Scielo RSS <![CDATA[Revista Brasileira de Psicanálise]]> http://pepsic.bvsalud.org/rss.php?pid=0486-641X20160001&lang=pt vol. 50 num. 1 lang. pt <![CDATA[SciELO Logo]]> http://pepsic.bvsalud.org/img/en/fbpelogp.gif http://pepsic.bvsalud.org http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0486-641X2016000100001&lng=pt&nrm=iso&tlng=pt <![CDATA[<b>A Psychologia de Freud</b>]]> http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0486-641X2016000100002&lng=pt&nrm=iso&tlng=pt <![CDATA[<b>Notas para a história da psicanálise em São Paulo</b>]]> http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0486-641X2016000100003&lng=pt&nrm=iso&tlng=pt O presente trabalho refere-se à introdução da psicanálise em São Paulo, a primeira cidade sul-americana a recebê-la. Seus introdutores entre nós foram o professor Franco da Rocha, precursor, e Durval Marcondes, realizador. O primeiro, professor de Psiquiatria na Faculdade de Medicina de São Paulo, em 1919 deu uma aula em que ressaltava a importância das ideias de Freud. Desta aula teve conhecimento Durval Marcondes, que iniciava seu curso médico e que, de imediato, se apaixonou pelas novas ideias apresentadas. Sua vida então se orientou no sentido de lutar para que germinasse o movimento psicanalítico em nosso país. Formado em 1924, Durval Marcondes começou a clinicar e viu confirmados, na prática, os primeiros achados da psicanálise da época. Em 1927, organizou o primeiro grupo de estudos de psicanálise. Neste mesmo ano, fundou-se a primeira Sociedade Brasileira de Psicanálise, com a satisfação de Freud, que a ela se referiu em carta a Ferenczi, de 4 de janeiro de 1928. Em 1928, Durval Marcondes foi ao Rio de Janeiro para lá organizar a Sociedade Brasileira de Psicanálise. Deste primeiro grupo, o único a persistir em seu interesse pela psicanálise foi Durval Marcondes. A primeira Sociedade Brasileira de Psicanálise foi reconhecida pela ipa em 1929. Esta Sociedade, que durou alguns anos e depois veio a desaparecer, chamou a atenção para a psicanálise em nosso meio, além de nos colocar em contato com o meio psicanalítico internacional. Paralelamente, Durval Marcondes trabalhava pela psicanálise, difundindo-a através de cursos, artigos para a imprensa e pela publicação, em português, de um trabalho de Freud, cuja tradução empreendeu juntamente com J. B. Correia. Acima de tudo, Durval Marcondes desejava que viessem analistas didatas para o Brasil, a fim de formarem devidamente nossos analistas, nos moldes exigidos pela ipa. Finalmente, em 1937, a doutora Adelheid Koch chegou a São Paulo e logo iniciou a preparação técnica de nossos candidatos para a análise. Fundou-se então a segunda Sociedade Brasileira de Psicanálise, graças aos esforços de Durval Marcondes e Adelheid Koch. Dessa forma, é São Paulo, historicamente, o centro pioneiro da formação sistemática de analistas na América Latina. Adelheid Koch, formada em Medicina pela Universidade de Berlim e membro da Sociedade Psicanalítica da mesma cidade, obtivera em 1936 o direito de trabalhar como analista didata no Brasil. Tal direito lhe fora conferido pelos doutores Jones e Fenichel. Durante anos foi ela a única analista professora, formando a geração de analistas que viria depois. Durval Marcondes foi um de seus primeiros candidatos. Em 1944, por intermédio da doutora Koch, a nova Sociedade Brasileira de Psicanálise foi reconhecida provisoriamente pela ipa. Seu reconhecimento em caráter definitivo deu-se em 1951, por ocasião do Congresso Psicanalítico Internacional realizado em Amsterdam. Hoje a psicanálise é estudada em várias de nossas escolas superiores, como na Escola de Sociologia e Política e em faculdades de medicina. Nessas notas, restringimo-nos apenas às figuras de Durval Marcondes e Adelheid Koch, pela sua obra pioneira e pelo muito que São Paulo lhes deve.<hr/>The author writes about the introduction of psychoanalysis in Sao Paulo, which was the first South American city to welcome it. We were introduced to psychoanalysis by Prof. Franco da Rocha (the precursor) and Durval Marcondes (the achiever). Franco da Rocha, who was a professor of psychiatry in the Medical School of Sao Paulo, in 1919 taught a class in which he emphasized the importance of Freud’s ideas. Durval Marcondes, who was a student in his first years of medical school, was informed about that class, and immediately became enchanted by those newly presented ideas. Since then, Marcondes’ life was devoted to fighting for a psychoanalytic movement to emerge in our country. Graduated from medical school in 1924, Durval Marcondes started his practice, which confirmed the first psychoanalytic findings at that time. In 1927, he organized the first psychoanalytic study group. In that same year, the first Brazilian Psychoanalytic Society was founded, with Freud’s satisfaction. Freud would have mentioned that foundation in a letter he wrote to Ferenczi on the 4th of January, 1928. In 1928, Durval Marcondes went to Rio de Janeiro in order to organize the Brazilian Psychoanalytic Society there. He was the only one (within that group) who kept his interest in psychoanalysis. The first Brazilian Psychoanalytic Society was recognized by IPA in 1929. That society, which lasted some years, drew attention to psychoanalysis in our environment, besides putting us in touch with the international psychoanalytic environment. Meanwhile, Durval Marcondes was working on behalf of psychoanalysis, by spreading those theories through classes, articles for newspapers and journals, and through publishing a Portuguese translation of a Freud’s work. Durval Marcondes and J. B. Correia worked together in that translation. First and foremost, Durval Marcondes wanted didact psychoanalysts to come to Brazil in order to duly train our psychoanalyst as required by IPA. Finally, in 1937, Adelheid Koch arrived in Sao Paulo, and soon started providing a technical training in psychoanalysis to our candidates. The second Brazilian Psychoanalytic Society was founded, therefore, because of Durval Marcondes’ and Adelheid Koch’s efforts. Sao Paulo has historically been the pioneer center of systematic psychoanalytic training in Latin America. Adelheid Koch, who had received her medical degree from the University of Berlin, and was a member of the Psychoanalytic Society of Berlin, had obtained, in 1936, from Jones and Fenichel, the right of working as a didact analyst in Brazil. She was the only professor analyst for years; she trained all the following generation of psychoanalysts. Durval Marcondes was one of her first candidates. In 1944, the new Brazilian Psychoanalytic Society was temporarily recognized by IPA through Koch’s work. The ne Brazilian Psychoanalytic Society was definitely recognized in 1951 at the International Psychoanalytic Congress in Amsterdam. Psychoanalysis today has been studied in different courses in colleges, such as politics and sociology schools and medical schools. In this paper, we kept focused on Durval Marcondes and Adelheid Koch because of their work and all their important legacy to Sao Paulo.<hr/>El presente trabajo hace referencia a la introducción del psicoanálisis en São Paulo, la primera ciudad sudamericana que lo recibió. Quienes lo introdujeron fueron el profesor Franco da Rocha, precursor, y Durval Marcondes, realizador. El primero, profesor de psiquiatría de la Facultad de Medicina de São Paulo, en 1919 impartió una clase en la que resaltaba la importancia de las ideas de Freud. Durval Marcondes, quien iniciaba su curso médico, tuvo conocimiento de esta clase y de inmediato se apasionó por las nuevas ideas que fueron presentadas. A partir de entonces su vida se orientó en el sentido de luchar para que el movimiento psicoanalítico germinara en nuestro país. Graduado en 1924, Durval Marcondes comenzó a ejercer la medicina y pudo confirmar, en la práctica, los primeros hallazgos del psicoanálisis de la época. En 1927 organizó el primer grupo de estudios de psicoanálisis. En este mismo año se fundó la primera Sociedad Brasileña de Psicoanálisis, con la satisfacción de Freud, que se refirió a ella en una carta enviada a Ferenczi, el 4 de enero de 1928. En 1928, Durval Marcondes fue a Rio de Janeiro para organizar la Sociedad Brasileña de Psicoanálisis. De este primer grupo, el único que persistió en su interés por el psicoanálisis fue Durval Marcondes. La primera Sociedad Brasileña de Psicoanálisis fue reconocida en 1929 por la IPA. Esta Sociedad, que estuvo activa durante algunos años y después desapareció, llamó la atención hacia el psicoanálisis en nuestro medio, además de ponernos en contacto con el medio psicoanalítico internacional. Paralelamente Durval Marcondes trabajaba por el psicoanálisis, difundiéndolo a través de cursos, artículos de prensa y con la publicación, en portugués, de un trabajo de Freud, cuya traducción llevó a cabo junto con J. B. Correia. Sobre todo, Durval Marcondes deseaba que analistas capacitados vinieran a Brasil, para preparar debidamente a nuestros analistas en los estándares exigidos por la IPA. Finalmente, en 1937, la doctora Adelheid Koch llegó a São Paulo y enseguida comenzó la preparación técnica de nuestros candidatos para el análisis. Se fundó entonces la segunda Sociedad Brasileña de Psicoanálisis, gracias al esfuerzo de Durval Marcondes y Adelheid Koch. De esta forma, São Paulo es, históricamente, el centro pionero de formación sistemática de analistas en América Latina. Adelheid Koch, graduada de medicina en la Universidad de Berlín y miembro de la Sociedad Psicoanalítica de la misma ciudad, obtuvo en 1936 el derecho de trabajar como analista didáctica en Brasil. Este derecho le fue concedido por los doctores Jones y Fenichel. Durante años ella fue la única analista profesora, formando a la generación de analistas que llegaría después. Durval Marcondes fue uno de sus primeros candidatos. En 1944, a través de la doctora Koch, la nueva Sociedad Brasileña de Psicoanálisis fue reconocida provisionalmente por la IPA. Su reconocimiento con carácter definitivo tuvo lugar en 1951, con motivo del Congreso Psicoanalítico Internacional realizado en Ámsterdam. Actualmente el psicoanálisis se estudia en varias de nuestras escuelas superiores, como en la Escuela de Sociología y Política y en facultades de medicina. En estas notas, nos restringimos solo a las figuras de Durval Marcondes y Adelheid Koch, por su obra pionera y por lo mucho que São Paulo les debe. <![CDATA[<b>Adolescência</b>]]> http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0486-641X2016000100004&lng=pt&nrm=iso&tlng=pt Através do estudo de dois casos clínicos, a analista tece considerações em torno da passagem da fase da latência para a maturidade - o período da adolescência. Servindo-se desses casos - um em que a análise atinge pleno êxito e outro em que se vê barrada por circunstâncias prejudiciais -, o estudo em questão aborda a influência exercida pelos pais na viabilidade do tratamento analítico de adolescentes, bem como esclarece o leitor sobre a própria natureza da adolescência.<hr/>Through the study of two clinical vignettes, the psychoanalyst makes considerations on the passage from the latency stage to the maturity - the teenage years. Using these vignettes - one, in which the analysis is absolutely successful, and another, in which detrimental circumstances stopped the analysis -, the author approaches parents’ influence in the viability of psychoanalytic treatment for teenagers. She also enlightens the reader about the own nature of adolescence.