Scielo RSS <![CDATA[Revista Brasileira de Psicanálise]]> http://pepsic.bvsalud.org/rss.php?pid=0486-641X20140001&lang=pt vol. 48 num. 1 lang. pt <![CDATA[SciELO Logo]]> http://pepsic.bvsalud.org/img/en/fbpelogp.gif http://pepsic.bvsalud.org http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0486-641X2014000100001&lng=pt&nrm=iso&tlng=pt <![CDATA[<b>Ivo Mesquita e o compromisso com a liberdade</b>]]> http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0486-641X2014000100002&lng=pt&nrm=iso&tlng=pt <![CDATA[<b>O compromisso com a liberdade</b>]]> http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0486-641X2014000100003&lng=pt&nrm=iso&tlng=pt A partir da entrevista de Ivo Mesquita, a autora relata ideias que lhe ocorreram à medida que se deixou afetar pelos comentários do entrevistado. Passeia pelo conceito freudiano de unheimlich, pela noção de sem memória e sem desejo de Bion, e pela literatura, para propor que o comprometimento do analista com a liberdade se expressa na capacidade e/ou possibilidade de expor a si mesmo ao desconhecido e ao estranhamento.<hr/>From the interview with Ivo Mesquita, the author reports ideas which occured to her as she allowed herself to be affected by the comments of the interviewee. She strolls through the Freudian concept of unheimlich, through Bion's notion of "without memory or desire" and through literature. All in order to propose that the analyst's commitment to freedom expresses itself in the capacity and/or possibility of exposing him or herself to the unknown and to estrangement.<hr/>A partir de la entrevista de Ivo Mesquita, la autora relata ideas que le surgieron a medida en que se dejó afectar por los comentarios del entrevistado. Pasea por el concepto freudiano de unheimlich, por la noción de sin memoria y sin deseo de Bion y por la literatura, para proponer que el compromiso del analista con la libertad se expresa en la capacidad y/o la posibilidad de exponerse a sí mismo a lo desconocido y al extrañeza. <![CDATA[<b>A obra-prima de cada um</b>]]> http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0486-641X2014000100004&lng=pt&nrm=iso&tlng=pt Este artigo parte de um breve comentário sobre a entrevista de Ivo Mesquita e, lançando mão de uma associação com o Projeto para uma psicologia científica, propõe reflexões sobre experiências de dor e satisfação.<hr/>This article is part of a short commentary on the interview with Ivo Mesquita and, from an association with the Project for a scientific psychology, proposes reflections on the experiences of pain and satisfaction.<hr/>Este artículo parte de un breve comentario sobre la entrevista de Ivo Mesquita, haciendo referencia a una asociación con el Proyecto para una psicología científica, propone reflexiones sobre las experiencias del dolor y de satisfacción. <![CDATA[<b>Comentários sobre a questão da Perplexidade no contexto das Mutações</b>]]> http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0486-641X2014000100005&lng=pt&nrm=iso&tlng=pt Em uma conversa entre dois colegas psicanalistas, compartilha-se uma experiência clínica na qual um deles é tomado de perplexidade causando-lhe verdadeira mutação em sua postura analítica. A partir disso, percorre-se a trajetória de uma discussão sobre o contexto das mutações no qual a perplexidade pode ocorrer, destaca-se a possibilidade do conhecimento derivado da surpresa e da dúvida, bem como leva-se em conta que, para a Psicanálise, a noção de Eu, e do seu saber, está em conjunção com a tensão inerente à dualidade pulsional.<hr/>In a conversation between two fellow psychoanalysts, a clinical experience is shared whereby one of them is taken by perplexity, causing a true mutation in the psychoanalyst's attitude in the clinic. From this, there is a discussion on the context of the mutations in which perplexity may occur. The possibility of knowledge derived from surprise and doubt is highlighted, and it is also taken into account that, in Psychoanalysis, the apprehension of 'I', and of its knowledge, is in conjunction with the tension inherent to the drive duality.