Scielo RSS <![CDATA[Revista Mal Estar e Subjetividade]]> http://pepsic.bvsalud.org/rss.php?pid=1518-614820110004&lang=es vol. 11 num. 4 lang. es <![CDATA[SciELO Logo]]> http://pepsic.bvsalud.org/img/en/fbpelogp.gif http://pepsic.bvsalud.org <![CDATA[<b>The knowledge, power and its consequences</b>]]> http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1518-61482011000400001&lng=es&nrm=iso&tlng=es <![CDATA[<b>Ocio transformacional y contrahegemónico</b>: <b>"disoñando" un mundo sustentable</b>]]> http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1518-61482011000400002&lng=es&nrm=iso&tlng=es El objetivo de este texto es situar la temática del ocio en la actualidad, vinculándola con la necesidad de un profundo cambio paradigmático, epistemológico-político-educativo, que logre hacer frente a algunas de las alarmantes realidades sociales y ecológicas del presente. Se realiza un recorrido en el cual se vinculan la transformación y "evolución" social con una nueva educación, basada en el aprendizaje transformacional, donde el ocio se abre como un potencial aporte para este salto evolutivo que se requiere. Diseñamos máquinas, tecnologías, mapas, planos, ciudades, mundos. Ahora se plantea el soñar y diseñar juntos, esto será disoñar, como una estrategia esencial para revitalizar nuestras sociedades y atrevernos a soñar con otros mundos posibles. Desde aquí se postula que, potencialmente, la relación entre el ocio resignificado y el aprendizaje transformacional, nos puede ayudar a atrevernos a disoñar nuevas utopías hacia donde producir la transformación social. En este sentido, paradojalmente, el ocio puede contribuir, y de hecho lo hace, a mantener el status quo y el orden social vigente, reforzando estereotipos y valores excluyentes, consumistas y alienantes. Pero, a su vez, puede abrir posibilidades para la construcción de sociedades más humanas, justas, inclusivas, participativas y solidarias. Tales consideraciones revelan que, en nuestras sociedades, el ocio es un fenómeno dinámico, complejo y lleno de conflictos, tensiones, ambigüedades y potencialidades.<hr/>O objetivo deste texto é discutir a temática do lazer, vinculando-a com a necessidade de gerar uma mudança paradigmática, epistemológica, política e educativa que permita fazer frente às alarmantes problemáticas sociais da atualidade. Busca-se relacionar a transformação e "evolução" social com uma educação baseada na aprendizagem transformacional, na qual o lazer representa um potencial aporte para o salto evolutivo que essas problemáticas requerem. Planejamos máquinas, tecnologias, cidades e mundos. É necessário planejar e sonhar ao mesmo tempo, isto é, "desenhar-sonhar", enquanto uma estratégia essencial para revitalizar nossas sociedades e poder sonhar com outros mundos possíveis. Aqui se abre uma relação entre o lazer ressignificado e a aprendizagem transformacional, impulsionando novas utopias comprometidas com a transformação social. Neste sentido, paradoxalmente, o lazer pode contribuir, e de fato o faz, com a manutenção do status quo e da ordem social vigente, reforçando estereótipos e valores excludentes, consumistas e alienantes. Mas, também pode abrir possibilidades para a construção de sociedades mais humanas, justas, inclusivas, participativas e solidárias. Estas considerações revelam que, em nossas sociedades, o lazer é um fenômeno dinâmico, complexo e cheio de conflitos, tensões, ambiguidades e potencialidades.<hr/>The objective of this paper is to place the issue of leisure in the present, linking it to the need for a profound paradigmatic, epistemological-political-educational change, which manages to cope with some of the alarming social and ecological realities of the moment. It is a review linking social transformation and "evolution" with a new education, based on transformational learning, in which leisure appears as a potential contributor for this required evolutionary leap. We design machines, technology, maps, plans, cities, worlds. Now arises the idea of dreaming and designing together, a "dreamdesigning", as an essential strategy to revitalize our society and allow us to dare and dream other possible worlds. From this starting point, it is postulated that the relationship between resignified leisure and transformational learning can, potentially, help us to dare and dreamdesign utopias from which we can produce social transformation. Paradoxically, leisure can contribute to preserve and, in fact it does, the status quo and the current social order, the stereotypes and the exclusionary, alienating and consumerist values. From another perspective, leisure can open the possibility for more humane, just, inclusive, participative and solidary societies. These considerations show that leisure, in our societies, is a dynamic, complex phenomenon, full of conflicts, tensions, ambiguities and potentialities.<hr/>Le but de cet article est de placer le thème de loisir d'aujourd'hui. Loisir est analysé dans son rapport avec la nécessité de promouvoir un profond changement de paradigme, épistémologique, politique et éducatif, qui parvient à résoudre certains des problèmes sociaux et écologiques alarmants d'aujourd'hui. Il entreprend un voyage dans lequel reliant la transformation sociale et de l'évolution avec une nouvelle éducation basée sur l'apprentissage transformationnel, où le loisir est ouvert comme une contribution potentielle à ce saut évolutif qui est nécessaire. Maintenant se pose le rêve et le design, comme une stratégie essentielle pour revitaliser notre société et rêver d'autres mondes. En ce sens, paradoxalement, les loisir peuvent contribuer, pour maintenir le statu quo et l'ordre social, de renforcer les stéréotypes et les valeurs consuméristes et aliénantes. Mais, à son tour, peut ouvrir des possibilités pour la construction de sociétés plus humain, juste, inclusive, participative et solidaire. Ces considérations montrent que, dans nos sociétés le loisir est complexe, est dynamique, et pleine de conflits, des tensions, des ambiguïtés et des potentialités. <![CDATA[<b>El profesor de la enseñanza fundamental en grupos de reflexión</b>]]> http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1518-61482011000400003&lng=es&nrm=iso&tlng=es Pesquisas confirmam que o processo de reflexão em grupo realizado por professores resulta na melhoria de sua prática profissional. Esta pesquisa, de natureza qualitativa, objetivou investigar, as condições, possibilidades e os limites para a realização de um grupo de reflexão fundamentado no sociodrama educacional em uma instituição escolar. O grupo era composto por 10 professores do ensino fundamental de uma escola da rede pública estadual de uma cidade do interior de São Paulo. A metodologia proposta compreendeu três etapas. Na primeira, investigou-se com cada professor, através de entrevista, a formação, história e prática profissional dos participantes. Na segunda etapa, foi realizado o trabalho com o grupo de professores. Foram desenvolvidas vinte reuniões de uma hora, as quais ocorreram semanalmente, durante o Horário de Trabalho Pedagógico em Conjunto (HTPC). Nessas reuniões, foram trabalhados, por meio de discussões e reflexões, os temas que os participantes abordavam espontaneamente. Na terceira e última etapa, realizou-se uma nova entrevista, com cada professor, com o objetivo de verificar como foi participar do grupo. Para analisar os resultados das entrevistas e dos grupos, foi realizada uma análise de conteúdo. Os resultados apontaram que o grupo de professores foi um momento de apoio, troca de experiências, desabafo e crescimento pessoal. Além disso, foi um espaço que o grupo teve para expor os descontentamentos, os conflitos, as descrenças, as angústias e as ansiedades perante os problemas e dificuldades vivenciados no cotidiano escolar. Notou-se que os professores tinham muitos problemas de relacionamento e de aceitação. Percebe-se, também, que os aspectos funcionais do estabelecimento de ensino dificultaram o desenvolvimento do trabalho de grupo e a relação interpessoal. Acredita-se na importância de um trabalho de grupo no contexto escolar como componente metodológico de um projeto de formação e aperfeiçoamento de professores.<hr/>Research results confirm that an in group reflection process accomplished by teachers results in an improvement of their professional practice. This study aims to investigate, using a qualitative approach, the conditions, possibilities and limits for the accomplishment of a reflection group based in an educational sociodrama in a learning institution. The Group was composed of 10 public school teachers from an elementary school of an inner city of São Paulo. The proposed methodology consisted of three procedures. In the first one, each component of the Group had his/her training, history and professional practice investigated through interviews. In the second procedure, the work with the group of teachers was accomplished. It consisted of twenty weekly one hour meetings during the Time for Pedagogic Collective Work (TPCW). At these meetings, the themes participants addressed spontaneously were worked out through discussions and reflections. In the third and last procedure, a new interview with each teacher was done to check how the experience in the Group was. Interview and Group results were evaluated by content analysis. Results indicated that group work was a moment of support, experience exchange, release of inner feelings and personal growth for the teachers. In addition, it was a space for them to expose discontentment, conflicts, skepticisms, anguish and anxiety in face of the problems and difficulties they experience in their daily school routine. It was evident that teachers had several relationship and acceptance problems. It was also noted that functional aspects of the educational establishment hampered the development of group work and interpersonal relationship. The importance of group work in the school context as a methodological component of a training project and improvement of teachers is established.