<hr/>A través del estudio de dos casos clínicos, la analista teje sus consideraciones en relación al paso de la etapa de latencia hacia la madurez - el período de la adolescencia. Apoyándose en estos casos - uno en el que el análisis alcanza un éxito total y otro en el que se ve impedido por circunstancias perjudiciales -, el estudio aborda la influencia que ejercen los padres en la viabilidad del tratamiento analítico de adolescentes, así como aclara al lector sobre la propia naturaleza de la adolescencia. <![CDATA[<b>A regressão na contratransferência</b>]]> http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0486-641X2016000100005&lng=pt&nrm=iso&tlng=pt O processo analítico é uma retificação do passado. Uma de suas condições básicas é a revivência dos acontecimentos patogênicos, a qual envolve tanto o paciente quanto o analista. Ao voltar, através da regressão, ao ponto crítico da gênese de seus conflitos, o paciente tem a possibilidade de retomar a linha de desenvolvimento que ficou anteriormente prejudicada. Isto se dá na medida em que as particularidades de seu relacionamento com o analista o permitam. Além de uma tendência regressiva, a transferência contém uma tendência progressiva que cabe ao analista favorecer, guiado pela acuidade e pela flexibilidade de sua aptidão contratransferencial. O meio pelo qual essa aptidão se manifesta é a interpretação. Afora seu significado puramente intelectual, a interpretação encerra outras mensagens ligadas à atitude psíquica do analista. Disso resulta existir um sentido transferencial na interpretação dita não transferenciai. Ela é transferencial através das comunicações adicionais que nela existem, ao lado de seu conteúdo intelectual específico. É o estímulo dessas comunicações implícitas na interpretação que lhe confere sua função mutativa. Ao analista é atribuída pelo paciente a qualidade de objeto propício ou eufrenogênico, que, em contraposição ao objeto não propícioou disfrenogênico de sua infância, teria sido, na situação histórica que está sendo revivida na análise, o objeto apropriado para a solução de seus problemas psíquicos. A intervenção interpretativa do analista é inspirada na contratransferência. É pela participação empática nos problemas do paciente e suas causas que o analista pode captar sua motivação profunda. O elemento fundamental desse processo está na identificação. O autor examina os diferentes tipos de identificação regressiva que têm lugar no analista (identificação com o ego infantil do paciente, identificação com o objeto infantil não propício ou disfrenogênico, identificação com o objeto infantil propício ou eufrenogênico etc.), identificações essas que permitem ao analista enquadrar-se na situação conflitiva do paciente e produzir a interpretação. São mencionadas as qualidades restritivas próprias a esses tipos de identificação. A seguir, são postos em foco os perigos que essa identificação pode acarretar, os quais resultam em certos tipos de resistência contratransferencial. A base mais profunda dessa contratransferência está naquilo que o autor chamou ameaça regressiva existencial. Há o temor inconsciente de ser absorvido de modo irreversível na situação do analisando e perder a posição psíquica de autonomia e segurança. O analista não suporta acompanhar o paciente no processo regressivo, receando ser atingido na integridade de seu próprio ego. As angústias que, no analista, traduzem tais perigos assumem aspectos paranoides (medo diante das fantasias do paciente) ou depressivos (pessimismo, sentimento de culpa). As defesas habitualmente postas em jogo são, por um lado, de caráter inibitório (imobilidade do analista) e, por outro lado, de feição onipotente (atitude de superioridade). A onipotência do analista assume, muitas vezes, a qualidade de defesa maníaca, que se manifesta por um impulso à atuação sob a forma, por exemplo, de uma forte tendência ao asseguramento ou de uma produção excessiva de interpretações. A dissecção e a melhor compreensão do sistema de identificações regressivas do analista e do papel desse sistema no trabalho analítico são, como se vê, elementos básicos na elucidação da essência e do mecanismo íntimo de nossos recursos técnicos.<hr/>Psychoanalytic process is a rectification of the past. One of its basic conditions is reviving pathogenic events. This revival involves both the patient and the psychoanalyst. When the patient returns to the critical point of the genesis of his conflicts through regression, he may retake the developmental line which was previously damaged. This happens according to the circumstances of the patient-psychoanalyst relationship. Besides a regressive tendency, transference has also a progressive tendency which should be favored by the psychoanalyst, who is guided by the sharpness and the flexibility of his countertransferential skill. Interpretation is the way this skill comes up. Besides its purely intellectual meaning, interpretation includes other messages which are related to the psychoanalyst’s psychic attitude. The result is a transferential meaning in the so-called not transferential interpretation. It is transferential through the additional communications it contains, besides its specific intellectual content. Stimulating these implicit communications is what gives it its mutative function. The patient endows the analyst with the quality of propitious object (or euphrenogenic), which, as opposed to the unpropitious object (or dysphrenogenic) from his childhood, would have been the appropriate object to solve the patient’s psychic issues in the historical situation that has been revived in analysis. Psychoanalyst’s interpretative intervention is inspired by countertransference. Using an empathic participation in the patient’s issues and their reasons, the analyst becomes able to capture their deep motivation. The crucial element of this process is the identification. The author examines different types of regressive identification found in the analyst (patient’s infantile ego identification, unpropitious [or dysphrenogenic] infantile object identification, propitious [or euphrenogenic] infantile object identification etc.). These identifications let the analyst being conformed to the patient’s conflictive situation and interpretating it. The author mentions restrictive characteristics that are specific to these types of identification. His next focus is that identification may cause jeopardies, which result in certain kinds of countertransferential resistance. The deepest basis of this countertransference lies on what the author called regressive existential threat. There is an unconscious fear of being irreversibly absorbed in the analysand’s situation, and losing the psychic position of autonomy and safety. The psychoanalyst cannot stand following the patient in his regressive process; he is afraid of having the integrity of his own ego hurt. Angsts, which represent those jeopardies for the analyst, take on paranoid aspects (fear, facing patient’s fantasies) or depressive aspects (pessimism, guilt). Defenses, which are often used, have, on the one hand, an inhibitory characteristic (analyst’s immobility) and, on the other hand, an omnipotent feature (attitude of superiority). Several times, analyst’s omnipotence assumes the maniac defensive feature, which is expressed by an impulse to acting, for instance, in a strong tendency towards assurance, or a strong tendency towards an excessive production of interpretations. As we see, dissecting and better understanding the system of analyst’s regressive identifications and its role in the psychoanalytic practice are basic elements to explain the essence and the intimate mechanism of our technical resources.<hr/>El proceso analítico es una rectificación del pasado. Una de sus condiciones básicas es la de revivir los sucesos patogénicos, la cual involucra tanto al paciente como al analista. Al volver, a través de la regresión, al punto crítico de la génesis de sus conflictos, el paciente tiene la posibilidad de retomar la línea de desarrollo que había sido perjudicada anteriormente. Esto se produce en la medida en que las particularidades de su relación con el analista lo permitan. Además de una tendencia regresiva, la transferencia posee una tendencia progresiva que le corresponde al analista favorecer, guiado por la acuidad y por la flexibilidad de su aptitud contratransferencial. El medio a través del cual se manifiesta esta aptitud es la interpretación. Además de su significado puramente intelectual, la interpretación contiene otros mensajes relacionados con la actitud psíquica del analista. De esto resulta la existencia de un sentido transferencial en la interpretación llamada no transferencial. Es transferencial a través de las comunicaciones adicionales que existen en ella, junto a su contenido intelectual específico. Es el estímulo de esas comunicaciones implícitas en la interpretación lo que le confiere su función mutativa. El paciente atribuye al analista la calidad de objeto propicio o eufrenogénico, que, como contraposición del objeto no propicio o disfrenogénico de su infancia, habría sido, en la situación histórica que está siendo revivida en el análisis, el objeto apropiado para la solución de sus problemas psíquicos. La intervención interpretativa del analista está inspirada en la contratransferencia. El analista puede captar su motivación profunda a través de la participación empática en los problemas del paciente y sus causas. El elemento fundamental de este proceso está en la identificación. El autor examina los diferentes tipos de identificación regresiva que tienen lugar en el analista (identificación con el ego infantil del paciente, identificación con el objeto infantil no propicio o disfrenogénico, identificación con el objeto infantil propicio o eufrenogénico etc.), identificaciones que le permiten ubicarse en la situación de conflicto del paciente y producir la interpretación. Se mencionan las cualidades restrictivas propias de estos tipos de identificación. A continuación, se analizan detalladamente los peligros que esa identificación puede traer consigo, de los cuales resultan ciertos tipos de resistencia contratransferencial. La base más profunda de esta contratransferencia está en aquello que el autor llamó amenaza regresiva existencial. Existe el temor inconsciente de ser absorbido de manera irreversible en la situación del analizado y perder la posición psíquica de autonomía y seguridad. El analista no soporta acompañar al paciente en el proceso regresivo, temiendo ser afectado en la integridad de su propio ego. Las angustias que, en el analista, traducen tales peligros asumen aspectos paranoides (miedo ante las fantasías del paciente) o depresivos (pesimismo, sentimiento de culpa). Las defensas habitualmente puestas en juego son, por un lado, de carácter inhibidor (inmovilidad del analista) y, por otro lado, de característica omnipotente (actitud de superioridad). La omnipotencia del analista asume, muchas veces, la calidad de defensa maníaca, que se manifiesta por un impulso a la actuación bajo la forma, por ejemplo, de una fuerte tendencia al aseguramiento o de una producción excesiva de interpretaciones. La disección y mejor comprensión del sistema de identificaciones regresivas del analista y del papel de ese sistema en el trabajo analítico son, como se ve, elementos básicos en el esclarecimiento de la esencia y del mecanismo íntimo de nuestros recursos técnicos. <![CDATA[<b>Reflexões sobre a psicanálise quando sujeita à regressão</b>]]> http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0486-641X2016000100006&lng=pt&nrm=iso&tlng=pt A regressão é, de certa forma, o acompanhamento de cada análise e isto deve ser diferenciado do acting out. A incapacidade para tolerar frustrações pode ser a causa de regressões mais profundas. O insightganho através da análise é o mais importante fator para a regressão, por causa da inveja que este insight estimula. A acentuada confusão sentida pelo paciente, na situação regredida, pode tornar o analista negligente com o que realmente está acontecendo; daí a importância de se interpretar não só a natureza positiva da regressão como também seu significado negativo. A regressão possibilitada na análise pode tornar o paciente capaz de alterar alguns aspectos da primitiva catástrofe remanescente na sua mente. Diferenças de opinião entre analista e paciente emergirão continuadamente; portanto, um constante acordo obliterará uma profunda instabilidade na transferência, da mesma forma que a ansiedade do paciente com relação à regressão. Assim, um conluio dentro de tal situação poderá ser mais bem evitado se o analista não tiver necessidade de sentir suas teorias impregnáveis. A atitude do analista para com a memória e o desejo se relaciona diretamente com o problema da regressão. A "cura" é a alternativa sedutora oferecida à capacidade do paciente para verificar quem ele é, ou seja, entre o reconhecer sua realidade psíquica ou ser "curado" de tal necessidade.<hr/>In certain way, regression is to follow each analysis and this should be distinguished from acting out. The inability to tolerate frustrations may be the cause of deeper regressions. The insight which is gained through analysis is the most important factor to regression because of the envy which is roused by this insight. The accentuated confusion the patient feels in the regressed situation may make the psychoanalyst neglect what is really happening; whence the importance of interpreting not only the positive nature of regression but also its negative meaning. The regression which is enabled in psychoanalysis may make patients able to change some aspects of the primitive catastrophe that is still remaining in their minds. Different opinions between patient and analyst will continually arise. Therefore, a constant agreement will obliterate a deep instability in transference, and in the same way it will eliminate the patient’s anxiety in relation to regression. An arrangement in this situation may be better avoided if the analyst has no need to feel that his (or her) theories are impregnable. The analyst’s attitude towards memory and desire is directly related to the regression issue. The "cure" (or "healing") is the attractive alternative offered to the patients’ ability of verifying who they are, i.e., the attractive alternative between recognizing their psych reality and being "healed" of that need.