Scielo RSS <![CDATA[Arquivos Brasileiros de Psicologia]]> http://pepsic.bvsalud.org/rss.php?pid=1809-526720200003&lang=pt vol. 72 num. SPE lang. pt <![CDATA[SciELO Logo]]> http://pepsic.bvsalud.org/img/en/fbpelogp.gif http://pepsic.bvsalud.org <![CDATA[<b>Questões epistemológico-metodológicas para a psicologia e as relações raciais</b>]]> http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1809-52672020000300001&lng=pt&nrm=iso&tlng=pt <![CDATA[<b>Publicações nas revistas de psicologia e relações raciais</b>]]> http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1809-52672020000300002&lng=pt&nrm=iso&tlng=pt Este trabalho versa sobre artigos publicados em revistas brasileiras de psicologia sobre a temática das relações raciais. O primeiro momento da pesquisa consistiu no levantamento de artigos que abordam a questão étnico-racial e dialogam com o pensamento social brasileiro, nos periódicos brasileiros da área de psicologia, com Qualis A1 e A2. No segundo momento, esse levantamento foi feito nos estratos B1, B2 e B3. O objetivo do estudo foi entender se, na área da psicologia, os/as pesquisadores/as reconhecem a presença histórica, social e cultural da população afrodescendente. O resultado mostrou que um percentual muito pequeno de artigos das revistas analisadas aborda a questão negra problematizando as relações raciais, o que evidencia a negligência das condições de vida singulares da população negra. Esta constatação é um passo para uma psicologia que afirma o compromisso com as urgências sociais, como é o caso da psicologia brasileira.<hr/>This paper deals with articles published in Brazilian journals of psychology about racial relations. The research consisted in the survey of articles that approach the ethnic-racial question and that dialogue with the Brazilian social thought, in the Brazilian journals of psychology, published in strata A1 and A2 of the CAPES Psychology Qualis. A survey was also carried in strata B1, B2 and B3. The study aimed to understand whether the researches recognize the historical and cultural presence of the Afrodescendant population. The results showed that a small percentage of articles in the journals analyzed addresses the black issue by problematizing race relations, which evidences the negligence of the singular living conditions of the black population. This finding is a step to think about a science and profession that affirm the commitment to social urgencies, as is the case of Brazilian psychology.<hr/>Este trabajo trata de artículos publicados en revistas de psicología brasileñas sobre el tema de las relaciones raciales. El primer momento de la investigación consistió en una encuesta de artículos que abordan el tema étnico-racial y el diálogo con el pensamiento social brasileño, en revistas de psicología brasileñas, con Qualis A1 y A2. En el segundo momento, esta encuesta se realizó en los estratos B1, B2 y B3. El objetivo del estudio fue conocer si, en el área de la psicología, los investigadores reconocen la presencia histórica, social y cultural de la población afro descendiente. El resultado mostró que un porcentaje muy pequeño de los artículos en las revistas analizadas abordan el tema del negro problematizando las relaciones raciales, lo que muestra el descuido de las condiciones de vida únicas de la población negra. Este hallazgo es un paso hacia una psicología que afirma su compromiso con las urgencias sociales, como es el caso de la psicología brasileña. <![CDATA[<b>Psicologia em tempos sombrios e o despertar da bela adormecida</b>: <b>estudos em subjetividade e clínica</b>]]> http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1809-52672020000300003&lng=pt&nrm=iso&tlng=pt O texto suscita o debate acerca da constituição da psicologia no Brasil, apontando para suas bases importadas de países com realidades bastante diversas daquelas aqui encontradas, tanto nos aspectos sociais e econômicos, quanto naqueles históricos, culturais e raciais. A psicologia, desde 1962, vem se pautando em modelos que raramente levam em conta o contexto no qual se encontra: um país que assenta seus alicerces sobre a escravidão, o preconceito, a violência, os 20 anos de uma truculenta ditadura militar, a exclusão, o encarceramento em massa e o extermínio de populações indígenas e negras, assassinatos de homossexuais e transsexuais. No cenário atual, que intensifica aspectos desde sempre aqui presentes e desmonta as estratégias do seu enfrentamento, torna-se urgente repensar as práticas e saberes psicológicos produtores e reprodutores de subjetividades coloniais, em tempos que, parafraseando Hannah Arendt, se anunciam como sombrios, mas que, ao mesmo tempo, desafiam a psicologia, sobretudo clínica, a despertar de seu sono e sonhos encantados.