<hr/>Confirman las investigaciones que el proceso de reflexión en grupo realizado por profesores resulta en la mejoría de su práctica profesional. Esta investigación, de naturaleza cualitativa, tuvo como objetivo investigar las condiciones de posibilidades y los límites para la realización de un grupo de reflexión fundamentado en el sociodrama educacional en una unidad escolar. En el grupo había 10 profesores de la enseñanza fundamental de una escuela pública estadual de una ciudad del interior de São Paulo. La metodología empleada presentó tres etapas. En la primera, por medio de una encuesta, fue investigada la formación, la historia y la práctica profesional de los participantes. En la segunda etapa, fue realizado el trabajo junto a los profesores: fueron realizadas veinte reuniones semanales de una hora, que ocurrieron en el Horário de Trabalho Pedagógico en Conjunto (HTPC). En estas reuniones, por medio de discusiones y reflexiones, fueron trabajados temas que los participantes sugirieron espontáneamente. En la tercera y última etapa, fue realizada una nueva encuesta con todos los profesores, con el objetivo de verificar la impresión de participar en el grupo. Para analizar los resultados de las encuestas y de los grupos, fue realizada la Análisis del Contenido. Los resultados permitieron concluir que el grupo de profesores fue un momento de apoyo, de cambio de experiencias, de desahogo y de crecimiento personal. Además, fue un espacio para el grupo exponer la insatisfacción, los conflictos, la incredulidad, las angustias y las ansiedades ante los problemas y dificultades del cotidiano escolar. Fue observado que tenían los profesores muchos problemas de relacionamiento y de aceptación. Además, aspectos funcionales de los establecimientos de enseñanza dificultaron el desarrollo del trabajo de grupo y la relación interpersonal. Se cree en la importancia de un trabajo de grupo en el contexto escolar como componente metodológico de un proyecto de formación y perfeccionamiento de los profesores.<hr/>Des recherches confirment que le processus de réflexion en groupe réalisé par des professeurs s'ensuit l'amélioration de la pratique professionnelle pour eux-mêmes. Cette recherche, de nature qualitative, a objectivé investiguer les conditions de possibilités et les limites pour la réalisation d'un groupe de réflexion fondé sur le sociodrame éducationnel dans une institution scolaire. Le groupe était composé de 10 professeurs de l'enseignement fondamental d'une école du réseau publique d'une ville de l'état de São Paulo - Brésil. La méthodologie proposée a été comprise de trois étapes. A la première, on a investigué avec chaque professeur, par des interviews, la formation, l'histoire et la pratique professionnelle des participants. A la deuxième étape, on a réalisé le travail avec le groupe de professeurs. On a développé vingt réunions hebdomadaires d'une heure chacune, pendant l'Horaire de Travail Pédagogique Ensemble. Pendant ces réunions, on a travaillé, à l'aide de discussions et de réflexions, les thèmes que les participants évoquaient spontanément. A la troisième et dernière étape, on a réalisé une nouvelle interview, avec chaque professeur, objectivant vérifier ses impressions à propos de sa participation dans le groupe. Pour analyser les résultats des interviews et des groupes, on a réalisé l'Analyse de Contenu. Les résultats ont indiqué que le groupe de professeurs est devenu un moment de soutien, d'échange d'expériences, d'épanchement et de croissance personnelle. En outre, il a été un espace où le groupe a pu exposer les mécontentements, les conflits, les incroyances, les angoisses et les anxiétés devant les problèmes et les difficultés vécus dans le quotidien scolaire. On a vérifié que les professeurs avaient beaucoup de problèmes relationnels et d'acceptation. On a aussi aperçu que les aspects fonctionnels de l'établissement d'enseignement ont fait obstacle au développent du travail en groupe et la relation interpersonnelle. On croit à l'importance d'un travail de groupe dans le contexte scolaire comme composante méthodologique d'un projet de formation et de perfectionnement de professeurs. <![CDATA[<b>El psicólogo en la salud mental</b>: <b>sobre una experiencia de pasantía en un centro de atención psicosocial</b>]]> http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1518-61482011000400004&lng=es&nrm=iso&tlng=es Neste trabalho, propomos uma reflexão sobre as práticas atuais em saúde mental no Brasil a partir de uma experiência de estágio curricular em Psicologia, desenvolvido em um Centro de Atenção Psicossocial, responsável pela assistência oferecida aos pacientes adultos em sofri-mento psíquico grave. Iniciamos com um breve panorama do Centro de Atenção Psicossocial (CAPS) a partir de sua instauração para, em seguida, situarmos nossa experiência em um deles, a fim de apresentar as vicissitudes da clínica psicológica e as reflexões por elas suscitadas. Esta experiência, por sua vez, nos permitiu uma visada crítica em relação ao trabalho em saúde mental, especialmente no tocante aos aspectos irrefletidos que acabam, pela repetição, tornando-se rotineiros. Tal visada acaba por destacar pontos nodais para se pensar a Reforma Psiquiátrica Brasileira e a inserção do psicólogo, como: a ainda não superada dicotomia entre clínica e política que promove intervenções desarticuladas; o desconhecimento dos profissionais diante de um sofrimento que se apresenta severo e persistente - o que acaba por alimentar a reprodução de um modelo clínico a ser ultrapassado; a burocracia que impede ou dificulta soluções; a insuspeitada vigência do paradigma manicomial nos serviços substitutivos ao modelo hospitalocêntrico.<hr/>In this paper we propose a reflection on contemporary practices in mental health in Brazil. The discussion is based on a study organized as part of a curricular internship in psychology devel-oped at a Psychosocial Attention Center (CAPS). The Center is responsible for the assistance of adult patients with severe mental suffering. This article begins with a short panorama of CAPS since its instauration. We, then, present our experience in of these centers in order to describe the vicissitudes of psychology clinic and the discussions elicited by them. This experience, in turn, has allowed a critical perspective in relation to work in mental health, especially as regards to unreflect aspects that become habitual by repetition. This critical perspective highlights nodal points to consider in the discussion of Brazilian Psychiatric Reform and the insertion of the psy-chologist, such as: the not yet overcome dichotomy between clinic and politics that promote dis-connected interventions; psychologists' lack of theoretical and technical resources when facing severe and persistent suffering - which reproduces a clinical model that must be overcome; the bureaucracy that prevents or hinders new solutions, as well as an unsuspected employment of the asylum paradigm in services that were created to substitute the hospital-centered assistance model.<hr/>En este trabajo, proponemos una reflexión sobre las prácticas actuales en salud mental en el Brasil a partir de una experiencia de pasantía curricular en Psicología, el ámbito de la experiencia fue un Centro de Atención Psicosocial II, responsable por la asistencia ofrecida a los pacientes adultos en sufrimiento psíquico grave. Iniciamos con un breve panorama del Centro de Atención Psicosocial (CAPS) a partir de su instauración para, en seguida, situar nuestra experiencia en uno de ellos, con el objetivo de presentar las vicisitudes de la clínica psicológica y las reflexiones por ellas suscitadas. Esta experiencia, al mismo tiempo, nos permitió una visión crítica en relación al trabajo en salud mental, especialmente en lo que se refiere a los aspectos no reflexionados que acaban, por la repetición, volviéndose cotidianos. Tal visión acaba por destacar puntos nodales para pensar la Reforma Psiquiátrica brasileña y la inserción del psicólogo, como: la todavía no superada dicotomía entre clínica y política que promueve intervenciones desarticuladas; el no-saber de los profesionales frente a un sufrimiento que se presenta severo y persistente - lo que termina por alimentar la reproducción de un modelo a ser ultrapasado - ; la burocracia decurrente de este no-saber que impide o dificulta soluciones; la insospechada vigencia del paradigma manicomial en los servicios substitutivos al modelo hospitalocéntrico.<hr/>Dans cette étude, nous proposons une réflexion sur les pratiques actuelles en matière de santé mentale au Brésil à partir d'une expérience de stage du cursus de psychologie, l'expérience s'est réalisée dans un Centre de soins psychosocial II, responsable des soins prodigués aux patients adultes en détresse psychologique profonde. Nous commençons par une brève présentation du Centre de Soins Psychosocial (CAPS) depuis sa création pour ensuite situer notre expérience dans l'un d'entre eux, afin de présenter les vicissitudes de la psychologie clinique et les réflexions par conséquent soulevées. Cette expérience, à son tour, nous a permis une approche critique par rapport aux travaux en santé mentale, en particulier en ce qui concerne les aspects irréfléchis qui deviennent une routine, par leur répétition. Cette approche permet de mettre en évidence des points cruciaux de façon à réfléchir à la Réforme Psychiatrique Brésilienne et à l'insersion du psychologue, comme par exemple la dichotomie existante entre clinique et politique qui favorise des interventions non articulées, l'absence de savoir des professionnels devant la souffrance subie sévère et persistante - ce qui finit par alimenter la reproduction d'un modèle dépassé; la jouissance bureaucratique découlant de cette absence de savoir qui empêche ou entrave les possibilités de solutions, l'existence insoupçonnée du paradigme hôpitalier dans les services de remplacement du modèle hôpitalier central. <![CDATA[<b>La palabra es la muerte de la cosa</b>: <b>simbólico, goce y pulsión de muerte</b>]]> http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1518-61482011000400005&lng=es&nrm=iso&tlng=es A introdução da linguagem cria uma separação entre as palavras e as coisas, num movimento que em termos lacanianos pode ser definido como uma transposição de registro. Por intermédio da simbolização, algo morre no real, onde a rigor tinha apenas ex-sistência (termo que Lacan toma por empréstimo a Heidegger), e emerge no simbólico, onde passa a fazer parte da realidade (que em Lacan difere do real enquanto registro). Já em Freud o ato fundador da ordem simbólica está ligado à morte: o assassinato do pai da horda primordial e seu reaparecimento subsequente como totem representa paradigmaticamente a morte da coisa que dá ensejo ao significante. Mais precisamente, o simbólico está relacionado ao conceito de pulsão de morte: a passagem da natureza à cultura implica que o homem funciona num regime de excesso, distinto do funcionamento biológico normal; o simbólico constitui um tipo de prótese, de dispositivo artificial acoplado ao organismo humano, que faz do homem uma espécie de cyborg, o mortifica. A satisfação a que almeja a pulsão de morte é o gozo, um impulso desenfreado para o prazer gerando repetição, excesso, desprazer, sensações devastadoras que põem em xeque nosso equilíbrio. O simbólico surge com as inscrições do gozo no infante e, ao mesmo tempo, institui retrospectivamente o gozo e o limita. Assim, a vida humana desenha um arco simbólico entre o real indiferenciado do gozo absoluto e o real indiferenciado da morte.