<hr/>La regresión es, de cierta forma, el seguimiento de cada análisis y esto debe diferenciarse del acting out. La incapacidad para tolerar frustraciones puede ser la causa de regresiones más profundas. El insight obtenido a través del análisis es el factor más importante para la regresión, por causa de la envidia que este insight estimula. La acentuada confusión que siente el paciente, en la situación de regresión, puede tornar al analista negligente con lo que realmente está sucediendo; por esto es importante interpretar no solo la naturaleza positiva de la regresión, sino también su significado negativo. La regresión permitida en el análisis puede hacer al paciente capaz de alterar algunos aspectos de la catástrofe primitiva que permanece en su mente. Diferencias de opinión entre analista y paciente aparecerán continuamente; por tanto, un acuerdo constante obliterará una profunda inestabilidad en la transferencia, de la misma forma que la ansiedad del paciente en relación a la regresión. De esta forma, una colusión en medio de esta situación podrá evitarse de una mejor forma si el analista no tuviera necesidad de sentir sus teorías inexpugnables. La actitud del analista hacia la memoria y el deseo se relaciona directamente con el problema de la regresión. La "cura" es la alternativa seductora ofrecida a la capacidad del paciente de verificar quién es él, es decir, entre reconocer su realidad psíquica o ser "curado" de esta necesidad. <![CDATA[<b>Incidência da realidade social no trabalho analítico</b>]]> http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0486-641X2016000100007&lng=pt&nrm=iso&tlng=pt A realidade social se insere inevitavelmente na situação analítica através das personalidades do paciente e do analista. Entretanto, as posições de paciente e de analista são diametralmente opostas. Enquanto o primeiro revive suas experiências pretéritas no relacionamento com o analista, este se utiliza da técnica psicanalítica para obter um conhecimento sobre a realidade psíquica elaborada sob a influência de fatores míticos e místicos, ideológicos e doutrinários, científicos e tecnológicos, em suma, sob a influência de processos das estruturas sociais.<hr/>The social reality is necessarily inserted within the psychoanalytic situation by patient’s and psychoanalyst’s personalities. However, patient’s and psychoanalyst’s positions are diametrically opposites. While the patient revives his (or her) past experiences in the relationship with the analyst, the analyst uses the psychoanalytic technique in order to acquire a knowledge about the psychic reality which is built under the influence of mythic and mystic, ideological and doctrinaire, scientific and technological factors - in short, under the influence of processes of social structures.<hr/>La realidad social se inserta inevitablemente en la situación analítica a través de las personalidades del paciente y del analista. Sin embargo, las posiciones del paciente y del analista son diametralmente opuestas. Mientras el primero revive sus experiencias pretéritas en la relación con el analista, este utiliza la técnica psicoanalítica para obtener un conocimiento sobre la realidad psíquica elaborada bajo la influencia de factores míticos y místicos, ideológicos y doctrinales, científicos y tecnológicos, en fin, bajo la influencia de procesos de las estructuras sociales. <![CDATA[<b>O impasse analítico</b>]]> http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0486-641X2016000100008&lng=pt&nrm=iso&tlng=pt Trata-se de um trabalho apresentado pelo autor à mesa-redonda sobre o tema no X Congresso Latino-Americano de Psicanálise. A psicanálise, em sua origem, está intimamente relacionada à medicina, a uma visão médica, nem sempre mencionada mas reconhecida nas ideias de doença, patologia, prognóstico, resultados, tratamento, e também está impregnada de ideias de cura, fundamentadas no princípio do prazer e na experiência sensorial. Os analisandos alimentam fantasias onipotentes de livrar-se de sofrimentos psíquicos, anseiam um estado de bem-estar ou idealizam alcançar, através da psicanálise, qualidades que são mais próprias das divindades. Estes desejos podem ser entretidos pelos analisandos e pela parte onipotente não analisada dos analistas; desse modo, a psicanálise corresponderia a um verdadeiro processo de purificação religiosa. Os desejos de cura ou de um ideal moral, assim entretidos, impregnam a prática da psicanálise, a teoria e a teoria da técnica psicanalíticas, estabelecendo comportamentos característicos que podem ser conhecidos quando observamos mais livremente o nosso modo de ser na prática da psicanálise. O autor aborda como essas deformações da técnica e da teoria, segundo sua opinião, podem ser reconhecidas nas diversas etapas da história da psicanálise. Com respeito à transferência, diz o autor: "A concepção de compreender a relação analítica em termos da teoria da transferência, em termos da relação inconsciente com os objetivos primitivos, pode ser substituída pela concepção de tentar conhecer, através da observação psicanalítica, em statu nascendi,a origem, as características de formação da imagem interna, que o analisando vai fazendo do analista durante a experiência analítica pelo operar dos elementos não desenvolvidos de sua personalidade, e também conhecer o seu modo de relacionar-se, de pensar e de aprender desta experiência e deduzir os fatores que estão em jogo neste processo." Após comentários sobre trabalhos de Freud, K. Abraham, M. Klein e J. Riviere a respeito do tema em questão, afirma que o impasse analítico é um conceito inspirado pelos desejos de cura ou de um ideal moral, intimamente relacionados a uma visão médica ou religiosa da psicanálise. É um conceito estabelecido e aceito entre os psicanalistas que têm em comum este vértice. Por fim, refere-se à tentativa que, há algum tempo, vem fazendo de trabalhar com uma disciplina para afastar desejos, memórias e compreensão, e segundo o vértice psicanalítico, objetivando as suas ideias sobre o tema com material clínico.<hr/>The author presented this paper to the panel discussion about the same subject at the 10th Latin American Congress of Psychoanalysis. Psychoanalysis, in its origin, is related to medicine - to a medical perspective which, even without always being mentioned, is recognized in the ideas of illness, pathology, prognostic, results, and treatment. That medical perspective is also imbued with ideas of healing (or cure), which are based on both the pleasure principle and the sensory experience. Analysands feed omnipotent fantasies of getting rid of psychic sufferings; they long for a state of wellness or they idealize to achieve qualities - which are more typical of deities - through psychoanalysis. These desires may be entertained by the analysands and by the analysts’ omnipotent part. Therefore, psychoanalysis would correspond to a true process of religious purification. The desires of healing or the desires of a moral ideal - which are entertained in this way - imbue the psychoanalytic practice, the psychoanalytic theory, and the theory of the psychoanalytic technique. These desires determine characteristic behaviors which may be known when we more freely watch our way of being in the psychoanalytic practice. This paper shows the author’s approach about how these distortions in technique and theory may be recognized in several stages of the history of psychoanalysis. Regarding transference, the author writes: "The conception of understanding the psychoanalytic relationship in terms of the theory of transference - or in terms of the unconscious relation to the primitive goals - may be substituted by the conception of attempting to know, through psychoanalytic observation and in statu nascendi, the origin, the characteristics of forming the internal picture of the analyst, which the analysand has built by operating the undeveloped elements of his personality in the course of the psychoanalytic experience, and also by the conception of attempting to know his way of relating or engaging with others, his way of thinking and learning from this experience, and his way of deducing the factors that are at stake in this process." After commenting on Freud’s, K. Abraham’s, M. Klein’s, and J. Riviere’s works about this subject, the author infers that psychoanalytic impasse is a concept which is inspired by desires of healing or moral ideal. These desires are closely related to a medical or religious perspective of psychoanalysis. Psychoanalytic impasse is a concept which has been established and accepted by the psychoanalysts who share this vertex. Finally, the author writes about his still current attempt of working with a specific discipline in order to put away desires, memories, and comprehension, and according to the psychoanalytic vertex. The author illustrates his ideas with clinical vignettes.<hr/>Se trata de un trabajo presentado por el autor a la mesa redonda sobre el tema en el X Congreso Latinoamericano de Psicoanálisis. El psicoanálisis, en su origen, está íntimamente relacionado con la medicina, con una visión médica, no siempre mencionada, pero reconocida en las ideas de enfermedad, patología, pronóstico, resultados, tratamiento, y también está impregnada de ideas de cura, que se fundamentan en el principio del placer y en la experiencia sensorial. Los analizados alimentan fantasías omnipotentes de librarse de sufrimientos psíquicos, ansían un estado de bienestar o idealizan alcanzar, a través del psicoanálisis, cualidades que son más propias de las divinidades. Estos deseos pueden ser entrelazados por los analizados y la parte omnipotente no analizada de los analistas; de esta forma, el psicoanálisis corresponde a un verdadero proceso de purificación religiosa. Los deseos de cura o de un ideal moral, de esta forma entrelazados, impregnan la práctica del psicoanálisis, la teoría y la teoría de la técnica psicoanalítica, estableciendo comportamientos característicos que pueden conocerse cuando observamos más libremente nuestro modo de ser en la práctica del psicoanálisis. El autor aborda cómo esas deformaciones de la técnica y de la teoría, de acuerdo con su opinión, pueden ser reconocidas en las diversas etapas de la historia del psicoanálisis. En relación a la transferencia, el autor plantea: "La concepción de comprender la relación analítica en términos de la teoría de la transferencia, en términos de la relación inconsciente con los objetivos primitivos, puede ser sustituida por la concepción de intentar conocer, a través de la observación psicoanalítica, en statu nascendi, el origen, las características de formación de la imagen interna, que el analizado va haciendo del analista durante la experiencia analítica por el operar de los elementos no desarrollados de su personalidad, y también conocer su modo de relacionarse, de pensar y de aprender de esta experiencia y deducir los factores que están en juego en este proceso." Después de comentarios sobre trabajos de Freud, K. Abraham, M. Klein y J. Riviere en relación al tema en cuestión, afirma que el estancamiento analítico es un concepto inspirado por los deseos de cura o de un ideal moral, íntimamente relacionados a una visión médica o religiosa del psicoanálisis. Es un concepto establecido y aceptado entre los psicoanalistas que tienen este vértice en común. Finalmente, se refiere al intento que, hace algún tiempo, se está haciendo de trabajar con una disciplina para apartar deseos, memorias y comprensión, y de acuerdo con el vértice psicoanalítico, objetivando sus ideas sobre el tema con material clínico. <![CDATA[<b>Pré-história e história da Revista Brasileira de Psicanálise</b>]]> http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0486-641X2016000100009&lng=pt&nrm=iso&tlng=pt O autor trata dos percalços por que passou a Revista Brasileira de Psicanálise, desde que surgiu a ideia de se ter uma revista até os dias de hoje, em que ela se tornou um órgão oficial da Associação Brasileira de Psicanálise, após cumprir uma trajetória tumultuada, em que não faltaram obstáculos a vencer. Nascida a ideia de uma revista de psicanálise, com a finalidade de estimular a produção de trabalhos psicanalíticos, primeiramente de São Paulo e posteriormente de todas as Sociedades brasileiras, instalou-se um longo processo de amadurecimento do projeto, que permaneceu à espera de condições favoráveis que o fizessem vicejar. O primeiro passo para a concretização da ideia da revista foi dado quando passou a ser publicado o Jornal de Psicanálise. Com o apoio entusiasta de alguns colegas, a revista foi lentamente se tornando uma realidade. Nabantino Ramos, ligado à imprensa e à psicanálise, orientou todo o processo de estruturação da revista, que afinal foi lançada em 1967, por ocasião da I Jornada Brasileira de Psicanálise. O autor, que foi diretor editorial da revista por quatro anos e seu redator-chefe no biênio 1969-1970, relata as dificuldades econômicas que levaram à doação da revista, por parte da Sociedade de São Paulo, à abp. Sendo veículo de expressão de todos os psicanalistas brasileiros, ela vem cumprindo as finalidades que lhe foram atribuídas, até os dias de hoje.