Scielo RSS <![CDATA[Revista Brasileira de Psicanálise]]> http://pepsic.bvsalud.org/rss.php?pid=0486-641X20200001&lang=pt vol. 54 num. 1 lang. pt <![CDATA[SciELO Logo]]> http://pepsic.bvsalud.org/img/en/fbpelogp.gif http://pepsic.bvsalud.org <![CDATA[<b>Além do princípio do prazer</b>]]> http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0486-641X2020000100001&lng=pt&nrm=iso&tlng=pt <![CDATA[<b>Psicanálise ontológica ou "O que você quer ser quando crescer?"</b>]]> http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0486-641X2020000100002&lng=pt&nrm=iso&tlng=pt O autor discute as diferenças entre o que chama de psicanálise epistemológica - relacionada ao conhecimento e à compreensão, tendo como principais autores Freud e Klein - e o que chama de psicanálise ontológica - relacionada ao ser e ao tornar-se, tomando nesse caso como principais referências Winnicott e Bion. Argumenta que, com Winnicott, a psicanálise deixa de estar centrada no sentido simbólico do brincar, que passa a ser visto como experiência. Já com Bion a psicanálise deixa de estar centrada no sentido simbólico dos sonhos, e a experiência de sonhar passa a ser considerada em todas as suas formas. A ideia é que a psicanálise epistemológica envolve sobretudo a busca por compreender sentidos inconscientes. Por sua vez, o objetivo da psicanálise ontológica é permitir que o paciente descubra sentidos de maneira criativa e que, nesse processo, se torne mais plenamente vivo.<hr/>The author discusses the difference between what is called epistemological psychoanalysis-related to knowledge and understanding, having Freud and Klein as main authors - and ontological psychoanalysis, related to being and becoming, having Winnicott and Bion as main articulators in this case. The author says that, with Winnicott, psychoanalysis is not centered in symbolic meanings for playing and playing becomes an experience. According to Bion, psychoanalysis is not centered in symbolic meanings from dreams and the dreaming experience is then considered in all ways. The idea is that epistemological psychoanalysis mainly includes the search for understanding unconscious meanings. On the other hand, the objective of the ontological psychoanalysis is to allow the patient to find meanings in a creative way, and during this process it becomes completely active.<hr/>El autor analiza aborda las diferencias entre lo que denomina psicoanálisis epistemológico - relacionado con el conocimiento y la comprensión, teniendo como autores principales a Freud y Klein - y lo que denomina psicoanálisis ontoló-gico, relacionado al ser y a llegar a ser, tomando como articuladores principales en este caso a Winnicott y Bion. Argumenta que, con Winnicott, el psicoanálisis deja de centrarse en el sentido simbólico de jugar y jugar pasa a tomarse como experiencia. Por otro lado, con Bion, el psicoanálisis deja de centrarse en el sentido simbólico de los sueños y la experiencia de soñar pasa a ser considerada en todas sus formas. La idea es que el psicoanálisis epistemológico involucra, principalmente, la búsqueda de la comprensión de sentidos inconscientes. Por su parte, el objetivo del psicoanálisis ontológico es permitir que el paciente descubra sentidos de forma creativa, y que en este proceso se torne más plenamente vivo.<hr/>L'auteur discute les différences entre ce qu'il appelle psychanalyse épistémologique - qui a un rapport avec les connaissances et la compréhension, dont les auteurs les plus importants sont Freud et Klein - et ce qu'il appelle psychanalyse ontologique, qui a un rapport avec l'être et le devenir, en prenant comme articulateurs principaux Winnicot et Bion. Il argumente que chez Winnicott la psychanalyse n'est plus centrée sur le sens symbolique de jouer, et le jouer est alors pris en tant qu'expérience. D'autre part, chez Bion la psychanalyse n'est plus centrée sur le sens symbolique des rêves et l'expérience de rêver est alors considérée dans tous ses aspects. L'idée, c'est que la psychanalyse épistémologique concerne surtout la poursuite de la compréhension des sens inconscients. L'objectif de la psychanalyse ontologique est, à son tour, de permettre que le patient découvre les sens de façon créative, et que pendant ce processus devienne pleinement plus vivant. <![CDATA[<b>Além do princípio do prazer</b>: <b>entre pulsões, vida e morte</b>]]> http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0486-641X2020000100003&lng=pt&nrm=iso&tlng=pt O autor sustenta que o princípio do prazer não existe desde o início, mas é consequência do trabalho do objeto, cuja finalidade consiste em deslocar o sujeito do estado do desamparo para o da configuração da ausência do objeto. Ademais, o autor atribui a destrutividade ou a construção na vida psíquica e na cultura não a algo imanente às pulsões, mas ao trabalho sobre e junto a elas, do qual o objeto e a cultura são os administradores e guardiões.<hr/>The author affirms that the pleasure principle does not exist since the beginning, but it is result of the object's work. Its objective is to take the subject from the helplessness state to the absence of the object. Besides that, the author considers destructiveness or construction in psychic life and culture not inherent to life and death drives, but to the work done with them, when the object and culture are man-aged by the custodians.<hr/>El autor sostiene que el principio del placer no existe desde el inicio, es una consecuencia del trabajo del objeto, cuya finalidad consiste en dislocar al sujeto desde el estado de desamparo hacia el de la configuración de la ausencia del objeto. Además, el autor atribuye la destructividad o la construcción en la vida psíquica y en la cultura no a algo inmanente a las pulsiones, sino al trabajo acerca y sobre ellas, del cual el objeto y la cultura son administradores y guardianes.<hr/>L'auteur soutient que le principe de plaisir n'existe pas dès le début, mais qu'il est la conséquence du travail de l'objet, dont le but consiste à déplacer le sujet, de l'état de l'abandon à celui de la configuration de l'absence de l'objet. En plus, l'auteur attribue la destructivité ou la construction dans la vie psychique et dans la culture, non à quelque chose d'immanent aux pulsions, mais au travail sur et auprès d'elles, dont l'objet et la culture sont les administrateurs et les gardiens. <![CDATA[<b>O que há além do princípio do prazer?</b>]]> http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0486-641X2020000100004&lng=pt&nrm=iso&tlng=pt Até 1919, Freud dizia que o princípio do prazer guiava o funcionamento do ser humano. Com o texto "O estranho", essa verdade começa a mudar, e é completamente reinventada em 1920, com o texto Além do princípio do prazer. É bem certo que ele sempre disse que sua teoria pulsional não estava completa, mas o que fez Freud mudar radicalmente? O que era tão forte que iria além do princípio do prazer? Essas foram as perguntas que nortearam a escrita deste texto, que representa apenas uma tentativa de apreender alguns conceitos freudianos.<hr/>Until 1919, Freud said that the pleasure principle guided the functioning of the human being. With the text "The uncanny", this truth begins to change, being completely reinvented in 1920 with the text "Beyond the pleasure principle". True, he always said that his drive theory was not complete, but what made Freud change radically? What was so strong that it would go beyond the pleasure principle? These were the questions that guided the writing of this text, which represents only an attempt to apprehend some Freudian concepts.<hr/>Hasta 1919, Freud decía que el principio del placer guiaba el funcionamiento del ser humano. Con el texto "El extraño", esta verdad comienza a cambiar, y se reinventa por completo en 1920 con el texto "Más allá del principio del placer". Es cierto que él siempre dijo que su teoría pulsional no estaba completa, pero [qué hizo que Freud cambiara radicalmente? [Qué era tan fuerte que iría más allá del principio del placer? Estas fueron las preguntas que guiaron la redacción de este texto.