Scielo RSS <![CDATA[Revista Brasileira de Psicanálise]]> http://pepsic.bvsalud.org/rss.php?pid=0486-641X20080003&lang=pt vol. 42 num. 3 lang. pt <![CDATA[SciELO Logo]]> http://pepsic.bvsalud.org/img/en/fbpelogp.gif http://pepsic.bvsalud.org <![CDATA[<b>Construções</b>]]> http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0486-641X2008000300001&lng=pt&nrm=iso&tlng=pt <![CDATA[<b>Carlos Fajardo</b>: <b>entrevista</b>]]> http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0486-641X2008000300002&lng=pt&nrm=iso&tlng=pt <![CDATA[<b>Professor e artista plástico</b>: <b>comentário à entrevista</b>]]> http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0486-641X2008000300003&lng=pt&nrm=iso&tlng=pt Em torno das ponderações de Carlos Fajardo sobre sua própria história e sobre a arte contemporânea, o autor destaca a presença do professor e suas aproximações entre a arte e os processos de subjetivação do homem do século xxi.<hr/>Alrededor de las ponderaciones de Carlos Fajardo sobre su propia historia y sobre el arte contemporáneo, el autor destaca la presencia del profesor y de sus correspondencias entre el arte y los procesos de la subjetividad humana del siglo xxi.<hr/>Around the weightings of Carlos Fajardo on its own history and about contemporary art, the author highlights the presence of the teacher and his correspondences between the art and the processes of the human subjectivity of the xxi century. <![CDATA[<b>Reflexões sobre uma “sessão instalação”</b>: <b>comentário à entrevista</b>]]> http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0486-641X2008000300004&lng=pt&nrm=iso&tlng=pt A autora faz algumas reflexões a partir da idéia de que a arte reflete os procedimentos culturais de cada instante e que a psicanálise está inserida no mesmo contexto histórico cultural a arte contemporânea pode estar mais próxima do que se tem pensado na psicanálise. A conceituação do artista sobre a “instalação” - “uma organização espacial em que as coisas acontecem só e quando definitivamente se entra nela” - permite um paralelo com a clínica psicanalítica, aqui ilustrada por uma vinheta chamada “sessão instalação”.<hr/>El autor hace algunas reflexiones a partir de la idea de que el arte refleja la cultura de los procedimientos de cada momento y que el psicoanálisis se inserta en el contexto histórico y en la cultura el arte contemporáneo puede venir más cerca que pensamos en el psicoanálisis. El concepto de lo artista de instalación “una organización espacial en el que las cosas suceden, y sólo cuando se llega finalmente que permite un paralelismo con la clínica psicoanalítica, ilustrado por una viñeta clínica llamada “sesión instalación”.<hr/>The author makes some reflections inside the idea that art reflects the cultural procedures of each moment, and that psychoanalysis is embedded in the historical context culture a contemporary art can come closer than we thought in psychoanalysis. The concept of the artist on “installation” “a spatial organization in which things happen, and only when it finally comes, it allows a parallel with the clinical psychoanalytic, illustrated by a clinical vignette called “installation session”. <![CDATA[<b>Construção com fim, construção sem fim</b>]]> http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0486-641X2008000300005&lng=pt&nrm=iso&tlng=pt Este artigo tem como objetivo apresentar uma condensação de algumas das idéias desenvolvidas por J. Press em seu rapport para o 68º Congresso dos Psicanalistas de Língua Francesa, que teve como tema “Construções em Análise”. O reconhecimento da dimensão trágica implicada no movimento de fuga em relação a núcleos impensáveis, bem como de suas fortes implicações no jogo transferência/contratransferência, é o ponto de partida para a autora repensar a clínica e as referências metapsicológicas no trabalho com pacientes ditos difíceis, com patologias não-neuróticas psicossomáticas e borderline.<hr/>Este artículo tiene como objetivo presentar una condensación de algunas ideas desarrolladas por J. Press en su rapport para el 68º Congreso de Psicoanalistas de Lengua Francesa, que tuvo como tema “Construcciones en Análisis”. El reconocimiento de la dimensión trágica implicada en el movimiento de fuga en relación a núcleos impensables, bien como sus fuertes implicaciones en el juego transferencia/contratransferencia, son el punto de partida para el autor repensar la clínica y las referencias metapsicológicas en su trabajo con pacientes llamados difíciles, patologías no-neuróticas psicosomáticas y borderline.