Scielo RSS <![CDATA[Natureza humana ]]> http://pepsic.bvsalud.org/rss.php?pid=1517-243020120001&lang=pt vol. 14 num. 1 lang. pt <![CDATA[SciELO Logo]]> http://pepsic.bvsalud.org/img/en/fbpelogp.gif http://pepsic.bvsalud.org <![CDATA[<b>Kierkegaard, leitor da Fenomenologia da religião</b>]]> http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1517-24302012000100001&lng=pt&nrm=iso&tlng=pt Como Kierkegaard leria o livro da Fenomenologia da vida religiosa, ou escutaria as Preleções de Heidegger? Neste trabalho retraçamos, com base no experimento hipotético suscitado por esta questão, as relações entre os horizontes conceituais das obras de Kierkegaard e Heidegger, bem como fazemos uma recensão histórica da recepção do filósofo dinamarquês pelo alemão.<hr/>How Kierkegaard would read the book The Phenomenology of Religious Life and would listen to the lectures of Heidegger? In this paper we retrace, through the hypothetical experiment raised by that question, the relations between the conceptual horizons of the Kierkegaard's and Heidegger's works, as well as do a historical inventory of the reception of the Danish philosopher by the German one. <![CDATA[<b>Os indícios formais e o problema da morte</b>]]> http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1517-24302012000100002&lng=pt&nrm=iso&tlng=pt Os indícios formais representam para a fenomenologia heideggeriana a possibilidade da construção conceitual pela facticidade do Dasein. Só com base neles podemos compreender conceitos presentes em Ser e tempo como o de ser-para-a-morte. O presente artigo explora a construção e abrangência desse conceito contrastando-o com as formas cotidianas de lidar com o fenômeno do morrer.<hr/>The formal indication for Heideggerian phenomenology represents the possibility of conceptual construction through facticity of Dasein. Only based on that we will be able to understand the concepts present in Being and Time as being-toward-death. This study explores the construction and coverage of this concept, contrasting it with the daily way of coping with the dying phenomenon. <![CDATA[<b>Notas sobre a relação entre indiciação formal e experiência</b>]]> http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1517-24302012000100003&lng=pt&nrm=iso&tlng=pt O artigo procura compreender a relação entre formale Anzeige e experiência em Heidegger. O fenômeno da formale Anzeige apresenta-se com o sentido de conteúdo, de relação e de comprometimento existencial. As práticas literárias de metasxematizein (metaesquematismo) do apóstolo Paulo e de metacrítica e matagrabolisieren de Hamann apresentam semelhanças que cooperam na compreensão de formale Anzeige no pensamento de Heidegger.<hr/>The article intends understanding about the relation between formale Anzeige and experience by Heidegger. The phenomenon of formale Anzeige presents itself us a sense of content, of relation and of existential commitment. The literary practices of metasxematizein from apostle Paul and of metacriticism and matagrabolisieren from Hamann present similarities cooperating in understanding about formale Anzeige in the thinking of Heidegger. <![CDATA[<b>Heidegger, Oriente e Tecnologia</b>]]> http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1517-24302012000100004&lng=pt&nrm=iso&tlng=pt Heidegger hat sich in seinem späten Werk mit der planetarischen Hegemonie der modernen Technik beschäftigt, die immer einschneidender an der Definition unserer Gewohnheiten, Sprache und an den Horizonten der Erwartungen teilnimmt. Neben der Wiederaufnahme der metaphysischen Wege, die die Welt verwestlicht haben, und neben des In Frage Stellens der Essenz der derzeitigen Herrschaft, hat sich Heidegger einigen Nischen der Andersartigkeit zugewendet, die in der Lage sind, den Boden der technischen Objektivierung zum Beispiel für den Dialog mit einer bestimmten östlichen Andersartigkeit zu nähren. Genau in dieser Schwierigkeit sah er ein Versprechen. Eine grundlegende Frage: wenn sich, geopolitisch gesehen, der östliche Teil an sich letztendlich verwestlicht hat, wie könnte uns dann die von Heidegger in Frage gestellte östliche Andersartigkeit inmitten des technologischen Imperiums und mit der ihr eigenen Geschwindigkeit und Bestimungen die wahre Kraft der Verwandlung bieten?<hr/>In his later work, Heidegger discussed the global hegemony of modern technology, which has become increasingly incisive in the definition of our habits, language and horizons of expectation. In addition to revisit the metaphysical paths that westernized the world and to question the essence of the current domination, Heidegger also turned to some niches of alterity capable of irrigating the soil of technical reification, e.g., for the dialogue with some oriental alterity. It was precisely in the difficulty of this dialogue that he saw a promise. Bottom line: if the East itself, geopolitically speaking, eventually became westernized, how, amid the empire of technology, with its speed and peculiar framework, the eastern alterity interrogated by Heidegger could possibly offer us genuine sap of transformation?