<hr/>Jusqu'en 1919, Freud disait que le principe du plaisir guidait le fonctionnement de l'être humain. Avec le texte « The uncanny » , cette vérité commence à changer et est complètement réinventée en 1920 avec le texte « Au-delà du principe de plaisir » . Certes, il a toujours dit que sa théorie de l'entraînement n'était pas complète, mais qu'est-ce qui a amené Freud à changer radicalement ? Qu'est-ce qui était si fort que cela irait au-delà du principe de plaisir ? Ce sont les questions qui ont guidé l'écriture de ce texte, qui ne représente qu'une tentative d'appréhension de certains concepts freudiens. <![CDATA[<b>À flor da pele</b>: <b>buscando representações para o que não tem sentido nem nunca terá</b>]]> http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0486-641X2020000100005&lng=pt&nrm=iso&tlng=pt O fenômeno da explosão brutal da violência escancara a profundidade da crise dos pressupostos éticos em nossa cultura. Este é o tema do presente artigo e que move o pêndulo entre as reflexões acerca da pulsão de morte e o traumatismo na vida cotidiana (movido pelo estupor constante frente à indiferença e ao sadismo presente nas relações perversas que convertem o outro em objeto de uso, submissão e humilhação/vergonha). A fim de acompanharmos os processos de erosão que corroem a subjetividade nos dias atuais, é preciso seguir as trilhas teóricas entrelaçadas nos textos Além do princípio do prazer e O mal-estar na civilização, em que a pulsão de morte se apresenta como pura potência de destruição. O convite é para que os psicanalistas, enquanto agentes de cuidado e possuidores de um instrumental teórico/técnico possante, encontrem uma resposta coletiva diante das condições de produção do traumático em nossa época.<hr/>The phenomenon of the brutal explosion of violence opens up the depth of the crisis of the ethical assumptions in our culture. This is the theme of this article and that moves the pendulum between reflections about the death drive and trauma in everyday life (moved by constant fright/stupor before indifference and sadism present in perverse relationships that convert the other into an object of use submission and shame/ humiliation). In order to follow erosion procedures that erode subjectivity nowadays, one must follow the theoretical paths intertwined in the articles Beyond the pleasure principle (1920) and The malaise in culture (1930) where the death drive presents itself as pure power of destruction. This is an invitation for psychoanalysts, as care agents that have a powerful theoretical/technical instrument, to find a collective response to the conditions of production of the traumatic in our time.<hr/>El fenómeno de la explosión brutal de la violencia muestra la profundidad de la crisis de los supuestos éticos en nuestra cultura. Este es el tema del presente artículo y que mueve el péndulo entre las reflexiones sobre la pulsión de muerte y el traumatismo en la vida cotidiana (movido por el estupor constante frente a la indiferencia y el sadismo presentes en las relaciones perversas que convierten al otro en un objeto de uso, sumisión y humillación/vergüenza). Para comprender los procesos de erosión que corroen la subjetividad actual, es necesario seguir los caminos teóricos entrelazados por Freud en los artículos Más allá del principio del placer (1920) y El malestar en la cultura (1930) donde la pulsión de muerte se presenta como puro poder de destrucción. La invitación es para que los psicoanalistas, como agentes de cuidado que poseen una poderosa herramienta teórico/técnica, encuentren una respuesta colectiva ante las condiciones de producción de lo traumático en nuestro tiempo.<hr/>Le phénomène de l'explosion brutale de la violence ouvre toute grande la profondeur de la crise des présupposés éthiques dans notre culture. Celui-ci est le sujet de cet article et qui meut le pendule entre les réflexions concernant la pulsion de mort et le traumatisme au quotidien (poussé par la stupeur constante face à l'indifférence et au sadisme présent dans les relations perverses qui convertissent l'autre en objet d'usage, soumission et humiliation/honte). Afin de suivre les processus d'érosion qui corrodent la subjectivité aujourd'hui, il est nécessaire de suivre les voies théoriques entrelacées dans les articles Au-delà du principe du plaisir (1920) et Le malaise culturel (1930) où la pulsion de mort se présente comme un pur pouvoir de destruction. L'invitation est pour que les psychanalystes, en tant qu'agents de soins et possédant un puissant instrument théorique/technique, trouvent une réponse collective en face des conditions de production du traumatique à notre époque. <![CDATA[<b>Cântico negro</b>: <b>o uso clínico do conceito de pulsão de morte</b>]]> http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0486-641X2020000100006&lng=pt&nrm=iso&tlng=pt Discute-se o conceito de pulsão de morte e seu emprego no caso clínico de um usuário de drogas. Faz-se um apanhado da sua anunciação e das dificuldades em aceitá-lo e utilizá-lo, indicando seu papel central nas patologias não neuróticas. Conjectura-se sobre a elaboração da constituição do aparelho psíquico, e especula-se sobre a mudança de paradigma na psicanálise a partir da introdução da nova dualidade pulsional.<hr/>The concept of death instinct and its use in a clinical case of a drug user is discussed. An overview of its announcement and the difficulties in accepting and using it, is made, indicating its central role in non-neurotic pathologies. It is conjectured about the elaboration of the constitution of the psychic apparatus and speculated about the paradigm shift in psychoanalysis from the introduction of the new instinctual dualism.<hr/>Se discute el concepto de pulsión de muerte y su uso en un caso clínico de un consumidor de drogas. Se hace una descripción general de su anuncio y las dificultades para aceptarlo y usarlo, lo que indica su papel central en las patologías no neuróticas. Se conjetura sobre la elaboración de la constitución del aparato psíquico y se especula sobre el cambio de paradigma en el psicoanálisis a partir de la introducción de la nueva dualidad pulsional.<hr/>Le concept de pulsion de mort et son utilisation dans le cas clinique d'un toxicomane sont discutés ici. On fait un aperçu de son annonce et des difficultés à l'accepter et à l'utiliser, en indiquant son rôle central dans les pathologies non névrotiques. On fait des conjectures sur l'élaboration de la constitution de l'appareil psychique et on spécule sur le changement de paradigme en psychanalyse depuis l'introduction de la nouvelle dualité pulsionnelle. <![CDATA[<b>O fort-da como limite da representatividade e da temporalização da experiência</b>]]> http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0486-641X2020000100007&lng=pt&nrm=iso&tlng=pt O artigo resgata as perspectivas do brincar na teoria freudiana identificando dois modelos principais. O primeiro em que o brincar é compreendido a partir da teoria dos sonhos como realização de desejo, e o segundo, que surge em 1920, com o ensaio Além do princípio do prazer, quando ele é reposicionado ao lado dos sonhos traumáticos, das neuroses de guerra e da compulsão à repetição, às voltas com as questões do limite da representatividade e do colapso da temporalização da experiência. O fort-da inaugura, nesse contexto, uma perspectiva do brincar onde ele passa a ter uma função em si mesmo, quando apoia o sentido da experiência na materialidade, como ação disparadora do processo de simbolização.<hr/>The article rescues the prospects of playing in Freudian theory, identifying two main models. The first in which the game is based on the theory of the subjects as the realization of the desire, and the second, which appears in 1920, with the "Beyond the pleasure principle", when repositioned next to the traumatic dreams, neurosis of war and compulsion to repeat, dealing with the problems of the limit of representativeness and the collapse of the experience timing. Fort-da starts, in this context, a perspective of playing from which it begins to have a function in itself, at a time when it supports the sense of experience in materiality, as a triggering action to the symbolization process.<hr/>El artículo rescata las perspectivas del juego en la teoría freudiana, identificando dos modelos principales. El primero en el que se entiende el juego basado en la teoría de los sueños como realización de deseo, y el segundo, que aparece en 1920, con el ensayo "Más allá del principio del placer", cuando se repo-siciona junto a los sueños traumáticos, de las neurosis de guerra y la compulsión a repetir, lidiando con los problemas del límite de representatividad y el colapso de la temporalización de la experiencia. Fort-da inaugura, en este contexto, una perspectiva del juego donde este comienza a tener una función en sí mismo, en el momento en que apoya el sentido de la experiencia en la materialidad, como una acción desencadenante del proceso de simbolización.