<hr/>En una conversación entre dos colegas psicoanalistas se intercambia una experiencia clínica en la cual uno de ellos se queda perplejo, lo que le causa una verdadera mutación en su postura clínica. A partir de eso se recorre el camino de una discusión sobre el contexto de las mutaciones en el cual puede aparecer la perplejidad, se destaca la posibilidad del conocimiento derivado de la sorpresa y de la duda, así como se tiene en cuenta que para el Psicoanálisis, la noción del Yo y de su saber está en conjunción con la tensión inherente de la dualidad pulsional. <![CDATA[<b>A psicanálise na China</b>: <b>evolução e desafios</b>]]> http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0486-641X2014000100006&lng=pt&nrm=iso&tlng=pt A China é um país em rápido desenvolvimento, que apresenta necessidade crescente de atendimento psiquiátrico e psicoterapêutico devido a um aumento do sofrimento mental ligado tanto a mudanças na sociedade como a condições traumáticas do passado. O entendimento psicanalítico e as terapias psicanalíticas, cada vez mais, vêm atraindo o interesse dos profissionais e da sociedade. Neste artigo, descrevemos o desenvolvimento da psicanálise na China, e alguns dos desafios envolvidos no ensino da psicanálise e na formação de profissionais em psicanálise e psicoterapia psicanalítica. O conhecimento das diferenças culturais existentes entre a China e o Ocidente é enfatizado.<hr/>China is a fast developing country with growing need for psychiatric and psychotherapeutic services due to increase in mental suffering connected changes in society but also with traumatizing conditions in the past. Psychoanalytic understanding and psychoanalytic therapies has had growing interest among professionals and in the public. In this article we describe the development of psychoanalysis in China and some of the challenges involved in teaching psychoanalysis and training professionals in psychoanalysis and psychoanalytic psychotherapy. Awareness of cultural differences between China and the West are underlined.<hr/>China es un país en rápido desarrollo, que presenta una creciente necesidad de atención psiquiátrica y psicoterapéutica debido al aumento del sufrimiento mental relacionado tanto a los cambios en la sociedad como a las traumáticas del pasado. La atención psicoanalítica y las terapias psicoanalíticas están atrayendo un interés creciente entre los profesionales y la sociedad. En este artículo describimos el desarrollo del psicoanálisis en China y algunos de los retos involucrados en la enseñanza del psicoanálisis y en la formación de profesionales del psicoanálisis y de la psicoterapia psicoanalítica. El conocimiento de las diferencias culturales existentes entre China y Occidente también se destaca en el presente trabajo. <![CDATA[<b>A transmissão institucionalizada da psicanálise no início do século XXI</b>: <b>ensaio a partir da experiência</b>]]> http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0486-641X2014000100007&lng=pt&nrm=iso&tlng=pt Como preservar o fundamental da transmissão da psicanálise das resistências institucionais e culturais contemporâneas e como adequar-se aos novos formatos das demandas de formação sem perder o essencial que recebemos das primeiras gerações de analistas? Neste ensaio, o autor busca formular algumas respostas a esta questão a partir da sua experiência. A razão da pergunta que dá lugar ao ensaio gira em torno do desafio dos institutos de psicanálise e da formação de analistas na atualidade.<hr/>How to preserve the essential of the transmission of psychoanalysis from current institutional and cultural forms of resistance and how to adapt to the new formats of demands in education without losing the essence of what we received from the first generations of analysts? In this essay, the author seeks to offer some answers to this question from his experience. The reason for the question from which the essay stems revolves around the challenge of psychoanalytic institutes and around the current education of analysts.<hr/>¿Cómo preservar lo fundamental de la transmisión del psicoanálisis de las resistencias institucionales y culturales contemporáneas y cómo adecuarse a los nuevos formatos de las demandas de formación sin perder lo esencial que hemos recibido de las primeras generaciones de analistas? En este ensayo, el autor intenta dar algunas respuestas a esta cuestión a partir de sus experiencias. La razón de la pregunta que da lugar a este ensayo gira en torno al desafío de los institutos de psicoanálisis y de la formación de analistas en estos tiempos. <![CDATA[<b>Psicanalistas diante da questão homossexual</b>: <b>perplexidade?</b>]]> http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0486-641X2014000100008&lng=pt&nrm=iso&tlng=pt A revolução freudiana permitiu a fundamentação de uma clínica emancipadora do ser humano e um instrumental para a compreensão da peculiar relação do ser humano com seu desejo. Descaminhos na instrumentalização das teorias psicanalíticas podem levá-las a sustentar posições comprometidas com normatização e prescrições comportamentais alheias às propostas freudianas para a novidade de um "pastor de almas profano". Psicanálise é essencial e profundamente diferente de medicina e religião no que diz respeito à valorização de determinados comportamentos. O autor preocupa-se com o legado freudiano e a sustentação dessas posições que nos colocam, nós psicanalistas, na contracorrente.