<hr/>This paper’s goal is to present a condensation of some ideas developed by J. Press in his “rapport” at the 68th French Language Psychoanalysts Conference, that had “Constructions in Analysis” as its main theme. The recognition of the tragic dimension in the escape movement related to unthinkable nucleus as well as strong implications in the transference/countertransference game are the author’s starting point in order to re-think the clinic and metapsychological references in working with so-called difficult patients, non-neurotic psychosomatic pathologies and borderline patients. <![CDATA[<b>Construções em psicossomática psicanalítica</b>]]> http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0486-641X2008000300006&lng=pt&nrm=iso&tlng=pt Tendo como referência os relatórios de Michelle Bertrand e Jacques Press apresentados no 68º Congresso de Psicanalistas de Língua Francesa, em Genebra, o autor nos mostra como se dá a construção na análise dos pacientes psicossomáticos, focalizando particularmente a trama transferência-contratransferência.<hr/>Usando como referencia los relatos de Michelle Bertrand y de Jacques Press, que fueron presentados en el 68º. Congreso de Psicoanalistas de Lengua Francesa, en Ginebra, el autor nos muestra como ocurre la construcción, en el análisis, de los pacientes psicosomáticos, focalizando particularmente la trama transferencial-contratransferencial.<hr/>Taking as references Michelle Bertrand’s and Jacques Press’ reports, which were presented in the 68th Congress of French Speaking Psychoanalysts, in Geneva, the author shows the way in which constructions in analysis occur in psychosomatic patients, particularly focusing the transference-counter-transference weave. <![CDATA[<b>Construções em psicanálise</b>: <b>alguns comentários</b>]]> http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0486-641X2008000300007&lng=pt&nrm=iso&tlng=pt Este artigotenta levantar, para discussão, alguns pontos do trabalho apresentado por Michele Bertrand no 68º Congresso de Psicanalistas de Língua Francesa. São enfatizadas questões ligadas aos conceitos de reconstrução e de construção, especialmente às idéias privilegiadas por Bertrand a partir dos anos 1980, de R. Schafer e D. Spence, em relação à verdade narrativa e à construção narrativa. São levantados também outros pontos que visam chamar atenção para uma postura muito teórica e pouco clínica de Bertrand. Vários autores são trazidos para a discussão e são feitas algumas críticas, especialmente em relação ao que é denominado por ela de “trabalho em profundidade”.<hr/>El texto que presento aquí, trata de levantar algunos puntos del trabajo de Michele Bertrand para que sean discutidos. Son enfatizadas cuestiones ligadas a los conceptos de re construcción y de construcción, especialmente las ideas privilegiadas por Bertrand, a partir de los años 80, de R. Schafer y de D. Spence, en relación a la verdad narrativa y a la construcción narrativa. Son levantados también otros puntos, tratando de llamar la atención para una posición muy teórica y poco clínica de la autora, lo que de cierta forma dificulta la lectura del trabajo. Varios autores son mencionados y discutidos por la autora del trabajo, que hace algunas críticas, especialmente en relación a lo denominado por ella de trabajo en profundidad.<hr/>The text here presented attempts to raise for discussion some aspects from Michele Bertrand’s paper. Issues related to re-construction and construction are enphasized, especially to ideas priviledged by Bertrand in the beginning of the 80s, from R. Schafer and D. Spence in respect to the narrative truth and to the narrative construction. Some other issues are also raised, trying to call one’s attention to the author’s extremely theorical and little clinical stance, which somehow leads to difficulty reading the paper. Several authors are mentioned and brought to discussion by this author, some critics are made especially in relation to what is named by her as work in depth. <![CDATA[<b>Construções em análise hoje</b>: <b>a concepção freudiana ainda é válida?</b>]]> http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0486-641X2008000300008&lng=pt&nrm=iso&tlng=pt A autora apresenta uma revisão do conceito de construção em análise, talhado por Freud em 1937, articulando-o com questões metapsicológicas e com questões da psicanálise contemporânea. Para isso, bebe na fonte da psicanálise francesa, através de Viderman, A. Green, J. L. Donnet, R. Roussillon, C. e S. Botella e outros. Coloca em debate a possibilidade de pensarmos construções primeiras em análise; à diferença da construção proposta por Freud feita a partir de material da pré-história do paciente , elas existiriam e se constituiriam a partir da relação com o analista, a qual, através do processo e do vínculo proporcionado por este, permitiria novas construções, novas tessituras psíquicas que poderiam ocupar o que antes era o vazio.