<hr/>Heidegger ocupou-se, em sua obra tardia, com a hegemonia planetária da técnica moderna, cada vez mais incisiva na definição dos nossos hábitos, linguagem e horizontes de expectativa. Além de repisar os caminhos metafísicos que ocidentalizaram o mundo, e de questionar a essência da atual dominação, voltou-se para alguns nichos de alteridade, capazes de irrigar o solo da objetificação técnica, por exemplo, para o diálogo com certa alteridade oriental. Precisamente na dificuldade desse diálogo ele enxergava uma promessa. Questão de fundo: se o próprio Oriente, geopoliticamente falando, acabou se ocidentalizando, de que modo, em meio ao império da tecnologia, com sua velocidade e enquadramento peculiares, a alteridade oriental interrogada por Heidegger poderia nos oferecer genuína seiva de transformação? <![CDATA[<b>Heidegger na Filosofia nishidiana</b>]]> http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1517-24302012000100005&lng=pt&nrm=iso&tlng=pt Nishida Kitaro (1870-1945) was one of the introducers of phenomenology in Japan. However, for him, there were points of disagreement with the statements of philosophy. In his encounter with the writings of Heidegger, the author also presents points to itself unacceptable or, at least, unsatisfied. In this work, we chose some critical views of the philosophical stance of Heidegger, between 1925 and 1940. The presentation will focus the historicity of the existence, based on texts and how Nishida discusses Heidegger's position on this issue.<hr/>Nishida Kitaro (1870-1945) foi um dos introdutores da fenomenologia no ambiente acadêmico japonês. No entanto, a partir de seu próprio ponto de vista, foram encontrados pontos de discordância com as afirmações da filosofia. Em seu encontro com os textos de Heidegger, o autor também detecta pontos que ele são inaceitáveis ou que o deixam insatisfeito. Neste trabalho, escolhemos algumas das críticas de Nishida à postura filosófica de Heidegger, entre 1925 e 1940. A apresentação terá como ponto central a historicidade da existência, focalizada a partir de textos de Nishida e o modo como problematiza a posição de Heidegger sobre esse tema. <![CDATA[<b>Leibniz e a teologia natural dos chineses</b>]]> http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1517-24302012000100006&lng=pt&nrm=iso&tlng=pt O início da interpretação filosófica do pensamento chinês, com Leibniz, ocorre no epicentro de uma complexa disputa metafísico-religiosa entre os missionários católicos, na primeira metade do século XVII, denominada "querela dos rituais", que teve como polos duas concepções distintas referentes aos métodos de catequização a serem empregados no processo de conversão dos chineses ao cristianismo. Neste contexto, Leibniz posiciona-se a favor de uma das partes e, ao justificar sua postura, relaciona elementos do pensamento chinês com aspectos de sua filosofia. A teoria da harmonia preestabelecida é o ponto de partida de sua interpretação do pensamento chinês. Leibniz refuta a acusação de materialismo no pensamento chinês, ao observar que os conceitos de substância originária, para os chineses, e o de matéria, na perspectiva escolástica, eram duas coisas completamente distintas. A oposição de Leibniz ao pensamento escolástico e cartesiano mostra-se em sua forma mais clara na abordagem do problema da comunicação das substâncias ao refutar o dualismo com sua teoria da harmonia preestabelecida e sua concepção do universo como uma unidade orgânica, e esses dois aspectos são os elementos principais que ligam Leibniz ao pensamento chinês.<hr/>The beginning of the philosophical interpretation of Chinese thought, with Leibniz, takes place at the epicenter of a complex metaphysical-religious dispute among Catholic missionaries in the first half of the seventeenth century called "quarrel of the rituals", which was stirred by two distinct catechization concepts used to convert the Chinese to Christianity. In this context, Leibniz stands in favor of one party and to justify his stance, he associates elements of Chinese thought to aspects of his philosophy. The theory of pre-established harmony is the starting point of his interpretation of Chinese thought. Leibniz refutes the accusation of materialism in Chinese thought, observing that the Chinese concept of original substance and the concept of matter according to the scholastic perspective are completely different. Leibniz's opposition to the scholastic and Cartesian thought becomes most clear when he addresses the problem of communication of substances refuting dualism by means of his theory of pre-established harmony and his conception of the universe as an organic unity. Those two aspects are the main elements that associate Leibniz to Chinese thought. <![CDATA[<b>A experiência do pensmento e o pensamento da experiência: um encontro entre Heidegger e Nishida</b>]]> http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1517-24302012000100007&lng=pt&nrm=iso&tlng=pt Ähnlich wie Heideggers Denken für die deutsche und europäische Philosophie, so erwies sich auch Nishidas Denken für die