Scielo RSS <![CDATA[Estilos da Clinica]]> http://pepsic.bvsalud.org/rss.php?pid=1415-712820050002&lang=en vol. 10 num. 19 lang. en <![CDATA[SciELO Logo]]> http://pepsic.bvsalud.org/img/en/fbpelogp.gif http://pepsic.bvsalud.org http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1415-71282005000200001&lng=en&nrm=iso&tlng=en <![CDATA[<b>Therapeutic accompaniment</b>: <b>legal insertion, ethic coordinates and professional responsability</b>]]> http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1415-71282005000200002&lng=en&nrm=iso&tlng=en O presente artigo tem por objetivo abordar as dificuldades decorrentes da falta de uma adequada inscrição formal da figura do Acompanhante Terapêutico no sistema de Saúde Mental, junto com um estudo pormenorizado das instâncias nas quais a Lei de Saúde Mental da cidade de Buenos Aires, no entanto, abre uma forte perspectiva para sua inclusão, em cuja regulamentação atualmente estamos trabalhando. Em conexão com essa problemática, também é oportuno renovar a interrogação sobre as coordenadas éticas e a responsabilidade profissional que são postas em jogo no exercício dessa especialidade.<hr/>The present work has for objet to examine these difficulties derived to the fault of one adequate formal inscription of the Therapeutic Accompaniment in the Mental Health System, with an exhaustive study of these points in that the Mental Health Law of Buenos Aires City, since 2000,open a strong perspective to his inclusion. We are just working in it with a City's Legislature member. In connection with this problematical, it's opportune to renovate the interrogation about ethic coordinates and the professional responsibility implicated in the execution of this specialty <![CDATA[<b>Therapeutic accompaniment</b>: <b>vertigos of the clinic in the concrete of the city</b>]]> http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1415-71282005000200003&lng=en&nrm=iso&tlng=en Este artigo tem como ponto de partida o percurso de uma experiência desenvolvida desde 1998 junto ao Instituto de Psicologia da UFRGS, em parceria com serviços de saúde mental da rede pública, tendo a atividade do acompanhamento terapêutico (AT) como vetor •no contexto da reforma psiquiátrica, o acompanhamento terapêutico torna-se uma função emblemática da interpenetração das disciplinas psi com o espaço e tempo da cidade. Se diferentes vertentes da clínica disponibilizam ferramentas conceituais com as quais se constrói a prática do AT, é do encontro entre acompanhante e acompanhado em meio à cidade e seus jogos de força que surgem as interpelações que aqui lançamos, em retorno, no campo da clínica, à psicanálise mesma.<hr/>This article has as starting point the course of an experience developed since 1998 close to the Institute of Psychology of UFRGS, with the activity of the therapeutic accompaniment (AT) as vector, in partnership with services of mental health of the public net •in the context of the psychiatric reform, the therapeutic accompaniment becomes an emblematic function of the interpenetration of the psy's disciplines with the space and time of the city. If different sources of the clinic slope make available conceptual tools with which the practice of AT is built, it is of the encounter among companion and accompanied in the city and its games of force that appear the interpellations that here threw, in return, in the field of the clinic, to the same psychoanalysis. <![CDATA[<b>The contributions of Psychoanalysis to the therapeutic accompaniment</b>]]> http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1415-71282005000200004&lng=en&nrm=iso&tlng=en O texto pretende formalizar, a partir da Psicanálise, a prática do acompanhamento terapêutico (AT). Entendemos que, apesar de não haver uma teoria do AT, podemos sistematizar essa prática a partir da clínica psicanalítica com as psicoses. Assim, partimos de uma discussão historicizada sobre o AT para, em seguida, apresentar a forma pela qual a Psicanálise pode ser útil nesse contexto como ferramenta teórica. Problematizamos também a relação entre clínica e reabilitação no contexto da reforma psiquiátrica, desfazendo essa dicotomia entre os dois campos, característica de uma posição positivista. Ao final, utilizamos um caso de intervenção para evidenciar princípios de orientação na clínica do AT, buscando estabelecer indicadores para sustentação de seu manejo.<hr/>The text attempts to formalize, from the Psychoanalysis, the practical of therapeutic accompaniment (TA). Besides there is not a theory of the TA, we can its systematize from the psychosis clinic. We will make an historical revision of the TA and after discuss the contributions of Psychoanalysis in this area. We will also make a dialogue between clinic and rehabilitation in the field of Mental Health. After presents a case, we will establish principles to guide this type of clinic. <![CDATA[<b>From qualified friend to the friendship policy</b>]]> http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1415-71282005000200005&lng=en&nrm=iso&tlng=en O texto coloca em análise o contexto e os motivos da mudança da denominação "amigo qualificado" para "acompanhante terapêutico". Nota-se que tal mudança envolve uma transformação na própria concepção dessa atividade e não uma simples mudança de nome. Tal transformação se dá na busca de um estatuto puramente clínico para o acompanhamento terapêutico, isso em detrimento de suas raízes políticas, que são relegadas a um segundo plano ou simplesmente excluídas numa oposição entre clínica e política. No decorrer do texto, discute-se o conceito de amizade e suas implicações políticas. O objetivo é então resgatar a face política do acompanhamento terapêutico.