<hr/>The author writes about mishaps the Revista Brasileira de Psicanálise has gone through since the emerging idea of having a journal. After taking a tumultuous path with several obstacles to overcome, the Revista Brasileira de Psicanálise is today an official organization of the Brazilian Psychoanalytic Association. Once the idea of a psychoanalytic journal was introduced - a journal whose goal was to foment the production of psychoanalytic papers, at first in São Paulo and later in all the Brazilian Societies -, it was time to set up a long process to mature the project, which had to wait for propitious conditions to succeed. The first step to realize the idea of the journal was the publication of the Jornal de Psicanálise. With an enthusiastic support of some colleagues, the journal little by little turned to reality. Nabantino Ramos, who was related to Press and Psychoanalysis, guided the whole process for structuring the journal. The journal was finally launched in 1967, in the First Brazilian Meeting of Psychoanalysis. The author, who was the editorial director of the journal for four years, and its head writer for a two-year period (1969-1970), writes about economic challenges which resulted in the donation of the journal by the Psychoanalytic Society of São Paulo to the Brazilian Psychoanalytic Association. As a mean of expression for all Brazilian psychoanalysts, the Revista Brasileira de Psicanálise has fulfilled all its goals so far.<hr/>El autor aborda los percances por los que pasó la Revista Brasileira de Psicanálise, desde que surgió la idea de tener una revista hasta la actualidad, cuando pasó a ser órgano oficial de la Asociación Brasileña de Psicoanálisis, después de una trayectoria difícil en la que no faltaron obstáculos a ser vencidos. Nacida a partir de la idea de una revista de psicoanálisis, con el objetivo de estimular la producción de trabajos psicoanalíticos, inicialmente de São Paulo y posteriormente de todas las Sociedades brasileñas, tuvo lugar un largo proceso de preparación del proyecto, que permaneció en espera de condiciones favorables que lo hicieran prosperar. El primer paso para concretar la idea de la revista fue dado cuando pasó a ser publicado el Jornal de Psicanálise. Con el apoyo entusiasta de algunos colegas, lentamente la revista fue tornándose una realidad. Nabantino Ramos, relacionado con la prensa y el psicoanálisis, guio todo el proceso de estructuración de la revista, que finalmente fue lanzada en 1967, con motivo de la I Jornada Brasileña de Psicoanálisis. El autor, que fue director editorial de la revista durante cuatro años y su redactor jefe en el bienio 1969- 1970, narra las dificultades económicas que llevaron a la donación de la revista, por parte de la Sociedad de São Paulo, a la ABP. Como vehículo de expresión de todos los psicoanalistas brasileños, continúa cumpliendo las finalidades que le fueron atribuidas, hasta el día de hoy. <![CDATA[<b>Considerações sobre a análise de uma personalidade psicótica</b>]]> http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0486-641X2016000100010&lng=pt&nrm=iso&tlng=pt Neste trabalho, que se refere à análise de uma personalidade psicótica, trazemos à consideração três pontos fundamentais: (a) Transcendendo o mundo psicótico, parece existir uma inteligência e uma estranha intuição e arte que funcionam em termos completamente desconhecidos e incompreensíveis para o nosso mundo lógico racional; esta inteligência, fortalecendo os vértices do mundo psicótico, captando perigos imperceptíveis para a razão, organiza e comanda as defesas psicóticas, no sentido que considera a solução mais adequada para evitar a destruição total; (b) Na base mais primitiva do complexo de Édipo, parece existir algo como uma mutilação ao próprio direito de ser, de existir, ocasionada, talvez, por um catastrófico desencontro criança-mãe, que faz a primeira ficar sem ponto referencial para sentir-se existente, tombando num caos através de angústias inimagináveis; (c) Alguns pacientes peculiares têm seu limite de suporte para as angústias decorrentes do conhecimento de profundos níveis da mente; até que limite deverá o analista prosseguir no seu trabalho de investigação e conhecimento, atendendo às limitações do próprio paciente?<hr/>In this paper, which is referred to the analysis of a psychotic personality, we bring into consideration three fundamental points: (a) When the psychotic world is transcended, there seem to be an intelligence and a strange intuition and art which work in completely unknown and incomprehensible terms to our logical and rational world. This intelligence, which strengthens the psychotic world’s vertexes and captures dangers that reason cannot detect, organizes and commands psychotic defenses by considering the most adequate solution to avoid the total destruction; (b) In the most primitive basis of Oedipus complex, there seems to be something like a mutilation of the own right of being, of existing, which may be caused by a catastrophic child-mother mismatch or "misencounter". This mismatch makes the child live without a reference point to feel existing, which leads her (or him) to topple into chaos through unimaginable anguishes; (c) Some particular patients have their support limit for anguishes which arise from understanding deep levels of mind. How far should psychoanalysts go to proceed with their work of investigating and understanding, attending to the patient’s limitations?<hr/>En este trabajo, que se refiere al análisis de una personalidad psicótica, ponemos en consideración tres puntos fundamentales: (a) Trascendiendo el mundo psicótico, parece que existe una inteligencia y una intuición extraña y un arte que funcionan en términos completamente desconocidos e incomprensibles para nuestro mundo lógico y racional; esta inteligencia, fortaleciendo los vértices del mundo psicótico, captando peligros imperceptibles para la razón, organiza y comanda las defensas psicóticas, en el sentido que considera la solución más adecuada para evitar la destrucción total; (b) En la base más primitiva del complejo de Edipo, parece existir algo como una mutilación al propio derecho de ser, de existir, provocada, tal vez, por un choque catastrófico niñomadre, que hace que el primero se quede sin punto de referencia para sentirse existente, cayendo en un caos a través de angustias inimaginables; (c) Algunos pacientes peculiares tienen su límite de apoyo para las angustias resultantes del conocimiento de profundos niveles de la mente; ¿hasta qué límite deberá el analista proseguir en su trabajo de investigación y conocimiento, de acuerdo con las limitaciones del propio paciente? <![CDATA[<b>Feminilidade</b>]]> http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0486-641X2016000100011&lng=pt&nrm=iso&tlng=pt A autora cita seus trabalhos anteriores sobre o assunto, "Psicologia da mulher" e "Frustração oral e falicidade", estudando neste último o aparecimento de condutas ativas, vistas como "masculinas", consequentes a antigas e intensas fontes orais não resolvidas. No presente trabalho, tenta compreender a mulher levando em conta quatro elementos: castração, identificação, masoquismo e narcisismo. A castração não pode ser considerada o problema fundamental da mulher, porquanto seria apoiar o desenvolvimento de sua personalidade em um órgão que existe no outro. O masoquismo, depois que se admitiu a existência do masoquismo moral no homem, deixou de ser apanágio feminino. A identificação apresentaria na mulher uma intensidade muito grande, sobretudo se a estudarmos na mulher que está amando, e pode levá-la a graus maiores ou menores de perda da identidade. Finalmente, o narcisismo, que segundo H. Deutsch pode ser usado como guardião para protegê-la da perda de sua identidade, principalmente quando houver tendência a uma renúncia masoquista intensa. A autora pensa que Freud, a partir de Dora, teve dificuldades para entender a mulher por razões pessoais e por ter tido predominantemente pacientes histéricas, hábeis no uso da vingança.<hr/>The author mentions her former works about the subject - "Women’s psychology" and "Oral frustration and phallicity". In this last work, she studies the emergence of active conducts, which are seen as "male", and consequent to old and intense oral sources that were unsolved. In this paper, the author attempts to understand women by taking into account four elements: castration, identification, masochism, and narcissism. Castration cannot be considered women’s main issue. Otherwise, the development of women’s personality would be based on an organ that exists in the other. Since moral masochism in men has been acknowledged, masochism is no longer a female attribute. Identification would be very intense in women, especially if we study identification in a woman who has been loving, what may lead her to lose her identity in higher or lower levels. Finally, narcissism, which, according to H. Deutsch, may be used as a guardian to protect her from losing her identity, mainly when there is a tendency to an intensive masochist renouncement. The author believes Freud, since Dora’s case, had a hard time understanding women for his personal reasons and for having had predominantly hysterical patients, who were skillful in their use of revenge.<hr/>La autora menciona sus trabajos anteriores sobre el tema, "Psicología de la mujer" y "Frustración oral y falicidad", estudiando en este último el surgimiento de conductas activas, vistas como "masculinas", como consecuencia de antiguas e intensas fuentes orales no resueltas. En el presente trabajo, intenta comprender a la mujer teniendo en cuenta cuatro elementos: castración, identificación, masoquismo y narcisismo. La castración no puede ser considerada el problema fundamental de la mujer, puesto que sería apoyar el desarrollo de su personalidad en un órgano que existe en el otro. El masoquismo, después que se admitió la existencia del masoquismo moral en el hombre, dejó de ser un privilegio femenino. La identificación presentaría en la mujer una intensidad muy grande, principalmente si la estudiamos en la mujer que está amando, y puede llevarla a grados mayores o menores de pérdida de identidad. Finalmente, el narcicismo, que de acuerdo con H. Deutsch puede ser usado como guardián para protegerla de la pérdida de su identidad, principalmente cuando exista la tendencia a una renuncia masoquista intensa. La autora piensa que Freud, a partir de Dora, tuvo dificultades para entender a la mujer por razones personales y por haber tenido, predominantemente, pacientes histéricas, expertas en el uso de la venganza. <![CDATA[<b>O Messias</b>: <b>uma contribuição para o estudo psicanalítico da manifestação psicossomática</b>]]> http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0486-641X2016000100012&lng=pt&nrm=iso&tlng=pt Baseado na teoria psicanalítica da dualidade dos instintos, o de vida e o de morte, o autor propõe uma concepção para a apreensão e o estudo da manifestação psicossomática. Esta poderia ser consequência, expressão e também defesa contra a percepção da ação simultânea dos dois instintos. Vista assim, a manifestação psicossomática teria um caráter integrativo. O autor tenta consubstanciar esta maneira de ver com argumentos e material clínico apresentados no trabalho.<hr/>Based on the dual instinct theory - life and death drives -, the author presents a concept to understand and study the psychosomatic manifestation. This might be the result, expression, and defense against the perception of the simultaneous action of the two instincts. If seen in this way, psychosomatic manifestation would have an integrative feature. The author attempts to consubstantiate this way of seeing by bringing some arguments and clinical material to this paper.