<hr/>The Freudian revolution allowed the establishment of a clinic emancipatory of the human being and instruments for the understanding of the peculiar relationship between man and his desire. Misleadings in the instrumentalization of psychoanalytic theories may lead them to hold positions committed to standardization and behavioral prescriptions unrelated to Freudian proposals for the creation of a "profane shepherd of souls". Psychoanalysis is essential and profoundly different from medicine and religion in terms of the appreciation of certain behaviors. The author is concerned about Freudian legacy and the sustainment of those positions which put us, psychoanalysts, in countercurrent.<hr/>La revolución freudiana ha permitido la fundamentación de una clínica emancipadora del ser humano y un instrumento para la comprensión de la relación peculiar del ser humano con su deseo. Descaminos en la instrumentalización de las teorías psicoanalíticas pueden llevarlas a sostener posiciones comprometidas con estandarización y prescripciones comportamentales, ajenas a las propuestas freudianas para la novedad de un "pastor de almas profano". El psicoanálisis es esencial y profundamente diferente de medicina y religión en lo que respecta a la valorización de determinados comportamientos. El autor se preocupa con la herencia freudiana y con la sustentación de estas posiciones que nos colocan, a nosotros psicoanalistas, a contracorriente. <![CDATA[<b>Realidade virtual e <i>setting</i></b>: <b>de costas para o futuro?</b>]]> http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0486-641X2014000100009&lng=pt&nrm=iso&tlng=pt Um grupo de psicanalistas da Sociedade Brasileira de Psicanálise de São Paulo sbpsp percebe a incidência cada vez maior de temas ligados à comunicação virtual em seus encontros clínicos semanais. A reflexão faz-se então necessária a partir da experiência de cada um dos membros e da literatura disponível. Autores como Giovanetti, Dorado de Lisondo, Guignard e Sharff contribuem para a discussão de um ponto de vista psicanalítico, bem como Novaes e Franklin Silva, através de uma abordagem filosófica. Várias vinhetas clínicas são apresentadas.<hr/>A group of psychoanalysts from SBPSP becomes aware of the increase in the number of themes related to virtual communication in their weekly clinical encounters. Thus, it becomes necessary to reflect based on the experience of each member and on the available literature. Authors such as Giovanetti, Dorado de Lisondo, Guignard and Sharff contribute to the discussion from a psychoanalytic point of view, as well as Novaes and Franklin Silva, through a philosophical approach. Several clinical vignettes are presented.<hr/>Un grupo de psicoanalistas de la SBPSP percibe la incidencia cada vez mayor de temas relacionados con la comunicación virtual en sus encuentros clínicos semanales. De ahí que la reflexión se hace necesaria a partir de la experiencia de cada uno de los miembros y de la literatura disponible. Autores como Giovanetti, Dorado de Lisondo, Guignard y Sharff contribuyen para la discusión de un punto de vista psicoanalítico, así como Novaes y Franklin Silva, a través de un enfoque filosófico. Varios casos clínicos son presentados. <![CDATA[<b>Sem centro, no meio</b>]]> http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0486-641X2014000100010&lng=pt&nrm=iso&tlng=pt O trabalho propõe uma diferença entre pensar nos vínculos e a partir dos vínculos. Nessa segunda opção, é necessário incluir a lógica da multiplicidade, um pensamento rizomático, ou seja, que não coloque o centro nem no sujeito, nem na história, nem no inconsciente, mas sim que transite pelo Entre, a partir do meio. Entre como produção vincular. Essas ideias são trabalhadas a partir do relato de uma consulta familiar.<hr/>The paper proposes that there is a difference between thinking of the links and thinking with the links as a starting point. In the latter, it is necessary to include the logic of multiplicity, a rhizomatic thought; in other words, one which doesn't place the center in the subject, in the story, nor in the unconscious, but instead which travels through the Between, from the middle. Between being link production. These ideas are developed from the report of a session of family therapy.