Scielo RSS <![CDATA[Revista de Psicologia da UNESP]]> http://pepsic.bvsalud.org/rss.php?pid=1984-904420170001&lang=es vol. 16 num. 1 lang. es <![CDATA[SciELO Logo]]> http://pepsic.bvsalud.org/img/en/fbpelogp.gif http://pepsic.bvsalud.org <![CDATA[<b>For a non-normalizing psychologist in the public institutions field</b>]]> http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1984-90442017000100001&lng=es&nrm=iso&tlng=es Partindo de uma problematização da Psicologia como ciência disciplinar e descrevendo suas possibilidades teóricas e técnicas de intervenção, constatamos seus limites paradigmáticos e efeitos éticos na produção da normalidade social. Como a Psicologia poderia buscar superar as determinações disciplinares que lhe são classicamente constitutivas? A emergência do conceito de subjetividade na área da Psicologia disciplinar estaria produzindo uma subversão nesse campo, numa perspectiva transdisciplinar?. Nessa direção, sem necessariamente desconsiderar algumas outras, as contribuições da Psicanálise do campo de Freud e Lacan apresentam referências teóricas, técnicas e éticas fundamentais para instrumentalizar de modo singular um psicólogo que se pretenda não disciplinar, sobretudo, no contexto das Instituições Públicas. O psicólogo psicossocial, quando devidamente precavido, avisado e orientado por uma ética Outra, tem condições de, partindo de uma contextualização do sintoma social dominante no contemporâneo, operar e interceder por meio de uma escuta ao sujeito do sofrimento que seja capaz de promover processos de implicação subjetiva e sociocultural singularizantes.<hr/>By inquiring the Psychology as a disciplinary science, and by describing its theoretical and technical possibilities for intervention, we have pointed out its paradigmatic boundaries as well as the ethical effects on production of social normality. How could Psychology seek to overcome the disciplinary determinations that are its classical constituent? The emergence of the concept of subjectivity in the area of disciplinary Psychology is producing a subversion in this field. It is moving it from a disciplinary perspective to a transdisciplinary. Regarding it, without necessarily ignoring contributions from other author's in the field, Sigmund Freud and Jacques Lacan's psychoanalysis provide technical and ethical frameworks which are fundamental for a unique way to provide tools for a psychologist who is not intended to be disciplinary, especially in the context of Public Institutions. The psychosocial psychologist, when used with cautious, advised and guided by the Other ethic, based on contextualizing the dominant social symptom in contemporariness, can operate and intercede by using a listening to the subject of suffering which is able to promote singularizing processes of subjective and sociocultural implication. <![CDATA[<b>Fighting against coloniality</b>: <b>limits and definitions</b>]]> http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1984-90442017000100002&lng=es&nrm=iso&tlng=es A colonialidade, sendo parte do projeto civilizatório da modernidade, pode ser entendida como um padrão ou uma matriz colonial de poder que, com base na naturalização de determinadas hierarquias (territoriais, raciais, epistêmicas, culturais e de gênero), produz subalternidade e oblitera conhecimentos, experiências e formas de vida daqueles/as que são explorados/as e dominados/as. Esse movimento colonizador, por sua fez, possibilita a reprodução e a manutenção das relações de dominação ao longo do tempo nas diversas esferas da vida social. Sendo assim, a presente proposta de reflexão visa discutir algumas problematizações que estão sendo formuladas nos últimos anos quando pensamos em resistir ou enfrentar a colonialidade, a saber, a ideia das "Epistemologias do Sul" de Boaventura de Souza Santos, a proposta da "interculturalidade" de Catherine Walsh e o "pensamento fronteiriço" e o "paradigma outro", como proposto por Walter Mignolo. Ressalta-se que importa, mais do que solucionar problemas, contribuir com elementos e reflexões que problematizem a (des)colonização da psicologia e que primem pelo reconhecimento da diversidade de conhecimentos e formas de vida presentes no contexto latino-americano.<hr/>Coloniality, being part of the civilizational project of modernity, can be understood as a colonial standard or matrix of power. This pattern produces the naturalization of specific hierarchies (territorial, racial, epistemic, cultural and gender), and also produces subalternity. It can obliterate knowledge, experiences, and ways of life of those who are exploited and dominated. This colonizing movement, in its right, makes it possible to reproduce and maintain the relations of domination over time in the various spheres of social life. Thus, the present proposal for reflection aims to discuss some problematizations that are being formulated in recent years regarding the resistance or even confronting coloniality. It is going to be made by using the idea of "Epistemologies of the South" defined by Boaventura de Souza Santos; the proposal of "interculturality " created by Catherine Walsh and" frontier thinking "and the" other paradigm, "as proposed by Walter Mignolo. It is crucial to contribute, rather than solve problems, to elements and reflections that problematize the (des) colonization of psychology and which are prized for the recognition of the diversity of knowledge and life forms present in the Latin American context. <![CDATA[<b>Social understanding and language</b>: <b>experimental tasks and use of mental terms in play situation</b>]]> http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1984-90442017000100003&lng=es&nrm=iso&tlng=es O objetivo deste estudo foi o de investigar o desenvolvimento da compreensão social manifestado por crianças pré-escolares em duas situações distintas: no uso que fazem de termos mentais em uma situação lúdica e social e na realização de tarefas de teoria da mente. Participaram da pesquisa 15 crianças de 2 anos e seis meses a 5 anos e dois meses de idade, frequentadoras de uma EMEI localizada na periferia da cidade. Para a observação da produção linguística em situação lúdica, as crianças foram divididas em pequenos grupos e convidadas a participar da reencenação de uma história. As crianças também responderam à escala de tarefas de teoria da mente. Diferentemente do encontrado em estudos anteriores realizados com crianças de mesma faixa etária, mas de NSE médio e alto, apenas 2 crianças fizeram uso de termos mentais nas suas manifestações linguísticas. Esses participantes estão entre os que obtiveram maiores pontuações na escala de tarefas. Os resultados foram analisados levando-se em conta as experiências conversacionais da criança no âmbito da família e da escola.