<hr/>Basado en la teoría psicoanalítica de la dualidad de los instintos, el de la vida y el de la muerte, el autor propone una concepción para la captura y el estudio de la manifestación psicosomática. Esta podría ser la consecuencia, expresión y también defensa contra la percepción de la acción simultánea de los dos instintos. Vista de esta forma, la manifestación psicosomática tendría un carácter integrador. El autor intenta corroborar esta manera de ver con argumentos y material clínico presentados en el trabajo. <![CDATA[<b>O eclipse do objeto originário concreto</b>]]> http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0486-641X2016000100013&lng=pt&nrm=iso&tlng=pt Para os autores deste trabalho, a função mental se inicia com o primeiro registro de uma percepção sensorial. Atribuem, às operações de perceber e de registrar, significados diversos. Existe um sujeito, o aparato que registra, e existe um objeto registrado. O objeto do registro (a ser registrado) é denominado de objeto originário concreto, que compreende o corpo no sentido físico e o conjunto de sensações esparsas que provém deste corpo. Sob a pressão das sensações físicas violentas e marasmáticas, perigosas também para um funcionamento físico harmônico, e na presença da rêverie materna, o aparelho mental inicia a sua função que é tanto de registro como de contenção. Alguns conceitos são formulados para dar conta desse processo: eclipse seria a redução progressiva do espaço ocupado inicialmente pelas sensações de marasmo, que vão cedendo lugar a modos mais funcionais para a sobrevivência do indivíduo no ambiente; por objeto originário, evoca-se a diversidade originária e original que cada indivíduo apresenta ao nascer, originalidade que vai acompanhá-lo durante toda a sua vida; por objeto concreto, atesta-se que é a partir desta "concretude" do objeto (qualidade de ser concreto), ou seja, das características físicas do bebê, que se desenvolve a mente. Para que o eclipse do objeto originário concreto possa ter lugar é necessário que exista uma mãe para atender o bebê, que com suas qualidades perceptivas e sua atenção alimente nele uma confiança que lhe consinta permanecer em relação com o mundo externo. É a permanência desta confiança primária que, reforçando o vínculo objetal, permite a estruturação dentro da criança de um sistema binário físico-psíquico. O início do eclipse dá vida ao funcionamento mental e ao processo de diferenciação entre o bebê e a mãe. Um ponto de particular interesse para os autores é o do aparecimento das emoções, zona intermediária entre ser somente sensações e ser pensante. Consideram que o caminho do desenvolvimento psíquico parte da percepção sensorial, passa pelas emoções, para então se tornar cada vez mais abstrato, até alcançar a simbolização e o pensamento. Com o objetivo de mostrar a utilização deste modelo, apresentam três situações clínicas.<hr/>According to the authors of this paper, the mental function begins when a sensory perception is first registered. The authors attribute several meanings to the operations of perceiving and registering. There is a subject, the apparatus who registers, and there is a registered object. The object of the register (to be registered) is called concrete original object, which embraces both the physical body and the set of sparse sensations that emerge from that body. Under the pressure of violent and apathetic physical sensations, which can also put a harmonious physical functioning at risk, and in the presence of maternal rêverie, the mental apparatus starts its function which is both registering and restraining. Some concepts are developed in order to manage this process: eclipse would be the progressive reduction of the space that was initially occupied by apathetic sensations, which are replaced by more functional ways for the individual’s survival process in the environment. The primitive and original diversity each person shows at birth is evoked through the original object. This originality will follow the person throughout his (or her) life. Through the concrete object, it is tested that the development of mind starts from that "concreteness" of the object, i.e., from the baby’s physical features. Before the eclipse of the concrete original object may happen, there must be a mother who takes care of the baby; a mother who uses her perceptive qualities and her attention in order to feed a baby’s confidence - a confidence that lets him (or her) maintain a relation with the external world. The maintenance of that primary confidence strengthens the object-bond, and enables structuring a psychic-physical binary system within the child. The beginning of the eclipse starts the mental functioning and the differentiation process between the infant and the mother. The authors are specially interested in the emergence of emotions, which is an intermediate zone between being only sensations and a thinking being. They consider the psychic development path starts from the sensory perception, goes through emotions, and then becomes more and more abstract until it achieves the symbolization and thinking. The authors write three clinical vignettes in order to demonstrate the use of this model.<hr/>Para los autores de este trabajo, la función mental se inicia con el primer registro de una percepción sensorial. Atribuyen, a las operaciones de percibir y de registrar, diversos significados. Existe un sujeto, el aparato que registra, y existe un objeto registrado. El objeto del registro (a ser registrado) se denomina objeto originario concreto, que comprende el cuerpo en el sentido físico y el conjunto de sensaciones dispersas que provienen de dicho cuerpo. Bajo la presión de las sensaciones físicas violentas y marasmáticas, peligrosas también para un funcionamiento físico harmonioso, y en la presencia de la rêverie materna, el aparato mental inicia su función que es tanto de registro como de contención. Algunos conceptos son formulados para viabilizar este proceso: eclipse sería la reducción progresiva del espacio ocupado inicialmente por las sensaciones de marasmo, que van cediendo lugar a modos más funcionales para la sobrevivencia del individuo en el ambiente; por objeto originario, se evoca la diversidad originaria y original que cada individuo presenta al nacer, originalidad que lo acompañará durante toda su vida; por objeto concreto, se confirma que es a partir de esta "concreción" del objeto (cualidad de ser concreto), es decir, de las características físicas del bebé, que se desarrolla la mente. Para que el eclipse del objeto originario concreto pueda ocurrir, es necesario que exista una madre para atender al bebé, que con sus cualidades perceptivas y su atención alimente en él una confianza que le consienta permanecer en relación con el mundo externo. Es la permanencia de esta confianza primaria la que, reforzando el vínculo de objeto, permite que se estructure dentro del niño un sistema binario físico-psíquico. El inicio del eclipse da vida al funcionamiento mental y al proceso de diferenciación entre el bebé y la madre. Un punto particularmente interesante para los autores es el del surgimiento de las emociones, zona intermedia entre ser solamente sensaciones y ser pensante. Consideran que el camino del desarrollo psíquico parte de la percepción sensorial, pasa por las emociones, para entonces tornarse cada vez más abstracto, hasta alcanzar la simbolización y el pensamiento. Con el objetivo de mostrar la utilización de este modelo, presentan tres situaciones clínicas. <![CDATA[<b>Intuição</b>: <b>lacuna teórica na psicanálise</b>]]> http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0486-641X2016000100014&lng=pt&nrm=iso&tlng=pt Na psicanálise, existe uma lacuna relativa ao conceito de intuição. Freud mencionou o termo apenas três vezes, sem ater-se a ele, sem defini-lo, demonstrando pouco caso. No trabalho de seus discípulos, uma idêntica indiferença pode ser encontrada. Por quê? Será porque o dissidente Jung o valorizou? Ou por medo de que a psicanálise poderia vir a ser considerada não científica, caso o uso da intuição fosse reconhecido no trabalho clínico? Depois de tantas infrutíferas pesquisas bibliográficas, encontramos em Bion um interesse claro pela função intuitiva, considerando-a um artifício fundamental do analista. A alusão à intuição, sem a menção do termo, é frequente nos trabalhos psicanalíticos posteriores a Freud. Os que o desvalorizam usam-no; quem o usa não o define; quem o valoriza o usa entre aspas. A pouca clareza relativa ao termo na psicanálise favorece a anonimidade de sua função. Este artigo estabelece relações entre alguns dos poucos autores que se referiram especificamente à intuição (Jung, Bion, Grinberg, Medina, Trinca etc.), na tentativa de construir uma definição para esta função. Contudo, quando depois disto se disser que algo é intuição, ainda assim alguém poderá afirmar ser outro o processo - o que evidencia a lacuna que permite que se atribua o mesmo termo para outros princípios teóricos e definições conceituais. Se não se puder chegar a uma definição amplamente aceita, torna-se necessário observar como os autores aqui mencionados se utilizam da intuição.<hr/>In psychoanalysis, there is a relative lack in the concept of intuition. Freud mentioned that term only three times, without sticking to it, defining it, showing any interest in it. In Freud’s pupils’ work, the same indifference may be found. Why? Would it be because Jung, the dissident pupil, gave it value? Or (would it be) for fear that psychoanalysis might be considered not scientific, if the use of intuition was recognized in clinical practice? After several unsuccessful bibliographic searches, we finally found a clear interest in intuitive function in Bion’s work, where it is considered a psychoanalyst’s fundamental tool. In post-Freudian psychoanalytic works, we can often find allusions to intuition without mentioning the word. Those who undervalue the term use it; those who use it do not define it; those who value it use it in quotes. The unclear idea of intuition in psychoanalysis is propitious to the anonymous feature of its function. In order to attempt to define intuition, this paper establishes a connection among some of the few authors who specifically referred to this function (Jung, Bion, Grinberg, Medina, Trinca etc.). However, even if we have defined it, when it will be said something is intuition, someone may claim it is another process - which shows a lack that lets the same term be used to refer to other theoretical principles and conceptual definitions. If a fully accepted definition cannot be achieved, it is necessary to observe how the authors herein mentioned use intuition.<hr/>En el psicoanálisis existe una laguna relacionada con el concepto de intuición. Freud mencionó el término solo tres veces, sin apegarse a él, sin definirlo, demostrando poco interés. En el trabajo de sus discípulos, se encuentra una indiferencia idéntica. ¿Por qué? ¿Será porque el disidente Jung lo valorizó? ¿O por miedo a que el psicoanálisis pudiera ser considerado como no científico, en caso de que la intuición fuera reconocida en el trabajo clínico? Después de tantas búsquedas bibliográficas infructíferas, encontramos en Bion un claro interés por la función intuitiva, considerándola un artificio fundamental del analista. La alusión a la intuición, sin mencionar el término, es algo frecuente en los trabajos psicoanalíticos posteriores a Freud. Los que lo desvalorizan lo usan; quien lo usa no lo define; quien lo valoriza lo usa entre comillas. La poca claridad relacionada al término en el psicoanálisis favorece el anonimato de su función. Este artículo establece relaciones entre algunos de los pocos autores que se refirieron específicamente a la intuición (Jung, Bion, Grinberg, Medina, Trinca etc.), en un intento de construir una definición para esta función. Sin embargo, cuando después de esto se diga que algo es intuición, todavía alguien podrá afirmar que es otro proceso - lo que pone en evidencia la laguna que permite que se atribuya el mismo término para otros principios teóricos y definiciones conceptuales. Si no es posible llegar a una definición aceptada ampliamente, se hace necesario observar cómo los autores aquí mencionados utilizan la intuición. <![CDATA[<b>Intuição</b>: <b>lacuna técnica na psicanálise</b>]]> http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0486-641X2016000100015&lng=pt&nrm=iso&tlng=pt Em nossa formação analítica, somos bem treinados a lidar com o material do paciente quando ele distorce, projeta, imagina, alucina, quando está no mundo do "como se", quando nos sente pelo que nós não somos. Relembra-se, porém, neste artigo, citando exemplos clínicos, que o paciente não somente deforma a realidade, mas às vezes é capaz, pela intuição, de captar verdades íntimas e secretas do analista. O que fazer nestes casos? Raríssimas são as respostas a respeito desta questão dentro das obras de técnica psicanalítica e ainda menos por parte dos supervisores. Poderíamos, pelo menos em certos casos, sendo que o analisando veio conosco para se conhecer melhor, torná-lo ciente de seus dotes intuitivos, quando os tem? Salienta-se no artigo a importância de sabermos perceber, no aqui e agora do setting, pelo material associativo, onírico e transferencial do cliente, o eventual aparecimento de captações intuitivas e de como ele as utiliza. Isto nos permite, também, ter uma ideia de como funcionou ou funciona em outras situações, em termos de decifrações inconscientes dos dados ambientais.