<hr/>El autor presenta una revisión del concepto de construcción en análisis, tallado por Freud en 1937, articulándolo con cuestiones metapsicológicas y con cuestiones del psicoanálisis contemporáneo. Para eso, se nutre del psicoanálisis francés, a través de Viderman, A. Green, J. L. Donnet, R. Roussillon, C. e S. Botella y otros. Propone debatir la posibilidad de pensar en primeras construcciones en análisis, que, diferentemente de la construcción propuesta por Freud hecha a partir del material de la pre-historia del paciente , existirían y se construirían a partir de la relación con el analista; a través del proceso y del vínculo proporcionado por este, la relación permitiría nuevas construcciones, nuevas tesituras psíquicas que podrían ocupar lo que antes era vacío.<hr/>The author presents a revision of the concept constructions in analysis, created by Freud in 1937, connecting it to metapsychological issues and with contemporary psychonalysis issues. For this reason she goes straight to the French psychoanalysis spring, through Viderman, A. Green, J. L. Donnet, R. Roussillon, C. and S. Botella, and others. She proposes the debate on the possibility of thinking about primary constructions in analysis, that differently from the one proposed by Freud made through the patient’s pre-history , would exist and be constituted by the relation with the analyst; through the process and bond given by him/her, this relation would allow for new constructions, new psychic weaving that could occupy the previous void. <![CDATA[<b>Construções em análise</b>: <b>alguns elementos relevantes da discussão no 68º Congresso de Psicanalistas de Língua Francesa</b>]]> http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0486-641X2008000300009&lng=pt&nrm=iso&tlng=pt O autor expõe alguns elementos significativos da discussão no 68º Congresso de Psicana­lis­tas de Língua Francesa. Dado o tema “construções em análise”, foram abordadas relações entre a questão da presença sensível do analista e de sua possibilidade de construir/interpretar e a problemática da inscrição de marcas mnêmicas de experiências de desmoronamento ou experiências traumáticas precoces.<hr/>El autor relata algunos elementos significativos de la discusión en el 68º Congreso de Psicoanalistas de Lengua Francesa. El tema “construcciones en análisis” llevó a abordar la cuestión de la presencia sensible del analista y su posibilidad de construcción/interpretación en la relación con la problemática de la inscripción de marcas mnémicas de la experiencia de desmoronamiento o traumas precoses.<hr/>The author reports some significant elements from the discussion at the 68th French Language Psychoanalysts Conference. The theme “constructions in analysis” led to the approach of the issue involving the analyst’s sensitive presence and the possibility of construction/interpretation in the relation with the problem of the register of mnemic marks of collapse or precocious traumatic experiences. <![CDATA[<b>Poder parental e filicídio</b>: <b>um estudo interdisciplinar</b>]]> http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0486-641X2008000300010&lng=pt&nrm=iso&tlng=pt Este trabalho realiza um estudo interdisciplinar que relaciona poder parental com filicídio, expresso nas várias formas de abandono e violência com crianças. São descritos aspectos da história da infância no Brasil que exemplificam o tema. As autoras enfatizam como se pode buscar no estudo psicanalítico do desenvolvimento emocional primitivo - nas interações pais-filhos - as origens e a compreensão de muitos aspectos da violência, especialmente com crianças. Recorrem a alguns conceitos filosóficos sobre relações entre saber e poder para enriquecer o entendimento deste complexo problema. Por outro lado, constatam a importância dos fatores culturais, sociais e políticos, influenciados pelas leis e a ética, que se modificam nas diferentes épocas. Concluem afirmando como os conhecimentos derivados da psicanálise, aplicados na comunidade, em saúde pública ou divulgados através dos meios de comunicação em geral, podem contribuir no sentido profilático, possibilitando que a infância seja mais bem acolhida.<hr/>El presente trabajo objetiva un estudio interdisciplinario relacionando poder parental con filicidio, expreso en las varias maneras de abandono y violencia con niños. Son descritos aspectos de la historia de la infancia en Brasil que ejemplifican el tema. Las autoras enfatizan como si puede buscar en el estudio de la psicoanálisis del desarrollo emocional primitivo en las interacciones padres-hijos la origen y la comprensión de muchos aspectos de la violencia, en especial con niños. Recorren a algunos conceptos de filosofía sobre relaciones entre saber y poder para enriquecer el entendimiento de este complexo problema. Por otro lado, constatan la importancia de los factores culturales, sociales y políticos, influidos por las leyes y la ética, que son modificadas en las distintas épocas. Concluyen afirmando como los conocimientos originados en la psicoanálisis, aplicados en la comunidad, en salud pública o divulgados por intermedio de la comunicación en general, pueden contribuir en el sentido profiláctico, posibilitando que la niñez sea mejor acogida.