<hr/>El trabajo propone una diferencia entre pensar en los vínculos y a partir de los vínculos. En esta segunda opción es necesario incluir la lógica de la multiplicidad, un pensamiento rizomático, es decir, que no coloque el centro ni en el sujeto, ni en la historia, ni en el inconsciente, sino que transite por el Entre, desde el medio. Entre como producción vincular. Se trabajan estas ideas a partir del relato de una consulta familiar. <![CDATA[<b>Psicanálise</b>: <b>território descoberto, território a descobrir</b>]]> http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0486-641X2014000100011&lng=pt&nrm=iso&tlng=pt A autora, a partir de uma clínica já experienciada e de leituras diversificadas, propõe refletir sobre qual é a tarefa do psicanalista nestes "novos tempos". Inicia o texto com um convite a uma viagem. Como os navegadores das descobertas do Novo Mundo, uma viagem ao novo, ao inesperado pleno de surpresas e perigos. Aproxima a vivência e as indagações dos navegantes à experiência dos psicanalistas frente ao sempre desconhecido da clínica. Assinala que "é preciso partir, quando o antigo já não basta", como o fizeram Colombo e Freud em suas inquietações, assim como o faz aquele que procura uma análise. Traz questões em várias frentes: desde o ponto de partida, o início de uma análise, até o ponto de chegada, que seria o momento do seu término. Assim levanta inúmeras questões que envolvem esta travessia tortuosa e que envolvem, fundamentalmente, a análise de si mesmo, o caminho interno para avalizar sua própria tarefa e a proposta oferecida aos novos analisandos: o encontro consigo na difícil tarefa do viver. Estas reflexões vão implicar, necessariamente, em termos da instituição, o tema da formação analítica.<hr/>The author, from a clinical experience and diverse readings, proposes a reflection on the task of the psychoanalyst in these "new times". She begins the text with an invitation to a trip. Just as with the navigators of the discoveries of the New World, a trip towards the new, to the unexpected, full of surprises and perils. She compares the experiences and questionings of these explorers to those of psychoanalysts, faced with the constant unknown of the clinic. She underlines that "it is necessary to depart when the old is no longer enough", as did Columbus and Freud in their unrest, and as does the person who seeks analysis. Issues from several areas are approached: since the starting point, the beginning of an analysis, until the ending point, which would represent its conclusion. This way, the text brings up numerous matters which involve this tortuous passage and which involve, fundamentally, self-analysis, the internal path for the validation of the psychoanalyst's own task and of the proposal offered to new analysands: the encounter with oneself in the difficult task of living. These reflections will imply, necessarily, in terms of the institution, the theme of analytic training.<hr/>La autora, a partir de una clínica ya experimentada y de lecturas diversificadas, propone reflexionar sobre cuál es la tarea del psicoanalista en estos "nuevos tiempos". Inicia el texto con una invitación a un viaje. Como los navegantes que descubrieron el Nuevo Mundo, un viaje a lo nuevo, a lo inesperado lleno de sorpresas y peligros. Aproxima la vivencia y las investigaciones de los navegantes a la experiencia de los psicoanalistas ante lo desconocido de la clínica. Señala que "es necesario partir, cuando lo antiguo no es suficiente", como hicieron Colón y Freud ante sus inquietudes, de la misma manera que quien busca un análisis. Tres temas en varios frentes: desde el punto de partida, el inicio de un análisis, hasta el punto de llegada, que sería el momento de su término. De esta forma plantea cuestiones que envuelven esta travesía tortuosa y que involucran, fundamentalmente, el análisis de sí mismo, el camino interno para evaluar su propia tarea y la propuesta ofrecida a los nuevos analizados: el encuentro consigo mismo en la difícil tarea de vivir. Estas reflexiones darán lugar, necesariamente, en términos de la institución, al tema de la formación analítica. <![CDATA[<b>Escutas em análise I Escutas poéticas</b>]]> http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0486-641X2014000100012&lng=pt&nrm=iso&tlng=pt O texto está dividido em duas partes: (I) a diversidade das estratégias de escuta em psicanálise a partir de Freud, e (II) as correlações entre o que fazemos como psicanalistas e o que fazem nossos colegas que exercem sua hermenêutica sobre textos literários, em especial, poesias. Tentaremos ir além da resposta clichê: "Escuta-se em atenção flutuante". Como posição ética, a atenção flutuante se mantém ao longo de toda a nossa história; em termos técnicos, os procedimentos vão se diferenciando, sucedendo e articulando em função dos avanços metapsicológicos e psicopatológicos na psicanálise. Hoje prevalece o que convém chamar de escuta polifônica.