Scielo RSS <![CDATA[Revista Brasileira de Psicanálise]]> http://pepsic.bvsalud.org/rss.php?pid=0486-641X20150004&lang=pt vol. 49 num. 4 lang. pt <![CDATA[SciELO Logo]]> http://pepsic.bvsalud.org/img/en/fbpelogp.gif http://pepsic.bvsalud.org http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0486-641X2015000400001&lng=pt&nrm=iso&tlng=pt <![CDATA[<b>Metapsicologia</b>: <b>a criança ideal, a criança de nossas dores</b>]]> http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0486-641X2015000400002&lng=pt&nrm=iso&tlng=pt O autor segue os passos da construção da noção de metapsicologia, expondo nela o método da descoberta, próprio à psicanálise. Para tanto, adentra algumas passagens do primeiro ensaio da metapsicologia de 1915. A pulsão como conceito-limite é problematizada em relação à constituição de nosso conhecimento. E, também, como sendo a condição de possibilidade da abertura da pulsão ao trabalho do objeto. Este participa no engendramento dos representantes da pulsão, implicando-se nos destinos de seus fins para a construção da malha de representações que constituem a vida psíquica. O trabalho discute as consequências da implicação do objeto na configuração clínica de paranoia feminina, agregando outro ensaio de Freud, do mesmo ano em que se empenha em redigir uma coletânea da metapsicologia.<hr/>The author follows the stages of construction of the metapsychological notion, in which he exposes the discovery method. This method is typical of psychoanalysis. To this end, the author examines some excerpts from the first metapsychological essay (1915). The instinctual drive as a limitidea is questioned in relation to the way our psychoanalytic knowledge is built. And it is also analyzed as a condition for the instinctual drive to possibly open itself to the object work. This object takes part in engendering instinctual (drive) representatives, and it is involved in the result of their purposes, in order to build the representational net of the psychic life. This paper discusses the effects of the implication of object work in the clinical configuration of the female paranoia. It evokes another Freudian essay from 1915, in which Freud strives for writing a metapsychological compilation.<hr/>El autor sigue los pasos de la construcción de la noción de metapsicología, dejando al descubierto en ella el método del descubrimiento propio del psicoanálisis. Para esto, se adentra en algunos pasajes del primer ensayo de metapsicología de 1915. La pulsión como concepto límite plantea problemas en relación a la constitución de nuestro conocimiento. Y, también, como siendo la condición de posibilidad de apertura de la pulsión al trabajo del objeto. Este participa en la creación de los representantes de la pulsión, vinculándose en los destinos de sus fines para la construcción de la red de representaciones que constituyen la vida psíquica. El trabajo discute las consecuencias de la implicación del objeto en la configuración clínica de la paranoia femenina, agregando otro ensayo de Freud, del mismo año, en el que se empeña en reescribir una colectánea de la metapsicología. <![CDATA[<b>Metapsicologia</b>: <b>a "pedra angular" que sustenta o edifício da psicanálise</b>]]> http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0486-641X2015000400003&lng=pt&nrm=iso&tlng=pt Este texto tem por objetivo fazer uma contextualização dos 120 anos da metapsicologia freudiana - nossa perene pedra angular. Para realizar tal meta, toma por interlocutor os centenários textos metapsicológicos de 1915. Sendo assim, discorre sobre sua pré-história, história e, por último, os desdobramentos da história. Diante desse contexto, acredita ter criado condições para legitimá-la como fonte fecunda na exploração das profundezas do Acheronta do ser contemporâneo.<hr/>This paper aims to contextualize 120 years of Freud's metapsychology - our perennial cornerstone. In order to achieve this goal, the author takes the centenary metapsychological papers (from 1915) as an interlocutor. He writes about its prehistory, history and, lastly, the ramifications of history. Given this context, the author believes he has created conditions to legitimate metapsychology as a prolific source, in order to explore the depths of the contemporary human being's Acheronta.<hr/>Este texto pretende hacer una contextualización de los 120 años de la metapsicología freudiana - nuestra perenne piedra angular. Para lograr tal objetivo toma por interlocutor los centenarios textos metapsicológicos de 1915. De esta forma, habla de su prehistoria, historia y, por último, los desdoblamientos de la historia. Ante este contexto, se considera que se han creado las condiciones para legitimarla como una fuente fecunda para explorar las profundidades de la Acheronta del ser contemporáneo. <![CDATA[<b>Metapsicologia, cem anos depois</b>]]> http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0486-641X2015000400004&lng=pt&nrm=iso&tlng=pt Este artigo propõe-se a considerar os destinos da teoria freudiana cem anos depois da publicação dos escritos metapsicológicos. Discute a tendência voltada para uma psicanálise mais leve, próxima da clínica, correlativa ao abandono do solo da sexualidade infantil e da teoria das pulsões. Interroga as consequências dos remanejamentos que o dispositivo analítico sofreu uma vez transposto o horizonte epistemológico em que foi pensado por Freud.