<hr/>The purpose of this paper is to accomplish an interdisciplinary study relating parental power and filicide expressed in the various modes of abandoning and violence. Some aspects of the history of infancy in Brazil are discussed to exemplify the theme. The authors stress how the psychoanalytical approach can be a way to examine, through the study of the primitive emotional development in the parent-children interactions the origins and understanding of many aspects of violence, mainly with children. They discuss some philosophical concepts that relate knowledge and power in order to enlarge the understanding of this complex issue. On the other hand, they stress the importance of cultural, social and political factors influenced by law and ethics, that change according to historical periods. The authors conclude by saying that the knowledge derived from psychoanalysis, applied to community, public health or informed through media, can contribute in a prophylactic way to improve childhood protection. <![CDATA[<b>Com a alma desabitada</b>: <b>reconsiderações sobre luto e melancolia</b>]]> http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0486-641X2008000300011&lng=pt&nrm=iso&tlng=pt O autor inicia o texto lembrando que Freud sempre sustentou que a psicanálise estaria contida no ramo das ciências naturais e que, embora preocupada com a relação entre corpo e psique, privilegiou os aspectos psicológicos do psicossoma. Assim foi também com os principais autores que o sucederam. Nas últimas décadas, pressionados pela predominância de patologias mais primitivas, autores mais contemporâneos (Bion, Winnicott, McDougall, Green, Fontes) têm dado maior atenção à dimensão somática. O texto salienta a importância de que os analistas compreendam o psicossoma como uma unidade integrada que não pode ser dissociada, sob pena de grandes prejuízos para o sistema homem. Baseando-se nas hipóteses de Ferrari, o autor tece reconsiderações sobre luto e melancolia, ilustrando-as com um caso clínico.<hr/>El autor inicia el texto recordando que Freud sostuvo siempre la tesis que el psicoanálisis era una fracción de las ciencias naturales y que, aunque preocupado con la relación entre el cuerpo e la mente, habería privilegiado los aspectos psicológicos del psicossoma. Así fue también con los principales autores que vinieron después. En las últimas décadas, presionados por la predominancia de las patologias más primitivas, la dimensión somática despertó la atención de estudiosos contemporáneos (Bion, Winnicott, MacDougall, Green, Fontes). El texto es desarrollado intentando resaltar la importancia de que los psicoanalistas comprendan el psicossoma como una unidad integrada que no puede ser apartada; tal ruptura conduciria a grandes daños para el sistema hombre. Basado en las hipótesis de Ferrari, el autor teje reconsideraciones sobre luto y melancolía, y ilustra con un caso clínico.<hr/>The author begins the text reminding us that Freud always sustained the thesis that psychoanalysis would be contained within the natural sciences, and that, although it is concerned with the relationship between body and psyche, it has given primary importance to the psychological aspects of the psychosoma. And so did the main authors who followed him. In the last decades, pressured by the predominance of more primitive psychopathologies, the somatic dimension has called the attention of more contemporary authors (Bion, Winnicott, McDougal, Green, & Fontes). The text was developed with the intent of highlighting the importance for analysts to understand the psychosoma as an integrated unity, which cannot be dissociated, else there are great disadvantages for a man’s system. Based on the hypothesis of Ferrari, the author also reconsiders mourning and melancholia, illustrating his thoughts with a clinical example. <![CDATA[<b>A experiência afetiva com a sensorialidade</b>]]> http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0486-641X2008000300012&lng=pt&nrm=iso&tlng=pt O artigo põe em evidência tanto a mente do analista em interação com a do analisando, como o trânsito contínuo, durante a experiência psicanalítica, de estados sensoriais para os emocionais e dos emocionais para os sensoriais. Esse trânsito ou sua obstrução dependem basicamente da tolerância à dor mental da percepção da separação e da diferença entre as mentes envolvidas na experiência. A autora propõe que, algumas