<hr/>The text raises the debate about the constitution of psychology in Brazil, pointing to its bases imported from countries with realities quite different from those found here, in social and economic as well as historical, cultural and racial aspects. Psychology since 1962 has been based on models that rarely take into account the context in which it finds itself: a country that lays its foundations on slavery, prejudice, violence, the 20 years of a truculent military dictatorship, exclusion, mass incarceration and the extermination of indigenous and black populations, murders of homosexuals and transsexuals. In the current scenario, which intensifies aspects always present here and dismantles the strategies of their confrontation, it is urgent to rethink the practices and psychological knowledge producers and breeders of colonial subjectivities, in times that, paraphrasing Hannah Arendt, announce themselves as dark, but at the same time challenge psychology, especially clinical, to awaken from their sleep and enchanted dreams.<hr/>El texto plantea el debate sobre la constitución de la psicología en Brasil, señalando sus bases importadas de países con realidades bastante diferentes a las aquí encontradas, tanto en los aspectos sociales y económicos, como en los aspectos históricos, culturales y raciales. La psicología desde 1962 se ha guiado por modelos que pocas veces tienen en cuenta el contexto en el que se encuentra: un país que cimenta la esclavitud, el prejuicio, la violencia, los 20 años de una dictadura militar truculenta, la exclusión, el encarcelamiento masivo y exterminio de poblaciones indígenas y negras, asesinatos de homosexuales y transexuales. En el escenario actual, que intensifica aspectos que siempre han estado presentes aquí y desmantela las estrategias para enfrentarlos, es urgente repensar las prácticas y saberes psicológicos que producen y reproducen subjetividades coloniales, en tiempos que, parafraseando a Hannah Arendt, se anuncian como oscuros, pero que, al mismo tiempo, desafían a la psicología, especialmente a la clínica, a despertar de su torpor y sus sueños encantados. <![CDATA[<b>Usos dos discursos <i>psi</i></b>: <b>a questão racial (1930-1950)</b>]]> http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1809-52672020000300004&lng=pt&nrm=iso&tlng=pt O objetivo do trabalho é descrever os usos de certas ideias médico-psicológicas sobre o negro e o seu papel na sociedade brasileira. Esse processo resultou na construção do "elemento negro" como uma categoria a ser discutida tanto pelo movimento negro quanto por estudos científicos produzidos entre as décadas de 1930-1950. Pretende-se mostrar como determinados saberes acadêmicos e vulgares sobre o tema possibilitaram a difusão de um modelo "científico" de explicação sobre a "raça brasileira". Para exemplificar nossos argumentos analisamos uma série de eventos ocorridos ao longo dessas décadas além dos trabalhos produzidos por Arthur Ramos, Alberto Guerreiro Ramos e Virgínia Leone Bicudo. A consolidação desse campo de debate sobre o "elemento negro" foi em grande parte o resultado da incansável reprodução de um "credo racial" brasileiro (o mito da "democracia racial") que se pretendia ordenador das nossas relações sociais.<hr/>The aim of this paper is to describe the uses of certain medical-psychological ideas about black people and their role in Brazilian society. This process culminated in the construction of the "black element" as a category to be discussed both by the Black Movement and by scientific studies produced between the 1930s and 1950s. This study seeks to show how certain academic and common knowledge on this topic made it possible to disseminate a "scientific" model of explanation about the "Brazilian race". To exemplify our arguments, we analyzed a series of events that occurred over these decades, beyond the works produced by Arthur Ramos, Alberto Guerreiro Ramos and Virgínia Leone Bicudo. The consolidation of this field of debate about the "black element" was largely the result of the strenuous reproduction of a Brazilian "racial creed" (the "Racial Democracy myth") that was intended to be the organizer of our social relations.<hr/>El objetivo del artículo es describir los usos de ciertas ideas médico-psicológicas sobre los negros y su papel en la sociedad brasileña. Este proceso resultó en la construcción del "elemento negro" como una categoría a ser discutida tanto por el movimiento negro como por los estudios científicos producidos entre las décadas de 1930 y 1950. Se pretende mostrar cómo ciertos conocimientos académicos y comunes sobre el tema permitieron difundir un modelo "científico" de explicación sobre la "raza brasileña". Para ejemplificar nuestros argumentos, analizamos una serie de hechos ocurridos durante estas décadas además de las obras producidas por Arthur Ramos, Alberto Guerreiro Ramos y Virgínia Leone Bicudo. La consolidación de este campo de debate sobre el "elemento negro" fue en gran parte el resultado de la incansable reproducción de un "credo racial" brasileño (el mito de la "democracia racial") que pretendía ser el organizador de nuestras relaciones sociales. <![CDATA[<b>Cheiro de alfazema</b>: <b>Neusa Souza, Virgínia e racismo na psicologia</b>]]> http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1809-52672020000300005&lng=pt&nrm=iso&tlng=pt O artigo retrata aspectos da vida da médica psiquiatra Neusa Santos Souza e elementos biográficos de Virgínia Leone Bicudo. Ambas psicanalistas, negras e de vanguardas pioneiras na psicologia e psicanálise e calculadamente invisibilizadas nas academias científicas. O objetivo é organizar em forma de ensaio poético psicológico o contexto cultural existente na infância e adolescência da psicanalista negra nascida na Bahia, antes de radicar-se no Rio de Janeiro. Observa-se a importância de cientistas negras para a construção psicológica e psicanálise da saúde mental nas relações étnicas. Neusa é a pensadora central do texto, porém, Virgínia e outras pensadoras negras e negros importantes para a ciência da saúde mental são apresentados no percurso da narrativa. O resultado converge para a superação do epistemicídio que a academia eurocêntrica, na psicologia, insiste em realizar.