Scielo RSS <![CDATA[Revista Brasileira de Psicanálise]]> http://pepsic.bvsalud.org/rss.php?pid=0486-641X20100004&lang=pt vol. 44 num. 4 lang. pt <![CDATA[SciELO Logo]]> http://pepsic.bvsalud.org/img/en/fbpelogp.gif http://pepsic.bvsalud.org http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0486-641X2010000400001&lng=pt&nrm=iso&tlng=pt <![CDATA[<b>O Anti-Narciso</b>: <b>lugar e função da Antropologia no mundo contemporâneo</b>]]> http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0486-641X2010000400002&lng=pt&nrm=iso&tlng=pt <![CDATA[<b>Psicanálise e tempo; Psicanálise e epistemologia hoje; O Anti-Narciso</b>: <b>lugar e função da Antropologia no mundo contemporâneo</b>]]> http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0486-641X2010000400003&lng=pt&nrm=iso&tlng=pt O autor tece comentários sobre a palestra do prof. Viveiros e propõe que podemos saber o que somos, quando somos, mas não temos nenhuma possibilidade de sabermos o que é ser o que não somos. Portanto, a diferença que torna possível a comunicação necessita que ponto e contraponto estejam inexoravelmente sempre presentes, porque isoladamente seriam inapreensíveis. Conclui dizendo que somos únicos em nossas diferenças, angústias, imperfeições e é daí que decorrem nossas semelhanças.<hr/>El autor realiza su análisis en función de una conferencia del prof. Viveiros y propone la teoría de que sabemos qué somos, cuándo somos, pero no existe posibilidad de saber qué es ser lo que no somos. Por tanto, la diferencia que podría suponer la comunicación, requiere que el punto y contrapunto estén siempre presentes, porque solo cabría la dificultad en alcanzarlo. Concluye diciendo que somos únicos en nuestras diferencias, miedos, defectos y es por esta razón que somos similares.<hr/>The author comments on a lecture by professor Viveiros and proposes that we know what we are, when we are, but we can not know what is to be what we are not. This would require that the point and counterpoint were always present to make the communication, because alone would be indescribable. Concludes by saying that we are unique in our differences, fears, faults, and exactly for this reason we are similars. <![CDATA[<b>Antropologia ataca narcisismo</b>]]> http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0486-641X2010000400004&lng=pt&nrm=iso&tlng=pt O autor, ao comentar o texto do antropólogo Eduardo Viveiros de Castro, enfatiza a importância do uso de conceitos freudianos (narcisismo, inconsciente, estranhamento e familiaridade) como contribuição ao novo viés teórico de observação antropológica (área da Filosofia da Etnologia), proposto pelo palestrante. Essa nova condição de olhar o objeto, feita de um ângulo "invertido-revertido" em relação ao antropólogo, por ser menos investida de "amor próprio", visa reduzir as influências da autorreferência.<hr/>El autor al comentar el texto del antropólogo Eduardo Viveiros de Castro hace énfasis en la importancia del uso de conceptos freudianos (Narcisismo, Inconsciente, Extrañeza y Familiaridad) como una contribución a la nueva tendencia teórica de observación antropológica (área de Filosofía de la Etnología), propuesto por el conferencista. Esta nueva condición de examinar el objeto, llevada a cabo desde un ángulo "invertido-revertido" en relación al antropólogo, por estar menos cargada de "amor proprio", tiene como objetivo reducir la influencia de la autorreferencia.<hr/>The author, upon commenting on a text by the anthropologist Eduardo Viveiros Castro, emphasizes the importance of the use of Freudian concepts (Narcissism, Unconscious, the foreign, Familiarity) as a contribution to the new line of theory regarding anthropological observation (fields of Philosophy of Ethnology), as proposed by the lecturer. This new view on the object, having less "self-love", aims to reduce the influences of self-reference. <![CDATA[<b>Produções oníricas e expansões de continência psíquica e do pensar na análise de um adolescente</b>]]> http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0486-641X2010000400005&lng=pt&nrm=iso&tlng=pt A partir da análise de um adolescente com falhas de continência primária a autora mostra como, contando com a capacidade de rêverie e continência da analista, o paciente vai constituindo sua autocontinência psíquica. Por meio da compreensão afetiva das relações pré-genitais e genitais com a mãe, o pai e o casal parental, vão surgindo integrações das imagos "boas" e "más" do casal e de si mesmo, como também expansão de seu continente mental. Durante o processo analítico podem observar-se momentos de "virada" (J.M. Quinodoz, 2001), marcados por imagens, relatos e sonhos que, ainda que pareçam primitivos e regressivos, assinalam uma significativa mudança estrutural na vida psíquica do paciente. Essa mudança se dá pela integração tanto de aspectos do self cindidos, negados e inibidos, quanto de aspectos que surgem pela primeira vez na análise. A intenção da autora é focar o trabalho do sonho e do pensar do paciente, cujos frutos, amadurecidos no encontro analítico, vão mostrando o paulatino desenvolvimento de sua capacidade de pensar e simbolizar, de conter e expressar sua própria realidade psíquica, como também o desenvolvimento de sua personalidade.