<hr/>L'article récupère les perspectives du jeu dans la théorie freudienne, identifiant deux modèles principaux. Le premier dans lequel on comprend le jeu comme l'accomplissement du désir, ayant pour base la théorie du rêve ; et le second, qui apparaît en 1920, dans l'essai « Au-delà du principe du plaisir » , où il est repositionné à côté des rêves traumatisants, des névroses de la guerre et de la répétition, qui font face aux questions de la limite de représentativité et de l'effondrement du transitoire de l'expérience. Le fort-da inaugure, dans ce contexte, une perspective de jeu où il commence à avoir une fonction en soi, au moment où il soutient le sens de l'expérience dans la matérialité, comme une action qui déclenche le processus de symbolisation. <![CDATA[<b>O testemunho e a denúncia</b>: <b>sobre a transição do pai assassinado para o pai morto</b>]]> http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0486-641X2020000100008&lng=pt&nrm=iso&tlng=pt Este trabalho propõe que a denúncia midiática construída em rede por coletivos de mulheres vítimas de violência sexual contribui para a integração e a elaboração psíquica de traumas relativos a crimes de violência sexual. Apresenta a hipótese de que a denúncia no espaço público, através de redes de apoio virtuais, autoriza o diálogo entre a teoria psicanalítica e os estudos feministas. Esse diálogo será aqui realizado por meio de categorias analíticas relativas à transição entre o pai assassinado e o pai morto: os silêncios consentido e da fantasia, o testemunho, e a denúncia enquanto lugar de fala.<hr/>This paper proposes that the mediatic accusation networked by groups of women victims of sexual violence contributes to the integration and psychic elaboration of traumas related to crimes of sexual violence. It presents the hypothesis that accusation in public space, through virtual support networks, permits us to dialogue between psychoanalytic theory and feminist studies. This dialogue will be carried out here through analytical categories concerning the transition between the murdered father and the dead father, the consented and fantasy silences and the testimony.<hr/>Este trabajo propone que la denuncia mediática construida en red por colectivos de mujeres víctimas de violencia sexual contribuye a la integración y elaboración psíquica de traumas relacionados a los crímenes de violencia sexual. Presenta la hipótesis de que la denuncia en el espacio público, a través de redes de apoyo virtuales, nos autoriza al diálogo entre la teoría psicoanalítica y los estudios feministas. Este diálogo se realizará a través de categorías analíticas relativas a la transición entre el padre asesinado y el padre muerto, los silencios consentido y de fantasía y el testimonio.<hr/>Cet article propose que la dénonciation médiatique mise en réseau par des groupes de femmes victimes de violence sexuelle contribue à l>intégration et à l>élaboration psychique de traumatismes liés à des crimes de violences sexuelles. Il présente l'hypothèse que la dénonciation dans l'espace public, par l'intermédiaire des réseaux de support virtuels, nous autorise à établir un dialogue entre la théorie psychanalytique et les études féministes. Ce dialogue sera mené ici au moyen des catégories analytiques concernant la transition entre le père assassiné et le père décédé, les silences consentis et fantasmés et le témoignage. <![CDATA[<b>O umbigo da língua no Moisés de Freud</b>]]> http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0486-641X2020000100009&lng=pt&nrm=iso&tlng=pt Neste artigo, parte-se da coleção da revista Die Antike encontrada na biblioteca de Freud em Londres. Examinando-se o teor de alguns artigos de Werner Jaeger, o famoso classicista autor da obra Paideia, e ao mesmo tempo contrastando-se suas ideias com aquelas do Moisés de Freud, é possível perceber a posição que os dois autores tomaram durante os rebuliços políticos na República de Weimar e na ascensão nazista. São abordadas questões sobre construção histórica, temporalidade, linguagem e ideologias políticas. Com isso, Moisés e o monoteísmo emerge como um texto profundamente político, ligado a uma estrutura social psicanalítica diferente daquela proposta em Totem e tabu.<hr/>The article begins presenting Die Antike magazine's collection, found in Freud's library in London. Examining the wording of some articles by Werner Jaeger, the famous classicist author of Paideia, and at the same time contrasting his ideas with those of Freud's Moses, one can perceive the position the two authors took during the political upheavals in the Republic of Weimar and the Nazi rise. Questions about historical construction, temporality, language and political ideologies will be approached, and with this Moses and Monotheism emerges as a deeply political text, linked to a psychoanalytic social structure different from that proposed in Totem and Taboo.<hr/>El artículo parte de la colección de la revista Die Antike, encontrada en la biblioteca de Freud en Londres. Al examinar el contenido de algunos artículos de Werner Jaeger, el famoso clasicista autor de la obra Paideia, y al mismo tiempo, contrastando sus ideas con aquellas del Moisés de Freud, es posible percibir la posición que los dos autores tomaron entre los revuelos políticos en la República de Weimar y en la ascensión nazi. Las cuestiones sobre construcción histórica, temporalidad, lenguaje e ideologías políticas serán abordadas, y, con ello, El hombre Moisés y la religión monoteísta surge como un texto profundamente político y relacionado a una estructura social psicoanalítica diferente de aquella propuesta en Totem y tabú.<hr/>L'article s'appuie sur la collection du magazine Die Antike, trouvée dans la bibliothèque de Freud à Londres. En examinant la teneur de certains articles de Werner Jaeger, le célèbre auteur classique de Paideia, et en confrontant aussi ses idées avec celles de Moïse de Freud, on peut se rendre compte de la position prise par les deux auteurs pendant les bouleversements politiques de la République de Weimar et l'ascension des nazis. Des questions sur la construction historique, la temporalité, le langage et les idéologies politiques seront abordées, et ainsi, l'homme Moïse et la religion monothéiste émerge comme un texte profondément politique et lié à une structure sociale psychanalytique différente de celle proposée dans Totem et Tabou. <![CDATA[<b>Mais uma vez, por que a guerra?</b>: <b>why war?</b>]]> http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0486-641X2020000100010&lng=pt&nrm=iso&tlng=pt A partir da correspondência entre Einstein e Freud, publicada com o título "Por que a guerra?", e em especial da leitura de textos que estão na gênese da carta-resposta freudiana, neste trabalho sugerimos a hipótese de que o primeiro desafio de nosso psiquismo seja o de ir além de um princípio no ódio, que seria fundado na experiência de desamparo trazida pelo nascimento, e reproduzido em experiências futuras de castração. A capacidade de lidar com a falta, com a insatisfação dos próprios impulsos, será determinante na estruturação do psiquismo, na elaboração da castração e inscrição da interdição edípica, assim como no reconhecimento da alteridade e da lei. A recusa da realidade da castração poderá levar ao cenário de atuação do ódio, da intolerância às diferenças, do predomínio da pulsão de morte, tão presente nos dias atuais. Sob o eco da angústia de Freud, concluímos com o convite de ouvir o adoecimento de nossa sociedade e, quem sabe, através do fortalecimento da pulsão de vida e de seu potencial integrador, criar alternativas ao labirinto de ódio e morte a que nossa destrutividade nos levou.<hr/>From the correspondence between Einstein and Freud, published under the title "Why War?" (Einstein and Freud, 1933), this paper suggests the hypothesis that our psyche's first challenge is to go beyond a principle in hatred, which would be based on the experience of helplessness brought up by birth, and reproduced in future experiences of castration. The capability for dealing with failure, with one's own impulses' dissatisfaction, will be decisive in structuring the psyche, in elaborating castration and inscription in oedipal interdiction, as well as in recognizing alterity and law. The refusal of castration reality can lead us to scenarios of hatred, intolerance of differences, and to the predominance of death drive so present today. I conclude, under the echo of Freud's anguish, by inviting us to pay attention to the sickening of our society and, perhaps, by strengthening the motor for life and its integrative potential, to create alternatives to the maze of hatred and death that our destructiveness has led us to.