<hr/>The article portrays aspects of the life of the medical psychiatrist Neusa Santos Souza and biographical elements of Virgínia Leone Bicudo. Both psychoanalysts, black and avant-garde pioneers in psychology and psychoanalysis and calculatedly invisible in scientific academies. The objective is to organize, in the form of a psychological poetic essay, the cultural context existing in the childhood and adolescence of the black psychoanalyst born in Bahia, before settling in Rio de Janeiro. The importance of black scientists for the psychological construction and psychoanalysis of mental health in ethnic relations is observed. Neusa is the central thinker of the text. However, Virginia and other black male and female thinkers important to the science of mental health are presented in the course of the narrative. The result converges to overcoming the epistemicide that the Eurocentric academy in psychology insists on carrying out.<hr/>El artículo retrata aspectos de la vida de la médica psiquiatra Neusa Santos Souza y elementos biográficos de Virgínia Leone Bicudo. Ambas psicoanalistas, negras y pioneras de las vanguardias en psicología y psicoanálisis y calculadamente invisibles en las academias científicas. El objetivo es organizar, en forma de ensayo psicológico poético, el contexto cultural existente en la infancia y adolescencia de la psicoanalista negra nacida en Bahía, antes de instalarse en Río de Janeiro. Señala la importancia de las científicas negras para la construcción psicológica y el psicoanálisis de la salud mental en las relaciones étnicas. Neusa es la pensadora central del texto. Sin embargo, Virginia y otras pensadoras negras y negros importantes para la ciencia de la salud mental se presentan en el curso de la narrativa. El resultado converge para la superación del epistemicidio que la academia eurocéntrica en psicología se empeña en llevar a cabo. <![CDATA[<b>Virgínia Leone Bicudo</b>: <b>contribuições aos estudos sobre relações raciais</b>]]> http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1809-52672020000300006&lng=pt&nrm=iso&tlng=pt Virgínia Leone Bicudo, mulher negra paulistana nascida nos anos de 1910, foi uma personagem muito atuante no campo da educação sanitária, ciências sociais e psicanálise. Sua dissertação de mestrado, defendida na década de 1940 sob o título "Estudo de Atitudes Raciais de Pretos e Mulatos em São Paulo", foi o primeiro trabalho sobre o tema das relações raciais defendido em uma universidade brasileira. Sua pesquisa teve caráter inovador, visto que mostrou haver preconceito de cor independente do preconceito de classe, contrário ao que se acreditava à época. O presente trabalho resgata os achados e conclusões do estudo de Virgínia, utilizando para isso a técnica de Análise de Núcleos de Sentido a fim de trazer as falas dos entrevistados que foram mais representativas das conclusões apontadas pela autora. Objetivamos com isso contribuir com futuras retomadas sobre os achados de Virgínia que demostram enorme atualidade, apesar de passados mais de 70 anos.<hr/>Virgínia Leone Bicudo, a black woman from São Paulo born in 1910, was a very active character in the field of health education, social sciences and psychoanalysis. Her master's dissertation, defended in the 1940s under the title 'Study of Racial Attitudes of Blacks and Mulattoes in São Paulo', was the first work about race relations defended at a Brazilian university. Her research had an innovative character, since it showed that there is color prejudice independent of class prejudice, contrary to what was believed at the time. The present work rescues the findings and conclusions of the study of Virgínia, using for this the technique of Analysis of Nuclei of Sense in order to bring the speeches of the interviewees that were more representative of the conclusions pointed out by the author. With this, we aim to contribute to future resumes on the findings of Virgínia, which show enormous relevance despite having passed more than 70 years.