<hr/>This paper aims to analyze the future of Freudian theory, one hundred years after Freud's metapsychological writings were first published. The author discusses the tendency towards a lighter psychoanalysis, which is closer to the psychoanalytic practice, and correlative to the abandonment of infantile sexuality and the abandonment of the theory of the instinctual drives. This paper questions the effects of changes in the psychoanalytic device, given that the epistemological horizon in Freud's thinking was crossed.<hr/>Este artículo tiene como objetivo considerar los destinos de la teoría freudiana cien años después de la publicación de los escritos metapsicológicos. Discute la tendencia dirigida a un psicoanálisis más leve, próximo a la clínica, correlativo al abandono del suelo de la sexualidad infantil y de la teoría de las pulsiones. Interroga las consecuencias de las reubicaciones que sufrió el dispositivo analítico una vez que se traspasó el horizonte epistemológico en el que fue pensado por Freud. <![CDATA[<b>A metapsicologia como palco de diálogo teórico acerca da técnica, clínica, vida psíquica e cultura<a href="#end"><sup>1</sup></a></b>]]> http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0486-641X2015000400005&lng=pt&nrm=iso&tlng=pt A autora saúda a iniciativa do congresso em iluminar os textos metapsicológicos como palco de diálogo com a clínica, a técnica e a cultura. Examinando o contexto histórico brasileiro, formula hipóteses para avaliar a predominância de alguns conceitos no ensino da metapsicologia. Refere pesquisa que vincula a "virada de 1920" à influência do romantismo germânico no pensamento de Freud, como possibilidade de acesso ao misterioso e irracional dos últimos textos freudianos. Sugere que os conceitos de pulsão de morte, identificação primária, desamparo, masoquismo primário, construções e feminilidade podem escapar ao impasse da racionalidade iluminista quando se convoca a "feiticeira metapsicológica".<hr/>The author praises the congress initiative of highlighting the metapsychological writings as a place for dialogues with practice, technique and culture. By examining the Brazilian historical context, the author proposes hypotheses in order to evaluate the predominance of some concepts in the metapsychological teaching. The author refers to a research that relates the "turning point of 1920" to the influence of the German Romanticism in Freud's thinking, as a possible access to the mysterious and irrational ideas in the last Freudian writings. The author also suggests that the concepts of death drive, primary identification, abandonment, primary masochism, constructions and femininity may escape from the impasse of Enlightenment Rationality, when the "metapsychological witch" is called.<hr/>La autora acoge con beneplácito la iniciativa del congreso de iluminar los textos metapsicológicos como palco de diálogo con la clínica, la técnica y la cultura. Examinando el contexto histórico brasileño, formula hipótesis para evaluar el predominio de algunos conceptos en la enseñanza de la metapsicología. Hace referencia a una investigación que vincula el "cambio de 1920" con la influencia del romanticismo alemán en el pensamiento de Freud, como posibilidad de acceso a lo misterioso e irracional de los últimos textos freudianos. Sugiere que los conceptos de pulsión de muerte, identificación primaria, desamparo, masoquismo primario, construcciones y feminidad pueden escapar del estancamiento de la racionalidad iluminista cuando se convoca la "hechicera metapsicológica". <![CDATA[<b>Contribuições para uma teoria sobre a constituição do supereu cruel<a href="#end"><sup>1</sup></a></b>]]> http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0486-641X2015000400006&lng=pt&nrm=iso&tlng=pt A autora esboça uma teoria sobre a constituição do supereu cruel na qual o inconsciente do objeto primário tem um papel preponderante. Em função da angústia ligada a seu núcleo paranoico, o objeto defende seu narcisismo atacando, inconscientemente, o narcisismo do infans com elementos-beta que podem ser caracterizados como tanáticos. O psiquismo em formação se defende desse ataque por meio de duas defesas primárias, a clivagem e a identificação com o agressor, que originam o núcleo psicótico a que chamamos supereu cruel. Dois fragmentos clínicos são usados para tentar reconhecer quais são e como agem os elementos-beta tanáticos. O primeiro permite identificar uma forma de abuso psíquico na qual o objeto obriga a criança a "pagar a conta" do trabalho psíquico que não consegue realizar. O segundo revela a relação entre as características do supereu cruel (ódio ao eu, controle tirânico, falta de empatia) e a intolerância do aspecto paranoico do objeto às manifestações da subjetividade do infans.<hr/>The author outlines a theory of the constitution of the cruel superego. The unconscious of the primary object has a leading role in this constitution. Because of the angst related to his own paranoid nucleus (paranoid core), the object defends his narcissism by unconsciously attacking the narcissism of the infans with beta elements that can be characterized as thanatic. The developing psyche defends itself from this attack by using two primary defenses: the cleavage and the identification with the aggressor. These defenses create the psychic core (psychic nucleus) we call cruel superego. The author presents two clinical vignettes in order to attempt to identify these beta elements, and to understand how they act. The first vignette allows us to recognize a form of psychic abuse in which the object forces the child to "pay the bill" for the psychic work that he or she cannot perform. The second vignette reveals the relationships between some features of the superego (hatred of ego, tyrannical control, lack of empathy) and the intolerance of the paranoid aspect of the object to the manifestations of the infans subjectivity.