<hr/>The introduction of language creates a separation between words and things, a movement that in Lacanian terms can be defined as a transposition of register. Through symbolization, something dies in the real, where, to be rigorous, it had only ex-sistence (term which Lacan borrows from Heidegger), and emerges in the symbolic, where it becomes part of reality (which in Lacan differs from the real as a register). Already in Freud the founding act of the symbolic order is linked to death: the murder of the father of the primal horde and his subsequent reappearance as totem paradigmatically represents the death of the thing that gives rise to the significant. More precisely, the symbolic is related to the concept of death drive: the transition from nature to culture implies that man functions in a regime of excess, other than that of the normal biological functioning; the symbolic is like a prosthesis, an artificial device attached to the human organism, which makes man a kind of cyborg and mortifies him. The satisfaction aimed by the death drive is the enjoyment, an unbridled urge for pleasure generating repetition, excess, displeasure, devastating sensations which put in check our balance. The symbolic arises with the inscriptions of the enjoyment in the infant and, at the same time, establishes retrospectively the enjoyment and limits it. Thus, human life draws a symbolic arch between the undifferentiated real of absolute enjoyment and the undifferentiated real of death.<hr/>La introducción del lenguaje crea una separación entre las palabras y las cosas, un movimiento que, en términos lacanianos, se puede definir como una transposición de registro. A través de la simbolización, algo se muere en lo real, donde a rigor tenía sólo ex-sistencia (un término que Lacan toma de Heidegger), y emerge en lo simbólico, donde pasa a hacer parte de la realidad (que en Lacan difiere de lo real como registro). Ya en Freud, el acto fundador del orden simbólico está vinculado a la muerte: el asesinato del padre de la horda primitiva y su reaparición posterior como un tótem representa paradigmáticamente la muerte de la cosa que da lugar al significante. Más precisamente, lo simbólico está relacionado con el concepto de pulsión de muerte: el paso de la naturaleza a la cultura implica que el hombre trabaja en un régimen de exceso, distinto del funcionamiento biológico normal; lo simbólico es un tipo de prótesis, un dispositivo artificial acoplado al cuerpo humano, lo que hace del hombre una especie de cyborg, lo mortifica. La satisfacción buscada por la pulsión es el goce, un impulso desenfrenado al placer que genera repetición, displacer, sensaciones devastadoras que presentan un riesgo para nuestro equilibrio. Lo simbólico aparece en las inscripciones del goce en el bebé y, al mismo tiempo, establece retrospectivamente el goce y lo limita. Por lo tanto, la vida humana dibuja un arco simbólico entre lo real indiferenciado del goce absoluto y lo real indiferenciado de la muerte.<hr/>L'introduction du langage crée une séparation entre les mots et les choses, un mouvement qui, en termes lacaniens, peut être défini comme une transposition de registre. Grâce à la symbolisation, quelque chose meurt dans le réel, où, pour être rigoureux, elle avait seulement ex-sistence (terme que Lacan emprunte à Heidegger), et émerge dans le symbolique, où elle devient une partie de la réalité (qui chez Lacan diffère du réel en tant que registre). Déjà chez Freud l'acte fondateur de l'ordre symbolique est lié à la mort: l'assassinat du père de la horde primitive et sa réapparition ultérieure comme totem représente paradigmatiquement la mort de la chose qui donne lieu au signifiant. Plus précisément, le symbolique est lié à la notion de pulsion de mort: le passage de la nature à la culture implique que l'homme fonctionne dans un régime d'excès, distinct du fonctionnement biologique normal; le symbolique est une sorte de prothèse, un dispositif artificiel couplé à l'organisme humain, qui rend l'homme une espèce de cyborg, le mortifiant. La satisfaction à laquelle la pulsion de mort aspire est la jouissance, une impulsion effrénée vers le plaisir qui génère répétition, excès, déplaisir, sensations dévastatrices qui mettent en risque notre équilibre. Le symbolique apparaît avec les inscriptions de la jouissance chez le nourrisson et, en même temps, établit rétrospectivement la jouissance tout en la limitant. Ainsi, la vie humaine dessine un arc symbolique entre le réel indifférencié de la jouissance absolue et le réel indifférencié de la mort. <![CDATA[<b>Subjetividad e trabajo en educación</b>]]> http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1518-61482011000400006&lng=es&nrm=iso&tlng=es A Educação e o contexto de trabalho nas instituições de ensino são temas recorrentes na análise de especialistas e teóricos, em virtude das novas configurações sociais e dos processos sub-jetivos que nestas se constituem. Em grande parte dos discursos surgem questões quanto aos novos métodos e intervenções pedagógicas e em relação aos desafios frente aos problemas contemporâneos. A Educação está incluída na rede social, atravessada, o tempo todo, por forças, relações de poder e saber que determinam modos de ser e agir. Os professores sofrem os efeitos destas novas composições sociais, tanto nas diferentes relações e laços sociais estabelecidos no cotidiano escolar quanto em seu próprio modo de trabalhar. Propomos, como objetivo central deste artigo, problematizar como vem se configurando a subjetividade do educador compreendido desde o lugar de trabalhador. Examinamos as diferentes configurações sociais que produziram a trajetória histórica da escola no Brasil, a fim de entendermos as transformações que se operam e os processos de trabalho que se engendram, construindo diferentes modos de ser e de trabalhar na Rede Municipal de Ensino de Porto Alegre (RME). Esboçamos uma análise discursiva, com inspiração no diálogo entre estudos de Michel Foucault e Gilles Deleuze, considerando falas de professores e diretores contidas em diários de assessorias, reuniões e formações com professores da RME, tomadas como analisadoras do processo de construção histórica de discursividades. Destacamos a queixa como expressão do sofrimento e adoecimento de professores no trabalho, produzida por discursos e práticas hegemônicas que colocam o professor-trabalhador neste lugar de fragilidade e impotência, efeitos da racionalidade neoliberal, lógica que opera na regulação de condutas e nos processos de subjetivação na atualidade.<hr/>Education and the work context in educational institutions are recurring themes in the analysis of experts and theorists, in view of new social configurations and subjective processes that are included in them. In almost all discourses, questions on new pedagogic methods and interven-tions, as well as on the challenges to face contemporary problems are raised. Education is em-bedded in the social net and it is trespassed, all the time, by forces, power and knowledge rela-tions that define modes of being and acting. Teachers suffer the effects of these new social for-mations, both in relation to the different social bonds and relationships that are daily established at school, and in relation to their own working mode. This article's aim is to discuss how the edu-cator's subjectivity is being configured, considering him from a worker position. We examined the different social configurations that were produced during the Brazilian educational historical de-velopment in order to understand the transformations that take place and the work processes that are produced, constituting different modes of being and working in the Porto Alegre Municipal Education Net (RME). We delineated a discourse analysis, inspired by a dialogue between the studies of Michel Foucault and Gilles Deleuze, considering teachers and principals' discourses found in files of counseling, meetings and training with teachers of RME, taken as analyzers of the historical construction of discoursivities. We emphasized the complaint as an expression of teacher's suffering and illness at work, produced by the hegemonic discourses and practices that put the teacher-worker in a place of weakness and impotence, effects of a neoliberal rationality, a logic that operates on the behavior regulation and today's subjectivity processes.<hr/>La Educación en el contexto del trabajo en las instituciones educativas son temas recurrentes en el análisis de especialistas y académicos, en virtud de los nuevos procesos sociales y subjetivos que los constituyen. En la mayoría de los discursos surgen cuestiones en cuanto a los nuevos métodos y las intervenciones pedagógicas frente a los problemas contemporáneos. La educación está incluida en la red social, atraviesa el tiempo todo por las fuerzas, las relaciones de poder y saber que determinan los modos de ser y hacer. Los profesores sufren los efectos de las composiciones sociales nuevas, tanto en las diferentes relaciones y vínculos sociales esta-blecidos sobre su diario vivir en la escuela, como en su propia manera de trabajar. Proponemos, como objetivo central de este artículo, discutir las formas de configuración de la subjetividad del maestro entendido desde su lugar de trabajador. Examinaremos cómo diferentes entornos so-ciales ha producido la trayectoria histórica de la escuela en Brasil, a fin de comprender las trans-formaciones que se operan y los procesos de trabajo que están engendradas, construyendo diferentes formas de ser y de trabajar en las escuelas municipales de Porto Alegre (RME). Es-bozamos un análisis del discurso, inspirada en el diálogo entre los estudios de Michel Foucault y Gilles Deleuze, teniendo en cuenta los discursos de los maestros y directores, de acuerdo con los archivos de asesoramiento, reuniones y capacitaciones con los maestros de RME. Los discursos serán tomados como analizadores de la construcción histórica de los discursos. Destacamos la queja como una expresión de sufrimiento y enfermedad de los docentes en el trabajo, producida por los discursos hegemónicos que ponen al maestro-trabajador en el lugar de la debilidad y la impotencia, efectos de la racionalidad neoliberal que opera en la regulación de los comportamientos y el proceso de la subjetividad en la actualidad.