<hr/>The paper is divided into two parts: the first one deals with the diversity of strategies for listening in psychoanalysis taking Freud as a starting point; in the second part, correlations are established between what we do as psychoanalysts and what is done by our colleagues who exercise hermeneutics on literary texts and, in particular, poetry. We try to go beyond the standard answer: "Listening with evenly hovering attention". As an ethical standpoint, floating attention persists throughout our entire history, but in technical terms the procedures differ, succeed each other and articulate themselves around metapsychological and psychopathological advances in psychoanalysis. Today, what prevails is that which we can call "polyphonic listening".<hr/>El trabajo se divide en dos partes: una historia del psicoanálisis como historia de los procedimientos de atención (escucha), mientras la ética de la atención flotante se mantiene, y un estudio de las correspondencias entre la atención en análisis y las formas de lectura e interpretación de obras literarias. <![CDATA[<b>Em busca da simbolização</b>: <b>sonhando objetos bizarros e traumas iniciais</b>]]> http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0486-641X2014000100013&lng=pt&nrm=iso&tlng=pt O campo analítico reflete aspectos da capacidade de simbolização do paciente e da dupla analítica. Com base na teoria do pensamento de Bion, descrevem-se as vicissitudes da simbolização que se manifestam em um espectro que inclui sonhos e diferentes tipos de não-sonhos. Estes se apresentam no campo analítico por meio de fatos clínicos que revelam diferentes graus de simbolização. Material clínico ilustra como o analista, sonhando fatos clínicos em área psicótica (objetos bizarros) e em área traumática inicial (gestos psíquicos e enactments), promove os processos de simbolização. Dessa forma, o processo analítico amplia a rede simbólica do pensamento.<hr/>The analytical field reflects aspects of the symbolization capacity of the patient and of the analytic dyad. Through Bion's theory on thinking, the text describes the vicissitudes of symbolization that are seen in a spectrum which includes dreams and different types of non-dreams. These arise in the analytical field through clinical facts which reveal different degrees of symbolization. The clinical material illustrates how the analyst, dreaming in psychotic area (bizarre objects) and early traumatic area (psychic gestures and enactments), promotes symbolization processes. As such, the analytical process expands the symbolic net of the thought.<hr/>El campo analítico refleja aspectos de la capacidad de simbolización del paciente y del par analítico. Con base en la teoría del pensamiento de Bion, el trabajo describe las vicisitudes de simbolización que se manifiestan en un espectro que incluye sueños y diferentes tipos de no-sueños. Estos se presentan en el campo analítico a través de hechos clínicos que revelan diferentes grados de simbolización. Material clínico ilustra cómo el analista, soñando en área psicótica (objetos bizarros) y en área traumática inicial (gestos psíquicos y enactments), promueve los procesos de simbolización. De esta manera, el proceso analítico desarrolla la red simbólica del pensamiento. <![CDATA[<b>Uma crítica ao conceito de inconsciente a partir da Teoria dos Campos</b>: <b>implicações para a clínica psicanalítica</b>]]> http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0486-641X2014000100014&lng=pt&nrm=iso&tlng=pt Este trabalho retoma a crítica ao conceito de inconsciente proposta pela Teoria dos Campos, de Fabio Herrmann. Para Herrmann, o inconsciente - destituído do estatuto ontológico, substan-cialista e unitário - é uma lógica produtiva das representações. Ele não existe, mas há na medida em que o método interpretativo (a ruptura de campo) o faz surgir. Outra ideia apontada por esta crítica ao inconsciente é que o efeito desta ordem lógica que se manifesta no sintoma, nos atos falhos e nos sonhos está presente também nos rendimentos normais. Fragmentos da análise de uma criança serão utilizados para ilustrar implicações do conceito na clínica.<hr/>This work picks up on the critique of the concept of unconscious contained in the Multiple Fields Theory developed by Fabio Herrmann. According to Herrmann, the unconscious - when destitute of its ontological, material and unitary status - is a productive logic of representations. It does not exist, but it is there inasmuch as it is revealed by the interpretive method (the field rupture). Another idea pointed out by this critique of the unconscious is that the effect of this logical order that manifests itself in the symptom, in Freudian slips and in dreams is also present in the normal functioning. Fragments of the analysis of a child will be used to illustrate the implications of the concept in the clinical field.