<hr/>A partir de la correspondencia entre Einstein y Freud, publicada con el título "[Por qué la guerra?" (Freud, 1933 [1932], en especial de la lectura de textos que están en la génesis de la carta-respuesta freudiana, este trabajo sugiere la hipótesis de que el primer desafío de nuestro psiquismo sea el de ir más allá de un principio en el odio, que sería fundado en la experiencia de desamparo traída por el nacimiento, y reproducido en experiencias futuras de castración. La capacidad de lidiar con la falta, con la insatisfacción de los propios impulsos, será determinante en la estructuración del psiquismo, en la elaboración de la castración e inscripción en la interdicción edípica, en el reconocimiento de la alteridad y de la ley. El rechazo de la realidad de la castración puede llevarnos al escenario de actuación del odio, de la intolerancia a las diferencias, del predominio de la pulsión de muerte, tan presente en los días actuales. Concluyo, bajo el eco de la angustia de Freud, con la invitación para que podamos oír la enfermedad de nuestra sociedad y, quizás, a través del fortalecimiento de la pulsión de vida y de su potencial integrador, crear alternativas al laberinto de odio y muerte a que nuestra destructividad nos llevó.<hr/>À l'appui de la correspondance entre Einstein et Freud, publiée sous le titre « Pourquoi la Guerre ? » (Freud, 1933), notamment de la lecture de textes faisant partie de la genèse de la lettre réponse freudienne, cet article suggère l'hypothèse que le premier défi de notre psychisme soit celui d'aller au-delà d'un principe de haine, qui serait fondé sur l'expérience de délaissement apportée par la naissance et reproduite dans des expériences futures de castration. La capacité de faire face au manque, au mécontentement de ses propres impulsions, sera déterminante lors de la structuration de la psyché, de l'élaboration de la castration et de son inscription dans l'interdiction œdipienne, ainsi que lors de la reconnaissance de l'altérité et de la loi. Le refus de la réalité de la castration pourra nous conduire à une situation d'action de la haine, de l'intolérance face aux différences, de la prédominance de la pulsion de mort, si présent de nos jours. Je conclus, sous l'écho de l'angoisse de Freud, par une invitation à entendre les maladies de notre société et, peut-être, au moyen d'un renforcement de la pulsion de vie et de son potentiel d'intégration, à créer des alternatives au labyrinthe de haine et de mort où notre destructivité nous a conduits. <![CDATA[<b>A falta que Bion faz</b>: <b>considerações sobre as relações de objeto e a intersubjetividade nas teorias psicanalíticas</b>]]> http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0486-641X2020000100011&lng=pt&nrm=iso&tlng=pt A leitura do recente livro de Decio Gurfinkel Relações de objeto é a ocasião para uma nova apreciação das obras de Melanie Klein e, principalmente, de Wilfred R. Bion no que diz respeito às figuras da intersubjetividade na psicanálise contemporânea. Assim, a questão que se descortina com a apreciação dessa obra é muito mais ampla e profunda do que apenas um diálogo crítico com o autor. Aspectos relevantes e atuais do pensamento psicanalítico estarão no centro do nosso interesse. Nesse contexto histórico e teórico assinala-se uma forte presença desses dois autores - em especial de Bion -, estranhamente ausentes no livro de Gurfinkel.<hr/>The reading of the recent book by Decio Gurfinkel Object Relations (2017) is the occasion for a new appreciation of the works of Melanie Klein and especially Wilfred R. Bion with regard to the question of the figures of intersubjectivity. A strong presence of these authors is claimed, especially Bion, in this historical and theoretical context.<hr/>La lectura del reciente libro de Decio Gurfinkel (2017) Relaciones de Objeto, es la ocasión para apreciar las obras de Melanie Klein y especialmente Wilfred, R. Bion con respecto a la cuestión de las figuras de la intersubjetividad. Se reivindica una fuerte presencia de estos autores, especialmente Bion, en este contexto histórico y teórico.<hr/>La lecture du livre récent de Decio Gurfinkel (2017) Les relations d'objet est l'occasion d'une nouvelle appréciation des œuvres de Mélanie Klein et, surtout, Wilfred R. Bion en ce qui concerne la question des figures de l'intersubjectivité. Une forte présence de ces auteurs est revendiquée, en particulier Bion, dans ce contexte historique et théorique. <![CDATA[<b>De baratas a cupins</b>: <b>literatura e figurabilidade</b>]]> http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0486-641X2020000100012&lng=pt&nrm=iso&tlng=pt Este trabalho objetiva apresentar a figurabilidade como recurso à técnica psicanalítica. A análise da construção imagética do conto "A quinta história", de Clarice Lispector, possibilita uma analogia às imagens e sinestesias que ocorrem no consultório de psicanálise com uma paciente de quase 100 anos, aqui chamada de Dona Menina. Os recortes das sessões de análise, permeadas de figurabilidade, mostram como a analisanda diz de seu de-dentro, numa luta para vivificar-se, mesmo em idade avançada. Neste artigo, literatura e psicanálise se encontram na tentativa de palavrear sobre o inominável das angústias e das gentes. O escopo teórico utilizado foi Grotstein, Ogden e Gutfreind, entre outros autores.<hr/>This work aims at presenting figurability as a resource to the psychoanalytic technique. The analysis of the imaginary construction of the story The fifth story, by Clarice Lispector, allows an analogy to the images and synesthesia that occur in the psychoanalysis office to a patient who is almost 100 years old, here called Dona Menina. The cuts of the analysis sessions, permeated by figurability, show how the analysand talks about her de-in, in a struggle to revive herself, even in old age. In this article, literature and psychoanalysis are joined in the attempt of talking about the unnamed anguishes and people. The theoretical scope used was Grotstein, Ogden and Gutfreind, among others.<hr/>Este trabajo tiene como objetivo presentar la figurabilidad como recurso a la técnica psicoanalítica. La quinta historia, de Clarice Lispector, posibilita una analogía a las imágenes y sinestesias que ocurren en el consultorio de psicoanálisis junto a una paciente de casi 100 años, aquí llamada de Doña Niña. Los recortes de las sesiones de análisis, impregnadas de figurabilidad, muestran cómo la analista habla de su de-dentro, en una lucha para vivificarse, incluso en edad avanzada. En ese artículo, literatura y psicoanálisis se encuentran en el intento de conversar sobre lo innombrable de las angustias y de las gentes. El marco teórico utilizado fue Grotstein, Ogden y Gutfreind, entre otros autores.<hr/>Ce travail a pour but de présenter la figuralité en tant que ressource de la technique psychanalytique. L'analyse de la construction imagière du conte Le cinquième récit, de Clarice Lispector, permet une analogie avec les images et les synesthésies qui ont lieu dans un cabinet de psychanalyse, auprès d'une patiente d'environ cent ans, appelée ici Dona Menina. Les découpages des séances d'analyse, imprégnées de figuralité, montrent comment l'analysante dit de son dedans, dans une lutte pour se vivifier, même à un âge avancé. Dans cet article, la littérature et la psychanalyse se rencontrent pour essayer de parler à propos de ce qu'il y a d'innommable dans les angoisses et dans les gens. Le cadre théorique utilisé était, entre autres, Grotstein, Ogden et Gutfreind. <![CDATA[<b>O estranho Inhotim</b>: <b>psicanálise a céu aberto</b>]]> http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0486-641X2020000100013&lng=pt&nrm=iso&tlng=pt A partir da possibilidade de o psicanalista se deixar implicar por diferentes estímulos e em diferentes territorios (psicanálise a céu aberto), o autor se propõe a descrever as impressões e reflexões produzidas pela visita a algumas instalações de Cildo Meireles localizadas no Instituto Inhotim.<hr/>Based on the possibility that the psychoanalyst would allow oneself to be involved by different stimuli and in different territories (psychoanalysis under the open sky), the author proposes to describe the impressions and reflections produced by the visit to some installations by Cildo Meireles located at Instituto Inhotim.