<hr/>The text analyses the context and the reasons for name changes from qualified friend to accompanying therapeutics. You can notice that this change is not only a name change but also a transformation on the conception of this activity. This transformation is there for the search of a pure clinic statute for the accompanying therapeutics, this in detriment of its political roots which are put on a second place or even excluded in a position between clinics and politics. During the text, on this way, begins a discussion about the concept of friendship and its politics implications. So, the point is to rescue the political face of the accompanying therapeutics. <![CDATA[<b>From wandering to transhumance</b>]]> http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1415-71282005000200006&lng=en&nrm=iso&tlng=en Acompanhar uma pessoa é intervir estando ao lado dela, fazer um trecho de caminho com ela e apoiá-la em sua evolução. Como agir com adolescentes em estado de errância, recalcitrantes a tudo o que é instituído, tendo total desconfiança dos adultos e exprimindo seu mal-estar com delituosas e repetidas passagens ao ato ? A ação pedagógica aqui apresentada inscreve-se no quadro de medidas penais para menores delinqüentes que vivem em seu meio familiar. Alguns têm um percurso institucional, até mesmo carcerário; a maioria acumula dificuldades demais para ser acolhida em instituição. Esta « mise en scène » se nutre dos trabalhos de Didier Anzieu (1985). Ela é construída para surpreender o adolescente e « levá-lo a caminhar apesar dele mesmo » num espaço em que ele não poderia, nem escapar do grupo, nem de si mesmo. Passo a passo, dia após dia, duna após duna, num espaço sem limite, banhado de luz, carregado de silêncio, onde nada há senão ele próprio e seus semelhantes, o jovem caminha apoiando-se no grupo, em rituais, valores e adultos significativos.<hr/>Accompanying a person is interceding with that person, going part of the way with him/her and supporting and helping him/her in his /her progress. How could we proceed when it comes to wandering teenagers who refuse everything that is instituted, who totally mistrust adults and who express their uneasiness with repetitive punishable living out fantasies? The educational method which is described here is in keeping with the penal measures against delinquents under 18 who are living in their usual environment. Some of them met an institution or even prison on their way; most of them are facing too many difficulties to be tolerated in an institution. This "staging" is inspired from Didier Anzieu`s (1985) work. It is built in order to surprise the teenager, to "turn him on in spite of himself" in a place where he can't escape the group nor himself. Step by step, day after day, sand dune after sand dune , in a no limit space, full of light, full of silence, where's there's nothing else but him and people like him, the teenager goes on relying on the group, on rituals, on significant values and adults. <![CDATA[<b>The woman who does not exist in the social</b>: <b>interchange: a case of paranoia</b>]]> http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1415-71282005000200007&lng=en&nrm=iso&tlng=en Neste artigo, a partir do recorte clínico de um caso de paranóia atendido em acompanhamento terapêutico, busquei, por meio do referencial teórico da Psicanálise de orientação lacaniana, localizar os mecanismos presentes no desencadeamento e saída da crise, com a finalidade de orientar o tratamento possível em direção ao laço social. Privilegiei a articulação teórica pela vertente da identificação. Procurei demonstrar como a identificação às insígnias paternas sustentou a paciente no laço social por um longo período. O evento traumático desencadeou a dissolução imaginária. O remanejamento imaginário dos significantes, enquanto identificação aos atributos maternos, possibilitou a saída da crise e a estabilização, no entanto foi insuficiente como sustentação ao laço social, indicando a necessidade de um passo a mais em direção ao laço social.<hr/>In this article, revering to the clinical case of paranoia attended in therapeutic accompaniment, in consideration of the theoretical referential system of Lacans Psychoanalysis, I was locating the mechanisms that are present in the resolutions that lead to the exit of the crisis and like this, direct the treatment in direction of a social interchange. I emphasised the theoretical articulation of the identification. I tried to demonstrate like the identification to the paternal attributes supported the patient in the social interchange for a long period. The traumatic event then advanced the imaginary dissolution. The imaginary rehandling of the signifiers, ones identified to the motherly attributes, made the exit of the crisis possible and caused the stabilization. However, it was insufficient to sustain the social interchange and indicates the necessity of a step more towards it. <![CDATA[<b>The significant and the real on Psychosis</b>: <b>conceptual tools to therapeutic accompaniment</b>]]> http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1415-71282005000200008&lng=en&nrm=iso&tlng=en O presente artigo visa a apresentar reflexões sobre a clínica do acompanhamento terapêutico com pacientes psicóticos. O ponto de partida é o reconhecimento de que essa clínica depende de olhar em rede, ou seja, uma dimensão institucional que vai orientar a execução de um projeto terapêutico de intervenção, tanto no âmbito de uma montagem institucional, quanto na perspectiva da clínica privada. Posteriormente, serão apresentados recortes clínicos vividos nessa clínica que serão articulados com dois momentos da teoria lacaniana das psicoses: a noção de real atrelada ao significante e a noção de real articulada com a teoria dos nós-borromeus. Por fim, explicitar-se-á a questão que motiva a execução dessas elaborações, mais precisamente a noção de sinthome como orientação clínica e teórica para a prática do acompanhamento terapêutico.