<hr/>Ese trabajo reanuda la crítica al concepto de inconsciente propuesto por la Teoría de los Campos, de Fabio Herrmann. Para Herrmann, el inconsciente - destituido del estatuto ontológico, sustancialista y unitario - es una lógica productiva de las representaciones. Él no existe, sino que está presente en la medida en que el método interpretativo (la ruptura de campo) lo hace surgir. Otra idea señalada por esa crítica al inconsciente es que el efecto de ese orden lógico que se manifiesta en el síntoma, en los actos fallidos y en los sueños está presente también en los rendimientos normales. Se utilizan fragmentos del análisis de un niño para ilustrar las implicaciones del concepto en la clínica. <![CDATA[<b>A mulher-calopsita</b>: <b>sobre agir e simbolizar em um processo analítico</b>]]> http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0486-641X2014000100015&lng=pt&nrm=iso&tlng=pt Este artigo procura colocar em discussão a transformação de processos agidos em processos de simbolização no campo transferencial-contratransferencial. A partir da apresentação de um caso clínico, o trabalho focaliza a experiência contratransferencial e seu poder de fornecer níveis fundamentais de comunicação inconsciente; privilegia, no contato da dupla analista e paciente, os elementos não verbais (corporais, musculares, sensoriais, interações cinestésicas, o tom de voz e a cadência etc) em seu potencial comunicativo e, no horizonte, simbolizante; defende que, em casos mais graves, é a experiência compartilhada de situações traumáticas angustiantes e o engajamento do próprio trabalho de simbolização da analista (contratransferência simbolizante) que podem vir a gerar, progressivamente, níveis de simbolização primária (representação da coisa) e níveis de simbolização secundária (representação da palavra).<hr/>This paper attempts an examination of how processes that are acted out in the transferential-countertransferential field gradually evolve to processes of symbolization during analysis. Starting with the presentation of a clinical case, the paper focuses on the countertransferential experience and its power to provide basic levels of unconscious communication. Non-verbal elements (bodily, muscular, sensory, kinesthetic interactions, tone of voice and cadence, etc.) are privileged in the contact between analyst and patient, in their communicative potential and eventual symbolizing potential. It is stated that, in more serious cases, the shared experience of distressing and traumatic situations and the engagement of the symbolization work of the analyst herself (symbolizing countertransference) may generate, progressively, different levels of primary symbolization (thing representation) and of secondary symbolization (word representation).<hr/>Este artículo busca plantear una discusión sobre la transformación de procesos actuados en procesos de simbolización en el campo transferencial-contratransferencial. A partir de la presentación de un caso clínico, el trabajo focaliza la experiencia contratransferencial y su poder de proveer niveles fundamentales de comunicación inconsciente; privilegia, en el contacto de la pareja analista y paciente, los elementos no verbales (corporales, musculares, sensoriales, interacciones con cenestesia, entonación de voz, cadencia, etc.) en su potencial comunicativo y, en el horizonte, simbólico; defiende que, en los casos más graves, es la experiencia compartida de situaciones traumáticas angustiantes y el compromiso del propio trabajo de simbolización del analista (contratransferencia que simboliza) que pueden generar, progresivamente, niveles de simbolización primaria (representación de la situación) y niveles de simbolización secundaria (representación de la palabra). <![CDATA[<b>Estudo e investigação de traços arcaicos em desenhos</b>: <b>novos métodos</b>]]> http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0486-641X2014000100016&lng=pt&nrm=iso&tlng=pt A reconstrução criativa dos desenhos de uma criança de sete anos permitiu observar que eles correspondiam à expressão de angústias primitivas relacionadas a fantasias arcaicas sobre a concepção, nidação e gestação. Foram três reconstruções: a primeira ocorreu por ocasião da análise, há vinte e nove anos; a segunda foi possível pela digitalização dos desenhos, ampliando a investigação e permitindo o acesso à mente primitiva; a terceira, feita com o reforço dos traços dos desenhos, permitiu alcançar novos níveis de expressão. A capacidade da mente de se inscrever em vários planos, tal qual um palimpsesto, graças à pulsão de vida, presente neste caso, é objeto desta investigação. Os autores sugerem uma leitura em dois níveis: o da realidade presente e o da verdade histórica. Estes vértices possibilitam à mente aproximar-se de sua "verdade", objeto da psicanálise - "verdade" que, por sua vez, permite a construção analítica da identidade do analisando.