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Estudos de Psicanálise

Print version ISSN 0100-3437

Estud. psicanal.  no.47 Belo Horizonte July 2017

 

 

O desafio do feminino no século XXI

 

The challenge of the feminine in the 21st century

 

 

Edilene Freire de QueirozI, II; Elizabete Regina Almeida de SiqueiraI, II; Pauleska Asevedo NóbregaIII

I Universidade Católica de Pernambuco
II Associação Universitária de Pesquisa em Psicopatologia Fundamental
III Escola Brasileira de Psicanálise

Endereço para correspondência

 

 


RESUMO

Este artigo se propõe a refletir sobre o enigma do feminino e compreender os fatores que aí estão envolvidos de forma estrutural e/ou contingente. A questão do feminino é um campo de pesquisa de acesso difícil porém desafiante. O primeiro tempo da reflexão nos levará a extrair do texto freudiano as vicissitudes do feminino. O fato de Freud ter poucos escritos sobre o tema não quer dizer que eles não contenham verdades que continuam atuais, justamente por serem estruturais. O segundo tempo de reflexão será voltado para as produções do século XX, tendo Lacan como autor principal. E por fim, propomos uma discussão sobre o que quer uma mulher no século XXI, abordando questões atuais vinculadas ao desejo de ter filho, de poder ser mãe. Concluímos que a fase pré-edípica instaura uma condição estrutural de mulher para mulher que a alteridade do masculino não consegue suplantar. Permanece dessa relação arcaica uma semente que se reatualiza em diferentes contextos: na maternidade, na escolha do(a) parceiro(a) amoroso(a).

Palavras-chave: Sexualidade feminina, Fase pré-edípica, Gozo feminino, Paixão maternal.


ABSTRACT

This article proposes to reflect on the enigma of the feminine and to understand the factors that are involved there in a structural and/or contingent way. The issue of the feminine is a difficult access field of research but challenging. The first time of reflection will lead us to extract from the Freudian’s text the vicissitudes of the feminine. The fact that Freud has a few writings about the subject doesn’t mean that it doesn’t contain truths that remain current, precisely because they are structural. The second time of reflection will be focused on the 20th century productions, with Lacan as the leader author. And finally, we propose a discussion about what a woman wants in the 21st century, approaching current issues related to the desire of have a child, to be a mother. We conclude that the pre-oedipal phase establishes a structural condition from woman to woman that the otherness of the masculine cannot supplant. This archaic relation remains a seed that is re-established in different contexts: in the maternity, in the choice of the loving partner.

Keywords: Female sexuality, Pre-oedipal phase, Female enjoyment, Maternal passion.


 

A situação analítica, no âmbito do ultraprivado, e a mídia, no âmbito do extrapúblico, continuam reabrindo indagações sobre o tema do feminino. Se a pergunta o que quer uma mulher fez questão a Freud no século XIX, é também ela que nos impulsiona agora a buscar respostas minimamente aproximativas sobre o que quer uma mulher no século XXI. Teria ela aberto mão do amor do outro e do Outro? Teria ultrapassado o desamparo? Por que não declina do desejo de filho?

Isso significa que revisitar o enigma do feminino nos coloca como Atlas, com o desafio permanente de continuar produzindo um saber sobre as mulheres. Afinal, como nos diz Freud ([1931] 1969, p. 276), a questão do feminino é um campo de pesquisa de acesso difícil. Não basta Freud nos endereçar aos poetas nem Lacan convocar as analistas. O exercício de entender o feminino é também o exercício de entender as relações humanas, sobretudo as mais arcaicas.

Este artigo se propõe a compreender os fatores que aí estão envolvidos de forma estrutural e/ou contingente. O primeiro tempo da reflexão nos levará a extrair do texto freudiano as vicissitudes do feminino. O fato de Freud ter poucos escritos sobre o tema não quer dizer que eles não contenham verdades que continuam atuais, justamente por serem estruturais. O segundo tempo de reflexão será voltado para as produções do século XX, tendo Lacan como autor principal. E, por fim, propomos uma discussão sobre o que quer uma mulher no século XXI, abordando questões atuais vinculadas ao desejo de ter filho e ao poder de ser mãe.

 

As vicissitudes do feminino em Freud

O modelo freudiano de análise do tema são as relações de objeto e a economia pulsional. E nesse campo ele destaca como essencial a fase pré-edipiana, considerada originária, decisiva e o primeiro tempo da castração no feminino. O Édipo já é considerado uma tentativa de resposta aos enigmas propostos, entre outros, por um primeiro tempo, viril, de masturbação sem fantasia.

A primeira relação mãe e filha é marcada pela intensidade dos investimentos, pelo excesso em decorrência da potência materna. A experiência de satisfação clitoridiana põe em evidência o phalus como uma potência inerente a todos.

Essa experiência de satisfação é “estragada” pela mãe ao proibir a masturbação, como assim se refere Freud ([1931] 1985). E o produto é um ressentimento permanente e sine die, considerado a base da estrutura histérica.