<hr/>The primary aim of this study was to investigate the development of social understanding showed by preschool children in two different situations: their use of mental terms in a playful and social situation and their performance on theory of mind tasks. Fifteen children between 2;6 and 5;2 years-old, who attended a school located in the peripheral zone of the city participated in the study. For the evaluation of the linguistic production in a play situation, children were divided into small groups and invited to participate in the reenactment of a story. They also responded to the theory-of-mind scale. Differently from previous studies carried out with children of the same age group but of medium and high socioeconomic level, only two children used mental terms in their linguistic manifestations. These participants are among those who scored higher on the theory of mind task scale. These results were analyzed taking into account the conversational experiences of the child within the family and school. <![CDATA[<b>Learning and making process based on a minor perspective</b>: <b>the discursiveness in health research</b>]]> http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1984-90442017000100004&lng=es&nrm=iso&tlng=es A escrita que segue ensaia sobre o fazer pesquisa em saúde como aprendizagem. Advindas de uma dissertação de Mestrado, as discussões desenroladas neste trabalho versam sobre os conhecimentos menores evocados pela experiência de pesquisa que tendem a não compor os relatórios finais e que ficam invisíveis por não serem reconhecidos como produções científicas. Trata-se, então, da visibilidade da dimensão micropolítica do fazer pesquisa e produzir conhecimento. Na Saúde, herdamos da Medicina um histórico de cientificização muito específico, de controle, de dominação. Nas ciências da saúde se privilegiou o controle sobre um corpo biológico abstrato, constituído por imaginários e estatísticas e atravessado pela lógica de mercado, o que tem efeitos diretos não só nos serviços e nas práticas de saúde para quem recorre a esses serviços, como nas pesquisas na área. As pesquisas em Saúde e, inclusive no campo da Saúde Coletiva, não estão imunes a isso. Considerando o que Deleuze e Guattari chamam de ciência régia e como ela opera nas práticas científicas e no trabalho, este ensaio evoca suas dobras e escapes, cuja visibilidade não decompõe a ciência, mas cria condições de alargamento de suas lógicas contemporâneas. A pesquisa em saúde não se esgota na análise sobre si. Produz também efeitos colaterais, relativos à lateralidade do como se analisa.<hr/>The text deal with the practice of research in the field of Health as a practice of learning. Deriving from a Master's Thesis, the discussions developed in this work examine the minor knowledge evoked by the experience of research which tend not to compose its final reports and which remain invisible for not being recognized as scientific production. It inquires, therefore, the visibility of the micropolitical dimension of research practices and the creation of knowledge. Regarding its Medicine background, Health Sciences have privileged the control over a biological, abstract body, constituted by imaginaries and statistics and traversed by the logic of the market. It has direct impacts not only the Health Care Services and its practices for those resorting to these services, but also the research in this field. The research in Public Health is not immune to this. Considering what Deleuze and Guattari call Royal Science and how it operates through scientific and work produção de conhecimento em saúde practices, this essay evokes its folds and escapes, whose visibility does not decompose Science, but creates the conditions to widen its contemporary logics. Research in the field of Health does not end in its self-analysis: it also produces side effects, relative to the laterality of how one conducts this analysis. <![CDATA[<b>Neoliberal logic in public health and its repercussions for CPA'S worker's mental health</b>]]> http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1984-90442017000100005&lng=es&nrm=iso&tlng=es O presente artigo é fruto de pesquisa na qual se buscou investigar como a lógica neoliberal atual tem sido absorvida na saúde pública e suas repercussões para a saúde mental de trabalhadores. Para tal, optou-se pela utilização de metodologia qualitativa e foram realizadas entrevistas reflexivas em profundidade com profissionais de diferentes serviços de saúde de um município do interior de São Paulo. Aqui, são discutidos os resultados referentes, especificamente, aos Centros de Atenção Psicossocial (CAPS) - que são dispositivos substitutivos ao manicômio, destinados à atenção à saúde mental na rede SUS - tomando-se como base duas entrevistas reflexivas em profundidade. Os entrevistados revelaram que a precarização do trabalho nos CAPS pode ser identificada em vários aspectos: formas de contratação, número de horas trabalhadas, insuficiência dos equipamentos em relação à demanda do território, número de trabalhadores inferior ao necessário. A combinação desses elementos produz um desgaste que se soma àquele decorrente do próprio cuidado com usuários da saúde mental. As falas dos entrevistados indicam, ainda, que tal situação de precariedade no trabalho é vista por eles de forma fatalista, como uma situação inevitável, ainda que demonstrem compreender quais as mudanças possíveis no cenário atual.<hr/>The present article results of a research investigating how the current neoliberal logic has been absorbed by Public Health and its repercussions to workers's mental health. For such, qualitative methodology was chosen and reflexive interviews were conducted with professionals working in different health services in the state of Sao Paulo. This paper discusses results of a specific type of health service - the CPA - designed to replace the psychiatric hospital in the care of mental health patients within the Public Health System. For such, two interviews were used to produce the data. The interviewed subjects revealed that work precarity in CPAs can be identified in several aspects: multiple work contracts, number of worked hours, insufficient equipments for large territorial extensions, inferior number of workers considered necessary. The combination of these elements produces suffering which adds to that deriving from the care of mental health patients. The interviews indicate that such work precarity is viewed by workers in a fatalist way, as an inevitable situation, although they demonstrate understanding the possible changes in current scenario.