<hr/>Creative reconstructions of a seven year-old's drawings allowed us to observe that they corresponded to the expression of primitive anxieties related to archaic fantasies about conception, implantation, and pregnancy. There were three reconstructions: the first one took place at the time of the analysis, 29 years ago; the second one was possible by the digitalization of the drawings, which extended the inquiry by granting access to the primitive mind; the third reconstruction, through the strengthening of the drawings' strokes, allowed us to access new levels of expression. The capacity of the mind to inscribe itself on several planes, like a palimpsest, thanks to the pulsion of life, is the object of this inquiry. The authors suggest a two-level reading: the present reality and the historical truth. These points allow the mind to get closer to its "truth", the object of psychoanalysis - a "truth" that allows for the analytical construction of the patient's identity.<hr/>la reconstrucción creativa de dibujos infantiles de una niña de siete años permitió observar que coincidían con la expresión de ansiedades primitivas relacionadas con fantasías arcaicas sobre la concepción, la implantación y el embarazo. Se hicieron tres reconstrucciones: la primera durante el análisis de Clara, hace 29 años; la segunda fue posible debido a la digitalización de los dibujos, lo que amplió la investigación mediante el acceso a la mente primitiva; la tercera, por medio del fortalecimiento de los trazos de los dibujos, permitió alcanzar nuevos niveles de comunicación. La capacidad de la mente de inscribirse en planes diversos, como un palimpsesto, gracias al impulso de la vida, es el objeto de esta investigación. Los autores sugieren una lectura en dos niveles: la realidad presente y la verdad histórica. Estos vértices permiten que la mente se acerque a su "verdad", objeto del psicoanálisis - "verdad" que, a su vez, permite la construcción analítica de la identidad del paciente. <![CDATA[<b>Momentos de graça</b>: <b>presença e elaboração do "impassado"</b>]]> http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0486-641X2014000100017&lng=pt&nrm=iso&tlng=pt A partir do trabalho de Michel de M'Uzan sobre a criação literária e, em particular, da noção de "comoção criativa" que ele introduziu nos anos de 1970, o autor examina a dimensão traumática dessa "comoção". Propõe que esta pertence a uma temporalidade específica, que denomina de "impassado", ou "tempo atual", e que seria característica da emergência da "coisa inconsciente".<hr/>Taking as a starting point the work of Michel de M'Uzan on literary creation and, particularly, on the concept of "creative commotion" which he introduced in the 1970s, the author examines the traumatic dimension of this "commotion". He proposes that it belongs to a specific temporality, which he calls "unpast", or "present time", and that he sees it as characteristic of the emergence of the "unconscious thing".<hr/>A partir del trabajo de Michel de M'Uzan sobre la creación literaria y, en particular, de la noción de "conmoción creativa" que introdujo en los años 1970, el autor examina la dimensión traumática de esa "conmoción". Propone que ella pertenece a una temporalidad específica, que denomina "impasado", o "tiempo actual", y que sería característica de la emergencia de la "cosa inconsciente". <![CDATA[<b>Envelhescência</b>: <b>um fenômeno da modernidade à luz da psicanálise</b>]]> http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0486-641X2014000100018&lng=pt&nrm=iso&tlng=pt A partir do trabalho de Michel de M'Uzan sobre a criação literária e, em particular, da noção de "comoção criativa" que ele introduziu nos anos de 1970, o autor examina a dimensão traumática dessa "comoção". Propõe que esta pertence a uma temporalidade específica, que denomina de "impassado", ou "tempo atual", e que seria característica da emergência da "coisa inconsciente".