<hr/>In our psychoanalytic training, we are well prepared to handle patients’ material when they distort, project, imagine, hallucinate, when they are in the "as-if" world, when they feel us for what we are not. However, by using clinical vignettes, the author recalls in this paper the patient not only distorts reality but also is sometimes able, through intuition, to capture the psychoanalyst’s intimate and secret truths. What to do in these cases? There are very rare answers to this question in psychoanalytic technique works, and even rarer from the supervisors’. Taking into consideration that analysands have come to us in order to seek for an improvement in their self-knowledge, could we make them conscious of their intuitive skills (when they have them) at least in certain cases? The author emphasizes the importance for us to know to realize, through the client’s associative, oneiric (dreamy), and transferential material, now and here in the setting, those possible intuitive captions and how he uses them. It also lets us have an idea of how it has worked in other situations, in terms of unconsciously deciphering environmental data.<hr/>En nuestra formación analítica, somos bien entrenados para lidiar con el material del paciente cuando este distorsiona, proyecta, imagina, alucina, cuando está en el mundo del "como si", cuando nos siente por lo que no somos. Sin embargo, se recuerda en este artículo, mencionando ejemplos clínicos, que el paciente no solo deforma la realidad, sino que a veces es capaz, por la intuición, de captar verdades íntimas y secretas del analista. ¿Qué hacer en estos casos? Son muy raras las respuestas a esta pregunta dentro de las obras de técnica psicoanalítica y aún menos por parte de los supervisores. ¿Podríamos, al menos en algunos casos, ya que el analizado vino hasta nosotros para conocerse mejor, tornarlo consciente de sus dotes intuitivas cuando las tiene? Se destaca en el artículo la importancia de saber percibir, en el aquí y ahora del setting, por el material asociativo, onírico y transferencial del cliente, el posible surgimiento de captaciones intuitivas y de cómo él las utiliza. Esto nos permite, también, tener una idea de cómo funcionó o funciona en otras situaciones, en términos de desciframiento inconsciente de los datos ambientales. <![CDATA[<b>Laio, ou a fertilidade impossível</b>]]> http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0486-641X2016000100016&lng=pt&nrm=iso&tlng=pt Ao tratar, numa reflexão psicanalítica, do problema da construção da sexualidade e da fertilidade, assim como dos inúmeros significados que pode adquirir na vida psíquica esta construção, a autora privilegia o medo da fertilidade, medo este que mobiliza a situação de violência na vida mental e social. Na genealogia desta situação de medo e violência, a autora destaca a posição de Laio no mito de Édipo, por meio da qual ilumina o material clínico de diversos pacientes.<hr/>The author emphasizes the fear of fertility - a fear which arouses violence in mental and social life - by writing a psychoanalytic reflection on the issue of building sexuality and fertility, as well as on the several meanings this process may acquire in psychic life. In the genealogy of this situation of fear and violence, the author highlights in Oedipus myth Laius’ place, through which she enlightens several patients’ clinical material.<hr/>Cuando se trata, en una discusión psicoanalítica, el problema de la construcción de la sexualidad y la fertilidad, así como de los innumerables significados que puede adquirir dicha construcción en la vida psíquica, la autora hace énfasis en el miedo de la fertilidad, miedo que mueve la situación de violencia en la vida mental y social. En la genealogía de esta situación de miedo y violencia, la autora destaca la posición de Layo en el mito de Edipo, mediante la cual ilumina el material clínico de diversos pacientes. <![CDATA[<b>A realidade indistinguível</b>]]> http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0486-641X2016000100017&lng=pt&nrm=iso&tlng=pt Os problemas psicanalíticos mais comuns requerem, não raro, os mais inusuais processos de demonstração. Este texto deve ser lido como uma ficção teórica, bem assim as pessoas, locais, situações, entidades e teorias mencionados, em que qualquer semelhança com figuras reais será mera coincidência, a menos que não o seja. De mais a mais, coincidência é quando duas realidades se encontram de maneira indistinguível.<hr/>The most common psychoanalytic issues often require the most unusual demonstration processes. This paper as well as the mentioned people, places, situations, entities, and theories should be read as a theoretic fiction, in which any resemblance to actual figures is purely coincidental, except if it is not. Moreover, coincidence happens when two realities meet each other in an indistinguishable way.<hr/>Los problemas psicoanalíticos más comunes requieren, a menudo, los procesos de demostración más inusuales. Este texto debe ser leído como una ficción teórica, así como las personas, locales, situaciones, entidades y teorías mencionados, en los que cualquier semejanza con figuras reales será una mera coincidencia, a menos que no lo sea. Por otra parte, coincidencia es cuando dos realidades se encuentran de manera indistinguible. <![CDATA[<b>O homem, a psicanálise e o novo século</b>]]> http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0486-641X2016000100018&lng=pt&nrm=iso&tlng=pt Neste artigo, o autor propõe ser impossível falar do futuro sem que se esteja imerso no destino humano, que tem um passado, um presente e um futuro. Ressalta a importância de retomar o passado para incorporá-lo à reflexão psicanalítica e faz um alerta para que a teoria não se transforme em doutrina. Também destaca o valor da intersubjetividade, da troca afetiva que aproxima e permite ao analista estar junto de seu paciente.<hr/>In this paper, the author proposes that it is impossible to talk about future without being immerse in human destiny, which has a past, a present, and a future. He highlights the importance of retaking the past, which should be incorporated into the psychoanalytic thinking, and he warns for theory not to be turned into doctrine. The author also emphasizes the value of intersubjectivity - the affection exchange which brings people closer and lets the psychoanalyst and his (or her) patient be together.<hr/>En este artículo, el autor propone que es imposible hablar del futuro sin estar inmerso en el destino humano, que tiene un pasado, un presente y un futuro. Resalta la importancia de retomar el pasado para incorporarlo a la reflexión psicoanalítica y alerta para que la teoría no se transforme en doctrina. También destaca el valor de la intersubjetividad, del intercambio afectivo que aproxima y permite al analista estar junto a su paciente. <![CDATA[<b>Quando o analista é alvo da "magia" do paciente</b>: <b>considerações sobre a comunicação inconsciente do estado mental do paciente ao analista</b>]]> http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0486-641X2016000100019&lng=pt&nrm=iso&tlng=pt O trabalho tenta rastrear os processos intersubjetivos que podem estar na base da ocorrência de determinados estados emocionais do analista. É dada ênfase à ocorrência de identificações projetivas por parte dos pacientes, o que poderia explicar ditos estados. A recorrência frequente ao conceito de identificação projetiva como fator explicativo não só ampliou seu campo de abrangência como também alterou o significado original (uma fantasia) que Melanie Klein lhe atribuiu. Dada essa indevida e enganosa ampliação do poder explicativo do conceito, surge a necessidade de investigar outros processos cuja presença seria responsável por algumas reações emocionais ou, mesmo, atuações do analista. Algumas vias alternativas, já investigadas na literatura psicanalítica, são discutidas. O valor de uma discussão desse tipo reside na importância de se prover o campo da análise de instrumentos conceituais aptos a abordar os processos clínicos na sua dinâmica, evitando-se, assim, meras explicações fenomenológicas que, sem profundidade, acabam conferindo ao acontecer da sessão um aspecto mágico, até esotérico. A atenção a esses aspectos interacionais na análise recoloca em pauta, inevitavelmente, o confronto entre as concepções que privilegiam o plano intersubjetivo na situação analítica. Este encaminhamento da questão mostra que, se lidamos com um determinado enfoque e com seus conceitos correlatos, temos de alinhá-los, de forma coerente, a outros conjuntos de conceitos que fazem parte da trama teórica com a qual nos identificamos. Sem esse cuidado, nos arriscamos a transformar a teoria e o método psicanalíticos num quebra-cabeça cujas peças jamais se encaixam.<hr/>This paper attempts to keep track of the intersubjective processes which may support certain analyst’s emotional states. The author emphasizes the occurrence of projective identifications by the patient, which could explain those states. Often invoking the concept of projective identification as an explaining factor has not only enhanced its range, but also changed the original meaning - a fantasy - which was attributed to it by Melanie Klein. Due to that inappropriate and misleading enhancement of the explaining power of the concept, other processes whose presence would be responsible for some emotional reactions, or even some analyst’s actions, must be investigated. Some alternative ways, which have already been investigated in the psychoanalytic literature, are discussed. The value of this kind of discussion is found in the importance of providing conceptual apparatus to the psychoanalytic field; conceptual apparatus which are able to approach clinical processes in their dynamics. In this way, we avoid simple phenomenological explanations which end up providing a magical (or even esoteric) aspect to the session. The attention to these interactional aspects in the analysis unavoidably brings in the confrontation among the conceptions which favor the intersubjective plan in the psychoanalytic situation. Conducting the matter in this way demonstrates that, if we handle certain approach and its correlative concepts, we must coherently conform them to other set of concepts which belong to the theoretical plot with which we identify. Without being aware of this, we risk to transform psychoanalytic theory and method into a puzzle whose pieces will never form a coherent picture.<hr/>El trabajo intenta rastrear los procesos intersubjetivos que pueden estar en la base de la aparición de determinados estados emocionales del analista. Se enfatiza la aparición de identificaciones proyectivas por parte de los pacientes, lo que podría explicar dichos estados. La recurrencia frecuente al concepto de identificación proyectiva como factor explicativo no solo amplió su campo de alcance, sino que también alteró el significado original (una fantasía) que le atribuyó Melanie Klein. Dada esta ampliación indebida y engañosa del poder explicativo del concepto, surge la necesidad de investigar otros procesos cuya presencia sería responsable por algunas reacciones emocionales o, incluso, actuaciones del analista. Algunas vías alternativas, ya investigadas en la literatura psicoanalítica, son discutidas. El valor de una discusión de este tipo está en la importancia de proveer el campo de análisis de instrumentos conceptuales aptos para abordar los procesos clínicos en su dinámica, evitando meras explicaciones fenomenológicas que, sin profundidad, acaban concediendo a la sesión un aspecto mágico, incluso esotérico. La atención a estos aspectos interactivos en el análisis vuelve a sacar a la luz, inevitablemente, el enfrentamiento entre las concepciones que dan privilegio al plano intersubjetivo en la situación analítica. Esta presentación del tema muestra que, si lidiamos con un enfoque determinado y con sus conceptos relacionados, tenemos que alinearlos, de forma coherente, con los otros conjuntos de conceptos que forman parte de la trama teórica con la cual nos identificamos. Sin ese cuidado, nos arriesgamos a transformar la teoría y el método psicoanalíticos en un rompecabezas cuyas piezas nunca se encajan. <![CDATA[<b>Nas portas da liberdade</b>]]> http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0486-641X2016000100020&lng=pt&nrm=iso&tlng=pt O trabalho tenta rastrear os processos intersubjetivos que podem estar na base da ocorrência de determinados estados emocionais do analista. É dada ênfase à ocorrência de identificações projetivas por parte dos pacientes, o que poderia explicar ditos estados. A recorrência frequente ao conceito de identificação projetiva como fator explicativo não só ampliou seu campo de abrangência como também alterou o significado original (uma fantasia) que Melanie Klein lhe atribuiu. Dada essa indevida e enganosa ampliação do poder explicativo do conceito, surge a necessidade de investigar outros processos cuja presença seria responsável por algumas reações emocionais ou, mesmo, atuações do analista. Algumas vias alternativas, já investigadas na literatura psicanalítica, são discutidas. O valor de uma discussão desse tipo reside na importância de se prover o campo da análise de instrumentos conceituais aptos a abordar os processos clínicos na sua dinâmica, evitando-se, assim, meras explicações fenomenológicas que, sem profundidade, acabam conferindo ao acontecer da sessão um aspecto mágico, até esotérico. A atenção a esses aspectos interacionais na análise recoloca em pauta, inevitavelmente, o confronto entre as concepções que privilegiam o plano intersubjetivo na situação analítica. Este encaminhamento da questão mostra que, se lidamos com um determinado enfoque e com seus conceitos correlatos, temos de alinhá-los, de forma coerente, a outros conjuntos de conceitos que fazem parte da trama teórica com a qual nos identificamos. Sem esse cuidado, nos arriscamos a transformar a teoria e o método psicanalíticos num quebra-cabeça cujas peças jamais se encaixam.