<hr/>Basado en la posibilidad de que el psicoanalista se deje involucrar por diferentes estímulos y en diferentes territorios (psicoanálisis a cielo abierto), el autor propone describir las impresiones y reflexiones producidas por la visita a algunas instalaciones de Cildo Meireles ubicadas en el Instituto Inhotim.<hr/>Tout en se basant sur la possibilité que le psychanalyste se laisse impliquer par différents stimuli et dans des différents territoires (psychanalyse en plein air), l'auteur se propose de décrire les impressions et les réflexions nées à la suite de la visite de quelques installations de Cildo Meireles situées à l'Institut Inhotim. <![CDATA[<b>Para situar a pulsão de morte</b>: <b>ata esquecida da Sociedade Psicanalítica de Viena</b>]]> http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0486-641X2020000100014&lng=pt&nrm=iso&tlng=pt Tentamos aqui situar o conceito de pulsão de morte. Entre as várias fontes existentes, dispomos das cartas de Freud e de atas esparsas das reuniões da Sociedade Psicanalítica de Viena, anotadas por jovens psicanalistas que participavam dessas primeiras reuniões. Uma entre elas é preciosa, na medida em que transcreve falas de Freud sobre a pulsão de morte quando a Sociedade discute O mal-estar na cultura. Nessa ocasião, Freud introduz um paradoxo facilmente compreensível a partir de suas referências à literatura de língua alemã.<hr/>We try to locate here the concept of death drive here. Among existing sources, we have the letters of Freud and the sparse Minutes of the Vienna Psychoanalytic Society, annotated by young psychoanalysts who attended. One of them is precious, in that it transcribes Freud's sayings about the death drive when the Society discusses Civilization and its Discontents. On this occasion, Freud introduces a paradox that is easily understood based on his references to literature.<hr/>Intentamos localizar aquí el concepto de pulsion de muerte. Entre diversas fuentes existentes, tenemos las cartas de Freud y las escasas actas de la Sociedad Psicoanalítica de Viena, anotadas por jóvenes psicoanalistas. Uno de ellas es preciosa, ya que transcribe las palabras de Freud sobre la pulsión de muerte cuando la Sociedad discute el Malestar en la Cultura. En esta ocasión, Freud introduce una paradoja que se entiende fácilmente por sus referencias a la literatura.<hr/>Nous essayons ici de situer la pulsion de mort. Parmi les sources existantes, les lettres de Freud et les rares procès-verbaux des réunions de la Société psychanalytique de Vienne, annotés par les jeunes psychanalystes. L'une d'entre elles est précieuse, car elle transcrit les propos de Freud sur la pulsion de mort lorsque la Société discute son livre Malaise dans la civilisation. À cette occasion, Freud introduit un paradoxe, facilement compréhensible à partir de ses références à la littérature. <![CDATA[<b>Velhas novidades de Ferenczi sobre o funcionamento dos sonhos</b>: <b>o sonho como Kur, o sonho como gyógyászat</b>]]> http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0486-641X2020000100015&lng=pt&nrm=iso&tlng=pt Este artigo discute um texto de Ferenczi sobre a função dos sonhos e sua relação com o trauma. Ferenczi pretendia apresentar o material como uma fala no XII Congresso Internacional de Psicanálise, que aconteceria em Interlaken, na Suíça, em 1931. O congresso, porém, foi adiado, e partes do conteúdo da fala apareceram em outros textos, nos quais o autor repensa o conceito de trauma e sua importância clínica. Neste artigo, faço uso da correspondência entre Freud e Ferenczi para contextualizar a originalidade da teorização de Ferenczi sobre diferentes aspectos da função dos sonhos. Na fala de 1931, assim como neste artigo, usa-se o trabalho onírico de uma paciente como exemplo do processo por meio do qual experiências traumáticas e impressões sensorias não ligadas podem se repetir na direção de uma maior elaboração por parte do sonhador. O processo descrito por Ferenczi, aqui explorado, assemelha-se a um esforço de autotratamento, de auto-Kur.<hr/>This text discusses a conference written by Sándor Ferenczi in 1931 about the function of dreams and its relation to trauma. Ferenczi's wish was to read the conference at the 12th International Congress of Psychoanalysis, supposed to happen that year in Interlaken, Switzerland. The congress, however, was postponed and a part of the conference's content was later spread among other texts in which Ferenczi rethinks the concept of trauma and its clinical significance. In this article the author makes use of the Freud/Ferenczi correspondence to contextualize the originality of Freud's Hungarian follower regarding his theorizations about different aspects in the function of dreams. In the 1931 conference, as well as in this article, the dream work of a patient, used by Ferenczi as a clinical example, is observed as a process where traumatic experiences and not mastered sensory impressions can be repeated in the attempt of a better working-through for the dreamer; in a process that resembles an effort of self-treatment, of self-Kur.<hr/>Este artículo analiza un texto sobre la función de los sueños y su relación con el trauma. Ferenczi pensaba presentar este material como conferencia en el 12 Congreso Internacional de Psicoanálisis, que tendría lugar en Interlaken, Suiza, en el mismo año en que él escribió el ensayo (1931). Sin embargo, el congreso fue pospuesto, y partes del contenido de esta presentación aparecieron en otros textos en los que Ferenczi repiensa el concepto de trauma y su importancia clínica. En el presente artículo, el autor utiliza la correspondencia Freud/Ferenczi para contextualizar la originalidad del seguidor húngaro de Freud en lo que respecta a sus teorizaciones sobre distintos aspectos de la función de los sueños. En la conferencia de 1931, así como en este ensayo, Ferenczi utilizó el trabajo del sueño de un paciente como ejemplo clínico de un proceso en el cual las experiencias traumáticas y las impresiones sensoriales no dominadas pueden repetirse para que él o quien sueña pueda elaborarlas mejor. El proceso que describe Ferenczi se parece a un intento de auto-tratamiento o auto-Kur.<hr/>Cet article analyse un texte de Ferenczi concernant la fonction des rêves et son rapport avec le trauma. Ferenczi avait eu l'intention de présenter ce matériel lors du 12e Congrès international de psychanalyse, qui devait avoir lieu à Interlaken, en Suisse, en 1931, l'année même où il écrivit son essai. Cependant, le congrès fut reporté et quelques parties du contenu de sa communication parurent dans d'autres textes, dans lesquels Ferenczi réexamine le concept de trauma et son intérêt clinique. Dans le présent article l'auteur se base sur la correspondance Freud/Ferenczi pour contextualiser l'originalité du disciple hongrois de Freud et ses conceptions théoriques concernant les différents aspects de la fonction des rêves. Dans le texte de 1931, aussi bien que dans d'autres essais, Ferenczi cite le travail du rêve d'un patient comme exemple clinique d'un processus dans lequel les expériences traumatiques et les impressions sensorielles non maîtrisées peuvent être répétés, de façon à permettre qu'elles soient mises au service d'une meilleure perlaboration. Le processus décrit par Ferenczi ressemble à une tentative d'auto-traitement ou auto-Kur. <![CDATA[<b>Sartre ou o inconsciente como álibi</b>]]> http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0486-641X2020000100016&lng=pt&nrm=iso&tlng=pt Este artigo discute um texto de Ferenczi sobre a função dos sonhos e sua relação com o trauma. Ferenczi pretendia apresentar o material como uma fala no XII Congresso Internacional de Psicanálise, que aconteceria em Interlaken, na Suíça, em 1931. O congresso, porém, foi adiado, e partes do conteúdo da fala apareceram em outros textos, nos quais o autor repensa o conceito de trauma e sua importância clínica. Neste artigo, faço uso da correspondência entre Freud e Ferenczi para contextualizar a originalidade da teorização de Ferenczi sobre diferentes aspectos da função dos sonhos. Na fala de 1931, assim como neste artigo, usa-se o trabalho onírico de uma paciente como exemplo do processo por meio do qual experiências traumáticas e impressões sensorias não ligadas podem se repetir na direção de uma maior elaboração por parte do sonhador. O processo descrito por Ferenczi, aqui explorado, assemelha-se a um esforço de autotratamento, de auto-Kur.