<hr/>A partir del análisis de un adolescente con fallos de continencia primaria, la autora va mostrando cómo, contando con la capacidad de rêverie y continencia de la analista, el paciente va constituyendo su autocontinencia psíquica. A través de la comprensión afectiva de las relaciones pre-genitales y genitales con la madre, el padre y la pareja paterna, van surgiendo integraciones de las imágenes "buenas" y "malas" de la pareja y de sí mismo, así como también la expansión de su continente mental. Durante el proceso analítico pueden observarse momentos de "superación" (J.M. Quinodoz, 2001), marcados por imágenes, relatos y sueños que, aunque aparentemente primitivos y regresivos, marcan un significativo cambio estructural en la vida psíquica del paciente. Este cambio se da a través de la integración de aspectos del self que estaban escindidos, negados, inhibidos y de otros aspectos que fueron surgiendo por primera vez en el análisis. La intención de la autora es enfocar los trabajos del "sueño" y del pensamiento del paciente, cuyos frutos, madurados en el encuentro analítico, van mostrando el paulatino desarrollo de sus capacidades de pensar y simbolizar, de contener y expresar su propia realidad psíquica, así como también el desarrollo de su personalidad.<hr/>Through the analysis of an adolescent with failures in primary maternal containment, the author demonstrates how, by virtue of the capacity of rêverie and containment of the analyst, the analysand gradually constitutes his psychic self-containment. By means of the affective comprehension of the adolescent's pre-genital and genital relationships with the mother, the father and the parental couple, there are integrations of his own "good" and "bad" imagos, as well as those of the couple, accompanied by the expansion of his mental containment. Over the course of the analytical process, there are moments of "turning a page" (J-M. Quinodoz, 2001), marked by images, narratives and dreams which, however primitive and regressive as they may seem, highlight a significant structural change in the patient's psychic life. This change is achieved by the integration of aspects of the self, whether split, negated, or inhibited, as well as aspects brought to light for the first time in psychoanalysis. The author's intention is to focus on the analysand's dream work and thinking, the fruits of which, ripened in the analytical encounter, show the gradual development of his capacity to think and symbolize, to express and contain his own psychic reality, as well as the development of his personality. <![CDATA[<b>Do menino do carretel ao menino da ilha</b>: <b>desafios para o conceito de transferência e desdobramentos a partir da clínica dos estados primitivos da mente</b>]]> http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0486-641X2010000400006&lng=pt&nrm=iso&tlng=pt Das primeiras observações de Freud sobre a representação simbólica da vivência de separação do menino do carretel, seu netinho, ao longo de todos os inúmeros desdobramentos na compreensão do brincar infantil e do próprio desenvolvimento da técnica analítica com crianças, temos nos defrontado com expansões dos instrumentos psicanalíticos para acessar vários níveis de funcionamento mental. Este trabalho propõe um retrospecto e reflexão acerca do desenvolvimento do conceito de transferência, a partir das expansões impulsionadas pela clínica dos estados primitivos da mente. Discute-se a elasticidade do conceito de transferência, a partir de Freud, ao longo dos desenvolvimentos produzidos pela investigação psicanalítica de aspectos psicóticos da personalidade, dos estados primitivos da mente e da clínica psicanalítica de crianças com transtornos autísticos. Tais importantes desenvolvimentos da clínica, e consequentemente da teoria psicanalítica, nos permitem adentrar um campo, tido outrora, pelo próprio pioneiro, como inacessível. Vinhetas clínicas do trabalho psicanalítico com uma criança com transtorno autístico são utilizadas para ilustrar a discussão, sugerindo-se que um novo desafio para o desenvolvimento do conceito de transferência poderia consistir em incorporar (ou discriminar, suscitando formulações paralelas) aspectos primitivos do funcionamento mental que se presentificam no contato analítico.<hr/>De las primeras observaciones de Freud sobre la representación simbólica de la vivencia de separación del niño del carretel, su nieto, a lo largo de todos los innúmeros desdoblamientos en la comprensión del juego infantil y del propio desarrollo de la técnica analítica con niños, nos hemos enfrentado con expansiones de los instrumentos psicoanalíticos para acceder a varios niveles de funcionamiento mental. Este trabajo propone una retrospectiva y reflexión acerca del desarrollo del concepto de transferencia, a partir de las expansiones impulsadas por la clínica de los estados primitivos de la mente. Se discute la elasticidad del concepto de transferencia, a partir de Freud, a lo largo de los desarrollos producidos por la investigación psicoanalítica de aspectos psicóticos de la personalidad, de los estados primitivos de la mente y de la clínica psicoanalítica de niños con trastornos autísticos. Esos importantes desarrollos de la clínica y consecuentemente de la teoría psicoanalítica nos permiten abordar un campo, visto en otro momento, por el propio pionero, como inaccesible. Viñetas clínicas del trabajo psicoanalítico con un niño con trastorno autístico son utilizadas para ilustrar la discusión, sugiriéndose que un nuevo desafío para el desarrollo del concepto de transferencia podría consistir en incorporar (o discriminar, suscitando formulaciones paralelas) aspectos primitivos del funcionamiento mental que se presentan en el contacto analítico.