<hr/>L'Éducation et le contexte de travail dans les établissements d'enseignement sont des thèmes récurrents dans l'analyse des experts et des théoriciens, en raison des nouveaux paramètres sociaux et des processus subjectifs qui constituent ces derniers. Dans la plupart des discours questions se posent quant à de nouvelles méthodes et les interventions pédagogiques, sur les défis auxquels font face les problèmes contemporains. L'éducation est incluse dans le réseau social, traversé tout le temps par des forces, les relations de pouvoir et de savoir qui déterminent les modes d'être et d'agir. Les enseignants souffrent les effets de ces nouvelles compositions sociales, à la fois dans les différentes relations et les liens sociaux établis au quotidien à l'école, dans sa propre façon de travailler. Nous proposons, comme un objectif central de cet article, problématiser comme se configure la subjectivité de l'enseignant à partir de la place du travailleur. Nous avons examiné les différents paramètres sociaux qui ont produit la trajectoire historique de l'école au Brésil, afin de comprendre les transformations qui s'opèrent et les processus de travail qui sont engendrés en contruisant de différentes manières d'être et de travailler dans le Réseau Municipale d'Enseignement de la ville de Porto Alegre (RME). Nous avons esquissé une analyse discursive, inspiré par le dialogue entre les études de Michel Foucault et Gilles Deleuze, compte tenu de mots des enseignants et des directeurs contenus dans les journaux des conseils consultatifs, des réunions et des formations avec les enseignants du RME, pris comme des analyseurs du processus de construction historique des discours. Nous avons mis en évidence la plainte comme une expression de la souffrance et de la maladie des enseignants au travail, produites par les discours et les pratiques hégémoniques qui mettent l'enseignant-travailleur dans cette place de faiblesse et l'impuissance qui sont effets de la rationalité néolibérale, logique qui opère dans la réglementation des conduites et dans les processus de la subjectivité dans l'actualité. <![CDATA[<b>Marcas de la alienación familiar en la sociedad contemporánea</b>: <b>la ética de los padres en desavenencia</b>]]> http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1518-61482011000400007&lng=es&nrm=iso&tlng=es Ao analisar a história da família ocidental, verifica-se que o seu perfil passou por mudanças profundas. Entre os séculos XIX e XX constata-se a queda da sociedade patriarcal (em que o lema é a indissolubilidade do vínculo conjugal) para um novo comportamento social regido por relacionamentos mais livres, devido ao advento de novos parâmetros sociais, econômicos e culturais. O estímulo ao consumo e a chegada da pílula anticoncepcional estruturaram relacionamentos condizentes com os mandamentos capitalistas, cujas diretrizes ideológicas são a liquidez e a não permanência. Tais mudanças inseriram a mulher no mercado de trabalho e, em consequência, provocaram a cooperação do marido nos cuidados domésticos e dos filhos. Uma coleção de relacionamentos passa a fazer parte dos costumes pessoais, reafirmando a lógica capitalista reinante na sociedade. Os relacionamentos estão nascendo sem o propósito de formar vínculos fortes, o que angaria, muitas vezes, o despreparo psicológico das pessoas no contexto de separações conjugais e, portanto, elas passam a se comportar inescrupulosamente para com o (a) ex-companheiro (a). Os filhos são usados como instrumento de vingança. Os genitores guardiães incutem nos filhos sentimentos hostis em relação ao genitor que não porta a guarda. A alienação parental começa a atuar e crianças acabam por ter ódio e a percepção de que o genitor não guardião é um intruso. Essa prática é um reflexo dos vínculos insubstanciais que a contemporaneidade propõe. É uma produção social que provoca não só sentimento de espanto e repugnância, mas principalmente de mal estar no corpo social. No objetivo de refletir sobre essa questão, apresenta-se uma reflexão baseada na perspectiva psicanalítica proposta por Fábio Hermann, que teoriza sobre o Princípio do Absurdo que paira nos fenômenos sociais. Na busca do aperfeiçoamento, o homem encontrou conforto, porém, de forma contrária, repercussões desmedidas nas relações interpessoais também se verificaram.<hr/>Analyzing the history of the western family, it turns out that the profile has undergone profound changes. Between the 19th and 20th centuries there has been a fall of patriarchal society (in which the motto is the indissolubility of the marriage) to a new social behavior governed by more free relationships, due to the advent of new social, economic and cultural parameters. The incentive to the consumption and the arrival of the birth-control pill structured relationships consistent with capitalist commandments, whose ideological guidelines are the liquidity and the non-permanence. Such changes have included women in the labor market and, consequently, led to the husband cooperation in domestic care and children education. A collection of relationships becomes part of personal habits, reaffirming the logic prevailing in a capitalist society. Relationships originate without the purpose of forming strong bonds, which leads, most of the time, to a psychological unpreparedness in the context of marital separations and, therefore, people start to misbehave in relation to their ex-partners. Children are used as a revenge instrument. The guardian parent instills in the children hostile feelings in relation to the no-guardian parent. The parental alienation begins to act and the children ends hating one parent and perceiving the no-guardian as an intruder. This practice is a reflex of the insubstantial bonds that prevails in contemporary society. It is a social production that provokes not only amazement and repugnance, but mainly a discomfort in society. With the objective of discussing this subject, a reflection based in the psychoanalytic perspective proposed by Fábio Herrmann, who theorizes on the Principle of Absurd that hangs in social phenomena, is presented. In search of perfection, men have found comfort, however, in a contradictory way, unreasonable impact in interpersonal relationships also occurred.<hr/>Al analizar la historia de la familia occidental, parece que su perfil ha experimentado profundos cambios. Entre los siglos XIX y XX, se constata el declive de la sociedad patriarcal (donde el lema es la indisolubilidad del matrimonio) hacia un nuevo comportamiento regido por relaciones sociales más libres, debido a la llegada de nuevos parámetros sociales, económicos y culturales. El estímulo al consumo y la llegada de las píldoras anticonceptivas estructuraron relaciones en consonancia con los mandamientos capitalistas, cuyos lineamientos ideológicos son la liquidez y la no permanencia. Estos cambios han adentrado la mujer al mercado laboral y, en consecuencia, dio lugar a la cooperación del esposo en las tareas del hogar y de los hijos. Colección de relaciones se convierte en hábitos personales, reafirmando la lógica del capitalismo que impera en la sociedad. Las relaciones están surgiendo sin el propósito de formar enlaces fuertes, lo que lleva a menudo, a la falta de preparación psicológica de las personas en el contexto de las separaciones matrimoniales y, por lo tanto, comienzan a actuar sin escrúpulos hacia el (la) ex-pareja. Los hijos son usados como instrumento de venganza. Los padres guardianes inculcan en sus hijos una sentimiento de hostilidad hacia al padre o a la madre, que no tiene la guardia. La alienación familiar comienza a surgir y los niños terminan sintiendo odio y la percepción de que el genitor o la genitora, que no tiene la guardia, es un/a intruso/a. Esa práctica es un reflejo de los vínculos insustancial que las relaciones contemporáneas proponen. Se trata de una producción social que provoca no sólo sentimientos de miedo y asco, pero en especial de mal estar en el cuerpo social. Con el fin de reflexionar sobre esta cuestión, presentase en esta oportunidad una reflexión basada en la perspectiva psicoanalítica propuesta por Fábio Herrmann, quien teoriza sobre el principio del absurdo que ronda los fenómenos sociales. En la búsqueda de la perfección, el hombre encontró conforto, sin embargo, de forma contraria, repercutiendo negativamente en las relaciones interpersonales.<hr/>En analysant l'histoire de la famille occidentale, on aperçoit que son profil est passé par de profonds changements. Entre les XIX et XX siècles on constate le déclin de la société patriarcale (où la devise est l'indissolubilité du lien matrimonial) à un nouveau comportement social régi par des relations plus libres, dû à l'avènement de nouveaux paramètres sociaux, économiques et culturels. La stimulation de la consommation et l'arrivée des pilules contraceptive ont structurées des relations compatibles avec les commandements capitalistes, dont les directrices idéologiques sont la liquidité et la non-permanence. Tels changements se sont intégrés la femme au marché du travail et, par conséquent, a favorisé à la coopération du mari dans les tâches ménagères et a s'occuper des enfants. Collection de relations commence à faire partie des habitudes personnelles, en réaffirmant la logique capitaliste qui prédomine dans la société. Les relations se font sans le but de former des liaisons plus fortes, ce qui cause souvent, le manque de préparation psychologique des personnes dans le cadre de séparations conjugales et, par conséquent, ils commencent à agir sans scrupule vers le (a) ex-conjoint (e.) Les enfants sont utilisés comme un instrument de vengeance. Les parents gardiens inculquer à leurs enfants des sentiments d'hostilité envers le parent qui n'a pas la garde. L'aliénation parentale commence à affecter les enfants et les mêmes finissent par avoir haine et la perception que le tuteur non-parental est un intrus. Cette pratique est le reflet des liens inconsistant que le contemporanéité propose. Il s'agit d'une production sociale qui ne provoque pas seulement des sentiments de crainte et de dégoût, mais surtout des malaises dans le corps social. Afin de réfléchir sur cette question, cette occasion se présente une réflexion basée sur la perspective psychanalytique proposée par Fábio Herrmann, qui théorise que le principe des absurdes qui menace les phénomènes sociaux. Dans la recherche du perfectionnement, l'homme a trouvé le confort, cependant, contraire, des répercutions démesurées sur les relations interpersonnelles ont été également vérifié. <![CDATA[<b>El papel del examen ultrasonográfico en la representación del bebé en primerizas</b>]]> http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1518-61482011000400008&lng=es&nrm=iso&tlng=es Este estudo objetivou analisar a influência do exame ultrassonográfico na representação psí-quica do bebê imaginado em mulheres que engravidaram pela primeira vez. O mundo repre-sentacional desempenha um importante papel na determinação da natureza do relacionamento dos pais com o bebê. Para este autor convém pensar em dois mundos paralelos: o mundo externo real e o mundo das representações, imaginário e subjetivo, onde existem o bebê real no ventre ou nos braços da mãe e o bebê imaginado em sua mente. O confronto do bebê imaginário com o bebê real, via de regra, acontece após o nascimento, porém atualmente com o advento da ultrassonografia obstétrica, alguns aspectos concretos do bebê podem ser reconhecidos durante a gestação. Os dados apresentados neste estudo de cunho qualitativo consistem no relato de três primigestas que não haviam se submetido à ultrassonografia antes do contato para a participação nesta pesquisa. Foram realizadas duas entrevistas com as participantes: uma anterior e outra posterior ao exame. Com base em teóricos psicanalíticos, foram analisados os relatos das grávidas relacionados ao bebê imaginado e a influencia da ultrassonografia sobre o exercício imaginativo das mulheres acerca do futuro filho, uma vez que o exame pode revelar alguns aspectos concretos do bebê durante a gestação. Entre outros achados observou-se que a ultrassonografia introduz uma nova temporalidade à gravidez, permitindo reformulações em suas representações e uma aproximação com o bebê real.