<hr/>Virgínia Leone Bicudo, negra paulista nacida en 1910, fue un personaje muy activo en el campo de la educación para la salud, las ciencias sociales y el psicoanálisis. Su tesis de maestría, defendida en la década de 1940 con el título 'Estudio de las actitudes raciales de negros y mulatos en São Paulo', fue el primer trabajo sobre el tema de las relaciones raciales defendido en una universidad brasileña. Su investigación tuvo un carácter innovador, ya que mostró que hay prejuicio de color independiente del prejuicio de clase, contrario a lo que se creía en ese momento. El presente trabajo rescata los hallazgos y conclusiones del estudio de Virginia, utilizando para ello la técnica de Análisis de Núcleos de Sentido con el fin de acercar los discursos de los entrevistados más representativos de las conclusiones señaladas por el autor. Con esto, pretendemos contribuir a futuros currículums sobre los hallazgos de Virginia, que muestran enorme relevancia a pesar de más de 70 años después. <![CDATA[<b>Trauma, colonialidade e a sociogenia em Frantz Fanon</b>: <b>os estudos da subjetividade na encruzilhada</b>]]> http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1809-52672020000300007&lng=pt&nrm=iso&tlng=pt Partindo das discussões sobre trauma colonial e da ideia de sociogenia no pensamento de Frantz Fanon, a noção de sujeito e de subjetividade, produzidas no âmbito de matrizes eurocentradas, são interpeladas, tornando visível e dizível a insuficiência no entendimento dos processos subjetivos que atravessam as diferentes experiências de/em viver enquanto negras/os. A hegemonia branca aparece como o contraponto para compreensão do que podemos chamar de eventos traumáticos nas vidas negras. Faz-se urgente, nas experiências negras, descolonizar o eu e o mundo, conjurando a violência da colonialidade, possibilitando que negras/os se constituam enquanto sujeitos e não mais como a/o outra/o da branquitude.<hr/>Grounded on recent discussions about the colonial trauma and on Frantz Fanon's concept of sociogenesis, this paper problematizes the notions of subject and subjectivity as they have been produced by Eurocentric lenses. The aim is to bring these notions to the level of visibility and sayability with a view to highlighting their inability to understand the subjective processes of living while Black. White hegemony is paramount for us to understand what we may call traumatic events in/of Black experiences. I argue for the urgency of decolonizing the I and the world. This can only be done through a critique of colonial violence. Such a critique aims to open affordances for Black people to constitute themselves as subjects own their own rights rather than as the Other of whiteness.<hr/>A partir de las discusiones sobre el trauma colonial y de la idea de sociogenia en el pensamiento de Frantz Fanon, se cuestionan la noción de sujeto y subjetividad, producidas en el ámbito de las matrices eurocentradas, haciendo visible y decible la insuficiencia en el entendimiento de los procesos subjetivos que atraviesan las diferentes experiencias de/en vivir como persona negra. La hegemonía blanca aparece como el contrapunto para comprender lo que podemos llamar de eventos traumáticos en las vidas negras. Es urgente, en las experiencias negras, descolonizar el yo y el mundo, conjurando la violencia de la colonialidad, permitiendo que la persona negra se constituya como sujeto y no más como el otro de la blanquitud. <![CDATA[<b>Racismo e psicologia na escola</b>: <b>diálogos entre Fanon e Freire</b>]]> http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1809-52672020000300008&lng=pt&nrm=iso&tlng=pt Este artigo discute os modos de subjetivação e as práticas da psicologia na escola, a partir das relações entre as obras de Fanon e de Freire. Temos observado práticas psis nas escolas engendradas por operadores pautados no diagnóstico psicopatológico, na compensação e na adaptação, reveladores de uma psicologia colonialista, pois fundamentada em uma concepção de sujeito universal -representação do homem branco europeu. Mesmo com a entrada em cena da chamada psicologia social crítica, esse saber, em sua intersecção com a escola, continuou a desenvolver práticas que excluem a realidade das/os escolares, que, na escola pública brasileira, são jovens negras/os. Este artigo objetivou refletir acerca de outro modo possível para as relações entre a psicologia e a escola. Para tanto, discutimos as relações entre racismo, subjetividade e exclusão social a partir da análise dos conceitos de violência e de cultura nas obras de Freire e de Fanon.<hr/>This paper discusses the modes of subjectivity and the practices of psychology at school, based on the relationships between the works of Fanon and Freire. We have observed psis practices in schools created by operators based on psychopathological diagnosis, compensation and adaptation, revealing a colonialist psychology, since it is based on a concept of universal subject - representation of the European white man. Even with the entry of the so-called critical social psychology, this knowledge, in its intersection with the school, continued to develop practices that exclude the reality of schoolchildren, who, in the Brazilian public school, are young black boys and girls. This paper aimed to reflect on another possible way for the relations between psychology and the school. For that, we discussed the relationship between racism, subjectivity and social exclusion based on the analysis of the concepts of violence and culture in the works of Freire and Fanon.