<hr/>From Freud's initial observations about his grandson's symbolic representations of separation experiences, through playing with the reel, to significant conceptual and technical developments within the area of child analysis and play, we have been faced with expansions of psychoanalytic instruments in order to access different levels of mental functioning. This paper proposes a retrospect and reflection about the development of the concept of transference, considering expansions allowed by clinical practice with primitive states of mind. The scope and elasticity of the concept of transference are discussed, with Freud as a reference point, throughout the developments produced by psychoanalytic investigation of psychotic aspects of personality, primitive states of mind, and the psychoanalytic work with children with autistic disorders. These important developments in clinical practice, and consequently developments in psychoanalytic theory, allowed us access to this field, previously considered unreachable by the pioneer of Psychoanalysis himself. Clinical vignettes of psychoanalytic work with an autistic child are used to illustrate the discussion, suggesting that a new challenge to the development of the concept of transference could consist in incorporating (or discriminating, creating parallel formulations) primitive aspects of mental functioning which are present within analytic contact. <![CDATA[<b><i>Rêverie</i></b><b> re-visitado</b>]]> http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0486-641X2010000400007&lng=pt&nrm=iso&tlng=pt O trabalho do sonho alfa é uma função primordial e permanente do psiquismo. Ele permite criar os pictogramas que oferecem figurabilidade para metabolizar as experiências emocionais. Esta teoria revoluciona a Techné psicanalítica. Rêverie é o conceito-chave que destaca e ilumina a relação de objeto. Ele nasce numa história transgeracional. A mãe grávida está envolvida numa união com sua mãe e com seu bebê. No psiquismo pré-natal e nos primeiros anos de vida da criança ela retira-se do mundo externo para investir sua atenção na relação com o filho. O analista exerce com o paciente a função alfa e o trabalho de sonho alfa em vez de rêverie, porque ele não teve com o paciente uma gestação - a não ser metafórica - corporal compartilhada. A função do rêverie na constituição da mente e suas múltiplas funções são destacadas: o trânsito através da cesura; matriz da mudança catastrófica; experiência de continuidade nas transformações; função de reclamação (Alvarez, 1992); ensinar a experiência da paixão; permitir o trabalho de figurabilidade (Botella, 2007); iniciar a atividade K da mente; inspirar a tolerância à frustração; convocar a esperança e fé; a cultura a partir do vértice artístico exerce função equivalente à do rêverie. Vinhetas clínicas ilustram a teoria.<hr/>El trabajo de sueño alfa es una función primordial y permanente del psiquismo. Permite crear los pictogramas que ofrecen figurabilidad y metabolizan las experiencias emocionales. Rêverie es el concepto clave que destaca e ilumina la relación de objeto. El rêverie nace en una historia transgeracional. En el psiquismo pre-natal y en los primeros años de vida del niño, la madre se retira del mundo externo, para invertir su atención, en la relación con su hijo. El analista ejerce con el paciente la función alfa y el trabajo de sueño alfa en lugar de rêverie porque el analista no tuvo con el paciente una gestación - a no ser metafórica - corporal compartida. La función del rêverie en la constitución de la mente y sus múltiples funciones: el tránsito a través de la cesura; matriz del cambio catastrófico; experiencia de continuidad en las transformaciones; función de reclamación (Alvarez, 1992); muestrar la experiencia de la pasión; permite el trabajo de figurabilidad (Botella, 2007); iniciar la actividad K de la mente; inspirar la tolerancia a la frustración; convocar la esperanza y la fe; la cultura a partir del vértice artístico ejerce función equivalente al rêverie. Ejemplos clínicos ilustran la teoría.<hr/>The alpha dream work is a primary and permanent function of psychism. It allows the creation of pictograms which provide figurability to metabolise emotional experiences. This theory revolutionizes the psychoanalytical Techné. Reverie is the key concept that distinguishes and enlightens object-relations. It is originated in a transgenerational history. The pregnant mother is involved in a bond with her mother and her baby. In prenatal psychism and in the first years of the child's life, the mother retreats from the external world in order to invest her attention in her relationship with the child. The analyst carries out with the patient the alfa function and the alfa dream work instead of reverie, for the analyst didn't share with the patient a bodily - unless metaphorical - gestation. The function of the reverie in the constitution of the mind and its multiple functions are highlighted: the transit through ceasure; matrix of catastrophic change; experience of continuity in transformations; function of reclamation (Alvarez, 1992); teaches the experience of passion; allows the work of figurability (Botella, 2007); initiates the mind's K activity; inspires tolerance of frustration; summons hope and faith; in its artistic perspective, culture exerts an equivalent function to the reverie. Clinical vignettes illustrate the theory. <![CDATA[<b>Clone</b>: <b>o inferno do si mesmo</b>]]> http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0486-641X2010000400008&lng=pt&nrm=iso&tlng=pt A autora desenvolve formulações a respeito da clonagem como um mito revelador e em criação. Um mito que auxilia reflexões sobre uma forma específica de relação do sujeito com o outro, de sua relação com o real e de um modo peculiar de pensamento. Utilizando-se do mito e de fragmentos extraídos da clínica, discute-se um conjunto de operações mentais que auxiliam a compreensão de pacientes referidos na literatura psicanalítica como desvitalizados, desobjetalizados, de difícil acesso, borderline. Discute-se também as especificidades do processo transferencial e contratransferencial com esses pacientes.