vezes, a separação e o isolamento decorrente do alcance de significados podem ser sentidos como insuportáveis e que, nessas circunstâncias, o retorno à sensorialidade, caracterizado principalmente como expressão da mentalidade gregária, pode se constituir como única condição de sustentação da sensação de existir. Nessas condições, a perspectiva possível para a manutenção da função analítica passa a ser a experiência afetiva com a sensorialidade, para que sua representação e posterior significação sejam possíveis. A principal proposta do artigo é a de que os elementos sensoriais não sejam desprezados por estarem indiscriminados de estados alucinatórios, os quais sabidamente propõem um engolfamento da experiência, mas incluídos na observação psicanalítica como base para possíveis significações, uma vez que com muitos analisandos a sensorialidade se constitui como a matriz básica por onde, em vários momentos, o vínculo transita.<hr/>El presente artículo científico pone en evidencia tanto la mente del analista, en interacción con la del analizante, como el transitar continuo, durante la experiencia analítica, de los estados sensoriales a los emocionales y de los emocionales a los sensoriales. Que se realice este tránsito o su obstrucción dependen básicamente de la tolerancia que se tenga al dolor mental de la percepción de la separación y la diferencia entre las mentes involucradas en la experiencia. La autora propone que, algunas veces, la separabilidad y el aislamiento obtenido por medio del alcance de significados pueden ser sentidos como insoportables, y en esas circunstancias el retorno a lo sensorio, caracterizado principalmente como la expresión de la mentalidad gregaria, puede llegar a constituir la única condición de sustento de la sensación de existir. La perspectiva posible para mantener la función analítica, teniendo en cuenta esas condiciones, pasa a ser la experiencia afectiva con la sensorialidad para que sean posibles tanto su representación como la posterior significación. La principal propuesta del artículo consiste en que los elementos sensoriales no sólo no sean despreciados por presentarse indiscriminados de los estados alucinatorios, que sabidamente proponen el quedarse inmerso en la experiencia, sino que propone además que dichos estados sean incluidos en la observación psicoanalítica como base para posibles significaciones, debido a que con muchos analizantes lo sensorio constituye la matriz básica por la cual, en varios momentos, circula el vínculo.<hr/>The article points out both the mind of the analyst interacting with the mind of the analysand as well as the continuous transit, during the psychoanalytical experience, from the sensorial states to the emotional ones and from the emotional states to the sensorial ones. This transit or its obstruction depends basically on the tolerance to the mental pain of separation and the difference between the minds involved in the experience. The author proposes that sometimes the separability and the isolation obtained through the reach of meanings can be felt as unbearable, and in these circumstances the return to the sensoriality, mainly characterized as expression of the gregarious mentality, may become the only condition of sustainment of the sensation of existing. The possible perspective to the maintenance of the analytical activity in these conditions becomes the affective experience with the sensoriality, in order that its representation and later signification be possible. The article’s main proposal is that the sensorial elements not be deSPIsed because they are undistinguishable from delusional states, that are known to propose an engulfing of the experience, but included in the psychoanalytical observation as basis to possible meanings, since with many analysands the sensoriality consists the basic matrix through which, in various moments, the link transits. <![CDATA[<b>“Recluso numa casca de noz”</b>: <b>pensamentos sobre complexidade, reducionismo e “espaço infinito”</b>]]> http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0486-641X2008000300013&lng=pt&nrm=iso&tlng=pt O pluralismo é marca registrada do discurso psicanalítico no século xxi. No entanto, um efeito colateral desagradável gerado por ele é a tendência, em determinados lugares, à retração em direção a um ortodoxismo. Essa tendência se origina na percepção da necessidade de dar embasamento teórico aos limites entre as diferentes teorias, de maneira a diferenciar umas das outras. A definição dessas fronteiras implica o risco de perdermos de vista o fato de que o pensamento psicanalítico genuíno é fundamentalmente não-reducionista. Além disso, recentemente a noção central de sobredeterminação jamais abandonada por Freud tem sido negligenciada por autores que argumentam que determinado ponto de vista é melhor do que outro. Analistas e pacientes, todos são levados secretamente a formulações simplistas, avessas à complexidade. A necessidade de permanecer aberto para o “espaço infinito” de sentido, motivo e causa deveria ser marca registrada da prática clínica psicanalítica. O autor considera as implicações dessas idéias para a técnica e apresenta um caso clínico que ilustra os desafios inerentes a uma aproximação do trabalho psicanalítico como fenômeno complexo.