Essa proibição gera um conflito estrutural entre a virilidade clitoridiana proibida e o ideal de ultrapassagem, tendo como objeto de satisfação a vagina, mais de acordo com a vocação reprodutiva da mulher.

O olhar libidinoso da mãe para um outro permite que a menina desloque a potência fálica para o outro sexo e, com isso, saia do campo do igual e instale a diferença. Isso não acontece sem consequência. Se inicialmente a mãe “estragou” a experiência de satisfação clitoridiana proibindo-a, agora é a filha que deprecia a mãe, e se instala pela rivalidade um segundo ressentimento: ter nascido castrada.

O pai agalmatizado pela presença desse a mais, que é o phalus, convocará para si o agenciamento dessa castração até então atribuída ao Outro primordial (a mãe) contra quem a menina ressentida e desiludida tratará de, sistematicamente e das mais diversas formas, dizer ’não’. Portanto, o pai como terceiro é agente secundário da castração – já que o primeiro é do domínio materno – mas com a promessa de oferecer alguma coisa para se colocar no lugar daquilo que lhe foi interditado.

Por ser secundário, Freud ([1931] 1985, p. 263) considera que “[...] o complexo de Édipo não dá conta do feminino”. Faz-se, portanto, necessário ir aquém do Édipo se se deseja alcançar o enigma da marca do feminino.

Entendemos, então, que Freud trata o feminino considerando três tempos:

1. A fase pré-edípica, considerada primordial, caracteriza-se pelo investimento libidinal ativo e intenso no phalus, vivida com fantasias masturbatórias dirigidas à mãe, objeto primordial. A interdição dessa atividade masturbatória provoca um ressentimento, que entendemos ser de ordem estrutural na mulher.

2. A fase negativa do Édipo, na qual a menina deprecia a mãe e se ressente mais uma vez por ser castrada. Renuncia ao primeiro objeto, ao mesmo tempo que desloca sua potência fálica para o outro sexo, mas não completamente. Guardará para sempre sua libido ativa, e sua sexualidade se dará nessa tensão entre a satisfação clitoridiana e vaginal. As fantasias das mulheres expressas no texto Bate-se numa criança, corroboram isso, pois ora são ativas, ora são passivas.

Freud ([1931] 1969, p. 276) afirma que

[...] a psicanálise nos ensina a lidar com uma libido única, a qual, é verdade, possui objetivos (isto é, modalidades de satisfação) tanto ativos quanto passivos.

3. A fase positiva do Édipo, quando se volta para o pai, suprassumindo as fases anteriores. A menina troca de objeto, faz uma alteração na economia libidinal assumindo uma posição objetal passiva, na qual deixa de ser o agente da satisfação, para ficar na posição de ser amada. Qualquer das posições que possa assumir é uma reação secundária e defensiva diante da constatação da diferença dos sexos, pois, segundo Freud ( [1931] 1969, p. 279)

[...] não devemos desprezar o fato de os primeiros impulsos libidinais possuírem uma intensidade que lhes é própria, superior a qualquer outra que surja depois e que pode ser verdadeiramente chamada de incomensurável.

Portanto, a marca estrutural da sexualidade feminina é o ressentimento, vivido em duas temporalidades: na fase pré-edípica e na fase negativa do Édipo.

Em outro artigo (QUEIROZ, 2007), tratando sobre o desmentido (Verleugnung), realçamos, consoante Frej (2003), que todas as noções freudianas se constroem num processo de suprassunção, que dá a sua obra um caráter dialético. Há sempre uma vivência anterior na qual se apoiam as posteriores; há sempre pulsões originais das quais derivam as secundárias.

“Essa necessidade de Freud de compreender os processos psíquicos numa temporalidade do après coup gera em alguns contextos, incompreensões” (QUEIROZ, 2007, p. 57), como o equívoco de tratar a questão do feminino pela via edípica, quando o fundamental, o elemento fundante do feminino está no pré-edípico, que gera um ressentimento originário que se desdobra em dois tempos e indica que a sexualidade feminina está impregnada da relação com a mãe.

 

O gozo feminino em Lacan

Lacan (1988) tratou o tema da sexualidade feminina olhando para os pontos obscuros e misteriosos que cercam o gozo feminino, no qual se deve levar em conta a oposição entre o gozo clitoridiano e a satisfação vaginal e considerar as implicações de se pensar a bissexualidade relacionada à duplicação da anatomia que repudia o quantum afetivo advindo da combinação entre organismo e sujeito que dá sentido ao inconsciente.

Lacan (1988) também se preocupou em discutir a pulsão ativa feminina em vez de continuar no modelo de binarismos masculino/ativo e feminino/passivo. Ou seja, seguiu os ensinamentos de Freud de não reduzir o suplementar do feminino em relação ao masculino ao par complementar ativo/passivo. A posição de ser objeto para o homem não quer dizer uma posição passiva. Fazer-se de objeto fetiche para o homem não diz tudo da mulher. Ela espera ser adorada para além disso.