<hr/>La autora esboza una teoría sobre la constitución del superyó cruel en la que el inconsciente del objeto primario tiene un papel preponderante. En virtud de la angustia relacionada con su propio núcleo paranoico, el objeto defiende su narcisismo atacando inconscientemente el narcisismo del infans con elementos beta que se pueden caracterizar como tanáticos. La psique en formación se defiende con dos defensas primarias, escisión e identificación con el agresor, que originan el núcleo psicótico que llamamos superyó cruel. Se utilizan dos fragmentos clínicos para tratar de reconocer cuáles son y cómo actúan los elementos beta tanáticos. El primero nos permite reconocer una forma de abuso en el que el objeto requiere que el niño "pague la factura" del trabajo psíquico que no puede realizar. El segundo revela la relación entre las características del superyó (odio al yo, control tiránico, crueldad, falta de empatía) y la intolerancia de los aspectos paranoicos del objeto a las manifestaciones de la subjetividad del infans. <![CDATA[<b>Ensaio sobre algumas abstrações nosso universo simbólico -a valência da palavra</b>]]> http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0486-641X2015000400007&lng=pt&nrm=iso&tlng=pt A autora procura apresentar e comparar alguns aspectos do pensamento de Cassirer e do de Bion sobre a existência e a formação de um sistema simbólico na mente do homem. Mais especificamente, busca localizar e resgatar o conceito de símbolo na obra de Bion O aprender com a experiência, bem como a complexidade desse conceito e sua importância no intricado trabalho de psicanálise. Além disso, são apresentadas algumas considerações sobre as dificuldades para a aquisição e expansão desse universo simbólico, e também sobre algumas particularidades de nossa cultura atual que parecem não colaborar para esse processo de desenvolvimento, ao menos na forma como estamos habituados a pensá-lo.<hr/>This paper is the author's attempt to present and compare some aspects of Cassirer's and Bion's ideas of the existence and the constitution of the symbolic system in the human mind. The author also writes about common aspects found in both of their ideas. More specifically, the purpose of this paper is to find and rescue the concept of symbol in Bion's work Learning from experience. This paper also aims to emphasize the complexity of this concept and its importance for the complicated psychoanalytic work. In addition, the author presents some thoughts on the difficulties in obtaining and expanding the symbolic universe. Furthermore, she writes about some features of our current culture that seem not to help in this development process, at least, in the way we are used to think of it.<hr/>La autora tiene como objetivo presentar y comparar algunas ideas propuestas por autores de diferentes disciplinas, Cassirer (filosofía) y Bion (psicoanálisis), en relación a la existencia y a la formación del sistema simbólico en la mente del hombre. De una forma más específica, el texto busca sondear afinidades de pensamiento entre los dos autores. También busca localizar y rescatar el concepto de símbolo en el texto de Bion El aprender con la experiencia y enfatizar la complejidad de ese concepto y su importancia en el trabajo del psicoanálisis. Además, se presentan algunas consideraciones sobre las dificultades para la adquisición y expansión del universo simbólico, así como algunas particularidades de nuestra cultura actual que parecen no colaborar con ese proceso de desarrollo en la forma como estamos habituados a pensarlo. <![CDATA[<b>O rei e a omelete de amoras</b>]]> http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0486-641X2015000400008&lng=pt&nrm=iso&tlng=pt A autora fala da dificuldade no atendimento de alguns casos difíceis e da necessidade da escrita do analista para a elaboração posterior de aspectos contratransferenciais e sua utilização nestes atendimentos. Traz um caso de uma paciente terminal, que vive uma doença dramática e usa a análise para tentar manter-se minimamente organizada. Fica evidente o enorme trabalho psíquico que deverá ser feito pela dupla, analista e analisando, para lidar com a morte próxima da paciente, quando passa a haver uma grande expansão libidinal, assim como um aumento do seu apetite relacional, enquanto se desenvolve uma relação transferencial profundamente regressiva, exigindo do analista uma boa capacidade de rêverie.<hr/>This paper is about the difficulty in treating some difficult cases. The author writes about the need of psychoanalyst's notes, in order to further elaborate countertransferential aspects, and to use it in those therapy sessions. The author brings a case of a terminal patient, who has been suffering from a terrible disease. That patient has used her therapy as a way to keep herself (her mind) reasonably organized. It's evident the very hard psychic work that must have been done by both, therapist and patient, in order to deal with that patient's imminent death. At that time, a great libidinal expansion happened to exist, and the patient's relational appetite started increasing, while a deeply regressive transferential relationship has been developed, which has required from the therapist a great ability of rêverie.