<hr/>Este artículo analiza los modos de subjetividad y las prácticas de la psicología en la escuela, a partir de las relaciones entre las obras de Fanon y Freire. Hemos observado prácticas psis en las escuelas engendradas por operadores basados en el diagnóstico psicopatológico, en la compensación y en la adaptación, revelando una psicología colonialista, ya que se basa en un concepto del sujeto universal - representación del hombre blanco europeo. Incluso con la entrada en escena de la llamada psicología social crítica, este conocimiento, en su intersección con la escuela, siguió desarrollando prácticas que excluyen la realidad de los escolares, que en la escuela pública brasileña son jóvenes negras. Este artículo tuvo como objetivo reflexionar sobre otra posible vía de relación entre la psicología y la escuela. Para eso, discutimos la relación entre racismo, subjetividad y exclusión social a partir del análisis de los conceptos de violencia y cultura en las obras de Freire y Fanon. <![CDATA[<b>Raça e subjetividade</b>: <b>do campo social ao clínico</b>]]> http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1809-52672020000300009&lng=pt&nrm=iso&tlng=pt Este artigo tem como objetivo abordar as diferentes formas como raça e racismo penetram no campo social e se inscrevem singularmente nos sujeitos. De outro modo, pretende, a partir do campo das relações raciais, discorrer sobre as formas como esses sistemas, polissêmicos, multiformes, mercuriais e sempre em transição, são vividos, significados, apropriados e introjetados pelas pessoas e se incorporam à subjetividade, conformando este constructo. Tomando raciocínio e metodologia da psicologia sócio-histórica, são consideradas, ainda, formas de abordar as questões raciais no contexto clínico de atuação do psicólogo a partir dos elementos que a própria raça e sua dinâmica apontam como caminho em direção à sua subversão.<hr/>This article aims to address the different ways in which race and racism penetrate the social field and are singularly inscribed in the subjects. Otherwise, it intends, from the field of racial relations, to discuss the ways in which these systems, polysemic, multiform, mercurial and always in transition, are experienced, meant, appropriated and introjected by people and are incorporated into subjectivity, forming this construct. Taking reasoning and methodology from socio-historical psychology, ways of approaching racial issues are also considered in the clinical context of the psychologist's performance, based on the elements that the race itself and its dynamics point as a path towards its subversion.<hr/>Este artículo tiene como objetivo abordar las diferentes formas en que la raza y el racismo penetran en el campo social y se inscriben singularmente en los sujetos. De lo contrario, se pretende, desde el campo de las relaciones raciales, discutir las formas en que estos sistemas, polisémicos, multiformes, mercuriales y siempre en transición, son vividos, significados, apropiados e introyectados por las personas y se incorporan a la subjetividad, conformando este constructo. Tomando el razonamiento y la metodología de la psicología sociohistórica, todavía se consideran formas de abordar las cuestiones raciales en el contexto clínico de la actuación del psicólogo, a partir de los elementos que la propia raza y su dinámica señalan como camino hacia su subversión. <![CDATA[<b>Das impossibilidades do racismo etnosemântico à fala como saída</b>]]> http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1809-52672020000300010&lng=pt&nrm=iso&tlng=pt Partindo da afirmação de Kabengele Munanga de que o racismo não se fundamenta em diferenças biológicas, mas sim que ele é etnosemântico, localizamos o racismo como um sintoma de discurso e tomamos esta articulação como o eixo que autoriza que a psicanálise possa se aproximar do tema e tratar este modo de segregação. Tendo como base as teorizações de Freud e Lacan, indicamos que o racismo nasce e se atualiza na e pela linguagem. E que, para que o psicanalista possa tratar do tema, é preciso tomá-lo como um sintoma do laço social, ou seja, um sintoma de discurso. Deste modo, discutimos de que forma o racismo no Brasil, velado, recalcado e desmentido, afeta e interfere no processo de constituição subjetiva dos negros. E, para finalizar, buscamos indicar como esse que antes era falado, destituído de sua posição de sujeito, excluído e situado no lugar de dejeto, pode vir a fazer uma torção, a partir do próprio discurso, de maneira a se colocar em uma nova posição.<hr/>Starting from Kabengele Munanga's statement that racism is not based on biological differences, and that it is an ethno-semantic matter, we pinpoint racism as a symptom of discourse and take this conjunction as the backbone that allows Psychoanalysis to approach that issue and address that kind of segregation. Based on the theories of Freud and Lacan, we suggest that racism arises from language and is enhanced by language use. Indeed, in order for the psychoanalyst to be allowed to deal with the subject, it is required to take it as a symptom of social ties, that is to say, a symptom of discourse. Thereby, we discuss how racism in Brazil, veiled, repressed and denied, affects and interferes in the process of subjective constitution of blacks. And, finally, we attempt to show that those which were previously spoken by, deprived from their position of subject, excluded and placed in the position of waste, may come to make a twist out of their own speech and claim for themselves a new position.