<hr/>This paper attempts to keep track of the intersubjective processes which may support certain analyst’s emotional states. The author emphasizes the occurrence of projective identifications by the patient, which could explain those states. Often invoking the concept of projective identification as an explaining factor has not only enhanced its range, but also changed the original meaning - a fantasy - which was attributed to it by Melanie Klein. Due to that inappropriate and misleading enhancement of the explaining power of the concept, other processes whose presence would be responsible for some emotional reactions, or even some analyst’s actions, must be investigated. Some alternative ways, which have already been investigated in the psychoanalytic literature, are discussed. The value of this kind of discussion is found in the importance of providing conceptual apparatus to the psychoanalytic field; conceptual apparatus which are able to approach clinical processes in their dynamics. In this way, we avoid simple phenomenological explanations which end up providing a magical (or even esoteric) aspect to the session. The attention to these interactional aspects in the analysis unavoidably brings in the confrontation among the conceptions which favor the intersubjective plan in the psychoanalytic situation. Conducting the matter in this way demonstrates that, if we handle certain approach and its correlative concepts, we must coherently conform them to other set of concepts which belong to the theoretical plot with which we identify. Without being aware of this, we risk to transform psychoanalytic theory and method into a puzzle whose pieces will never form a coherent picture.<hr/>El trabajo intenta rastrear los procesos intersubjetivos que pueden estar en la base de la aparición de determinados estados emocionales del analista. Se enfatiza la aparición de identificaciones proyectivas por parte de los pacientes, lo que podría explicar dichos estados. La recurrencia frecuente al concepto de identificación proyectiva como factor explicativo no solo amplió su campo de alcance, sino que también alteró el significado original (una fantasía) que le atribuyó Melanie Klein. Dada esta ampliación indebida y engañosa del poder explicativo del concepto, surge la necesidad de investigar otros procesos cuya presencia sería responsable por algunas reacciones emocionales o, incluso, actuaciones del analista. Algunas vías alternativas, ya investigadas en la literatura psicoanalítica, son discutidas. El valor de una discusión de este tipo está en la importancia de proveer el campo de análisis de instrumentos conceptuales aptos para abordar los procesos clínicos en su dinámica, evitando meras explicaciones fenomenológicas que, sin profundidad, acaban concediendo a la sesión un aspecto mágico, incluso esotérico. La atención a estos aspectos interactivos en el análisis vuelve a sacar a la luz, inevitablemente, el enfrentamiento entre las concepciones que dan privilegio al plano intersubjetivo en la situación analítica. Esta presentación del tema muestra que, si lidiamos con un enfoque determinado y con sus conceptos relacionados, tenemos que alinearlos, de forma coherente, con los otros conjuntos de conceptos que forman parte de la trama teórica con la cual nos identificamos. Sin ese cuidado, nos arriesgamos a transformar la teoría y el método psicoanalíticos en un rompecabezas cuyas piezas nunca se encajan. <![CDATA[<b>Nós, que nos amovamos tanto</b>]]> http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0486-641X2016000100021&lng=pt&nrm=iso&tlng=pt O trabalho tenta rastrear os processos intersubjetivos que podem estar na base da ocorrência de determinados estados emocionais do analista. É dada ênfase à ocorrência de identificações projetivas por parte dos pacientes, o que poderia explicar ditos estados. A recorrência frequente ao conceito de identificação projetiva como fator explicativo não só ampliou seu campo de abrangência como também alterou o significado original (uma fantasia) que Melanie Klein lhe atribuiu. Dada essa indevida e enganosa ampliação do poder explicativo do conceito, surge a necessidade de investigar outros processos cuja presença seria responsável por algumas reações emocionais ou, mesmo, atuações do analista. Algumas vias alternativas, já investigadas na literatura psicanalítica, são discutidas. O valor de uma discussão desse tipo reside na importância de se prover o campo da análise de instrumentos conceituais aptos a abordar os processos clínicos na sua dinâmica, evitando-se, assim, meras explicações fenomenológicas que, sem profundidade, acabam conferindo ao acontecer da sessão um aspecto mágico, até esotérico. A atenção a esses aspectos interacionais na análise recoloca em pauta, inevitavelmente, o confronto entre as concepções que privilegiam o plano intersubjetivo na situação analítica. Este encaminhamento da questão mostra que, se lidamos com um determinado enfoque e com seus conceitos correlatos, temos de alinhá-los, de forma coerente, a outros conjuntos de conceitos que fazem parte da trama teórica com a qual nos identificamos. Sem esse cuidado, nos arriscamos a transformar a teoria e o método psicanalíticos num quebra-cabeça cujas peças jamais se encaixam.<hr/>This paper attempts to keep track of the intersubjective processes which may support certain analyst’s emotional states. The author emphasizes the occurrence of projective identifications by the patient, which could explain those states. Often invoking the concept of projective identification as an explaining factor has not only enhanced its range, but also changed the original meaning - a fantasy - which was attributed to it by Melanie Klein. Due to that inappropriate and misleading enhancement of the explaining power of the concept, other processes whose presence would be responsible for some emotional reactions, or even some analyst’s actions, must be investigated. Some alternative ways, which have already been investigated in the psychoanalytic literature, are discussed. The value of this kind of discussion is found in the importance of providing conceptual apparatus to the psychoanalytic field; conceptual apparatus which are able to approach clinical processes in their dynamics. In this way, we avoid simple phenomenological explanations which end up providing a magical (or even esoteric) aspect to the session. The attention to these interactional aspects in the analysis unavoidably brings in the confrontation among the conceptions which favor the intersubjective plan in the psychoanalytic situation. Conducting the matter in this way demonstrates that, if we handle certain approach and its correlative concepts, we must coherently conform them to other set of concepts which belong to the theoretical plot with which we identify. Without being aware of this, we risk to transform psychoanalytic theory and method into a puzzle whose pieces will never form a coherent picture.<hr/>El trabajo intenta rastrear los procesos intersubjetivos que pueden estar en la base de la aparición de determinados estados emocionales del analista. Se enfatiza la aparición de identificaciones proyectivas por parte de los pacientes, lo que podría explicar dichos estados. La recurrencia frecuente al concepto de identificación proyectiva como factor explicativo no solo amplió su campo de alcance, sino que también alteró el significado original (una fantasía) que le atribuyó Melanie Klein. Dada esta ampliación indebida y engañosa del poder explicativo del concepto, surge la necesidad de investigar otros procesos cuya presencia sería responsable por algunas reacciones emocionales o, incluso, actuaciones del analista. Algunas vías alternativas, ya investigadas en la literatura psicoanalítica, son discutidas. El valor de una discusión de este tipo está en la importancia de proveer el campo de análisis de instrumentos conceptuales aptos para abordar los procesos clínicos en su dinámica, evitando meras explicaciones fenomenológicas que, sin profundidad, acaban concediendo a la sesión un aspecto mágico, incluso esotérico. La atención a estos aspectos interactivos en el análisis vuelve a sacar a la luz, inevitablemente, el enfrentamiento entre las concepciones que dan privilegio al plano intersubjetivo en la situación analítica. Esta presentación del tema muestra que, si lidiamos con un enfoque determinado y con sus conceptos relacionados, tenemos que alinearlos, de forma coherente, con los otros conjuntos de conceptos que forman parte de la trama teórica con la cual nos identificamos. Sin ese cuidado, nos arriesgamos a transformar la teoría y el método psicoanalíticos en un rompecabezas cuyas piezas nunca se encajan. <![CDATA[<b>Ser editor da RBP nos anos 90 no Brasil</b>]]> http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0486-641X2016000100022&lng=pt&nrm=iso&tlng=pt O trabalho tenta rastrear os processos intersubjetivos que podem estar na base da ocorrência de determinados estados emocionais do analista. É dada ênfase à ocorrência de identificações projetivas por parte dos pacientes, o que poderia explicar ditos estados. A recorrência frequente ao conceito de identificação projetiva como fator explicativo não só ampliou seu campo de abrangência como também alterou o significado original (uma fantasia) que Melanie Klein lhe atribuiu. Dada essa indevida e enganosa ampliação do poder explicativo do conceito, surge a necessidade de investigar outros processos cuja presença seria responsável por algumas reações emocionais ou, mesmo, atuações do analista. Algumas vias alternativas, já investigadas na literatura psicanalítica, são discutidas. O valor de uma discussão desse tipo reside na importância de se prover o campo da análise de instrumentos conceituais aptos a abordar os processos clínicos na sua dinâmica, evitando-se, assim, meras explicações fenomenológicas que, sem profundidade, acabam conferindo ao acontecer da sessão um aspecto mágico, até esotérico. A atenção a esses aspectos interacionais na análise recoloca em pauta, inevitavelmente, o confronto entre as concepções que privilegiam o plano intersubjetivo na situação analítica. Este encaminhamento da questão mostra que, se lidamos com um determinado enfoque e com seus conceitos correlatos, temos de alinhá-los, de forma coerente, a outros conjuntos de conceitos que fazem parte da trama teórica com a qual nos identificamos. Sem esse cuidado, nos arriscamos a transformar a teoria e o método psicanalíticos num quebra-cabeça cujas peças jamais se encaixam.<hr/>This paper attempts to keep track of the intersubjective processes which may support certain analyst’s emotional states. The author emphasizes the occurrence of projective identifications by the patient, which could explain those states. Often invoking the concept of projective identification as an explaining factor has not only enhanced its range, but also changed the original meaning - a fantasy - which was attributed to it by Melanie Klein. Due to that inappropriate and misleading enhancement of the explaining power of the concept, other processes whose presence would be responsible for some emotional reactions, or even some analyst’s actions, must be investigated. Some alternative ways, which have already been investigated in the psychoanalytic literature, are discussed. The value of this kind of discussion is found in the importance of providing conceptual apparatus to the psychoanalytic field; conceptual apparatus which are able to approach clinical processes in their dynamics. In this way, we avoid simple phenomenological explanations which end up providing a magical (or even esoteric) aspect to the session. The attention to these interactional aspects in the analysis unavoidably brings in the confrontation among the conceptions which favor the intersubjective plan in the psychoanalytic situation. Conducting the matter in this way demonstrates that, if we handle certain approach and its correlative concepts, we must coherently conform them to other set of concepts which belong to the theoretical plot with which we identify. Without being aware of this, we risk to transform psychoanalytic theory and method into a puzzle whose pieces will never form a coherent picture.