<hr/>Taking as a starting point the work of Michel de M'Uzan on literary creation and, particularly, on the concept of "creative commotion" which he introduced in the 1970s, the author examines the traumatic dimension of this "commotion". He proposes that it belongs to a specific temporality, which he calls "unpast", or "present time", and that he sees it as characteristic of the emergence of the "unconscious thing".<hr/>A partir del trabajo de Michel de M'Uzan sobre la creación literaria y, en particular, de la noción de "conmoción creativa" que introdujo en los años 1970, el autor examina la dimensión traumática de esa "conmoción". Propone que ella pertenece a una temporalidad específica, que denomina "impasado", o "tiempo actual", y que sería característica de la emergencia de la "cosa inconsciente". <![CDATA[<b>Sessão de histórias</b>]]> http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0486-641X2014000100019&lng=pt&nrm=iso&tlng=pt A partir do trabalho de Michel de M'Uzan sobre a criação literária e, em particular, da noção de "comoção criativa" que ele introduziu nos anos de 1970, o autor examina a dimensão traumática dessa "comoção". Propõe que esta pertence a uma temporalidade específica, que denomina de "impassado", ou "tempo atual", e que seria característica da emergência da "coisa inconsciente".<hr/>Taking as a starting point the work of Michel de M'Uzan on literary creation and, particularly, on the concept of "creative commotion" which he introduced in the 1970s, the author examines the traumatic dimension of this "commotion". He proposes that it belongs to a specific temporality, which he calls "unpast", or "present time", and that he sees it as characteristic of the emergence of the "unconscious thing".<hr/>A partir del trabajo de Michel de M'Uzan sobre la creación literaria y, en particular, de la noción de "conmoción creativa" que introdujo en los años 1970, el autor examina la dimensión traumática de esa "conmoción". Propone que ella pertenece a una temporalidad específica, que denomina "impasado", o "tiempo actual", y que sería característica de la emergencia de la "cosa inconsciente". <![CDATA[<b>Il circuito della sofferenza Uno studio evoluzionistico sulla follia</b>]]> http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0486-641X2014000100020&lng=pt&nrm=iso&tlng=pt A partir do trabalho de Michel de M'Uzan sobre a criação literária e, em particular, da noção de "comoção criativa" que ele introduziu nos anos de 1970, o autor examina a dimensão traumática dessa "comoção". Propõe que esta pertence a uma temporalidade específica, que denomina de "impassado", ou "tempo atual", e que seria característica da emergência da "coisa inconsciente".<hr/>Taking as a starting point the work of Michel de M'Uzan on literary creation and, particularly, on the concept of "creative commotion" which he introduced in the 1970s, the author examines the traumatic dimension of this "commotion". He proposes that it belongs to a specific temporality, which he calls "unpast", or "present time", and that he sees it as characteristic of the emergence of the "unconscious thing".<hr/>A partir del trabajo de Michel de M'Uzan sobre la creación literaria y, en particular, de la noción de "conmoción creativa" que introdujo en los años 1970, el autor examina la dimensión traumática de esa "conmoción". Propone que ella pertenece a una temporalidad específica, que denomina "impasado", o "tiempo actual", y que sería característica de la emergencia de la "cosa inconsciente". http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0486-641X2014000100021&lng=pt&nrm=iso&tlng=pt A partir do trabalho de Michel de M'Uzan sobre a criação literária e, em particular, da noção de "comoção criativa" que ele introduziu nos anos de 1970, o autor examina a dimensão traumática dessa "comoção". Propõe que esta pertence a uma temporalidade específica, que denomina de "impassado", ou "tempo atual", e que seria característica da emergência da "coisa inconsciente".<hr/>Taking as a starting point the work of Michel de M'Uzan on literary creation and, particularly, on the concept of "creative commotion" which he introduced in the 1970s, the author examines the traumatic dimension of this "commotion". He proposes that it belongs to a specific temporality, which he calls "unpast", or "present time", and that he sees it as characteristic of the emergence of the "unconscious thing".<hr/>A partir del trabajo de Michel de M'Uzan sobre la creación literaria y, en particular, de la noción de "conmoción creativa" que introdujo en los años 1970, el autor examina la dimensión traumática de esa "conmoción". Propone que ella pertenece a una temporalidad específica, que denomina "impasado", o "tiempo actual", y que sería característica de la emergencia de la "cosa inconsciente".