japanisch-ostasiatische Philosophie im 20. Jahrhundert als wegweisend. Anhand beider philosophischer Ansätze möchte ich eine Begegnung bzwe. ein Zwiegespräch zwischen "Denkerfahrung" und "Erfahrungsdenken" vorschlagen, worin einerseits Entsprechungen, andererseits auch Unterschiede zwischen westlicher und ostasiatischer Philosophie zum Vorschein kommen. Hierzu werde ich im ersten Abschnitt die jeweilige "Erfahrungsgrundierung des Denkens" von beiden zum Thema machen, wobei sich dies auf deren frühe Ansätze bezieht. Mit dem "Ereignisdenken" Heideggers und Nishidas "Ortlogik" möchte ich sodann im zweiten Abschnitt das Spezifische der "Kehre" bei Heidegger sowie das Besondere der "Wende" bei Nishida etwas näher herausarbeiten, um daran auch den überaus produktiven Einfluss beider für den west-östlichen Dialog aufzuzeigen.<hr/>Nishida is as much a reference for the Japanese-oriental philosophy of the twentieth century as Heidegger is a reference for the German-European philosophy. Based on these two philosophical perspectives, we suggest an encounter or a dialogue between the "experience of thinking" and "thinking about experience" to highlight, on one hand, the similarities and, on the other hand, the differences between Western and Eastern philosophy. We therefore first address the "basis of the experience of thinking" in both authors. Later, we take a deeper look at Heidegger's "thinking the event" and Nishida's "logic of the place" which are respectively called the "turn" and the "change" and then show the productive influence of both authors on the dialogue between Western and Eastern thought.<hr/>Nishida é uma referência para a filosofia japonesa-oriental do século XX, assim como Heidegger para a filosofia alemã-europeia. Tomando como base essas duas perspectivas filosóficas, gostaria de propor um encontro, ou seja, um diálogo entre "experiência do pensar” e "pensar da experiência”, no qual veem à tona, por um lado, proximidades e, por outros, diferenças entre a filosofia ocidental e oriental. Para isso pretendo tratar, em primeiro momento, da "fundamentação da experiência do pensamento” nos dois autores. Posteriormente, proponho-me a analisar com mais proximidade o "pensar do acontecimento” de Heidegger e a "lógica do lugar” de Nishida que, respectivamente, são denominados de a "virada” e a "mudança”, e daí mostrar a produtiva influência dos dois para o diálogo entre o pensamento ocidental e oriental. http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1517-24302012000100008&lng=pt&nrm=iso&tlng=pt Ähnlich wie Heideggers Denken für die deutsche und europäische Philosophie, so erwies sich auch Nishidas Denken für die japanisch-ostasiatische Philosophie im 20. Jahrhundert als wegweisend. Anhand beider philosophischer Ansätze möchte ich eine Begegnung bzwe. ein Zwiegespräch zwischen "Denkerfahrung" und "Erfahrungsdenken" vorschlagen, worin einerseits Entsprechungen, andererseits auch Unterschiede zwischen westlicher und ostasiatischer Philosophie zum Vorschein kommen. Hierzu werde ich im ersten Abschnitt die jeweilige "Erfahrungsgrundierung des Denkens" von beiden zum Thema machen, wobei sich dies auf deren frühe Ansätze bezieht. Mit dem "Ereignisdenken" Heideggers und Nishidas "Ortlogik" möchte ich sodann im zweiten Abschnitt das Spezifische der "Kehre" bei Heidegger sowie das Besondere der "Wende" bei Nishida etwas näher herausarbeiten, um daran auch den überaus produktiven Einfluss beider für den west-östlichen Dialog aufzuzeigen.<hr/>Nishida is as much a reference for the Japanese-oriental philosophy of the twentieth century as Heidegger is a reference for the German-European philosophy. Based on these two philosophical perspectives, we suggest an encounter or a dialogue between the "experience of thinking" and "thinking about experience" to highlight, on one hand, the similarities and, on the other hand, the differences between Western and Eastern philosophy. We therefore first address the "basis of the experience of thinking" in both authors. Later, we take a deeper look at Heidegger's "thinking the event" and Nishida's "logic of the place" which are respectively called the "turn" and the "change" and then show the productive influence of both authors on the dialogue between Western and Eastern thought.<hr/>Nishida é uma referência para a filosofia japonesa-oriental do século XX, assim como Heidegger para a filosofia alemã-europeia. Tomando como base essas duas perspectivas filosóficas, gostaria de propor um encontro, ou seja, um diálogo entre "experiência do pensar” e "pensar da experiência”, no qual veem à tona, por um lado, proximidades e, por outros, diferenças entre a filosofia ocidental e oriental. Para isso pretendo tratar, em primeiro momento, da "fundamentação da experiência do pensamento” nos dois autores. Posteriormente, proponho-me a analisar com mais proximidade o "pensar do acontecimento” de Heidegger e a "lógica do lugar” de Nishida que, respectivamente, são denominados de a "virada” e a "mudança”, e daí mostrar a produtiva influência dos dois para o diálogo entre o pensamento ocidental e oriental.