<hr/>This article aims to present reflections about therapeutic accompaniment with psychotic patients. The start point is to perceive and to accept that the therapeutic accompaniment clinic is depended of a network view of different professionals that take part on this practical. This manner will orient the therapeutic intervention project execution on an institution or on a private clinic. Lately will be presented two clinical fragments and correlated with two moments of lacanian theory of psychosis: the notion of the real articulated with the significant and the notion of the real articulated with the borromean ring theory. At the end will be present the question that motivates this elaboration's execution, more specifically the notion of symptom as a clinical and theoretical orientation to therapeutic accompaniment practices. <![CDATA[<b>What is a father for a child? Considerations on Hans case</b>]]> http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1415-71282005000200009&lng=en&nrm=iso&tlng=en O artigo trata da concepção de Lacan sobre a função paterna presente em seu comentário sobre o caso Hans, no Seminário 4, de 1956-57. Pretendemos mostrar que, paralelamente à leitura de um ideal da função interditora do pai, da qual decorre a argumentação de Lacan em favor da inoperância do pai de Hans, é possível encontrar, já nessa época, a presença de alguns elementos que anunciam a virada conceitual que levará Lacan a concluir que a função do pai não é a de proferir a interdição em si, mas de fazer a ordenação de um ponto de hiância, já presente na estrutura.O que é um pai?<hr/>This article discusses Lacan's conception of paternal function in his comment on Hans case, in Seminar 4, of 1956-57. We intend to show that, at the same time he presents an ideal function of the father, of which elapses his argumentation in favor of the idleness of Hans' father, it is possible to find the presence of elements that announce the conceptual turning that will lead Lacan to conclude that father's function is not pronouncing the interdiction itself, it is related to an ordination of a specific point, already present in the structure. <![CDATA[<b>Social mother</b>: <b>profession? motherhood role?</b>]]> http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1415-71282005000200010&lng=en&nrm=iso&tlng=en Este artigo pretende aprofundar reflexões acerca da realidade das crianças que se encontram em situação de abrigamento, buscando compreender a função do cuidador nesse contexto. A pesquisa foi desenvolvida em uma instituição que recebe e acolhe crianças de zero a três anos de idade. Essa instituição funciona de acordo com o modelo de casas-lares. Observamos que o grande número de crianças para apenas uma mãe social dificulta os momentos de interação entre adulto e criança. Foi possível constatar que a mãe social acaba limitando os movimentos das crianças, que precisam ficar a maior parte do tempo sentadas no sofá, assistindo televisão, enquanto aguardam a atividade seguinte, sempre imposta pela rotina da instituição.<hr/>This article intends to deepen the reflections on the reality of children who live in orphanages, trying to understand the role of the adult who takes care of the child in this context. The research was developed in an institution which receives children from zero to three years old. It was possible to observe that the high number of children under the care of one social mother makes it impossible for the social mother to interact in a healthy and positive way with each child, individually. We observed that the social mother puts a lot of limits to the movements of the children, who must stay on the sofa, watching TV, waiting for the next activity, always imposed by the routine of the institution. <![CDATA[<b>Clinical Handling of Autistic and Psychotic Adolescents in an Institution</b>]]> http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1415-71282005000200011&lng=en&nrm=iso&tlng=en O artigo tem por objetivo discutir o manejo clínico de questões relativas à passagem da infância à adolescência no tratamento do autismo e da psicose em instituição. O trabalho traça as linhas gerais da trajetória de um serviço criado no final da década de 80 com o intuito de atender à clientela mais grave que se dirigia à rede pública de assistência em saúde mental do município do Rio de Janeiro. A partir de alguns fragmentos clínicos, apresenta-se a construção do caso em equipe, a intervenção e seus efeitos. Complementarmente, aborda-se o encerramento do tratamento e o encaminhamento daqueles que finalizam seu percurso na instituição.<hr/>The objective of this article is to discuss the clinical handling of questions relating to the passage from childhood to adolescence in the treatment of autism and psychosis in an institution. The work sketches the general lines in the course of a service created at the end of the eighties whose aim was to assist the most seriously affected clients who came to the public mental health in the municipality of Rio de Janeiro. The article proceeds to examine the direction taken by the clinical-institutional work, which conjoins the practice shared by many with the treatment of the Other carried out by children and adolescents. Starting with some clinical anecdotal examples, we present the construction of the case as a team, the intervention and its effects. Complementing this, we touch on the end of the treatment and the further guidance given to those who finished their stay at the institution. http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1415-71282005000200012&lng=en&nrm=iso&tlng=en