<hr/>La autora desarrolla formulaciones respecto a la clonación como un mito revelador y a la creación. Un mito que auxilia en la reflexión sobre una forma específica de relación de un sujeto con otro, de su relación con lo real y de un modo peculiar de pensamiento. Valiéndose del mito y de fragmentos extraídos de la clínica, se discute un conjunto de operaciones mentales que auxilian en la comprensión de pacientes referidos en la literatura psicoanalítica como desvitalizados, sin objeto, de difícil acceso, borderline. También se discuten las especificidades de los procesos transferenciales y contra-transferenciales con esos pacientes.<hr/>The author develops thoughts about cloning as a myth, in creation, which reveals interesting aspects of some patients. A myth which helps reflections about a specific type of relationship between the subject and the other, about his relationship with reality and about peculiar ways of thinking. The author uses the myth of the clone and some clinical experiences to discuss mental operations which help to understand those patients referred to in the psychoanalytical literature as devitalized, de-objectalized, of difficult access, borderline. Specificities of the transferencial and contratransferencial process with these patients are also discussed. <![CDATA[<b>A alteridade na conceituação freudiana de desejo e pulsão</b>]]> http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0486-641X2010000400009&lng=pt&nrm=iso&tlng=pt O presente artigo pretende retomar a construção dos conceitos de desejo e de pulsão na obra freudiana, propondo uma leitura destes dois conceitos a partir das possibilidades que cada um deles abre para uma abordagem do problema da alteridade em Freud. O que se procurará discutir é que o conceito de desejo pressupõe certo tipo de solipsismo que só poderá vir a ser desconstruído dentro da própria obra freudiana a partir dos desenvolvimentos dados ao conceito de pulsão. Por fim, pretendese aventar alguns problemas presentes nas teorizações freudianas sobre a clínica, apontando para um possível compromisso destas com uma clínica que não faria juz à radicalidade da ideia de pulsão e do posicionamento epistemológico e ético que este conceito nos exige quando lido sob o prisma da noção de alteridade.<hr/>Este trabajo pretende recuperar la construcción de los conceptos de deseo y pulsión en la obra de Freud, con la intención de discutir las diferentes posiciones que cada uno de estos conceptos ofrece frente al tema de la alteridad. Discutiremos la idea de que el concepto de deseo, en sus formulaciones iniciales, presupone un tipo de solipsismo que entra en crisis dentro de la obra freudiana a partir de los desarrollos del concepto de pulsión. Esta discusión se articulará a una crítica de la práctica clínica, y de su posición en relación a la alteridad.<hr/>The article at hand aims to retake the freudian construction of the concepts of desire and drive, proposing an interpretation of these from the possibilities that each one offers for the approach of the problem of alterity in Freud. In discussion shall be the idea that desire supposes a certain kind of solipsism which can only be deconstructed within the Freudian work itself, from the developments attributed to the concept of drive. Finally, the author intends to expose some clinical problems present in Freudian theories about the clinic, pointing out a possible engagement of these with a solipsistic clinic which wouldn't do justice to the radicalism of the idea of drive and of the epistemological and ethical positioning that this concept requires when interpreted through the prism of the notion of alterity. <![CDATA[<b>O diálogo transicional na psicanálise de crianças</b>: <b>implicações clínicas de uma redescrição conceitual</b>]]> http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0486-641X2010000400010&lng=pt&nrm=iso&tlng=pt Este estudo pretende exemplificar clinicamente uma proposta de prática psicanalítica que desprivilegia, e eventualmente prescinde, da atividade interpretativa tal como foi - afastando-se do modelo freudiano - descrita e empregada pelos analistas de crianças, kleinianos e annafreudianos, ao longo do século antecedente. Dirigindo sua crítica ao preconceito significacionista que impõe interpretar o inconsciente profundo da criança para oportunizar a produção de insights, o autor apoia-se nas contribuições de Ferenczi, Winnicott e Lacan para enfatizar a importância das noções de presença, playing, e interregno a fim de assegurar a eficácia clínica do trabalho analítico realizado durante os anos da infância.