<hr/>This text discusses a conference written by Sándor Ferenczi in 1931 about the function of dreams and its relation to trauma. Ferenczi's wish was to read the conference at the 12th International Congress of Psychoanalysis, supposed to happen that year in Interlaken, Switzerland. The congress, however, was postponed and a part of the conference's content was later spread among other texts in which Ferenczi rethinks the concept of trauma and its clinical significance. In this article the author makes use of the Freud/Ferenczi correspondence to contextualize the originality of Freud's Hungarian follower regarding his theorizations about different aspects in the function of dreams. In the 1931 conference, as well as in this article, the dream work of a patient, used by Ferenczi as a clinical example, is observed as a process where traumatic experiences and not mastered sensory impressions can be repeated in the attempt of a better working-through for the dreamer; in a process that resembles an effort of self-treatment, of self-Kur.<hr/>Este artículo analiza un texto sobre la función de los sueños y su relación con el trauma. Ferenczi pensaba presentar este material como conferencia en el 12 Congreso Internacional de Psicoanálisis, que tendría lugar en Interlaken, Suiza, en el mismo año en que él escribió el ensayo (1931). Sin embargo, el congreso fue pospuesto, y partes del contenido de esta presentación aparecieron en otros textos en los que Ferenczi repiensa el concepto de trauma y su importancia clínica. En el presente artículo, el autor utiliza la correspondencia Freud/Ferenczi para contextualizar la originalidad del seguidor húngaro de Freud en lo que respecta a sus teorizaciones sobre distintos aspectos de la función de los sueños. En la conferencia de 1931, así como en este ensayo, Ferenczi utilizó el trabajo del sueño de un paciente como ejemplo clínico de un proceso en el cual las experiencias traumáticas y las impresiones sensoriales no dominadas pueden repetirse para que él o quien sueña pueda elaborarlas mejor. El proceso que describe Ferenczi se parece a un intento de auto-tratamiento o auto-Kur.<hr/>Cet article analyse un texte de Ferenczi concernant la fonction des rêves et son rapport avec le trauma. Ferenczi avait eu l'intention de présenter ce matériel lors du 12e Congrès international de psychanalyse, qui devait avoir lieu à Interlaken, en Suisse, en 1931, l'année même où il écrivit son essai. Cependant, le congrès fut reporté et quelques parties du contenu de sa communication parurent dans d'autres textes, dans lesquels Ferenczi réexamine le concept de trauma et son intérêt clinique. Dans le présent article l'auteur se base sur la correspondance Freud/Ferenczi pour contextualiser l'originalité du disciple hongrois de Freud et ses conceptions théoriques concernant les différents aspects de la fonction des rêves. Dans le texte de 1931, aussi bien que dans d'autres essais, Ferenczi cite le travail du rêve d'un patient comme exemple clinique d'un processus dans lequel les expériences traumatiques et les impressions sensorielles non maîtrisées peuvent être répétés, de façon à permettre qu'elles soient mises au service d'une meilleure perlaboration. Le processus décrit par Ferenczi ressemble à une tentative d'auto-traitement ou auto-Kur. <![CDATA[<b>Psicanálise de casal e família</b>: <b>desafios clínicos e ampliações teóricas</b>]]> http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0486-641X2020000100017&lng=pt&nrm=iso&tlng=pt Este artigo discute um texto de Ferenczi sobre a função dos sonhos e sua relação com o trauma. Ferenczi pretendia apresentar o material como uma fala no XII Congresso Internacional de Psicanálise, que aconteceria em Interlaken, na Suíça, em 1931. O congresso, porém, foi adiado, e partes do conteúdo da fala apareceram em outros textos, nos quais o autor repensa o conceito de trauma e sua importância clínica. Neste artigo, faço uso da correspondência entre Freud e Ferenczi para contextualizar a originalidade da teorização de Ferenczi sobre diferentes aspectos da função dos sonhos. Na fala de 1931, assim como neste artigo, usa-se o trabalho onírico de uma paciente como exemplo do processo por meio do qual experiências traumáticas e impressões sensorias não ligadas podem se repetir na direção de uma maior elaboração por parte do sonhador. O processo descrito por Ferenczi, aqui explorado, assemelha-se a um esforço de autotratamento, de auto-Kur.<hr/>This text discusses a conference written by Sándor Ferenczi in 1931 about the function of dreams and its relation to trauma. Ferenczi's wish was to read the conference at the 12th International Congress of Psychoanalysis, supposed to happen that year in Interlaken, Switzerland. The congress, however, was postponed and a part of the conference's content was later spread among other texts in which Ferenczi rethinks the concept of trauma and its clinical significance. In this article the author makes use of the Freud/Ferenczi correspondence to contextualize the originality of Freud's Hungarian follower regarding his theorizations about different aspects in the function of dreams. In the 1931 conference, as well as in this article, the dream work of a patient, used by Ferenczi as a clinical example, is observed as a process where traumatic experiences and not mastered sensory impressions can be repeated in the attempt of a better working-through for the dreamer; in a process that resembles an effort of self-treatment, of self-Kur.<hr/>Este artículo analiza un texto sobre la función de los sueños y su relación con el trauma. Ferenczi pensaba presentar este material como conferencia en el 12 Congreso Internacional de Psicoanálisis, que tendría lugar en Interlaken, Suiza, en el mismo año en que él escribió el ensayo (1931). Sin embargo, el congreso fue pospuesto, y partes del contenido de esta presentación aparecieron en otros textos en los que Ferenczi repiensa el concepto de trauma y su importancia clínica. En el presente artículo, el autor utiliza la correspondencia Freud/Ferenczi para contextualizar la originalidad del seguidor húngaro de Freud en lo que respecta a sus teorizaciones sobre distintos aspectos de la función de los sueños. En la conferencia de 1931, así como en este ensayo, Ferenczi utilizó el trabajo del sueño de un paciente como ejemplo clínico de un proceso en el cual las experiencias traumáticas y las impresiones sensoriales no dominadas pueden repetirse para que él o quien sueña pueda elaborarlas mejor. El proceso que describe Ferenczi se parece a un intento de auto-tratamiento o auto-Kur.<hr/>Cet article analyse un texte de Ferenczi concernant la fonction des rêves et son rapport avec le trauma. Ferenczi avait eu l'intention de présenter ce matériel lors du 12e Congrès international de psychanalyse, qui devait avoir lieu à Interlaken, en Suisse, en 1931, l'année même où il écrivit son essai. Cependant, le congrès fut reporté et quelques parties du contenu de sa communication parurent dans d'autres textes, dans lesquels Ferenczi réexamine le concept de trauma et son intérêt clinique. Dans le présent article l'auteur se base sur la correspondance Freud/Ferenczi pour contextualiser l'originalité du disciple hongrois de Freud et ses conceptions théoriques concernant les différents aspects de la fonction des rêves. Dans le texte de 1931, aussi bien que dans d'autres essais, Ferenczi cite le travail du rêve d'un patient comme exemple clinique d'un processus dans lequel les expériences traumatiques et les impressions sensorielles non maîtrisées peuvent être répétés, de façon à permettre qu'elles soient mises au service d'une meilleure perlaboration. Le processus décrit par Ferenczi ressemble à une tentative d'auto-traitement ou auto-Kur. <![CDATA[<b>Manual da prática clínica em psicologia e psicopatologia</b>]]> http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0486-641X2020000100018&lng=pt&nrm=iso&tlng=pt Este artigo discute um texto de Ferenczi sobre a função dos sonhos e sua relação com o trauma. Ferenczi pretendia apresentar o material como uma fala no XII Congresso Internacional de Psicanálise, que aconteceria em Interlaken, na Suíça, em 1931. O congresso, porém, foi adiado, e partes do conteúdo da fala apareceram em outros textos, nos quais o autor repensa o conceito de trauma e sua importância clínica. Neste artigo, faço uso da correspondência entre Freud e Ferenczi para contextualizar a originalidade da teorização de Ferenczi sobre diferentes aspectos da função dos sonhos. Na fala de 1931, assim como neste artigo, usa-se o trabalho onírico de uma paciente como exemplo do processo por meio do qual experiências traumáticas e impressões sensorias não ligadas podem se repetir na direção de uma maior elaboração por parte do sonhador. O processo descrito por Ferenczi, aqui explorado, assemelha-se a um esforço de autotratamento, de auto-Kur.