<hr/>El pluralismo es la marca registrada del discurso psicoanalítico en el siglo 21. No obstante, un efecto colateral desagradable que provoca es la tendencia en algunos lugares a una retracción en dirección a un ortodoxismo, tendencia esta que tiene su origen en la percepción de la necesidad de dar soporte teórico a los límites entre las diferentes teorías, en el intento de diferenciar una teoría de otras. La definición de estos límites nos coloca bajo el riesgo de perder de vista el hecho de que el pensamiento psicoanalítico genuino es fundamentalmente no reduccionista. Además de eso, la noción central psicoanalítica de sobredeterminación, que Freud nunca abandonó durante toda su carrera, ha sido recientemente tratada con negligencia por autores que argumentan, en sus comunicaciones, que un determinado punto de vista es mejor que otro: analistas y pacientes, ambos son llevados secretamente a formulaciones simplistas que evitan la complejidad. La necesidad de permanecer abierta para el “espacio infinito” de sentido, motivo y causa debería ser una marca registrada de la práctica clínica psicoanalítica. El autor considera las implicaciones de estas ideas para la técnica, y presenta el material de un caso clínico que ilustra los desafíos inherentes a una aproximación del trabajo psicoanalítico como fenómeno complejo.<hr/>Pluralism is the hallmark of 21st Century psychoanalytic discourse. Nevertheless, an unpleasant byproduct of pluralismo is a tendency in some quarters to retract into orthodoxy, stemming from a perceived need to shore up theoretical boundaries in the service of differentiating one theory from another. The delineation of borders places us at a risk losing sight of the fact that genuine psychoanalytic thinking is fundamentally non-reductionistic. Moreover, the core psychoanalytic notion of overdetermination, which Freud never abandoned throughout his career, has recently been neglected as authors argue in their Communications that one point of view is better than another. Both analysts and their patients secretly are drawn to simple formulations that eschew complexity. The need to remain open to the “infinite space” of meaning, motive, and causation should be a hallmark of clinical psychoanalytic practice. The author considers the implications for technique, and provides case material to illustrate some of the challenges inherent in approaching psychoanalytic work as a complex phenomenon. <![CDATA[<b>Encontros e solidões do nosso tempo</b>]]> http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0486-641X2008000300014&lng=pt&nrm=iso&tlng=pt A adolescência, o amor e a velhice, como etapas de transição, são mais difíceis de serem enfrentadas no nosso mundo contemporâneo do que já o foram em outros momentos históricos. É tarefa dos terapeutas de grupo aceitar o desafio desses ciclos de vida e evitar a privatização dos momentos difíceis, aceitando a infelicidade como emoção inevitável, mas também elaborável. A raiva e o riso, o recordar, o esquecer e o perdoar, possíveis no pequeno grupo terapêutico, poderiam permitir a um grupo social mais amplo uma saída para os tempos de aridez e trevas. A sociedade globalizada de hoje poderia ser comparada a uma comunidade portuária. Em várias culturas, o porto é metáfora de lugares capazes de acolhimento e de um espaço que permite a integração entre condições de assentamento (cuidado, capacidade de espera, amor ao ambiente) e condições de nomadismo (tenacidade, hoSPItalidade, coragem, liberdade e memória narrativa).<hr/>La adolescencia, el amor y la vejez como etapas de transición son más difíciles de ser enfrentadas en nuestro mundo contemporáneo de lo que fueron en otros momentos históricos. La tarea de los terapeutas de grupo es aceptar el desafío de esos ciclos de vida y evitar la privatización de los momentos difíciles aceptando la infelicidad como emoción inevitable, pero también elaborable. La cólera y la risa, el recordar, el olvidar y el perdonar, posibles en el pequeño grupo terapéutico, podrían permitir a un grupo social más amplio una salida de los tiempos de aridez y de tinieblas. La sociedad globalizada de hoy podría compararse a una comunidad portuaria. El puerto es la metáfora de lugares capaces de acogimiento entre varias culturas y de un área que permite la integración entre condiciones de asentamiento (cuidado, capacidad de espera, amor por el ambiente) y las condiciones de nomadismo (tenacidad, hoSPItalidad, coraje, libertad y memoria narrativa).