<hr/>Partiendo de la afirmación de Kabengele Munanga de que el racismo no se basa en diferencias biológicas, sino que es etnosemántico, ubicamos el racismo como un síntoma del discurso y tomamos esta articulación como el eje que permite que el psicoanálisis pueda aproximarse del tema y consiga abordar este modo de segregación. A partir de las teorías de Freud y Lacan, indicamos que el racismo nace y se actualiza en y a través del lenguaje. Y que, para que el psicoanalista pueda abordar el tema, es necesario tomarlo como síntoma del vínculo social, es decir, un síntoma del discurso, De esta manera, discutimos cómo el racismo en Brasil, velado, reprimido y negado, afecta e interfiere en el proceso de constitución subjetiva de los negros. Y, finalmente, buscamos indicar cómo ese del que antes se habló, despojado de su posición de sujeto, excluido y ubicado en la posición de desecho, puede dar un giro, a partir del propio discurso, para ponerse en una nueva posición. <![CDATA[<b>Racismo e necropolítica</b>: <b>um debate entre teoria social e psicanálise</b>]]> http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1809-52672020000300011&lng=pt&nrm=iso&tlng=pt Ao tomar a pandemia de Covid-19 como contexto e analisador, este artigo discute os elos históricos entre o racismo e a gestão medicalizada do direito de vida e de morte no Brasil. Parte-se do entendimento de que a escuta e manejo clínicos das situações de sofrimento psíquico no contexto da medicalização da vida (na pandemia, e mesmo fora dela) implicam, necessariamente, fazer também crítica social. Para tal, propomos um debate que enoda teoria da clínica, as histórias da medicina social e da psicanálise no Brasil, e os conceitos de bio e necropolítica. Nossa hipótese é a de que se por um lado, em sua chegada ao Brasil, a psicanálise foi "cooptada" por uma tradição médica higienista (o que polarizou por anos a forma como ela foi vista em nosso país), por outro, por sua estrutura conceitual, pelo contraponto inicial com o modernismo brasileiro, e por seu atual debate sobre a segregação, essa práxis pode explicitar sua potência e vocação antirracista.<hr/>Taking Covid-19 Pandemic as a context and analyzer, this article discusses the historical links between racism and the medicalized management of the right to life and death in Brazil. It is based on the understanding that listening and clinical management of situations of psychological distress in the context of the medicalization of life (in Pandemic, and even outside it) necessarily imply making social criticism as well. To this end, we propose a debate that encapsulates clinical theory, the histories of social medicine and psychoanalysis in Brazil, and the concepts of bio and necropolitics. Our hypothesis is that if, on the one hand, on its arrival in Brazil, psychoanalysis was "co-opted" by a hygienist medical tradition (which for years polarized the way it was seen in our country), on the other, by its conceptual structure, by the initial counterpoint with Brazilian modernism, and by its current debate on segregation, this praxis can make explicit its anti-racist power and vocation.<hr/>Tomando como como contexto y analizador la Pandemia Covid-19, este artículo analiza los vínculos históricos entre el racismo y la gestión medicalizada del derecho a la vida y muerte en Brasil. Se basa en el entendimiento de que la escucha y el manejo clínico de situaciones de malestar psicológico en el contexto de la medicalización de la vida (en Pandemia, e incluso fuera de ella) implica necesariamente hacer también crítica social. Para ello, proponemos un debate que encapsula la teoría clínica, las historias de la medicina social y el psicoanálisis en Brasil, y los conceptos de biopoder y necropolítica. Nuestra hipótesis es que, si, por un lado, a su llegada a Brasil, el psicoanálisis fue "cooptado" por una tradición médica higienista (que durante años polarizó la forma en que se veía en nuestro país), por el otro, por su estructura conceptual, por el contrapunto inicial con el modernismo brasileño, y por su actual debate sobre la segregación, esta praxis puede hacer explícito su poder y vocación antirracista. <![CDATA[<b>A violência obstétrica praticada contra mulheres negras no SUS</b>]]> http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1809-52672020000300012&lng=pt&nrm=iso&tlng=pt Este artigo examina a violência obstétrica contra mulheres negras no Sistema Único de Saúde (SUS), partindo de experiências de estágio e extensão universitária em Psicologia, em maternidades públicas, de distintos níveis de complexidade, coadunadas a pesquisas de Iniciação Científica Pibic/CNPq. Em nossa cultura, as mulheres sempre foram corpos para reprodução e, há poucos séculos, passaram a ser subjugadas ao saber médico - sobretudo, da obstetrícia e ginecologia. A expropriação das mulheres, de seus corpos, de seus protagonismos reprodutivos, ratificada pelos homens da elite branca - cientistas - impactaram na assistência a elas prestada. O SUS, marcado por princípios como universalidade, equidade e integralidade, reproduz opressões, discriminações, violências e violações sobre os corpos femininos, especialmente sobre aqueles cujos tons se distanciam do modelo dominante. Para evidenciar a reprodução de racismo e machismos estruturais no SUS, tomamos a violência obstétrica como analisador.