<hr/>La autora habla de la dificultad de la atención en algunos casos difíciles y de la necesidad de la escritura del analista para la elaboración posterior de los aspectos contratransferenciales y su utilización en esos casos. Presenta el caso de una paciente terminal, que vive una enfermedad dramática, y utiliza el análisis para tratar de mantenerse mínimamente organizada. Es evidente el inmenso trabajo psíquico que deberá ser hecho por la pareja, analista y analizado, para lidiar con la muerte próxima del paciente, cuando empieza una gran expansión libidinal así como un aumento de su apetito de relacionarse, mientras se desarrolla una relación de transferencia profundamente regresiva que requiere del analista una buena capacidad de rêverie. <![CDATA[<b>"Mãos ao alto</b>: <b>perdeu, playboy!": considerações sobre o luto e os analistas</b>]]> http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0486-641X2015000400009&lng=pt&nrm=iso&tlng=pt A autora reflete acerca do constante trabalho de luto imposto aos analistas pelas incessantes demandas de ligação e desligamento que envolvem a clínica. Tece um paralelo com o poema de Elizabeth Bishop "One art", no qual o impacto das perdas é sempre minimizado, e questiona-se se há possibilidade de abrandamento desse impacto via o desinvestimento, como sugere a poesia. Enfatiza a inevitabilidade da dor despertada pela ausência do objeto, a não anestesia, e sinaliza a importância de um outro como presença ulterior que possa ser evocada na dor - uma vez que se tenha constituído como marca. Um fragmento clínico é relatado para indicar como o trabalho de luto na analista no decorrer de uma sessão abriu a possibilidade de enlaçamento do traumático pela via representacional e permitiu a retomada de sua escuta. Conclui, então, que dispor-se a traumatizar-se é o ofício de um analista.<hr/>The author reflects upon the constant work of mourning required by analysts due to the never ceasing impositions of connection and separation implicated in the psychoanalytical clinic. She weaves a parallel with the poem of Elizabeth Bishop "One art", in which she tries to reduce the impact of losses to a minimum. She then wonders if there is any possibility of softening this impact, through the proposed "disinvestment", or, conversely, when underlining the inevitability of the pain aroused by the absence of the object, the non-anesthesia, she points out the role of one "other" as a founding presence that can be evoked - for it had become a trace. A clinical fragment illustrates how the work of mourning in the analyst during a session lead to the resuming of her clinical listening by allowing the capture of the traumatic by the representational. She concludes, then, that being an analyst demands a disposition to be constantly traumatized.<hr/>La autora reflexiona acerca del constante trabajo de duelo requerido por los analistas debido a las imposiciones incesantes de conexión y separación implicadas en el ejercicio de la clínica psicoanalítica. Teje un paralelo al poema de Elizabeth Bishop "Un arte", en el cual el impacto de las pérdidas se reduce siempre a un mínimo. Se pregunta entonces si hay cualquier posibilidad de ablandamiento de ese impacto, con la desinvestidura, o, inversamente, al subrayar la inevitabilidad del dolor causado por la ausencia del objeto, la no anestesia, ella precisa el papel de un "otro" como presencia fundante que se pueda evocar en el dolor - una vez que se haya convertido en una huella. Un fragmento clínico ilustra cómo el trabajo de duelo en la analista misma, durante la sesión, llevó a la reanudación de su escucha clínica, permitiendo la captura del traumático por la vía representacional. Concluye que ser analista demanda una permanente disposición a traumatizarse. <![CDATA[<b>Après-coup</b>: <b>a dimensão traumática</b>]]> http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0486-641X2015000400010&lng=pt&nrm=iso&tlng=pt As noções de consciente e inconsciente acarretam uma temporalidade heterogênea, presente em diversas expressões do psiquismo. Essa heterogeneidade do tempo se tornou ainda mais complexa com o conceito de nachträglichkeit, cunhado por Freud e mais conhecido pela expressão francesa après-coup. O conceito de après-coup transformou as noções de causalidade psíquica e temporalidade, pois se refere a um fenômeno em dois tempos: marcas mnêmicas são remodeladas a partir de fatos posteriores que, por sua relação simbólica com os fatos passados, lhes conferirão sentido e eficácia psíquica. A falta de uma teorização específica por parte de Freud e a presença de diferentes significados para o termo em sua obra, aliadas ao seu desaparecimento dos textos psicanalíticos pós-freudianos até a década de 1950, contribuíram para que o conceito sofresse uma perda da especificidade, sendo seu uso mais comum o de sinônimo de "aquilo que vem depois". Diferentemente dessa visão, neste trabalho propõe-se um estudo que busca destacar certa especificidade do fenômeno do après-coup, ressaltando seus aspectos traumáticos e transformadores, ponto de vista esse que o diferencia da noção predominante em psicanálise de uma compreensão tardia e retrospectiva.