<hr/>This text discusses a conference written by Sándor Ferenczi in 1931 about the function of dreams and its relation to trauma. Ferenczi's wish was to read the conference at the 12th International Congress of Psychoanalysis, supposed to happen that year in Interlaken, Switzerland. The congress, however, was postponed and a part of the conference's content was later spread among other texts in which Ferenczi rethinks the concept of trauma and its clinical significance. In this article the author makes use of the Freud/Ferenczi correspondence to contextualize the originality of Freud's Hungarian follower regarding his theorizations about different aspects in the function of dreams. In the 1931 conference, as well as in this article, the dream work of a patient, used by Ferenczi as a clinical example, is observed as a process where traumatic experiences and not mastered sensory impressions can be repeated in the attempt of a better working-through for the dreamer; in a process that resembles an effort of self-treatment, of self-Kur.<hr/>Este artículo analiza un texto sobre la función de los sueños y su relación con el trauma. Ferenczi pensaba presentar este material como conferencia en el 12 Congreso Internacional de Psicoanálisis, que tendría lugar en Interlaken, Suiza, en el mismo año en que él escribió el ensayo (1931). Sin embargo, el congreso fue pospuesto, y partes del contenido de esta presentación aparecieron en otros textos en los que Ferenczi repiensa el concepto de trauma y su importancia clínica. En el presente artículo, el autor utiliza la correspondencia Freud/Ferenczi para contextualizar la originalidad del seguidor húngaro de Freud en lo que respecta a sus teorizaciones sobre distintos aspectos de la función de los sueños. En la conferencia de 1931, así como en este ensayo, Ferenczi utilizó el trabajo del sueño de un paciente como ejemplo clínico de un proceso en el cual las experiencias traumáticas y las impresiones sensoriales no dominadas pueden repetirse para que él o quien sueña pueda elaborarlas mejor. El proceso que describe Ferenczi se parece a un intento de auto-tratamiento o auto-Kur.<hr/>Cet article analyse un texte de Ferenczi concernant la fonction des rêves et son rapport avec le trauma. Ferenczi avait eu l'intention de présenter ce matériel lors du 12e Congrès international de psychanalyse, qui devait avoir lieu à Interlaken, en Suisse, en 1931, l'année même où il écrivit son essai. Cependant, le congrès fut reporté et quelques parties du contenu de sa communication parurent dans d'autres textes, dans lesquels Ferenczi réexamine le concept de trauma et son intérêt clinique. Dans le présent article l'auteur se base sur la correspondance Freud/Ferenczi pour contextualiser l'originalité du disciple hongrois de Freud et ses conceptions théoriques concernant les différents aspects de la fonction des rêves. Dans le texte de 1931, aussi bien que dans d'autres essais, Ferenczi cite le travail du rêve d'un patient comme exemple clinique d'un processus dans lequel les expériences traumatiques et les impressions sensorielles non maîtrisées peuvent être répétés, de façon à permettre qu'elles soient mises au service d'une meilleure perlaboration. Le processus décrit par Ferenczi ressemble à une tentative d'auto-traitement ou auto-Kur. <![CDATA[<b>A psicanálise no Brasil antes e depois de Lacan</b>: <b>posições do psicanalista nessa história</b>]]> http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0486-641X2020000100019&lng=pt&nrm=iso&tlng=pt Este artigo discute um texto de Ferenczi sobre a função dos sonhos e sua relação com o trauma. Ferenczi pretendia apresentar o material como uma fala no XII Congresso Internacional de Psicanálise, que aconteceria em Interlaken, na Suíça, em 1931. O congresso, porém, foi adiado, e partes do conteúdo da fala apareceram em outros textos, nos quais o autor repensa o conceito de trauma e sua importância clínica. Neste artigo, faço uso da correspondência entre Freud e Ferenczi para contextualizar a originalidade da teorização de Ferenczi sobre diferentes aspectos da função dos sonhos. Na fala de 1931, assim como neste artigo, usa-se o trabalho onírico de uma paciente como exemplo do processo por meio do qual experiências traumáticas e impressões sensorias não ligadas podem se repetir na direção de uma maior elaboração por parte do sonhador. O processo descrito por Ferenczi, aqui explorado, assemelha-se a um esforço de autotratamento, de auto-Kur.<hr/>This text discusses a conference written by Sándor Ferenczi in 1931 about the function of dreams and its relation to trauma. Ferenczi's wish was to read the conference at the 12th International Congress of Psychoanalysis, supposed to happen that year in Interlaken, Switzerland. The congress, however, was postponed and a part of the conference's content was later spread among other texts in which Ferenczi rethinks the concept of trauma and its clinical significance. In this article the author makes use of the Freud/Ferenczi correspondence to contextualize the originality of Freud's Hungarian follower regarding his theorizations about different aspects in the function of dreams. In the 1931 conference, as well as in this article, the dream work of a patient, used by Ferenczi as a clinical example, is observed as a process where traumatic experiences and not mastered sensory impressions can be repeated in the attempt of a better working-through for the dreamer; in a process that resembles an effort of self-treatment, of self-Kur.<hr/>Este artículo analiza un texto sobre la función de los sueños y su relación con el trauma. Ferenczi pensaba presentar este material como conferencia en el 12 Congreso Internacional de Psicoanálisis, que tendría lugar en Interlaken, Suiza, en el mismo año en que él escribió el ensayo (1931). Sin embargo, el congreso fue pospuesto, y partes del contenido de esta presentación aparecieron en otros textos en los que Ferenczi repiensa el concepto de trauma y su importancia clínica. En el presente artículo, el autor utiliza la correspondencia Freud/Ferenczi para contextualizar la originalidad del seguidor húngaro de Freud en lo que respecta a sus teorizaciones sobre distintos aspectos de la función de los sueños. En la conferencia de 1931, así como en este ensayo, Ferenczi utilizó el trabajo del sueño de un paciente como ejemplo clínico de un proceso en el cual las experiencias traumáticas y las impresiones sensoriales no dominadas pueden repetirse para que él o quien sueña pueda elaborarlas mejor. El proceso que describe Ferenczi se parece a un intento de auto-tratamiento o auto-Kur.<hr/>Cet article analyse un texte de Ferenczi concernant la fonction des rêves et son rapport avec le trauma. Ferenczi avait eu l'intention de présenter ce matériel lors du 12e Congrès international de psychanalyse, qui devait avoir lieu à Interlaken, en Suisse, en 1931, l'année même où il écrivit son essai. Cependant, le congrès fut reporté et quelques parties du contenu de sa communication parurent dans d'autres textes, dans lesquels Ferenczi réexamine le concept de trauma et son intérêt clinique. Dans le présent article l'auteur se base sur la correspondance Freud/Ferenczi pour contextualiser l'originalité du disciple hongrois de Freud et ses conceptions théoriques concernant les différents aspects de la fonction des rêves. Dans le texte de 1931, aussi bien que dans d'autres essais, Ferenczi cite le travail du rêve d'un patient comme exemple clinique d'un processus dans lequel les expériences traumatiques et les impressions sensorielles non maîtrisées peuvent être répétés, de façon à permettre qu'elles soient mises au service d'une meilleure perlaboration. Le processus décrit par Ferenczi ressemble à une tentative d'auto-traitement ou auto-Kur. <![CDATA[<b>Relações de objeto</b>]]> http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0486-641X2020000100020&lng=pt&nrm=iso&tlng=pt Este artigo discute um texto de Ferenczi sobre a função dos sonhos e sua relação com o trauma. Ferenczi pretendia apresentar o material como uma fala no XII Congresso Internacional de Psicanálise, que aconteceria em Interlaken, na Suíça, em 1931. O congresso, porém, foi adiado, e partes do conteúdo da fala apareceram em outros textos, nos quais o autor repensa o conceito de trauma e sua importância clínica. Neste artigo, faço uso da correspondência entre Freud e Ferenczi para contextualizar a originalidade da teorização de Ferenczi sobre diferentes aspectos da função dos sonhos. Na fala de 1931, assim como neste artigo, usa-se o trabalho onírico de uma paciente como exemplo do processo por meio do qual experiências traumáticas e impressões sensorias não ligadas podem se repetir na direção de uma maior elaboração por parte do sonhador. O processo descrito por Ferenczi, aqui explorado, assemelha-se a um esforço de autotratamento, de auto-Kur.