<hr/>The aim of this is study is to analyze the influence of ultrasound test in the mental representation of the imagined baby in women who became pregnant for the first time. The representational world plays an important role in determining the nature of the parents' relationship with the baby. For the author is important to think of two parallel worlds: the external real world and the representational subjective world of ideas and imagery, where there is the real baby in the womb or in the mother's arms and the baby pictured in her mind. The comparison of the imaginary baby with the real baby, usually happens after birth, but now with the advent of obstetric ultrasound, some specific aspects of the baby may be recognized during pregnancy. The data presented in this study, of a qualitative nature, consisted of three first-time mothers' reports that had not undergone ultrasound tests before contact for participation in research. There were two interviews: one before and another after the ultrasound test. Based on psychoanalytic theory, we analyzed the reports of the pregnant women related to the imaginary baby and the influence of ultrasound on their imaginative exercise about the future child, since the examination can reveal some specific aspects of the baby during pregnancy. Among other findings results showed that ultrasound introduces a new temporality to pregnancy, allowing reformulations in their representations and a rapprochement with the real baby.<hr/>Este estudio tiene como objetivo analizar la influencia del examen ultrasonográfico en la repre-sentación psíquica del bebé imaginado para casos de madres primerizas. El mundo represen-tacional desempeña un importante papel en la determinación de la naturaleza de la relación de los padres con el bebé. Para este autor, conviene pensar en dos mundos paralelos: el mundo externo real y el mundo de las representaciones, imaginario y subjetivo, en los que existen el bebé real en el vientre o los brazos de la madre, y el bebé imaginado en su mente. La confron-tación del bebé imaginario con el real ocurre generalmente después de su nacimiento, pero actualmente con el avance de la ultrasonografía obstrética, algunos aspectos concretos del bebé se pueden reconocer durante la gestación. La información presentada en este estudio de carácter cualitativo consiste en el relato de tres primerizas que no habían sido sometidas a ultrasonografía antes del contacto para la participación en la pesquisa. Fueron realizadas dos entrevistas con las participantes: una anterior y otra posterior al examen. Basándose en la teoría psicoanalítica, fueron analizados los relatos de las mujeres embarazadas referentes al bebé imaginado y la influencia de la ultrasonografía sobre el ejercicio imaginativo acerca de su futuro hijo, una vez que el examen pudiera revelar algunos aspectos concretos del bebé durante la gestación. Entre otros, se observó que la ultrasonografía introduce una nueva temporalidad a la gravidez, permitiendo reformulaciones en sus representaciones y una aproximación con el bebé real.<hr/>Cette étude a pour but analyser l'influence de l'échographie dans la représentation psychique du bébé imaginé par les femmes qui tombent enceintes pour la première fois. La représentation du monde joue un rôle important dans la détermination de la nature de la relation des parents avec le bébé. Pour cet auteur il existe deux mondes parallèles : le monde extérieur et le monde réel des instances, imaginaire est subjective, où il y a le vrai bébé dans l'utérus ou dans les bras de la mère et le bébé imaginé dans son esprit. La confrontation des bébés imaginaires avec le bébé réel, se fait toute fois après la naissance, mais aujourd'hui, avec l'avènement de l'échographie obstétricale, certains aspects spécifiques de l'enfant peuvent être reconnu au cours de la grossesse. Les données présentées dans cette étude sont de nature qualitative se composent des rapports des trois primigestes qui n'ont pas participé à l'examen ultrasonographique avant le contacte pour la participation à la recherche. Deux entretient on été réalisé avec les participants: une antérieure et l'autre après l'examen. Basé sur des approches théoriques et psychanalytiques, les rapports des femmes enceintes sur leur bébés imaginaires ont été analyse, ainsi que l'influence de l'échographie médicale en ce que concerne à l'exercice d'imagination des femmes sur le futur de l'enfant, étant donné que l'examen peut révéler certains aspects spécifiques du bébé pendant la grossesse. Parmi les autres conclusions, il a été remarqué que l'examen ultrasonographique introduit une nouvelle temporalité à la grossesse, permettant des reformulations aux représentations ainsi qu' un rapprochement avec le bébé réel. <![CDATA[<b>El no-autorización del proceso perceptivo en la negación psicótica del embarazo</b>]]> http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1518-61482011000400009&lng=es&nrm=iso&tlng=es A literatura científica mundial adota atualmente a denominação de negação não psicótica da gravidez para se referir à situação na qual uma mulher não sabe que está grávida até o momento do parto, ou pelo menos durante boa parte do período gestacional. Pode ser definida, também, como a falta de consciência subjetiva por parte da mulher em relação a estar grávida. Esse fenômeno é explorado neste artigo mediante a abordagem de conflitos e mecanismos psíquicos que sustentam sua dinâmica psíquica. Para tal, discorre-se sobre o mecanismo Verleugnung, a partir de proposições do psicanalista Luis Cláudio Figueiredo, no sentido de traduzi-lo como "desautorização". Entende-se que na situação da negação não psicótica da gravidez, explorada sob o viés da desautorização, se encontram ampliadas as condições de compreensão a respeito do estabelecimento de uma condição psíquica singular a qual resulta na situação em que uma mulher não toma conhecimento de sua condição de estar gerando outro ser. Também são apresentadas contribuições de autores psicanalíticos contemporâneos que fornecem pertinentes ferramentas de compreensão no que diz respeito à situação da negação não psicótica da gravidez. Tal fenômeno, ao desautorizar a percepção e gerar um impedimento de estabelecer conexões psíquicas e atribuir sentido a esta experiência, resulta no predomínio de intensidades traumáticas no psiquismo.<hr/>The scientific literature adopts, currently, the name non-psychotic denial of pregnancy to denominate a situation in which a woman does not know that she is pregnant until labor, or at least, for most of the gestational period. The situation can also be defined as a lack of subjective awareness of the woman concerning her pregnancy. This phenomenon is explored in this article addressing the conflicts and psychic mechanisms which support its psychic dynamic. In order to explore this phenomenon, we discuss the mechanism of Verleugnung from the ideas of the psychoanalyst Luis Cláudio Figueiredo who translates Verleugnung as "disallow". The comprehension of the non-psychotic denial of the pregnancy condition, through the concept of disallow, can broaden our understanding regarding the establishment of this singular psychic condition which results in the situation when a woman is not aware of her own pregnancy. We also present some contributions of contemporary psychoanalytical authors who give us essential tools for understanding the situation of non-psychotic denial of pregnancy. This phenomenon, that disallows perception and generates an obstruction for the establishment of psychological connections which gives meaning to the experience, results in a predominance of traumatic intensities in the psyche.<hr/>La literatura científica mundial adopta actualmente la denominación de negación no psicótica del embarazo para referir a la situación en la cual una mujer no sabe que está embarazada hasta el momento del parto, o por lo menos durante buena parte del período gestacional. Puede ser definida también, como la falta de conciencia subjetiva por parte de la mujer en relación a estar embarazada. Ese fenómeno es explorado en este artículo mediante el abordaje de conflictivas y de mecanismos psíquicos que sustentan su dinámica psíquica. Para tal, se discurre sobre el mecanismo Verleugnung, a partir de proposiciones del psicoanalista Luis Cláudio Figueiredo, en el sentido de traducirlo como "desautorización". Se entiende que en la situación de la negación no psicótica del embarazo explorada a partir de la óptica de la desautorización se encuentran ampliadas las condiciones de comprensión al respecto del establecimiento de una condición psíquica singular la cual resulta en la situación en que una mujer no toma conocimiento de su condición de estar generando otro ser. También son abordados aportes de autores psicoanalíticos contemporáneos que proporcionan pertinentes herramientas de comprensión al respecto de la situación de la negación no psicótica del embarazo. Tal fenómeno, al desautorizar la percepción y generar un impedimento de establecer conexiones psíquicas y atribuciones de sentido a esta experiencia, resulta en el predominio de intensidades traumáticas en el psiquismo.