<hr/>The concepts of conscious and unconscious lead to an heterogeneous temporality, which is present in different expressions of psyche. This heterogeneity of time became even more complex due to the concept of Nachträglichkeit, which is better-known as the French term après-coup. The concept of après-coup has changed the notions of psychic causality and temporality, as it refers to a two-stage phenomenon: mnemonic traces are remodeled from ulterior facts. These ulterior facts will provide them meaning and psychic efficacy due to their symbolic relation with past facts. Freud did not propose a specific theory about Nachträglichkeit; different meanings for the term can be found in his work. These factors, plus the fact that Nachträglichkeit had been no longer found in post-Freudian psychoanalytic papers until the 50's, contributed to a loss of specificity in the concept, which has been more commonly used as "afterwardness". From another point of view, this paper aims to emphasize a certain specificity of the après-coup phenomenon, highlighting its traumatic, transforming aspects. This point of view distinguishes it from the prevailing notion in psychoanalysis: a late, retrospective understanding.<hr/>Las nociones de consciente e inconsciente traen consigo una temporalidad heterogénea, que está presente en diversas expresiones del psiquismo. Esta heterogeneidad del tiempo se tornó más compleja con el concepto de Nachträglichkeit, acuñado por Freud y más conocido por la expresión francesa après-coup. El concepto de après-coup transformó las nociones de causalidad psíquica y temporalidad, pues hace referencia a un fenómeno en dos tiempos: las marcas mnémicas se remodelan a partir de los hechos posteriores que, debido a su relación simbólica con los hechos pasados, les darán sentido y eficiencia psíquica. La falta de una teoría específica por parte de Freud y la presencia de diferentes significados en su obra para el término, unido a su desaparecimiento de los textos psicoanalíticos pos freudianos hasta la década de 1950, contribuyeron para que el concepto sufriera una pérdida de especificidad, siendo su uso más común el de sinónimo de "aquello que viene después". A diferencia de esta visión, este trabajo se propone realizar un estudio que busca destacar cierta especificidad del fenómeno del après-coup resaltando sus aspectos traumáticos y transformadores, un punto de vista que lo diferencia de la noción predominante en el psicoanálisis de una comprensión tardía y retrospectiva. <![CDATA[<b>O campo do "poético" nas situações-limite do tratamento analítico</b>]]> http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0486-641X2015000400011&lng=pt&nrm=iso&tlng=pt O seguinte trabalho explora a constituição do poético na palavra e a sua ausência nas múltiplas situações clínicas que o autor define como situações-limite, caracterizadas pela modificação dos parâmetros fundamentais do tratamento analítico. A ausência do poético dá conta da necessidade de uma linguagem monossêmica, aderente à coisa, da supressão de tudo aquilo que poderia evocar a outra cena, a fim de evitar o reencontro com rastros e experiências perceptivas traumáticas ou destrutivas das dificuldades representativas. O objetivo da análise - reintroduzir o poético por meio da regra fundamental - é duramente posto à prova nesses casos e se supõe a sua redescoberta/constituição por meio da busca de todas as dimensões tradutório-subjetivas que existem, a despeito de cada condição.<hr/>This paper explores the constitution of poetics in the word, and its lack in multiple clinical situations that the author defines as limit situations. The change in the core parameters of psychoanalytic treatment characterizes these situations. The absence of poetics deals with the need of a monosemic language, which sticks to the thing, and with the supression of everything that could evoke the other scene, in order to avoid the revival of trails and experiences - perceptual experiences that were destructive or traumatic - of representative difficulties. The purpose of the analysis, which is the reintroduction of the poetics through the essential rule, is hardly challenged in these cases, and the author assumes its rediscovery/constitution by searching for all the translational-subjective dimensions that exist in spite of each condition.<hr/>El presente trabajo explora cómo se constituye lo poético en la palabra, así como su ausencia en múltiples situaciones clínicas que el autor define como situaciones límite, que se caracterizan por la modificación de los parámetros fundamentales de la terapia analítica. La ausencia de lo poético hace que sea necesario un lenguaje de un solo significado, adherente a la cosa, la supresión de todo lo que pueda evocar a la otra escena, con el fin de evitar el reencuentro con huellas y experiencias perceptivas traumáticas o destructivas de las dificultades representativas. En estos casos se pone a dura prueba la finalidad del análisis, es decir, reintroducir lo poético por medio de la regla fundamental, entonces se supone su reconstitución, buscando todas esas dimensiones traductor-subjetivas que existen, a pesar de cada condición. <![CDATA[<b>O que a subjetividade contemporânea tem a ver com o romance e o miniconto?</b>]]> http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0486-641X2015000400012&lng=pt&nrm=iso&tlng=pt O artigo demonstra haver uma forte ligação entre diferentes afirmações de Fabio Herrmann sobre o quotidiano, o pensamento, o ato e sua ideia de que a ficção é o análogo da psicanálise. Partindo de uma breve investigação sobre os gêneros literários e seus vínculos com a história e com os povos, a autora traça algumas relações entre a modernidade, o romance e o neurótico a fim de empreender uma análise sobre o miniconto, evidenciando sua ligação com as novas patologias e a subjetividade contemporânea.