<hr/>Este estudio pretende ejemplificar clínicamente una propuesta para la práctica psicoanalítica que no privilegia, y finalmente prescinde, de la actividad interpretativa como lo fue - lejos del modelo freudiano - descrita y utilizada por los analistas de niños, annafreudianos y kleinianos, durante el siglo anterior. Dirigiendo su crítica para el prejuicio significacionista que requiere interpretar el inconsciente profundo del niño para crear oportunidades de producir insights, el autor se apoya en las contribuciones de Ferenczi, Winnicott y Lacan para subrayar la importancia de las nociones de presencia, playing, intervención e interregno para garantizar la eficacia clínica de trabajo analítico durante los años de infancia.<hr/>This study seeks to clinically exemplify a proposal for psychoanalytic practice which underprivileges, and eventually dispenses, the interpretative activity as it was - steering away from the Freudian model - described and employed by analysts of children, both kleinian and annafreudian, along the previous century. Directing his criticism to the significationist prejudice which imposes the interpretation of the deep unconscious of the child in order to create opportunities for the production of insights, the author relies on the contributions of Ferenczi, Winnicott and Lacan to emphasize the importance of the notions of presence, playing, intervention and interregnum, with the intention of ensuring the clinical effectiveness of analytical work during the years of childhood. <![CDATA[<b>De uma nota só à melodia</b>: <b>considerações sobre a clínica psicanalítica da Síndrome de Asperger</b>]]> http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0486-641X2010000400011&lng=pt&nrm=iso&tlng=pt Este trabalho aborda questões da repetição e da rigidez como contraponto para a flexibilidade possibilitada pela ampliação da capacidade simbólica. Descrevo aspectos do trabalho clínico com um paciente com Síndrome de Asperger, buscando abordar os temas de seu interesse e suas intermináveis repetições, o início de suas brincadeiras simbólicas e o desenvolvimento de seus jogos mais significativos. Discuto suas constantes repetições como temas de uma nota só, apesar da música ser seu maior interesse e capacidade, e também aspectos da transferência intensa vivida na relação com este paciente. Para concluir, analiso os aspectos técnicos desse trabalho procurando distinguir as principais implicações metapsicológicas que essa clínica suscita.<hr/>Ese trabajo discute algunas cuestiones de repetición y rigidez como contrapartida a la flexibilidad hecha posible por la ampliación de la capacidad simbólica. Describo aspectos del trabajo clínico con un paciente con Síndrome de Asperger, buscando descubrir los temas de su interés y sus interminables repeticiones, el inicio de sus juegos simbólicos y el desarrollo de sus juegos más significativos. Discuto sus constantes repeticiones como temas de una sola nota, a pesar de que la música fue siempre su mayor interés y para la cual tuvo mayor aptitud, y también aspectos de la intensa transferencia vivida en relación con ese paciente. Para concluir, analizo los aspectos técnicos de ese trabajo, intentando distinguir las principales implicaciones metapsicológicas que esa clínica despierta.<hr/>This paper discusses the issues of repetition and rigidity as counterpoints to the flexibility allowed by the widening of the symbolic capacity. I describe some aspects of the clinic of a patient with Asperger Syndrome, aiming to find themes of his interest, as well as his uncountable repetitions, the beginning of his symbolic play and the development of his most meaningful play. I discuss his constant repetitions as themes of a single note, though music is his greatest interest and ability, and also some aspects of the intense transference experienced in the relationship with this patient. To conclude, I analyze the technical aspects of this work, attempting to distinguish the main meta-psychological implications brought by this clinic. <![CDATA[<b>Os sonhos sobre os estados de si e a restauração do <i>self</i></b>]]> http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0486-641X2010000400012&lng=pt&nrm=iso&tlng=pt O objetivo deste trabalho é o de demonstrar como a interpretação dos sonhos sobre os estados de si foi utilizada no atendimento de um adulto vítima de violência sexual quando criança. Por meio de um recorte relativo ao período dos primeiros vinte e três meses de atendimento são apresentadas situações de impasse no processo terapêutico que se aproximam da complexidade inerente à prática psicanalítica contemporânea. O impasse é relativo à escolha entre um dispositivo clínico padrão ou dispositivos clínicos mais próximos das necessidades singulares de cada analisando. Considera-se que o reconhecimento e a utilização dos sonhos sobre os estados de si apontam para uma inovação no campo do manejo da técnica fundamentada pela teoria psicanalítica produzida por Heinz Kohut.<hr/>El objetivo de este trabajo es demostrar cómo la interpretación de los sueños sobre los estados del yo fue empleada en el tratamiento de adultos víctimas de violencia sexual cuando niños. A partir de un corte realizado para el período correspondiente a los primeros veinte y tres meses de tratamiento se presentan situaciones de impase en el proceso terapéutico que se aproximan a las complejidades de la práctica psicoanalítica contemporánea. Este impase está relacionado con la posibilidad de elegir entre un dispositivo médico estándar o dispositivos médicos más próximos a las necesidades específicas de cada paciente. Se considera que el reconocimiento y uso de los sueños sobre los estados del yo constituye una innovación en el campo de manejo de esta técnica, que tiene sus fundamentos en la teoría psicoanalítica de Heinz Kohut.