<hr/>La littérature scientifique mondiale adopte actuellement la dénomination de déni non psychotique de grossesse pour se rapporter à la situation où une femme ne sait pas qu'elle est enceinte jusqu'au moment de l'accouchement, ou au moins pendant une grande partie de la gestation. On peut la définir également en tant que manque de conscience subjective de la femme au fait d'être enceinte. Ce phénomène sera développé dans le présent article par le biais de conflits et de mécanismes psychiques que soutiennent la dynamique psychique. Pour autant, nous aborderons le mécanisme de la Verleugnung, à partir des propositions du psychanalyste Luis Cláudio Figeuiredo, dans le sens d'en traduire comme «des-autorisation». On comprend qu'en abordant la situation du déni non psychotique de grossesse par la des-autorisation on amplifie les conditions de compréhension de l'établissement d'une condition psychique singulière, dans laquelle se trouve une femme qui ne prend pas conscience de sa grossesse. On présente également ici les contributions des auteurs psychanalytiques contemporains qui nous offrent des outils importants à la compréhension du déni non psychotique de grossesse. Tel phénomène, en des-autorisant la perception et en établissant un empêchement de liaisons psychiques à l'attribution de sens à cette expérience, aboutit à une prédominance des intensités traumatiques dans le psychisme. <![CDATA[<b>Talleres de danza contemporánea</b>: <b>una invitación a reinventar las prácticas</b>]]> http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1518-61482011000400010&lng=es&nrm=iso&tlng=es Esse trabalho aborda uma intervenção realizada em um CAPS, por meio de uma Oficina de Dança Contemporânea. Discutimos o quanto a Reforma Psiquiátrica propõe a transformação dos modos de cuidado e de novas produções de saúde e cidadania. No CAPS, a Oficina de Dança ocorre há quatro anos. Pouco a pouco, uma grupalidade foi sendo tecida, na qual o desejo de dançar passa a ser compartilhado entre os integrantes. O nome do grupo foi criado: Contágio. Assim, problematizamos a Oficina do CAPS enquanto um recurso potencializador de autonomia e expressão dos sujeitos em sofrimento. Fabricamos, pois, um método que se produz no interstício entre técnica e arte, humano e artefato dançado. Um processo que se dá no encontro entre uma singularidade e seu coletivo. A Filosofia da Diferença, de Deleuze e Guattari, coloca-se como uma ferramenta teórica para embasarmos nossas práticas, além do conceito de Dispositivo proposto por Regina Benevides. Desse modo, a proposta consiste em pensar o grupo e analisar os efeitos dessa experiência dançante. A Oficina se coloca como um dispositivo de reinvenção das práticas em saúde mental, além de apontar uma clínica que se abre à produção da diferença. Entendemos que o estar no grupo não é passivo, porque abre sujeito e corpo para novos modos de agir. Podemos, então, acompanhar suas transformações e, também, compartilhar alterações no movimento grupal, que passa a ser mais ativo e audacioso. Existem diferenças percebidas, que vão desde as conquistas no próprio ato de dançar, bem como os laços no grupo, que se tornam mais próximos e acolhedores. Ainda, vemos os integrantes produzindo novos movimentos de saúde. Portanto, a arte atravessa a clínica e convida o trabalhador de saúde mental e o paciente-bailarino a sair do seu amornamento cotidiano e lançar o corpo aos ritmos inusitados do desejo.<hr/>This paper discusses a CAPS intervention through a Workshop of Contemporary Dance. We discuss how the Psychiatric Reform proposed the transformation of modes of caring and new productions of health and citizenship. In CAPS, the Dance Workshop started four years ago. Little by little, a sense of groupality was being built in which the desire to dance is shared among its members. The group name was created: Contagion. Thus, we discuss the Workshop as an empowering resource for the autonomy and expression of the subjects in distress. We manufacture, therefore, a method that is produced in the Interstitial between technique and art, human and danced artifact. The process occurs in the encounter between the singularity and its collectivity. The Philosophy of the Difference, proposed by Deleuze and Guattari, stands as a theoretical tool for basing our practices, as well as the device concept proposed by Regina Benevides. In this way, the proposal is to think about the group and to analyze the effects of the dance experience. The workshop is presented as a practical device for reinventing mental health, while pointing out a clinic that opens to the production of difference. We understand that being in the group is not passive, because it opens up the subject and its body to new ways of acting. We can then track their changes and also share variations in group movement, which becomes more active and bold. There are perceived differences, ranging from the achievements in the very act of dancing, to the ties in the group that become closer and more welcoming. Besides, we see members producing new health movements. Therefore, the art acts through the clinic and invites the mental health worker and the patient-dancer to come out of their routine apathy and to release the body to unusual rhythms of desire.<hr/>Este artículo analiza una intervención en un CAPS a través de un Taller de Danza Contemporánea. Finalmente se discute la Reforma Psiquiátrica propuesta en la transformación de los modos de atención y nuevas producciones de la salud y la ciudadanía. En el CAPS, el Taller de Danza se lleva a cabo hace cuatro años. Poco a poco, una grupalidad se tejía, y el deseo de bailar es para ser compartido entre los miembros. El nombre del grupo fue creado: El Contagio. Por lo tanto, nos preguntamos a la Oficina como una característica potenciadora de la autonomía y la expresión. Fabricamos un método que se produce en el intersticio entre la técnica y el arte, el humano y el artefacto bailado. La filosofía de la diferencia, de Deleuze y Guattari, se erige como una herramienta teórica para embasarmos nuestras prácticas más allá del concepto de dispositivo propuesto por Regina Benevides. Por lo tanto, la propuesta es pensar en el grupo y evaluar los efectos de la experiencia de la danza como un dispositivo práctico de reinvención de la Salud Mental, al tiempo que señala una clínica que se abre a la producción de la diferencia. Entendemos que estar en el grupo no es pasivo. A continuación, puede realizar un seguimiento de los cambios y también los cambios en el movimiento de los grupos de acciones. Hay diferencias percibidas, que van desde los logros en el acto mismo de la danza, así como los vínculos en el grupo. Sin embargo, vemos que los miembros producen nuevos movimientos de la salud. Por lo tanto, el arte actua a través de la clínica y la invita a los trabajadores de la salud mental y el paciente bailarino a dejar de su vida cotidiana y liberar el cuerpo a los ritmos inusuales de lo deseo.<hr/>Cet article discute une intervention dans un CAPS par un atelier de danse contemporaine. Nous discutons comment la réforme psychiatrique a proposé la transformation des modes de soins et des nouvelles productions de la santé et la citoyenneté. En CAPS, l'Atelier de danse a lieu il y a quatre ans. Peu à peu, une groupalité était tissée dans laquelle le désir de danser est partagée entre les membres. Le nom du groupe a été créé: «Contágio». Ainsi, nous nous interrogeons sur l'Ateliers comme un ressource potentialisateur de l'autonomie et d'expression des sujets en souffrance. Nous fabriquons une méthode qui est produite dans l'interstitium entre la technique et l'art, l'homme et les artefacts dansé. La philosophie de la différence, proposé par Deleuze et Guattari, et également le concept de dispositif proposé par Regina Benevides sont présentés comme des outils théoriques pour nous soutenons nos pratiques. Ainsi, la proposition est de penser du groupe et d'analiser les effets d'expérience en danse. L'atelier est présenté comme un dispositif de la réinvention des pratiques en santé mentale, tout en soulignant une clinique qui s'ouvre à la production de la différence. Nous comprenons que être dans le groupe n'est pas passive, car elle ouvre le sujet et le corps à de nouvelles façons d'agir. On peut alors suivre vos modifications et des changements dans le mouvement du groupe, qui devient plus active. Il existe des différences perçues, allant des réalisations dans l'acte même de la danse, ainsi que les liens dans le groupe, qui deviennent plus étroites et plus confortable. Pourtant, nous voyons les membres produire nouveaux mouvements de santé. Par conséquent, l'art traverse la clinique et invite le travailleur en santé mentale et le patient-danseur a sortir de sa vie quotidienne tiède et lancer le corps aux rythmes inhabituels du désir. <![CDATA[<b>El cuerpo en la adicción a las drogas</b>: <b>una primacía de las sensaciones?</b>]]> http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1518-61482011000400011&lng=es&nrm=iso&tlng=es O presente artigo trata de um recorte da pesquisa de mestrado em Psicologia Clínica, desenvolvida no programa de Pós-Graduação da Universidade Católica de Pernambuco, intitulada O Corpo na Toxicomania: uma Primazia da Sensação? O estudo realizado teve por objetivo investigar as questões presentes na experiência corporal do toxicômano articulando-a com conceitos caros à psicanálise como o de pulsão e pré-prazer. Como problema de pesquisa foram levantados os seguintes questionamentos: É possível dizer que o funcionamento psíquico do toxicômano seria regido por uma primazia das sensações em detrimento da atividade do pensamento? Seria correto afirmar que na toxicomania o sujeito faz um retorno a uma fase primeira da obtenção de satisfação, o que Freud denominou fase autoerótica? O que justifica a importância desta articulação teórico-clínica no campo da toxicomania é a urgência por métodos de tratamento e intervenção que assegurem um bom cuidado e manejo apropriado para aqueles que procuram meios de se livrarem do abuso de sustâncias. Faz-se necessário repensar o posicionamento e o manejo clínico da psicanálise diante das novas formas de subjetivação que se apresentam na atualidade, em especial as relacionadas à toxicomania. Metodologicamente falando, trata-se de uma pesquisa psicanalítica uma vez que parte de questões emergentes da clínica. Contamos com a participação de 24 internos de duas instituições responsáveis pelo tratamento de toxicômanos. A entrevista adotada foi semiestruturada, a fim de permitir a fala livre dos participantes a respeito de suas experiências e de sua relação com a droga. Os dados receberam minuciosa apreciação tendo como método a análise de discurso, uma vez que a pesquisa se propunha a uma análise qualitativa. A apreciação dos discursos possibilitou que afirmássemos haver uma relação direta entre a estrutura psíquica do toxicômano e a busca por experiências prazerosas mais ligadas ao pré-prazer.<hr/>The present article is a part of a Master's Degree research in Clinical Psychology developed at the Catholic University of Pernambuco named The Body in Drug Addiction: A Sensation Primacy? The study aimed to investigate the issues present in the bodily experience of a drug addict, linking it to psychoanalysis' important concepts as instinct and pre-pleasure. The following questions were raised in relation to the main research problem: Is it possible to say that the psychic functioning of a drug addict would be governed by a sensations' primacy in detriment of thoughts' activity? Would it be correct to say that in substance abuse the subject makes a return to the first phase of obtaining satisfaction, what Freud termed autoerotic phase? What justifies the importance of this theoretical and clinical articulation in the field of drug addiction is the urgent need for treatment and intervention methods that ensure good care and appropriate management suitable for those who seek ways to get rid of drug addiction. It is necessary to rethink the positioning and clinical management of psychoanalysis on today's new forms of subjectivity, especially those related to drug abuse. Methodologically, this is a psychoanalytic research once it starts from emerging clinical issues. 