<hr/>This paper demonstrates the existence of a strong relationship between Fabio Herrmann's different statements about everyday life, thinking, act, and his idea of fiction as being the analogue of psychoanalysis. Starting from a brief investigation into literary genres and their relations with history and peoples, the author relates modernity, novel and the neurotic, in order to perform an analysis of the very short story, emphasizing its connection with new pathologies and the contemporary subjectivity.<hr/>El artículo demuestra que existe una fuerte conexión entre diferentes afirmaciones de Fabio Herrmann sobre lo cuotidiano, el pensamiento, el acto y su idea de que la ficción es el análogo del psicoanálisis. Partiendo de una breve investigación sobre los géneros literarios y sus relaciones con la historia y con los pueblos, la autora traza algunas relaciones entre la modernidad, la novela y lo neurótico, a fin de emprender un análisis del minicuento, mostrando su relación con las nuevas patologías y con la subjetividad contemporánea. <![CDATA[<b>Algumas considerações sobre a masculinidade</b><b>⇔</b><b>feminilidade no interior da vida psíquica</b>]]> http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0486-641X2015000400013&lng=pt&nrm=iso&tlng=pt O presente trabalho procura refletir sobre a questão da masculinidade e da feminilidade, como funções mentais, tanto no homem quanto na mulher, já que ambas convivem no interior de nossa vida psíquica, criando, preservando e negando aspectos de cada experiência particular. Propõe expandir essas reflexões apontando que, quando estas funções não estão integradas no interior de nossa vida psíquica, se expressam em rivalidades dentro de nós mesmos, bem como em nossas relações amorosas, fraternas e profissionais, em detrimento do encontro complementar recíproco que suporta a incompletude humana em busca de relações criativas.<hr/>This paper aims to reflect on the issue of masculinity and femininity as both men's and women's mental functions. We take into account the fact that masculinity and femininity coexist inside our psychic life, creating, preserving, and denying aspects of each particular experience. The author proposes some extended thoughts as she points out that, if these functions are not integrated inside our psychic life, they express themselves in rivalries inside ourselves and in our loving, fraternal, and professional relationships. It harms the reciprocal and complementary encounter that underlies the human incompleteness in its search for creative relationships.<hr/>El presente trabajo busca reflexionar sobre el tema de la masculinidad y la feminidad, como funciones mentales, tanto en el hombre como en la mujer, puesto que ambas conviven, en el interior de nuestra vida psíquica, creando, preservando y rechazando a los aspectos de cada experiencia particular. Propone ampliar esta reflexión señalando que, cuando estas funciones no están integradas en el interior de nuestra vida psíquica, se expresan en rivalidades dentro de nosotros mismos, así como en nuestras relaciones amorosas, fraternas y profesionales, en detrimento del encuentro complementario recíproco que soporta la incompletitud humana en la búsqueda de relaciones creativas. <![CDATA[<b>O processo comum ao sonho e ao tratamento psicanalítico</b>]]> http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0486-641X2015000400014&lng=pt&nrm=iso&tlng=pt Tanto no sonho quanto no tratamento analítico, a atividade psíquica fica entregue ao comando do princípio do prazer que, melhor que o eu, sabe se moldar às estruturas do aparelho anímico, a suas falhas, e sabe também tratar delas. O processo primário assim ativado refunda os afetos e as representações inconscientes em redes economicamente mais satisfatórias.<hr/>Both in dream and in the psychoanalytic treatment, psychic activity is surrendered to the command of the pleasure principle. Better than the self, the pleasure principle knows how to adapt itself to the psychic apparatus and its flaws, and it also knows how to treat them. Once the primary process is in this way activated, it deepens affections and unconscious representations in economically more satisfying nets.<hr/>Tanto en el sueño como en el tratamiento analítico, la actividad psíquica se entrega al mando del principio del placer que, mejor que el yo, sabe moldarse a las estructuras del aparato anímico, a sus errores, y sabe, también, tratarlos. El proceso primario activado de esta forma reformula los afectos y las representaciones inconscientes en redes económicamente más satisfactorias. <![CDATA[<b>Não me abandone jamais</b>: <b>memória e esquecimento - representando o irrepresentável (diálogo entre arte e psicanálise)</b>]]> http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0486-641X2015000400015&lng=pt&nrm=iso&tlng=pt O antimonumento, expressão artística contemporânea, trabalha a memória de acontecimentos traumáticos e sua contrapartida, o esquecimento, de maneira bastante peculiar e próxima da experiência psicanalítica. São acontecimentos que muitas vezes não encontram possibilidade de representação, e a eles se dedicam os artistas alemães Horst Hoheisel e Andreas Knitz, assim como a artista brasileira Fulvia Molina. O trabalho destes artistas propõe a quebra da saturação de representação que certos objetos artísticos detêm, pelo convite a que os espectadores o completem com o próprio corpo e memória. Iniciaram, assim, essa nova prática artística, a construção de um monumento vivo, impermanente. Este texto, como se fora um antimonumento, foi elaborado por Cintia Buschinelli a partir de entrevistas realizadas por Silvana Rea com os três artistas e de consulta a um artigo de Márcio Seligmann-Silva. É um texto, portanto, construído por vários autores.