psíquica a tolerância do paciente à regressão e o não-interpretar do analista, a par da interpretação.<hr/>En este ensayo se presentan dos sueños extraídos de dos distintas situaciones clínicas. De acuerdo con el autor estos sueños ejemplifican la potencial interferencia que, en ciertas condiciones y en ciertos momentos del análisis, la actividad interpretativa del analista puede representar en relación al proceso íntimo y creativo del analizando. En seguida, el autor propone un trayecto de discusión a través de tópicos particulares, a pesar de negligenciados, del trabajo de Balint. Esto lo hace para destacar una tradición técnica y clínica que toma como agentes mutativos del cambio psíquico la tolerancia del paciente a la regresión y el non interpretar del analista, a la par del interpretar.<hr/>In this paper two dreams from two diff erent clinical instances are presented. According to the author, these exemplify the potential interference that, in certain conditions and in certain moments of the analysis, the analyst’s interpretive activity may represent with regard to the analysand’s creative and intimate processes. Subsequently, a route through some particular topical, though neglected, aspects of Balint’s work is propounded. So the author highlights a technical and clinical tradition which attributes the dignity of mutative agents of psychic change to the patient’s tolerance of regression and the analyst’s not interpreting, on a par with interpretation.