<hr/>The objective of this study is to demonstrate how the interpretation of self-state dreams was used in the treatment of an adult victimized by sexual violence as a child. Through a cutout of the period of twenty-three months of service, we are presented with deadlock situations in the therapeutic process which approach the complexities of contemporary psychoanalytic practice. These impasses deal with the choice between a standard medical device or medical devices closer to the unique needs of each person being analyzed. It is considered that the recognition and use of self-state dreams point to a breakthrough in the field of the management of technique and are based on psychoanalytic theory produced by Heinz Kohut. <![CDATA[<b>Literacura? Psicanálise como forma literária</b>]]> http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0486-641X2010000400013&lng=pt&nrm=iso&tlng=pt O presente trabalho tem por finalidade reunir alguns achados interpretativos que vêm sendo trabalhados na direção da composição de minha tese de doutoramento, em particular referente às ideias de ficção literária e cura psicanalítica. Para tal, o termo "literacura" foi tomado emprestado de Herrmann (2002, p. 112), porque considero que condensa muito precisamente o núcleo da tese. Trata-se da ideia de que Psicanálise, enquanto método psicanalítico, cujo reino análogo é a literatura de ficção, pode ser tomada como forma literária.<hr/>El presente trabajo tiene por finalidad reunir algunos hallazgos interpretativos que están siendo estudiados para la composición de mi tesis de doctorado, en particular en lo que refiere a las ideas de ficción literaria y cura psicoanalítica. En ese sentido, el termino "literacura" fue tomado prestado de Herrmann (2002: 112), porque considero que condensa de manera muy adecuada el núcleo de mi tesis. Se trata de la idea de que el Psicoanálisis, en cuanto método psicoanalítico, cuyo reino análogo es la literatura de ficción, puede ser tomado como forma literaria.<hr/>The purpose of the present article is to communicate some interpretative findings that I have arrived upon, in the direction of the composition of my doctoral thesis, particularly in reference to the ideas of literary fiction and psychoanalytic cure. In such an attempt, the term "literacure"11 was borrowed from Herrmann (2002: 112), as I consider it condenses, very precisely, the main idea of my thesis: that Psychoanalysis, understood as psychoanalytic method, in having literary fiction for its analogous reign, assumes literary form. <![CDATA[<b>Recordar, repetir, elaborar e construir</b>: <b>a busca do objeto materno na análise de uma menina adotada</b>]]> http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0486-641X2010000400014&lng=pt&nrm=iso&tlng=pt Este trabalho examina o recordar, repetir e elaborar na análise, e enfatiza a dimensão do construir condições necessárias para o desenvolvimento primitivo de pessoas que apresentam falhas iniciais básicas. É relatado o caso clínico de uma menina adotiva que apresentava, na transferência, material bastante regressivo, pré-verbal, e buscava introjetar um objeto materno consistente. A adoção e as angústias dos pais adotivos aparecem como pano de fundo na evolução do processo analítico e são também comentadas.<hr/>Este trabajo examina el acto de recordar, repetir y elaborar, y destaca la dimensión de construir condiciones necesarias para el desarrollo primitivo de personas que presentan fallas iniciales básicas. Es relatado el caso clínico de una niña adoptiva que presentaba un comportamiento bastante regresivo, preverbal, y buscaba insertar un objeto materno consistente. La adopción y las angustias de los padres adoptivos aparecen como telón de fondo en la evolución del proceso analítico.<hr/>This paper examines remembering, repeating, and working-through in analysis, emphasizing the importance of the construction of necessary conditions for the early development of people who present initial basic faults. A clinical case is described in which an adopted girl presented through transference a very regressive and pre-verbal content and sought the introjection of a consistent maternal object. The adoption and the adoptive parents' anxieties appeared as a backdrop in the development of the analytic process, and are also analyzed. <![CDATA[<b>Simbolismo e construção</b>: <b>o analista como porta-voz da cultura</b>]]> http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0486-641X2010000400015&lng=pt&nrm=iso&tlng=pt A atenção aos desafios da escuta na clínica e a constante preocupação que ela desperta, juntou-se, ocasionalmente, com uma discussão acerca do lugar do simbolismo na interpretação dos sonhos e na clínica psicanalítica como um todo. Relação e reflexão que esboçaram uma linha contínua entre o simbolismo e as construções em análise. Linha que desemboca, curiosamente, nos parâmetros da escuta psicanalítica, suas variantes e o modo pelo qual o analista se "encarrega" dos mesmos. O trabalho parte da oposição do simbolismo ao método inaugural da psicanálise, sua posterior acomodação nela e a maneira pela qual acaba conduzindo para construções em análise. Ambos, simbolismo e construções, enlaçam-se nos eixos constitutivos da vida psíquica, assim como nos da escuta psicanalítica. A articulação segue entremeada por ilustração de momentos clínicos de diferentes experiências da escuta, possibilitando aprofundar a reflexão sobre os alicerces desta e sua relação com as demandas e as estruturas clínicas.