<hr/>Anti-monument (a contemporary artistic term) works the memory for traumatic events and its opposite, the forgetfulness, in a very particular way that is also close to the psychoanalytic experience. The German artists Horst Hoheisel and Andreas Knitz, and the Brazilian artist Fulvia Molina are devoted to those events, which usually cannot be represented. Those artists' work proposes to break the representational saturation of some artistic objects, by inviting the audience to fill it with their (spectators') own bodies and memories. In this way, those artists have started a new artistic practice, a construction of a living and impermanent monument. As an anti-monument, this paper was written by Cintia Buschinelli, who produced it from Silvana Rea's interviews of the three artists herein mentioned, and from a close reading of a Márcio Seligmann-Silva's article. It means that this paper was developed by several authors.<hr/>El antimonumento, una expresión artística contemporánea, trabaja la memoria de sucesos traumáticos y su contrapartida, el olvido, de forma bastante peculiar y próxima a la experiencia psicoanalítica. Son acontecimientos que muchas veces no encuentran una posibilidad de representación, y a ellos se dedican los artistas alemanes Horst Hoheisel y Andreas Knitz, así como la artista brasileña Fulvia Molina. El trabajo de estos artistas propone la quiebra de la saturación de representación que ciertos objetos artísticos poseen, por la invitación a que los espectadores lo completen con el propio cuerpo y memoria. De esta forma iniciaron esta nueva práctica artística, la construcción de un monumento vivo, no permanente. Este texto, como si fuera un antimonumento, fue elaborado por Cintia Buschinelli a partir de entrevistas realizadas por Silvana Rea a los tres artistas y de la consulta de un artículo de Márcio Seligmann-Silva. Es un texto, por tanto, construido por varios autores. <![CDATA[<b>Psicanálise entrevista (Vol. 2)</b>]]> http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0486-641X2015000400016&lng=pt&nrm=iso&tlng=pt O antimonumento, expressão artística contemporânea, trabalha a memória de acontecimentos traumáticos e sua contrapartida, o esquecimento, de maneira bastante peculiar e próxima da experiência psicanalítica. São acontecimentos que muitas vezes não encontram possibilidade de representação, e a eles se dedicam os artistas alemães Horst Hoheisel e Andreas Knitz, assim como a artista brasileira Fulvia Molina. O trabalho destes artistas propõe a quebra da saturação de representação que certos objetos artísticos detêm, pelo convite a que os espectadores o completem com o próprio corpo e memória. Iniciaram, assim, essa nova prática artística, a construção de um monumento vivo, impermanente. Este texto, como se fora um antimonumento, foi elaborado por Cintia Buschinelli a partir de entrevistas realizadas por Silvana Rea com os três artistas e de consulta a um artigo de Márcio Seligmann-Silva. É um texto, portanto, construído por vários autores.<hr/>Anti-monument (a contemporary artistic term) works the memory for traumatic events and its opposite, the forgetfulness, in a very particular way that is also close to the psychoanalytic experience. The German artists Horst Hoheisel and Andreas Knitz, and the Brazilian artist Fulvia Molina are devoted to those events, which usually cannot be represented. Those artists' work proposes to break the representational saturation of some artistic objects, by inviting the audience to fill it with their (spectators') own bodies and memories. In this way, those artists have started a new artistic practice, a construction of a living and impermanent monument. As an anti-monument, this paper was written by Cintia Buschinelli, who produced it from Silvana Rea's interviews of the three artists herein mentioned, and from a close reading of a Márcio Seligmann-Silva's article. It means that this paper was developed by several authors.<hr/>El antimonumento, una expresión artística contemporánea, trabaja la memoria de sucesos traumáticos y su contrapartida, el olvido, de forma bastante peculiar y próxima a la experiencia psicoanalítica. Son acontecimientos que muchas veces no encuentran una posibilidad de representación, y a ellos se dedican los artistas alemanes Horst Hoheisel y Andreas Knitz, así como la artista brasileña Fulvia Molina. El trabajo de estos artistas propone la quiebra de la saturación de representación que ciertos objetos artísticos poseen, por la invitación a que los espectadores lo completen con el propio cuerpo y memoria. De esta forma iniciaron esta nueva práctica artística, la construcción de un monumento vivo, no permanente. Este texto, como si fuera un antimonumento, fue elaborado por Cintia Buschinelli a partir de entrevistas realizadas por Silvana Rea a los tres artistas y de la consulta de un artículo de Márcio Seligmann-Silva. Es un texto, por tanto, construido por varios autores. <![CDATA[<b>A infância através do espelho</b>: <b>a criança no adulto, a literatura na psicanálise</b>]]> http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0486-641X2015000400017&lng=pt&nrm=iso&tlng=pt O antimonumento, expressão artística contemporânea, trabalha a memória de acontecimentos traumáticos e sua contrapartida, o esquecimento, de maneira bastante peculiar e próxima da experiência psicanalítica. São acontecimentos que muitas vezes não encontram possibilidade de representação, e a eles se dedicam os artistas alemães Horst Hoheisel e Andreas Knitz, assim como a artista brasileira Fulvia Molina. O trabalho destes artistas propõe a quebra da saturação de representação que certos objetos artísticos detêm, pelo convite a que os espectadores o completem com o próprio corpo e memória. Iniciaram, assim, essa nova prática artística, a construção de um monumento vivo, impermanente. Este texto, como se fora um antimonumento, foi elaborado por Cintia Buschinelli a partir de entrevistas realizadas por Silvana Rea com os três artistas e de consulta a um artigo de Márcio Seligmann-Silva. É um texto, portanto, construído por vários autores.