<hr/>Adolescence, love and old age as transition stages are more difficult to face in contemporary world than they were in other historical moments. Group therapists have the task of accepting the challenge of those cycles of life and avoiding privatization of difficult moments - accepting unhappiness as inevitable though possible to overcome. Anger and laughter, recollection, forgetting and forgiveness, feelings that are possible in a therapeutic group, may offer a wider social group an exit from harsh times and darkness. Global society nowadays might be compared to a port community: in several cultures the harbor is a metaphor of shelters and rooms that favor the integration between settlement conditions (care, ability to wait, loving the environment) and nomadic conditions (tenacity, hoSPItality, courage, freedom and narrative memory). http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0486-641X2008000300015&lng=pt&nrm=iso&tlng=pt A adolescência, o amor e a velhice, como etapas de transição, são mais difíceis de serem enfrentadas no nosso mundo contemporâneo do que já o foram em outros momentos históricos. É tarefa dos terapeutas de grupo aceitar o desafio desses ciclos de vida e evitar a privatização dos momentos difíceis, aceitando a infelicidade como emoção inevitável, mas também elaborável. A raiva e o riso, o recordar, o esquecer e o perdoar, possíveis no pequeno grupo terapêutico, poderiam permitir a um grupo social mais amplo uma saída para os tempos de aridez e trevas. A sociedade globalizada de hoje poderia ser comparada a uma comunidade portuária. Em várias culturas, o porto é metáfora de lugares capazes de acolhimento e de um espaço que permite a integração entre condições de assentamento (cuidado, capacidade de espera, amor ao ambiente) e condições de nomadismo (tenacidade, hoSPItalidade, coragem, liberdade e memória narrativa).<hr/>La adolescencia, el amor y la vejez como etapas de transición son más difíciles de ser enfrentadas en nuestro mundo contemporáneo de lo que fueron en otros momentos históricos. La tarea de los terapeutas de grupo es aceptar el desafío de esos ciclos de vida y evitar la privatización de los momentos difíciles aceptando la infelicidad como emoción inevitable, pero también elaborable. La cólera y la risa, el recordar, el olvidar y el perdonar, posibles en el pequeño grupo terapéutico, podrían permitir a un grupo social más amplio una salida de los tiempos de aridez y de tinieblas. La sociedad globalizada de hoy podría compararse a una comunidad portuaria. El puerto es la metáfora de lugares capaces de acogimiento entre varias culturas y de un área que permite la integración entre condiciones de asentamiento (cuidado, capacidad de espera, amor por el ambiente) y las condiciones de nomadismo (tenacidad, hoSPItalidad, coraje, libertad y memoria narrativa).<hr/>Adolescence, love and old age as transition stages are more difficult to face in contemporary world than they were in other historical moments. Group therapists have the task of accepting the challenge of those cycles of life and avoiding privatization of difficult moments - accepting unhappiness as inevitable though possible to overcome. Anger and laughter, recollection, forgetting and forgiveness, feelings that are possible in a therapeutic group, may offer a wider social group an exit from harsh times and darkness. Global society nowadays might be compared to a port community: in several cultures the harbor is a metaphor of shelters and rooms that favor the integration between settlement conditions (care, ability to wait, loving the environment) and nomadic conditions (tenacity, hoSPItality, courage, freedom and narrative memory). http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0486-641X2008000300016&lng=pt&nrm=iso&tlng=pt A adolescência, o amor e a velhice, como etapas de transição, são mais difíceis de serem enfrentadas no nosso mundo contemporâneo do que já o foram em outros momentos históricos. É tarefa dos terapeutas de grupo aceitar o desafio desses ciclos de vida e evitar a privatização dos momentos difíceis, aceitando a infelicidade como emoção inevitável, mas também elaborável. A raiva e o riso, o recordar, o esquecer e o perdoar, possíveis no pequeno grupo terapêutico, poderiam permitir a um grupo social mais amplo uma saída para os tempos de aridez e trevas. A sociedade globalizada de hoje poderia ser comparada a uma comunidade portuária. Em várias culturas, o porto é metáfora de lugares capazes de acolhimento e de um espaço que permite a integração entre condições de assentamento (cuidado, capacidade de espera, amor ao ambiente) e condições de nomadismo (tenacidade, hoSPItalidade, coragem, liberdade e memória narrativa).