<hr/>This article examines obstetric violence against black women in SUS, starting from internship and university extension experiences in Psychology, in public maternity hospitals of different levels of complexity, coadunted to PIBIC/CNPq Scientific Initiation research. In our culture, women have always been bodies for reproduction and for centuries they have been subjugated to medical knowledge - especially obstetrics and gynecology. The expropriation of women from their bodies, their reproductive protagonisms, ratified by the men of the white elite - scientists - has impacted the assistance provided to them. The Unified Health System, marked by principles such as universality, equity and integrality, reproduces oppressions, discrimination, violence and violations over women's bodies, especially over those whose shades are far from the dominant model. In order to evidence the reproduction of racism and structural machisms in SUS, we take obstetric violence as an analyzer.<hr/>Este artículo examina la violencia obstétrica contra las mujeres negras en el SUS, a partir de experiencias de pasantía y extensión universitaria en Psicología, en maternidades públicas de diferentes niveles de complejidad, coadyuvadas a la investigación de la Iniciación Científica del PIBIC/CNPq. En nuestra cultura, las mujeres siempre han sido cuerpos para la reproducción y durante siglos han estado sometidas a los conocimientos médicos - especialmente de obstetricia y ginecología. La expropiación de las mujeres de sus cuerpos, de sus protagonismos reproductivos, ratificada por los hombres de la élite blanca - científicos - repercutió en la asistencia que se les prestó. El Sistema Único de Salud, marcado por principios como la universalidad, la equidad y la integralidad, reproduce la opresión, la discriminación, la violencia y las violaciones sobre el cuerpo de las mujeres, especialmente sobre aquellas cuyos matices están lejos del modelo dominante. Para resaltar la reproducción del racismo y el machismo estructural en el SUS, tomamos la violencia obstétrica como un analizador. <![CDATA[<b>"A colonização foi muito perfeita aqui"</b>: <b>reflexões de refugiadas africanas no Brasil</b>]]> http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1809-52672020000300013&lng=pt&nrm=iso&tlng=pt Neste trabalho, analisamos os processos de subjetivação de mulheres com status de refugiadas africanas no Brasil. Para tanto, utilizamos o conceito de universo institucional de refúgio para interpelar o debate sobre o fluxo de pessoas solicitantes de refúgio no contexto brasileiro nos últimos anos. Partimos de uma contextualização histórica sobre as relações raciais no Brasil e de questões dos trânsitos migratórios tais como se configuram hoje nas agendas econômicas e políticas para discutir os processos de subjetivação das interlocutoras desta pesquisa. Nesse sentido, propomos algumas reflexões acerca das formas de institucionalização que impactam diretamente nas relações de mulheres advindas de países africanos integradas como refugiadas na sociedade brasileira, a partir de entrevistas semiestruturadas realizadas com duas mulheres migrantes.<hr/>This paper analyzes the subjectivation processes of women with African refugee status in Brazil. For that, it uses the concept of institutional universe of refuge to challenge the debate on the flow of people requesting refuge in the Brazilian context in recent years. It starts from a historical contextualization about race relations in Brazil and from issues of migratory transits as they are configured today in the economic and political agendas to discuss the processes of subjectification of the interlocutors of this research. In this sense, it proposes some reflections on the forms of institutionalization that directly impact on the relations of women from African countries integrated as refugees in Brazilian society, based on semi-structured interviews with two migrant women.<hr/>En este artículo analizamos los procesos de subjetivación de mujeres con estatus de refugiadas africanas en Brasil. Para ello, utilizamos el concepto de universo institucional de refugio para cuestionar el debate sobre el flujo de personas que solicitan refugio en el contexto brasileño en los últimos años. Partimos de una contextualización histórica sobre las relaciones raciales en Brasil y de los temas de tránsitos migratorios tal como se configuran hoy en las agendas económicas y políticas para discutir los procesos de subjetivación de los interlocutores de esta investigación. En este sentido, proponemos algunas reflexiones sobre las formas de institucionalización que impactan directamente en las relaciones de las mujeres de países africanos integradas como refugiadas en la sociedad brasileña, a partir de entrevistas semiestructuradas con dos mujeres migrantes. <![CDATA[<b></b><b><a name="top"></a>A inclusão do povo indígena Pup</b><b>ỹ</b><b>kary/Apurinã no contexto contemporâneo</b>]]> http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1809-52672020000300014&lng=pt&nrm=iso&tlng=pt O presente