<hr/>This text discusses a conference written by Sándor Ferenczi in 1931 about the function of dreams and its relation to trauma. Ferenczi's wish was to read the conference at the 12th International Congress of Psychoanalysis, supposed to happen that year in Interlaken, Switzerland. The congress, however, was postponed and a part of the conference's content was later spread among other texts in which Ferenczi rethinks the concept of trauma and its clinical significance. In this article the author makes use of the Freud/Ferenczi correspondence to contextualize the originality of Freud's Hungarian follower regarding his theorizations about different aspects in the function of dreams. In the 1931 conference, as well as in this article, the dream work of a patient, used by Ferenczi as a clinical example, is observed as a process where traumatic experiences and not mastered sensory impressions can be repeated in the attempt of a better working-through for the dreamer; in a process that resembles an effort of self-treatment, of self-Kur.<hr/>Este artículo analiza un texto sobre la función de los sueños y su relación con el trauma. Ferenczi pensaba presentar este material como conferencia en el 12 Congreso Internacional de Psicoanálisis, que tendría lugar en Interlaken, Suiza, en el mismo año en que él escribió el ensayo (1931). Sin embargo, el congreso fue pospuesto, y partes del contenido de esta presentación aparecieron en otros textos en los que Ferenczi repiensa el concepto de trauma y su importancia clínica. En el presente artículo, el autor utiliza la correspondencia Freud/Ferenczi para contextualizar la originalidad del seguidor húngaro de Freud en lo que respecta a sus teorizaciones sobre distintos aspectos de la función de los sueños. En la conferencia de 1931, así como en este ensayo, Ferenczi utilizó el trabajo del sueño de un paciente como ejemplo clínico de un proceso en el cual las experiencias traumáticas y las impresiones sensoriales no dominadas pueden repetirse para que él o quien sueña pueda elaborarlas mejor. El proceso que describe Ferenczi se parece a un intento de auto-tratamiento o auto-Kur.<hr/>Cet article analyse un texte de Ferenczi concernant la fonction des rêves et son rapport avec le trauma. Ferenczi avait eu l'intention de présenter ce matériel lors du 12e Congrès international de psychanalyse, qui devait avoir lieu à Interlaken, en Suisse, en 1931, l'année même où il écrivit son essai. Cependant, le congrès fut reporté et quelques parties du contenu de sa communication parurent dans d'autres textes, dans lesquels Ferenczi réexamine le concept de trauma et son intérêt clinique. Dans le présent article l'auteur se base sur la correspondance Freud/Ferenczi pour contextualiser l'originalité du disciple hongrois de Freud et ses conceptions théoriques concernant les différents aspects de la fonction des rêves. Dans le texte de 1931, aussi bien que dans d'autres essais, Ferenczi cite le travail du rêve d'un patient comme exemple clinique d'un processus dans lequel les expériences traumatiques et les impressions sensorielles non maîtrisées peuvent être répétés, de façon à permettre qu'elles soient mises au service d'une meilleure perlaboration. Le processus décrit par Ferenczi ressemble à une tentative d'auto-traitement ou auto-Kur. <![CDATA[<b>Primeiro Encontro Psicanalítico de Paraty</b>: <b>diálogos com a cidade</b>]]> http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0486-641X2020000100021&lng=pt&nrm=iso&tlng=pt Este artigo discute um texto de Ferenczi sobre a função dos sonhos e sua relação com o trauma. Ferenczi pretendia apresentar o material como uma fala no XII Congresso Internacional de Psicanálise, que aconteceria em Interlaken, na Suíça, em 1931. O congresso, porém, foi adiado, e partes do conteúdo da fala apareceram em outros textos, nos quais o autor repensa o conceito de trauma e sua importância clínica. Neste artigo, faço uso da correspondência entre Freud e Ferenczi para contextualizar a originalidade da teorização de Ferenczi sobre diferentes aspectos da função dos sonhos. Na fala de 1931, assim como neste artigo, usa-se o trabalho onírico de uma paciente como exemplo do processo por meio do qual experiências traumáticas e impressões sensorias não ligadas podem se repetir na direção de uma maior elaboração por parte do sonhador. O processo descrito por Ferenczi, aqui explorado, assemelha-se a um esforço de autotratamento, de auto-Kur.<hr/>This text discusses a conference written by Sándor Ferenczi in 1931 about the function of dreams and its relation to trauma. Ferenczi's wish was to read the conference at the 12th International Congress of Psychoanalysis, supposed to happen that year in Interlaken, Switzerland. The congress, however, was postponed and a part of the conference's content was later spread among other texts in which Ferenczi rethinks the concept of trauma and its clinical significance. In this article the author makes use of the Freud/Ferenczi correspondence to contextualize the originality of Freud's Hungarian follower regarding his theorizations about different aspects in the function of dreams. In the 1931 conference, as well as in this article, the dream work of a patient, used by Ferenczi as a clinical example, is observed as a process where traumatic experiences and not mastered sensory impressions can be repeated in the attempt of a better working-through for the dreamer; in a process that resembles an effort of self-treatment, of self-Kur.<hr/>Este artículo analiza un texto sobre la función de los sueños y su relación con el trauma. Ferenczi pensaba presentar este material como conferencia en el 12 Congreso Internacional de Psicoanálisis, que tendría lugar en Interlaken, Suiza, en el mismo año en que él escribió el ensayo (1931). Sin embargo, el congreso fue pospuesto, y partes del contenido de esta presentación aparecieron en otros textos en los que Ferenczi repiensa el concepto de trauma y su importancia clínica. En el presente artículo, el autor utiliza la correspondencia Freud/Ferenczi para contextualizar la originalidad del seguidor húngaro de Freud en lo que respecta a sus teorizaciones sobre distintos aspectos de la función de los sueños. En la conferencia de 1931, así como en este ensayo, Ferenczi utilizó el trabajo del sueño de un paciente como ejemplo clínico de un proceso en el cual las experiencias traumáticas y las impresiones sensoriales no dominadas pueden repetirse para que él o quien sueña pueda elaborarlas mejor. El proceso que describe Ferenczi se parece a un intento de auto-tratamiento o auto-Kur.<hr/>Cet article analyse un texte de Ferenczi concernant la fonction des rêves et son rapport avec le trauma. Ferenczi avait eu l'intention de présenter ce matériel lors du 12e Congrès international de psychanalyse, qui devait avoir lieu à Interlaken, en Suisse, en 1931, l'année même où il écrivit son essai. Cependant, le congrès fut reporté et quelques parties du contenu de sa communication parurent dans d'autres textes, dans lesquels Ferenczi réexamine le concept de trauma et son intérêt clinique. Dans le présent article l'auteur se base sur la correspondance Freud/Ferenczi pour contextualiser l'originalité du disciple hongrois de Freud et ses conceptions théoriques concernant les différents aspects de la fonction des rêves. Dans le texte de 1931, aussi bien que dans d'autres essais, Ferenczi cite le travail du rêve d'un patient comme exemple clinique d'un processus dans lequel les expériences traumatiques et les impressions sensorielles non maîtrisées peuvent être répétés, de façon à permettre qu'elles soient mises au service d'une meilleure perlaboration. Le processus décrit par Ferenczi ressemble à une tentative d'auto-traitement ou auto-Kur.