24 participants from two institutions responsible for the treatment of addicts were interviewed. The interviews were semi-structured to allow the free speech of the participants about their experiences and their relationship with the drug. The data had been analyzed by the discourse analysis method, since the proposed research is of a qualitative nature. The discourse analyses enabled us to sustain a direct relationship between the psychic structure of the drug addict and the search for pleasurable experiences most related to pre-pleasure.<hr/>El presente artículo es parte de una investigación de Master en Psicología Clínica, desarrollada en el programa de postgrado de la Universidad Católica de Pernambuco, bajo el título "El cuerpo en la toxicomanía: una primacía de la sensación?" El estudio tuvo como objetivo investigar los problemas presentes en la experiencia corporal del toxicómano y relacionarla a conceptos estimados del psicoanálisis como el de pulsión y pre-placer. Como problema de investigación se planteó las siguientes preguntas: ¿Podemos decir que el funcionamiento psíquico del toxicómano se regiría por una primacía de los sensaciones sobre la actividad del pensamiento? ¿Es correcto afirmar que en la toxicomanía el sujeto retorna a una etapa primera de obtención de la satisfacción, lo que Freud llamó de fase autoerótica? Lo que justifica la importancia de esa articulación teórica-clínica en el campo de la toxicomanía es la necesidad urgente de métodos de tratamiento e intervención que aseguren un buen cuidado y manejo de aquellos que buscan deshacerse del abuso de sustancias. Es necesario repensar el posicionamiento y el manejo clínico del psicoanálisis frente a las nuevas formas de subjetividad que están presentes hoy en día, especialmente las relacionadas con el abuso de drogas. Metodológicamente hablando, se trata de una investigación psicoanalítica, una vez que parte de cuestiones emergentes de la clínica. Contamos con la participación de 24 internos de dos instituciones responsables por el tratamiento de toxicómanos. La entrevista utilizada fue semi-estructurada con el fin de permitir la libre expresión de los participantes sobre sus experiencias y su relación con la droga. Los datos recibieran un examen minucioso tomando como método el análisis del discurso, ya que la investigación se proponía a hacer un análisis cualitativo. La evaluación de los discursos permitió que afirmásemos haber una relación directa entre la estructura psíquica del toxicómano y la búsqueda de experiencias placenteras mas relacionadas con el pre-placer.<hr/>La psychanalyse a occupé durant un certain temps une position périférique en ce qui concerne les recherches sur la toxicomanie, et cela, en fonction des impasses que ces patients présentent pour soutenir le traitement au sein du setting analytique. La recherche ici réalisée a eu pour objectif l'étude de questions qui sont présentes dans l'expérience du toxicomane ainsi que le fait de repenser le positionnement ainsi que la spécificité clinique de la psychanalyse devant les nouvelles formes de subjectivation qui se présentent dans l'actualité, et spécialement avec la toxicomanie. Il s'agit d'une recherche psychanalytique, à partir de questions qui émergèrent da pratique clinique. Les données recueillies le furent auprès de 24 sujets, tous internés dans deux institutions spécialisées dans le traitement de toxicomanes. Le interview adopté fut semi-dirigé afin de permettre la libre parole des sujets à propos de leurs expériences et de leur relation avec la drogue. Les données reçurent une appréciation minutieuse, à partir de l'utilisation de la méthode d'analyse de discours, du fait que la proposition de la recherche s'intégrait dans le cadre d'une analyse qualitative. A partir du discours des interviewés, il fut possible de faire une articulation entre l'hypothèse initiale, c'est-à-dire, la primauté de la sensation dans l'expérience du toxicomane, et les concepts chers à la psychanalyse, comme celui de pulsion ou de plaisir préliminaire, dans la théorie freudienne. <![CDATA[<b>"Vejez?</b>: <b>es gran, teniendo en cuenta la alternative": reflexiones sobre vejez e humor</b>]]> http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1518-61482011000400012&lng=es&nrm=iso&tlng=es O presente artigo objetiva articular a noção de humor, a partir da psicanálise, e a velhice. A sociedade hodierna, marcada pelo espetáculo e culto à beleza e juventude, reafirma as três fontes de sofrimento psíquico discutidas por Freud. No contexto atual, o sujeito velho encontra-se em um lugar quase de não-existência. O idoso ainda é considerado como uma pessoa que existiu em um passado, realizou seu percurso psicossocial e espera a morte. Destarte, o velho é lançado no passado para revisitá-lo através das lembranças, mas sem possibilidade de articulação com o presente e de se projetar no futuro. Além disso, a associação atual da velhice com decrepitude retira do sujeito idoso a possibilidade de elaboração de um projeto possível de futuro e traz efeitos para o psiquismo. Diante disso, três estilos psíquicos retratam formas do idoso lidar e manejar esse impasse: depressão, paranoia e mania. Entretanto, existem formas alternativas para enfrentar a finitude da vida e resgatar seu lugar na própria existência. Uma dessas formas é o humor irônico que tem como foco um olhar para dentro de si e para fora. Esses olhares irônicos provocam o riso perante os próprios problemas, mas também impulsionam o sujeito a encarar a realidade e seguir em frente. Aproximar o conceito de humor irônico a conceitos já elaborados por psicanalistas pós-freudianos que estudaram o processo de envelhecimento é um desafio. Dentre esses autores, destaca-se Erikson e seu conceito de sabedoria. Essa força psicossocial envolve, também, um duplo olhar e parece poder caminhar junto ao olhar irônico como forma alternativa de experimentar a velhice.<hr/>This article aims to articulate the sense of humor and old age from a psychoanalytic perspective. Today's society, marked by the spectacle and the cult of beauty and youth, reaffirms the three sources of psychological distress discussed by Freud. In the present context, the elderly is almost in a place of non-existent. The elderly is still regarded as a person who existed in the past, made his own psychosocial pathway and now only expects the moment of death. Thus, old people are released in the past to revisit it through their memories, but without the possibility of re-articulate and re-launch themselves in the future. Furthermore, the current association between old age with decrepitude withdraws from the elderly the possibility of elaboration of future projects and has an impact in their psychic dynamics. Given this, three psychic styles portray the way the elderly cope and manage this impasse: depression, paranoia and mania. However, there are alternative ways to confront the finitude of life and rescue his place in existence. One such form is ironic humor that has as focus a look inward and outward. These ironic looks can provoke laughter in relation to ones' own problems, but also boost the individual to face reality and move on. Bringing the concept of ironic humor to concepts already developed by post-Freudian psychoanalysts that have studied the aging process is a challenge. Erikson with his concept of wisdom is among these authors. This psychosocial force also involves a double look and seems to walk along the ironic humor as an alternative way to experience old age.<hr/>El presente artículo pretende articular la noción de humor, desde el psicoanálisis y la vejez. La sociedad hodierna, marcada por el espectáculo y el culto a la belleza y juventud, reafirma las tres fuentes de sufrimiento psíquico discutidos por Freud. En el contexto actual, el sujeto viejo se encuentra en un lugar casi de no-existencia. El anciano aún es considerado como una persona que existió en un pasado, realizó su recorrido psicosocial y espera el momento de su muerte para salir enteramente de la escena del mundo. Así, el anciano es lanzado en el pasado para visitarlo una vez más por medio de los recuerdos, pero sin posibilidad de articulación con el presente, también de lanzarse adelante en el futuro. Además de ello, la asociación actual de la vejez con decrepitud retira del sujeto anciano la posibilidad de elaboración de un proyecto posible de futuro y trae efectos para el psiquismo. Ante ello, tres estilos psíquicos retratan formas del anciano enfrentar y manejar ese dilema: depresión, paranoia y manía. Sin embargo, existen formas alternativas para encarar la finitud de la vida y rescatar su lugar en la propia existencia. Una de estas formas es el humor irónico que tiene como foco una mirada para dentro de sí y para fuera. Estas miradas irónicas provocan la risa delante los propios problemas, pero también estimulan el sujeto a encarar la realidad y seguir adelante. Aproximar el concepto de humor irónico a conceptos ya elaborados por psicoanalistas pos-freudianos que estudiaron el proceso de envejecimiento es un reto. De entre esos autores, destacase Erikson y su concepto de sabiduría. Esa fuerza psicosocial involucra, también, una dupla mirada y parece poder caminar junto a la mirada irónica como forma alternativa de experimentar la vejez.