<hr/>La adolescencia, el amor y la vejez como etapas de transición son más difíciles de ser enfrentadas en nuestro mundo contemporáneo de lo que fueron en otros momentos históricos. La tarea de los terapeutas de grupo es aceptar el desafío de esos ciclos de vida y evitar la privatización de los momentos difíciles aceptando la infelicidad como emoción inevitable, pero también elaborable. La cólera y la risa, el recordar, el olvidar y el perdonar, posibles en el pequeño grupo terapéutico, podrían permitir a un grupo social más amplio una salida de los tiempos de aridez y de tinieblas. La sociedad globalizada de hoy podría compararse a una comunidad portuaria. El puerto es la metáfora de lugares capaces de acogimiento entre varias culturas y de un área que permite la integración entre condiciones de asentamiento (cuidado, capacidad de espera, amor por el ambiente) y las condiciones de nomadismo (tenacidad, hoSPItalidad, coraje, libertad y memoria narrativa).<hr/>Adolescence, love and old age as transition stages are more difficult to face in contemporary world than they were in other historical moments. Group therapists have the task of accepting the challenge of those cycles of life and avoiding privatization of difficult moments - accepting unhappiness as inevitable though possible to overcome. Anger and laughter, recollection, forgetting and forgiveness, feelings that are possible in a therapeutic group, may offer a wider social group an exit from harsh times and darkness. Global society nowadays might be compared to a port community: in several cultures the harbor is a metaphor of shelters and rooms that favor the integration between settlement conditions (care, ability to wait, loving the environment) and nomadic conditions (tenacity, hoSPItality, courage, freedom and narrative memory). http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0486-641X2008000300017&lng=pt&nrm=iso&tlng=pt A adolescência, o amor e a velhice, como etapas de transição, são mais difíceis de serem enfrentadas no nosso mundo contemporâneo do que já o foram em outros momentos históricos. É tarefa dos terapeutas de grupo aceitar o desafio desses ciclos de vida e evitar a privatização dos momentos difíceis, aceitando a infelicidade como emoção inevitável, mas também elaborável. A raiva e o riso, o recordar, o esquecer e o perdoar, possíveis no pequeno grupo terapêutico, poderiam permitir a um grupo social mais amplo uma saída para os tempos de aridez e trevas. A sociedade globalizada de hoje poderia ser comparada a uma comunidade portuária. Em várias culturas, o porto é metáfora de lugares capazes de acolhimento e de um espaço que permite a integração entre condições de assentamento (cuidado, capacidade de espera, amor ao ambiente) e condições de nomadismo (tenacidade, hoSPItalidade, coragem, liberdade e memória narrativa).<hr/>La adolescencia, el amor y la vejez como etapas de transición son más difíciles de ser enfrentadas en nuestro mundo contemporáneo de lo que fueron en otros momentos históricos. La tarea de los terapeutas de grupo es aceptar el desafío de esos ciclos de vida y evitar la privatización de los momentos difíciles aceptando la infelicidad como emoción inevitable, pero también elaborable. La cólera y la risa, el recordar, el olvidar y el perdonar, posibles en el pequeño grupo terapéutico, podrían permitir a un grupo social más amplio una salida de los tiempos de aridez y de tinieblas. La sociedad globalizada de hoy podría compararse a una comunidad portuaria. El puerto es la metáfora de lugares capaces de acogimiento entre varias culturas y de un área que permite la integración entre condiciones de asentamiento (cuidado, capacidad de espera, amor por el ambiente) y las condiciones de nomadismo (tenacidad, hoSPItalidad, coraje, libertad y memoria narrativa).<hr/>Adolescence, love and old age as transition stages are more difficult to face in contemporary world than they were in other historical moments. Group therapists have the task of accepting the challenge of those cycles of life and avoiding privatization of difficult moments - accepting unhappiness as inevitable though possible to overcome. Anger and laughter, recollection, forgetting and forgiveness, feelings that are possible in a therapeutic group, may offer a wider social group an exit from harsh times and darkness. Global society nowadays might be compared to a port community: in several cultures the harbor is a metaphor of shelters and rooms that favor the integration between settlement conditions (care, ability to wait, loving the environment) and nomadic conditions (tenacity, hoSPItality, courage, freedom and narrative memory).