artigo tem como objetivo discutir a inclusão de alunos/as indígenas com deficiências nas escolas municipais em aldeias em que vivem os Pupỹkary/Apurinã, no município de Boca do Acre, no sul do estado do Amazonas. Neste sentido, discutimos de que modo podemos tecer uma relação entre deficiência, tal como definida pela Lei Brasileira de Inclusão (LBI) e pelos ativismos sociais da deficiência, assim como as concepções indígenas de deficiência, em especial, na perspectiva da cosmovisão Pupỹkary/Apurinã. A pergunta em questão nos levou ao campo da inclusão: quais são os sentidos de inclusão para as pessoas com deficiência na perspectiva dos povos indígenas, em particular dos Pupỹkary/Apurinã? Concluímos apontando a urgência de afirmarmos desobediências epistêmicas, decoloniais, que busquem políticas públicas voltadas a indígenas com deficiências e que levem em conta a singularidade dos modos de vida indígenas.<hr/>This paper aims to discuss the inclusion of indigenous students with disabilities in municipal schools in villages where Pupỹkary/Apurinã live, in the municipality of Boca do Acre, in the south of the state of Amazonas. In this sense, we discuss how we can weave a relationship between disability, as defined by the Brazilian Inclusion Law and by the social activism of disability, and indigenous conceptions of disability, especially from the perspective of the worldview Pupỹkary/Apurinã. The question in focus took us to the field of inclusion: what are the meanings of inclusion for people with disabilities from the perspective of indigenous peoples, in particular Pupỹkary/Apurinã? We conclude by pointing out the urgency of affirming epistemic decolonial disobediences, which lead us to public policies aimed at indigenous people with disabilities that take into account the uniqueness of indigenous ways of life.<hr/>Este artículo tiene como objetivo discutir la inclusión de alumnos/as indígenas con discapacidad en las escuelas municipales de las aldeas donde viven los Pupỹkary/Apurinã, en el municipio de Boca do Acre, en el sur del estado de Amazonas. En este sentido, discutimos cómo podemos tejer una relación entre la discapacidad, tal como la define la Ley de Inclusión Brasileña (LBI) y el activismo social de la discapacidad, así como las concepciones indígenas de la discapacidad, especialmente desde la perspectiva de la cosmovisión Pupỹkary/Apurinã. La pregunta en cuestión nos llevó al campo de la inclusión: ¿Cuáles son los significados de inclusión para las personas con discapacidad desde la perspectiva de los pueblos indígenas, en particular los Pupỹkary/Apurinã? Concluimos señalando la urgencia de afirmar las desobediencias epistémicas y decoloniales, que buscan políticas públicas dirigidas a los pueblos indígenas con discapacidad y tomando en cuenta la singularidad de las formas de vida indígenas. <![CDATA[<b>Enterreirando a investigação</b>: <b>sobre um <i>ethos</i> da pesquisa sobre subjetividades</b>]]> http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1809-52672020000300015&lng=pt&nrm=iso&tlng=pt No atual contexto da valorização dos conhecimentos dos povos que historicamente foram subalternizados, o risco do extrativismo epistêmico emerge como um novo elemento com o qual as pesquisas precisam se enfrentar. No campo da investigação sobre subjetividades nos terreiros de candomblé este perigo também aparece. Ao compreender os modos como os terreiros se constituem como espaços de resistência, como os processos de subjetivação são experimentados e qual o lugar do conhecimento nesses processos, buscamos apresentar elementos que subsidiem uma proposta de um pensamento e de uma pesquisa enterreirados como um dos caminhos possíveis para contornar o risco sinalizado e discutimos alguns elementos de um ethos da pesquisa enterreirada nos espaços das comunidades de terreiro.<hr/>In the present context of valuing the knowledge of historically subordinated peoples, the risk of epistemic extractivism emerges as a new element that concerns the field of research. Specifically with regard to the investigation of subjectivities in Terreiros de Candomblé, this danger also appears, effectively. By understanding the ways in which the Terreiros are structured as spaces of resistance, how the processes of subjectivation are experienced and what is the importance of knowledge in these processes, this article aims to present elements that support a proposal of thought and research enterreirados as one of the paths possible to circumvent the signaled risk and we discussed some elements of an ethos of research buried in the spaces of the Terreiro communities.<hr/>En el contexto actual de valoración del saber de pueblos históricamente subordinados, el riesgo del extractivismo epistémico surge como Al comprender las formas en que los Terreiros se constituyen como espacios de resistencia, cómo se viven los procesos de subjetivación y cuál es el lugar del conocimiento en estos procesos, buscamos presentar elementos que sustenten una propuesta de pensamiento e investigación erados como uno de los caminos posibles para evitarse el riesgo señalado y discutimos algunos elementos de un ethos de investigación erado en los espacios de las comunidades Terreiro.