<hr/>Cet article vise à articuler la notion de l'humour, de la psychanalyse, et la vieillesse. Dans la société actuelle, marquée par le spectacle et le culte de la beauté et de la jeunesse, réaffirme les trois sources du souffrance psychique discuté par Freud. Dans le contexte actuel, le sujet vieux se retrouve dans un endroite de guere non-existense. Le vieil homme est toujours consideré comme une personne qui a existé dans un temp passé, qu'a realizé son parcours psychosocial et attent la mort. Ainsi, l'ancien est mis dans le passé pour lui revisité à travers les souvenirs, mais sans possibilité de l'articulation avec le présent et aussi de se projeter dans l'avenir. L'association actuel de la vieillesse avec la décrépitude a retiré du sujet vieux la possibilité d'elaboration d'un projet possible de futur et apporte des effect pour le psychisme. Ainsi, trois formes de styles psychiques dépeindre les personnes âgées à faire face et gérer cette impasse: la dépression, la paranoia et la manie. Ce pendant, il existe des moyens alternatifs pour faire face à la finitude de la vie et restaurer sa place dans l'existence. Un de ces moyens est l'humour grinçant qui se concentre un coup d'oeil vers l'intérieur et l'extérieur. Ces regards ironiques provoquent devant leurs propres problèmes, mais aussi à propulser l'individu à faire face à la réalité et passer à autre chose. Raprocher le concept de l'humour ironique de concepts déjà élaborés par les psychanalystes post-freudiens qui ont étudié le processus de vieillissement est un défi. Parmi ces auteurs, il y a Erikson et son concept de la sagesse. Cette force psychologique implique également un double regard et semble marcher avec le regard ironique comme un moyen alternatif de faire l'expérience de la vieillesse. <![CDATA[<b>"Se tu mismo"</b>: <b>medios de comunicación, consumo y sujetividad</b>]]> http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1518-61482011000400013&lng=es&nrm=iso&tlng=es A partir do quadro teórico proposto por Foucault, diversos autores vêm analisando a mídia como instância de produção de subjetividades, sublinhando, sobretudo, seu caráter normativo e sua função disciplinar. Esse tipo de análise, entretanto, parece não dar conta de uma característica cada vez mais presente no discurso publicitário contemporâneo, que se afasta de um papel explicitamente prescritivo ou normativo em direção a um discurso "libertário" ou permissivo: trata-se não apenas de propor uma diversidade de estilos e modelos, mas de afirmar a ideia de liberdade e mesmo de subversão dos modelos. Sua estrutura é menos da ordem do seja assim e mais da ordem do "seja como quiser" - ou, em última instância, "seja você mesmo". Se do ponto de vista da normatização o que conta é a adequação a certos estereótipos, o ponto que nos interessa aqui é precisamente aquele em que a própria mídia assume o papel de contestação, de "subversão" ou de crítica aos estereótipos. Recorrendo à reflexão de Slavoj Zizek e a conceitos do próprio Foucault, o artigo procura investigar de que modo esse cenário inscreve o sujeito em uma nova modalidade de controle e por que esse discurso contestador e antinormativo se constitui como um modo de assujeitamento. O "seja você mesmo", que impera na mídia e no discurso publicitário, não indica uma liberdade senão na medida em que aponta um dever: o dever de instituir a si mesmo, de constituir-se como sujeito, de expressar sua "verdade".<hr/>Based on the theoretical framework proposed by Foucault, several authors analyze the media as an instance of subjectivity production, stressing, in particular, its normative character and its dis-ciplinary function. This type of analysis, however, does not seem to account for a feature in-creasingly present in contemporary advertising - which moves away from an explicitly prescriptive or normative role towards a "libertarian" or permissive discourse: either proposing a diversity of styles or identities, either assuming itself a "subversive" or "antiestablishment" role. Its structure can no longer be summed by the maxim "be like that", as it operates more and more by the maxim "be as you like" - or, ultimately, "be yourself". If from the standardization point of view what counts is the suitability to certain stereotypes, the point that interests us here is precisely the one in which the media itself assumes a disruptive, "subversive" or stereotypes critic's role Using Slavoj Žižek reflections and some of Foucault's concepts, the article investigates how this scenario places the subject in a new control mode and how this anti-prescriptive rhetoric indicates a new kind of subjection. The "be yourself", that prevails in the media and in advertising discourse, indicates freedom in so far as it implies a duty: the individual must "have an identity", i.e., must constitute himself as a subject and express his "truth".<hr/>Desde el marco teórico propuesto por Foucault, varios autores han estado analizando los medios de comunicación como instancia de producción de subjetividad, destacando, en particular, su carácter normativo y su función disciplinaria. Este tipo de análisis, sin embargo, no parece tener en cuenta una característica cada vez más presente en el discurso de la publicidad con-temporánea que aleja un papel explícitamente prescriptivo o normativo hacia un "libertario" de discurso o permisiva: no sólo se propone una diversidad de estilos y plantillas, pero para afirmar la idea de libertad e incluso de la subversión de los modelos. Su estructura es menos y pida más orden "como quiera"- o, en última instancia, "be yourself". Si la normalización el punto de vista lo que cuenta es si ciertos estereotipos, lo que nos interesa aquí es precisamente la que los medios de comunicación asume el rol de la contestación, la "subversión" o la crítica de los estereotipos. Mediante la reflexión de Slavoj Žižek y los conceptos de Foucault, el documento pretende investigar cómo este escenario es el tema en un nuevo modo de control y por qué este disruptivo y antinormativo discurso se constituye como una sumisión. El "be yourself", que prevalece en los medios de comunicación y en la publicidad de discurso, no indica una libertad sólo en la medida que apunta a un deber: el deber de establecer a sí mismo, queda sujeto a expreso su "verdad".<hr/>À partir du cadre théorique proposé par Foucault, plusieurs auteurs ont analysé des médias en tant qu'instance de production de subjectivité, soulignant, en particulier, son caractère normatif et sa fonction disciplinaire. Ce type d'analyse, toutefois, ne semble pas représenter une caractéristique de plus en plus présente dans le discours publicitaire contemporain, qui s'éloigne d'un rôle explicitement prescriptif ou normatif vers un discours "libertaire" ou permissif: il ne s'agit pas seulement de proposer une diversité de styles et modèles, mais d'affirmer l'idée de liberté et même de subversion des modèles. La structure de ce genre de discours n´est pas de l'ordre d´une imposition, mais plutôt de l'ordre du "soyez comme vous voulez" - ou, en fin de compte, "soyez vous-même". Du point de vue de la normatisation, ce qui compte, c'est l´adéquation à certains stéréotypes, mais le point qui nous intéresse ici, c´est précisément celui où les médias eux-mêmes assument une rhétorique de "subversion" ou de critique des stéréotypes. En utilisant la réflexion de Slavoj Zizek et de Foucault, l´article se propose d´analyser ce scénario comme une nouvelle modalité de contrôle et un moyen d'assujettissement. Le "soyez vous-même" qui prévaut dans les médias et dans le discours publicitaire n'indique une liberté que dans la mesure où il détermine une l´injoction identitaire : le devoir de s´inventer soi même en tant que sujets et d´exprimer sa "vérité". <![CDATA[<b>¿Cuál familia?</b>: <b>provocaciones desde la homoparentalidade</b>]]> http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1518-61482011000400014&lng=es&nrm=iso&tlng=es Em tempos de modernidade líquida e sexualidade plástica, a família se reinventou. É o divórcio e não mais a morte que separa os casais. Assim, os principais componentes para se constituir uma família passam a ser o afeto e a busca pela completude. O mesmo processo se dá com a parentalidade, fazendo com que os vínculos de parentesco não mais se definam puramente por laços sanguíneos. Diante desta realidade, a cada vez maior visibilidade no cenário social brasileiro da configuração familiar dita homoparental é inevitável. Estas famílias são o objeto deste artigo, onde se constata que o estigma da homossexualidade é ainda bastante sentido. Assim, a fundamentação deste trabalho sugere que, a partir de uma postura pós-identitária, se repense a constituição de identidades cristalizadas. Desta forma, ao invés de mostrar uma saída, esta nova postura propõe que se desconstruam estruturas já naturalizadas, através de um processo que sugere o questionamento de como tais estruturas chegaram a tal ponto. Propomos, desta forma uma nova postura diante da vida e de si mesmo.<hr/>In times of liquid modernity and plastic sexuality, the family has reinvented itself. It is the di-vorce instead of death that separates couples. Therefore, the key components to constitute a family are the affection and the search for completeness. The same happens with parenting, causing the bonds of kinship no longer defined solely by blood ties. Thus, the increasing visibil-ity, on the Brazilian social scenario, of the so-called homo parenting seems to be inevitable. These families are the object of this article, which depicts the stigma of homosexuality, showing that it is still alive. The grounds of the study suggests that, from a post-identity approach, the constitution of crystallizes identities have to be reconsidered. In this way, rather than show a way out, this new attitude proposes the des-construction of structures already naturalized, through a process which suggests the discussion of how these very same structures came to be. The main propose here is a new attitude towards life and also towards oneself.<hr/>En tiempos de modernidad líquida y sexualidad plástica, la familia se hay reinventado. Es el divorcio y no más la muerte que separa a las parejas. Así pues, los componentes clave para constituir una familia son el afecto y la búsqueda de integridad. El mismo proceso ocurre con la crianza de los hijos, causando los lazos de parentesco ya no definidos por lazos de sangre puramente. Ante esta realidad, la creciente visibilidad en el escenario social Brasileño de la configuración familiar dicta homoparental es inevitable. Estas familias son objeto de este ar-tículo, donde resulta que el estigma de la homosexualidad se ve todavía bastante presente. Así, el fundamento de este trabajo sugiere que, desde una postura de pós-identitaria, se debe repensar la constitución de identidades endurecidas. De esta manera, en lugar de mostrar una salida, esta nueva actitud propone la desconstrucción de estructuras ya naturalizadas, a través de un proceso que sugiere la cuestión de cómo estas estructuras se llegaron a esto punto. Proponemos, de esta manera una nueva actitud hacia la vida y acia sí mismo.<hr/>À l'époque de la modernité liquide et de la sexualité, la famille a réinventée. Est divorce et plus de mort qui sépare les couples. Ainsi, les principaux éléments pour constituer une famille devient l'affection et la recherche d'exhaustivité. Le même processus qui se passe avec la parentalité, causant les liens de parenté ne définissent plus purement par les liens du sang. Face à cette réalité, la visibilité croissante sociale dans le scénario de configuration familiale dicte homoparentale est inévitable. Ces familles font l'objet du présent article, où il s'avère que la stigmatisation de l'homosexualité est toujours jolie. Ainsi, la raison d'être de ce travail suggère que, d'une posture de pós-identitária, repenser la constitution des identités confites. De cette façon, plutôt que de montrer une sortie, cette nouvelle attitude propose desconstruam structures déjà naturalisés, grâce à un processus qui donne à penser la question de comment ces structures est venu au point. Nous vous proposons, de cette façon une nouvelle attitude sur la vie et de lui-même.