<hr/>Anti-monument (a contemporary artistic term) works the memory for traumatic events and its opposite, the forgetfulness, in a very particular way that is also close to the psychoanalytic experience. The German artists Horst Hoheisel and Andreas Knitz, and the Brazilian artist Fulvia Molina are devoted to those events, which usually cannot be represented. Those artists' work proposes to break the representational saturation of some artistic objects, by inviting the audience to fill it with their (spectators') own bodies and memories. In this way, those artists have started a new artistic practice, a construction of a living and impermanent monument. As an anti-monument, this paper was written by Cintia Buschinelli, who produced it from Silvana Rea's interviews of the three artists herein mentioned, and from a close reading of a Márcio Seligmann-Silva's article. It means that this paper was developed by several authors.<hr/>El antimonumento, una expresión artística contemporánea, trabaja la memoria de sucesos traumáticos y su contrapartida, el olvido, de forma bastante peculiar y próxima a la experiencia psicoanalítica. Son acontecimientos que muchas veces no encuentran una posibilidad de representación, y a ellos se dedican los artistas alemanes Horst Hoheisel y Andreas Knitz, así como la artista brasileña Fulvia Molina. El trabajo de estos artistas propone la quiebra de la saturación de representación que ciertos objetos artísticos poseen, por la invitación a que los espectadores lo completen con el propio cuerpo y memoria. De esta forma iniciaron esta nueva práctica artística, la construcción de un monumento vivo, no permanente. Este texto, como si fuera un antimonumento, fue elaborado por Cintia Buschinelli a partir de entrevistas realizadas por Silvana Rea a los tres artistas y de la consulta de un artículo de Márcio Seligmann-Silva. Es un texto, por tanto, construido por varios autores. <![CDATA[<b>Aprendendo com as mães e os bebês sobre a natureza humana e a técnica analítica</b>]]> http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0486-641X2015000400018&lng=pt&nrm=iso&tlng=pt O antimonumento, expressão artística contemporânea, trabalha a memória de acontecimentos traumáticos e sua contrapartida, o esquecimento, de maneira bastante peculiar e próxima da experiência psicanalítica. São acontecimentos que muitas vezes não encontram possibilidade de representação, e a eles se dedicam os artistas alemães Horst Hoheisel e Andreas Knitz, assim como a artista brasileira Fulvia Molina. O trabalho destes artistas propõe a quebra da saturação de representação que certos objetos artísticos detêm, pelo convite a que os espectadores o completem com o próprio corpo e memória. Iniciaram, assim, essa nova prática artística, a construção de um monumento vivo, impermanente. Este texto, como se fora um antimonumento, foi elaborado por Cintia Buschinelli a partir de entrevistas realizadas por Silvana Rea com os três artistas e de consulta a um artigo de Márcio Seligmann-Silva. É um texto, portanto, construído por vários autores.<hr/>Anti-monument (a contemporary artistic term) works the memory for traumatic events and its opposite, the forgetfulness, in a very particular way that is also close to the psychoanalytic experience. The German artists Horst Hoheisel and Andreas Knitz, and the Brazilian artist Fulvia Molina are devoted to those events, which usually cannot be represented. Those artists' work proposes to break the representational saturation of some artistic objects, by inviting the audience to fill it with their (spectators') own bodies and memories. In this way, those artists have started a new artistic practice, a construction of a living and impermanent monument. As an anti-monument, this paper was written by Cintia Buschinelli, who produced it from Silvana Rea's interviews of the three artists herein mentioned, and from a close reading of a Márcio Seligmann-Silva's article. It means that this paper was developed by several authors.<hr/>El antimonumento, una expresión artística contemporánea, trabaja la memoria de sucesos traumáticos y su contrapartida, el olvido, de forma bastante peculiar y próxima a la experiencia psicoanalítica. Son acontecimientos que muchas veces no encuentran una posibilidad de representación, y a ellos se dedican los artistas alemanes Horst Hoheisel y Andreas Knitz, así como la artista brasileña Fulvia Molina. El trabajo de estos artistas propone la quiebra de la saturación de representación que ciertos objetos artísticos poseen, por la invitación a que los espectadores lo completen con el propio cuerpo y memoria. De esta forma iniciaron esta nueva práctica artística, la construcción de un monumento vivo, no permanente. Este texto, como si fuera un antimonumento, fue elaborado por Cintia Buschinelli a partir de entrevistas realizadas por Silvana Rea a los tres artistas y de la consulta de un artículo de Márcio Seligmann-Silva. Es un texto, por tanto, construido por varios autores.