<hr/>La atención a los desafíos de la escucha en la clínica y la preocupación constante que despierta, se unió, de manera ocasional, con una discusión sobre el lugar de simbolismo en la interpretación del sueño y de la clínica psicoanalítica como un todo. Relación y reflexión que indican una línea sólida entre el simbolismo y la construcción en el análisis. Línea que conduce, de manera interesante, a los parámetros de la escucha psicoanalítica, sus variantes y la forma en que el analista está "a cargo" de ellos. Partimos de la oposición entre el método psicoanalítico y el simbolismo, su posterior adaptación a este y la forma en que lo conduce a las construcciones en el análisis. Tanto el simbolismo como las construcciones, enlazan los ejes constitutivos de la vida psíquica, así como de la escucha psicoanalítica. A continuación se ilustran diferentes momentos clínicos de diferentes experiencias de la escucha, permitiendo la reflexión sobre los fundamentos de la misma y su relación con las demandas y las estructuras clínicas.<hr/>The attention to the challenges of listening within the psychoanalytical setting, and the constant concerns it involves, was joined occasionally with a discussion about the place of symbolism in dream interpretation and in the psychoanalytic clinic as a whole. This reflection enabled us to trace a solid line between symbolism and construction in psychoanalytical work. A connection which, curiously, led us to the parameters of psychoanalytic listening, its variants and the way the analyst becomes "in charge" of these. The study takes as it's starting point the opposition of symbolism towards the initial methods of psychoanalysis, its subsequent accommodation in these, and how it finally points the way to constructions in analysis. Both symbolism and constructions determine the constituent axes of psychic life, as well as those of psychoanalytic listening. Clinical situations are used to illustrate some of the points of our reflection on the foundations of clinical listening and its variations according to clinical demands and structures. <![CDATA[<b>Trabalho psicanalítico</b>: <b>psicanálise e atividade de pressuposto básico</b>]]> http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0486-641X2010000400016&lng=pt&nrm=iso&tlng=pt O autor tenta circunscrever a perspectiva singular do trabalho analítico que, como trabalho, é propenso a gerar ansiedades e inseguranças que a dupla tenta controlar engajando-se em uma atividade de pressuposto básico. A tarefa do trabalho da análise é lançar uma luz (torná-los conscientes) sobre as crenças operantes dos pressupostos básicos. Os impasses enfrentados nesta tarefa, seja do lado do paciente, seja do lado do analista são discutidos considerando os respectivos lugares do sintoma e das interpretações do analista. Os mitos de Édipo, Éden e Orestes são convocados para ilustrar a ameaça do superego arcaico, e seu moralismo sobre o alcance deste conhecimento e a implícita necessidade de tolerar a insegurança, a conexa inexatidão e a potencialidade destrutiva da interpretação. Assim, podese garantir uma proximidade à verdade e a criatividade como decorrência desta.<hr/>El autor trata de circunscribir la perspectiva singular de la labor analítica que, como trabajo, es propensa que generar ansiedades e inseguridades que un par intenta controlar participando en una actividad de premisas básicas. La tarea de la actividad de análisis es dar una idea (concientizarlos) sobre las creencias operantes de las premisas básicas.Los dilemas que enfrenta esta tarea, ya sea del lado del paciente, odel lado del analista se discuten considerando los respectivos lugares del síntoma y la interpretación del analista. Los mitos de Edipo, Edény y Orestes son utilizados para ilustrar la amenaza del superego arcaico, y el moralismo sobre el alcance de este conocimiento y la necesidad implícita de tolerar la inseguridad, imprecisión y la capacidad de relación destructiva de la interpretación. Por lo tanto, podemos garantizar una aproximación a la verdad y la creatividad como resultado de esta.<hr/>In this paper, the author focuses on the specificity of the analytic work that, as such, has a propensity to generate anxieties and insecurities. The dyad, thus, tries to control these by engaging in a basic assumption type activity. The analytic work's objective should be that of bringing, such operating beliefs of the basic assumption functioning, to consciousness. The impasses faced in going about with this task, be it from the point of view of the patient or the analyst, are here discussed, considering the respective positions of both the patient's symptoms and the analyst's interpretations. The myths of Oedipus, Eden and Orestes are used to illustrate the threat imposed by the archaic superego to consciousness, ultimately striving to achieve a greater proximity with truth, thus enabling the emergence of creativity. <![CDATA[<b>A arte de ler, ou como resistir à adversidade</b>]]> http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0486-641X2010000400017&lng=pt&nrm=iso&tlng=pt