<hr/>El trabajo intenta rastrear los procesos intersubjetivos que pueden estar en la base de la aparición de determinados estados emocionales del analista. Se enfatiza la aparición de identificaciones proyectivas por parte de los pacientes, lo que podría explicar dichos estados. La recurrencia frecuente al concepto de identificación proyectiva como factor explicativo no solo amplió su campo de alcance, sino que también alteró el significado original (una fantasía) que le atribuyó Melanie Klein. Dada esta ampliación indebida y engañosa del poder explicativo del concepto, surge la necesidad de investigar otros procesos cuya presencia sería responsable por algunas reacciones emocionales o, incluso, actuaciones del analista. Algunas vías alternativas, ya investigadas en la literatura psicoanalítica, son discutidas. El valor de una discusión de este tipo está en la importancia de proveer el campo de análisis de instrumentos conceptuales aptos para abordar los procesos clínicos en su dinámica, evitando meras explicaciones fenomenológicas que, sin profundidad, acaban concediendo a la sesión un aspecto mágico, incluso esotérico. La atención a estos aspectos interactivos en el análisis vuelve a sacar a la luz, inevitablemente, el enfrentamiento entre las concepciones que dan privilegio al plano intersubjetivo en la situación analítica. Esta presentación del tema muestra que, si lidiamos con un enfoque determinado y con sus conceptos relacionados, tenemos que alinearlos, de forma coherente, con los otros conjuntos de conceptos que forman parte de la trama teórica con la cual nos identificamos. Sin ese cuidado, nos arriesgamos a transformar la teoría y el método psicoanalíticos en un rompecabezas cuyas piezas nunca se encajan. <![CDATA[<b>Angelus Novus e a seleção de fatos, clínicos e outros</b>]]> http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0486-641X2016000100023&lng=pt&nrm=iso&tlng=pt O trabalho tenta rastrear os processos intersubjetivos que podem estar na base da ocorrência de determinados estados emocionais do analista. É dada ênfase à ocorrência de identificações projetivas por parte dos pacientes, o que poderia explicar ditos estados. A recorrência frequente ao conceito de identificação projetiva como fator explicativo não só ampliou seu campo de abrangência como também alterou o significado original (uma fantasia) que Melanie Klein lhe atribuiu. Dada essa indevida e enganosa ampliação do poder explicativo do conceito, surge a necessidade de investigar outros processos cuja presença seria responsável por algumas reações emocionais ou, mesmo, atuações do analista. Algumas vias alternativas, já investigadas na literatura psicanalítica, são discutidas. O valor de uma discussão desse tipo reside na importância de se prover o campo da análise de instrumentos conceituais aptos a abordar os processos clínicos na sua dinâmica, evitando-se, assim, meras explicações fenomenológicas que, sem profundidade, acabam conferindo ao acontecer da sessão um aspecto mágico, até esotérico. A atenção a esses aspectos interacionais na análise recoloca em pauta, inevitavelmente, o confronto entre as concepções que privilegiam o plano intersubjetivo na situação analítica. Este encaminhamento da questão mostra que, se lidamos com um determinado enfoque e com seus conceitos correlatos, temos de alinhá-los, de forma coerente, a outros conjuntos de conceitos que fazem parte da trama teórica com a qual nos identificamos. Sem esse cuidado, nos arriscamos a transformar a teoria e o método psicanalíticos num quebra-cabeça cujas peças jamais se encaixam.<hr/>This paper attempts to keep track of the intersubjective processes which may support certain analyst’s emotional states. The author emphasizes the occurrence of projective identifications by the patient, which could explain those states. Often invoking the concept of projective identification as an explaining factor has not only enhanced its range, but also changed the original meaning - a fantasy - which was attributed to it by Melanie Klein. Due to that inappropriate and misleading enhancement of the explaining power of the concept, other processes whose presence would be responsible for some emotional reactions, or even some analyst’s actions, must be investigated. Some alternative ways, which have already been investigated in the psychoanalytic literature, are discussed. The value of this kind of discussion is found in the importance of providing conceptual apparatus to the psychoanalytic field; conceptual apparatus which are able to approach clinical processes in their dynamics. In this way, we avoid simple phenomenological explanations which end up providing a magical (or even esoteric) aspect to the session. The attention to these interactional aspects in the analysis unavoidably brings in the confrontation among the conceptions which favor the intersubjective plan in the psychoanalytic situation. Conducting the matter in this way demonstrates that, if we handle certain approach and its correlative concepts, we must coherently conform them to other set of concepts which belong to the theoretical plot with which we identify. Without being aware of this, we risk to transform psychoanalytic theory and method into a puzzle whose pieces will never form a coherent picture.<hr/>El trabajo intenta rastrear los procesos intersubjetivos que pueden estar en la base de la aparición de determinados estados emocionales del analista. Se enfatiza la aparición de identificaciones proyectivas por parte de los pacientes, lo que podría explicar dichos estados. La recurrencia frecuente al concepto de identificación proyectiva como factor explicativo no solo amplió su campo de alcance, sino que también alteró el significado original (una fantasía) que le atribuyó Melanie Klein. Dada esta ampliación indebida y engañosa del poder explicativo del concepto, surge la necesidad de investigar otros procesos cuya presencia sería responsable por algunas reacciones emocionales o, incluso, actuaciones del analista. Algunas vías alternativas, ya investigadas en la literatura psicoanalítica, son discutidas. El valor de una discusión de este tipo está en la importancia de proveer el campo de análisis de instrumentos conceptuales aptos para abordar los procesos clínicos en su dinámica, evitando meras explicaciones fenomenológicas que, sin profundidad, acaban concediendo a la sesión un aspecto mágico, incluso esotérico. La atención a estos aspectos interactivos en el análisis vuelve a sacar a la luz, inevitablemente, el enfrentamiento entre las concepciones que dan privilegio al plano intersubjetivo en la situación analítica. Esta presentación del tema muestra que, si lidiamos con un enfoque determinado y con sus conceptos relacionados, tenemos que alinearlos, de forma coherente, con los otros conjuntos de conceptos que forman parte de la trama teórica con la cual nos identificamos. Sin ese cuidado, nos arriesgamos a transformar la teoría y el método psicoanalíticos en un rompecabezas cuyas piezas nunca se encajan. <![CDATA[<b>Memórias recentes de um editor</b>]]> http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0486-641X2016000100024&lng=pt&nrm=iso&tlng=pt O trabalho tenta rastrear os processos intersubjetivos que podem estar na base da ocorrência de determinados estados emocionais do analista. É dada ênfase à ocorrência de identificações projetivas por parte dos pacientes, o que poderia explicar ditos estados. A recorrência frequente ao conceito de identificação projetiva como fator explicativo não só ampliou seu campo de abrangência como também alterou o significado original (uma fantasia) que Melanie Klein lhe atribuiu. Dada essa indevida e enganosa ampliação do poder explicativo do conceito, surge a necessidade de investigar outros processos cuja presença seria responsável por algumas reações emocionais ou, mesmo, atuações do analista. Algumas vias alternativas, já investigadas na literatura psicanalítica, são discutidas. O valor de uma discussão desse tipo reside na importância de se prover o campo da análise de instrumentos conceituais aptos a abordar os processos clínicos na sua dinâmica, evitando-se, assim, meras explicações fenomenológicas que, sem profundidade, acabam conferindo ao acontecer da sessão um aspecto mágico, até esotérico. A atenção a esses aspectos interacionais na análise recoloca em pauta, inevitavelmente, o confronto entre as concepções que privilegiam o plano intersubjetivo na situação analítica. Este encaminhamento da questão mostra que, se lidamos com um determinado enfoque e com seus conceitos correlatos, temos de alinhá-los, de forma coerente, a outros conjuntos de conceitos que fazem parte da trama teórica com a qual nos identificamos. Sem esse cuidado, nos arriscamos a transformar a teoria e o método psicanalíticos num quebra-cabeça cujas peças jamais se encaixam.<hr/>This paper attempts to keep track of the intersubjective processes which may support certain analyst’s emotional states. The author emphasizes the occurrence of projective identifications by the patient, which could explain those states. Often invoking the concept of projective identification as an explaining factor has not only enhanced its range, but also changed the original meaning - a fantasy - which was attributed to it by Melanie Klein. Due to that inappropriate and misleading enhancement of the explaining power of the concept, other processes whose presence would be responsible for some emotional reactions, or even some analyst’s actions, must be investigated. Some alternative ways, which have already been investigated in the psychoanalytic literature, are discussed. The value of this kind of discussion is found in the importance of providing conceptual apparatus to the psychoanalytic field; conceptual apparatus which are able to approach clinical processes in their dynamics. In this way, we avoid simple phenomenological explanations which end up providing a magical (or even esoteric) aspect to the session. The attention to these interactional aspects in the analysis unavoidably brings in the confrontation among the conceptions which favor the intersubjective plan in the psychoanalytic situation. Conducting the matter in this way demonstrates that, if we handle certain approach and its correlative concepts, we must coherently conform them to other set of concepts which belong to the theoretical plot with which we identify. Without being aware of this, we risk to transform psychoanalytic theory and method into a puzzle whose pieces will never form a coherent picture.<hr/>El trabajo intenta rastrear los procesos intersubjetivos que pueden estar en la base de la aparición de determinados estados emocionales del analista. Se enfatiza la aparición de identificaciones proyectivas por parte de los pacientes, lo que podría explicar dichos estados. La recurrencia frecuente al concepto de identificación proyectiva como factor explicativo no solo amplió su campo de alcance, sino que también alteró el significado original (una fantasía) que le atribuyó Melanie Klein. Dada esta ampliación indebida y engañosa del poder explicativo del concepto, surge la necesidad de investigar otros procesos cuya presencia sería responsable por algunas reacciones emocionales o, incluso, actuaciones del analista. Algunas vías alternativas, ya investigadas en la literatura psicoanalítica, son discutidas. El valor de una discusión de este tipo está en la importancia de proveer el campo de análisis de instrumentos conceptuales aptos para abordar los procesos clínicos en su dinámica, evitando meras explicaciones fenomenológicas que, sin profundidad, acaban concediendo a la sesión un aspecto mágico, incluso esotérico. La atención a estos aspectos interactivos en el análisis vuelve a sacar a la luz, inevitablemente, el enfrentamiento entre las concepciones que dan privilegio al plano intersubjetivo en la situación analítica. Esta presentación del tema muestra que, si lidiamos con un enfoque determinado y con sus conceptos relacionados, tenemos que alinearlos, de forma coherente, con los otros conjuntos de conceptos que forman parte de la trama teórica con la cual nos identificamos. Sin ese cuidado, nos arriesgamos a transformar la teoría y el método psicoanalíticos en un rompecabezas cuyas piezas nunca se encajan.