O autor tenta circunscrever a perspectiva singular do trabalho analítico que, como trabalho, é propenso a gerar ansiedades e inseguranças que a dupla tenta controlar engajando-se em uma atividade de pressuposto básico. A tarefa do trabalho da análise é lançar uma luz (torná-los conscientes) sobre as crenças operantes dos pressupostos básicos. Os impasses enfrentados nesta tarefa, seja do lado do paciente, seja do lado do analista são discutidos considerando os respectivos lugares do sintoma e das interpretações do analista. Os mitos de Édipo, Éden e Orestes são convocados para ilustrar a ameaça do superego arcaico, e seu moralismo sobre o alcance deste conhecimento e a implícita necessidade de tolerar a insegurança, a conexa inexatidão e a potencialidade destrutiva da interpretação. Assim, podese garantir uma proximidade à verdade e a criatividade como decorrência desta.<hr/>El autor trata de circunscribir la perspectiva singular de la labor analítica que, como trabajo, es propensa que generar ansiedades e inseguridades que un par intenta controlar participando en una actividad de premisas básicas. La tarea de la actividad de análisis es dar una idea (concientizarlos) sobre las creencias operantes de las premisas básicas.Los dilemas que enfrenta esta tarea, ya sea del lado del paciente, odel lado del analista se discuten considerando los respectivos lugares del síntoma y la interpretación del analista. Los mitos de Edipo, Edény y Orestes son utilizados para ilustrar la amenaza del superego arcaico, y el moralismo sobre el alcance de este conocimiento y la necesidad implícita de tolerar la inseguridad, imprecisión y la capacidad de relación destructiva de la interpretación. Por lo tanto, podemos garantizar una aproximación a la verdad y la creatividad como resultado de esta.<hr/>In this paper, the author focuses on the specificity of the analytic work that, as such, has a propensity to generate anxieties and insecurities. The dyad, thus, tries to control these by engaging in a basic assumption type activity. The analytic work's objective should be that of bringing, such operating beliefs of the basic assumption functioning, to consciousness. The impasses faced in going about with this task, be it from the point of view of the patient or the analyst, are here discussed, considering the respective positions of both the patient's symptoms and the analyst's interpretations. The myths of Oedipus, Eden and Orestes are used to illustrate the threat imposed by the archaic superego to consciousness, ultimately striving to achieve a greater proximity with truth, thus enabling the emergence of creativity. <![CDATA[<b>Paixões ordinárias</b>: <b>antropologia das emoções</b>]]> http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0486-641X2010000400018&lng=pt&nrm=iso&tlng=pt O autor tenta circunscrever a perspectiva singular do trabalho analítico que, como trabalho, é propenso a gerar ansiedades e inseguranças que a dupla tenta controlar engajando-se em uma atividade de pressuposto básico. A tarefa do trabalho da análise é lançar uma luz (torná-los conscientes) sobre as crenças operantes dos pressupostos básicos. Os impasses enfrentados nesta tarefa, seja do lado do paciente, seja do lado do analista são discutidos considerando os respectivos lugares do sintoma e das interpretações do analista. Os mitos de Édipo, Éden e Orestes são convocados para ilustrar a ameaça do superego arcaico, e seu moralismo sobre o alcance deste conhecimento e a implícita necessidade de tolerar a insegurança, a conexa inexatidão e a potencialidade destrutiva da interpretação. Assim, podese garantir uma proximidade à verdade e a criatividade como decorrência desta.<hr/>El autor trata de circunscribir la perspectiva singular de la labor analítica que, como trabajo, es propensa que generar ansiedades e inseguridades que un par intenta controlar participando en una actividad de premisas básicas. La tarea de la actividad de análisis es dar una idea (concientizarlos) sobre las creencias operantes de las premisas básicas.Los dilemas que enfrenta esta tarea, ya sea del lado del paciente, odel lado del analista se discuten considerando los respectivos lugares del síntoma y la interpretación del analista. Los mitos de Edipo, Edény y Orestes son utilizados para ilustrar la amenaza del superego arcaico, y el moralismo sobre el alcance de este conocimiento y la necesidad implícita de tolerar la inseguridad, imprecisión y la capacidad de relación destructiva de la interpretación. Por lo tanto, podemos garantizar una aproximación a la verdad y la creatividad como resultado de esta.<hr/>In this paper, the author focuses on the specificity of the analytic work that, as such, has a propensity to generate anxieties and insecurities. The dyad, thus, tries to control these by engaging in a basic assumption type activity. The analytic work's objective should be that of bringing, such operating beliefs of the basic assumption functioning, to consciousness. The impasses faced in going about with this task, be it from the point of view of the patient or the analyst, are here discussed, considering the respective positions of both the patient's symptoms and the analyst's interpretations. The myths of Oedipus, Eden and Orestes are used to illustrate the threat imposed by the archaic superego to consciousness, ultimately striving to achieve a greater proximity with truth, thus enabling the emergence of creativity.