Com essas colocações, ele abre caminho para pensar na homossexualidade feminina e considerar que a transexualidade masculina pode auxiliar a “decifrar” a sexualidade feminina.

Nessa direção Lacan (1972) deu um alcance novo à questão do feminino quando formulou a lógica da sexuação. Ou seja, ele abordou a diferença sexual a partir da heteromorfia do gozo feminino e do gozo masculino. O gozo masculino mantém de certo modo a questão edipiana proposta por Freud no sentido de que está regido pela castração e pela lógica fálica; já o gozo feminino seria não-todo submetido à castração e, portanto, não diz respeito à falta. Ele é mais radica e diz respeito ao gozo suplementar que faz limite ao simbólico.

É interessante lembrar que algumas revistas e jornais brasileiros costumavam incluir nas suas edições um suplemento feminino. Diziam respeito a algo a mais que não fazia parte da lógica “masculina” e da ordenação simbólica que regia a publicação. No nosso entender é disso que se trata quando Lacan fala de um gozo suplementar e não complementar. Trata-se de um gozo do corpo, que está para além do falo e que Lacan (1975, p. 98) interpreta como “[...] une face de l’Autre, la face Dieu, comme supportée par la jouissance féminine”.1

Lacan (1975) concebe o gozo feminino como radicalmente Outro, por isso considera que a Mulher tem parentesco com Deus e que seu gozo é do campo do mistério, devido à sua relação com essa alteridade radical.

O inconsciente não sabe nada do feminino excluído do fálico, porque nele só há um significante – o falo – para dizer o sexo. Daí nasce a impossibilidade de escrever a relação sexual porque falta um dos termos da relação: a mulher.

O resultado dessa leitura é que não há relação sexual que possa se escrever entre o homem e a mulher. O corolário é a dedução de um impossível, já que os gozos não coincidem e não se complementam.Essa é uma lógica no mínimo curiosa para não dizer problemática, paradoxal: escrever – anão relação – o que não há. É evidente que se trata da dedução de uma impossibilidade: . A linguagem não alcança o Real como o que não cessa de não se escrever. Se assim não fosse, haveria o Universal do Todo. E o que a psicanálise demonstra em cada experiência de análise é que não há um saber universal sobre o real que diz respeito a cada ser falante, mas o Um a Um, que toca a cada ser em sua singularidade.

Lacan (1975) não nega a existência do ato sexual, do qual participam homem e mulher. O que ele de fato diz é que o ato sexual não faz rapport, proporção entre os dois sexos. Eles não se complementam, a relação não é bionívoca; é o amor que faz o laço.

Nas palavras de Lacan (1975, p. 59). “[...] ce qui suplée au rapport sexuel en tant qu’inexistant, c’est précisément l’amour”.2

E acrescenta:

Nous ne sommes qu’un. Chacun sait bien sûr que ce n’est jamais arrivé entre deux qu’ils ne fassent qu’un... C’est de là que part l’idée de l’amour3 (LACAN, 1975, p. 61).

Ama-se para se consolar do impossível da harmonia de uma relação biunívoca. Ou seja, o amor vela que há do Um e não do Dois. No ato sexual cada Um goza só e de maneira diferente. No ato de fazer amor o homem, na posição masculina, goza calado, pouco afeito às palavras de amor. A mulher, na posição feminina, demanda que o homem com quem está lhe diga palavras de amor, elemento intrínseco ao seu gozo mais erotômano do que fetichista. Cada um ama segundo seu fantasma.

O ‘des-encontro’ dos sexos é estrutural e não acidental ou secundário. O que quer dizer que não é apenas o “destino” de alguns. Está para-todos. Há uma descalagem intrínseca entre homens e mulheres. Podem-se amar, até mesmo fazer amor, mas mesmo assim jamais escreverão uma relação: uma proporção.

Por isso, Lacan (1975) precisa a diferença sexual a partir da diferença entre os gozos. Do lado masculino das fórmulas, situa a lógica do todo e da exceção – lembremo-nos de que Freud a deduziu do universal edípico sustentado numa exceção (o pai da horda), é a lógica do Édipo; do lado feminino, situa outra lógica, a do não-todo fálico.

A falta de uma exceção feminina, ou seja, de uma Mulher toda regida pela lógica fálica impede a formarção do conjunto de todas as mulheres, por isso ele afirma que A mulher, como universal, não existe. Elas só existem uma a uma numa série aberta. O que a faz não-toda fálica é a experiência de Outro gozo diferente do gozo fálico, do qual também participa.

Esse Outro gozo é uma experiência de arrebatamento cujo modelo nos deu M. Duras com Lol. V. Stein. E podemos fazer algumas aproximações à questão da “loucura das mães” ou da “selvageria materna” ou ainda da “paixão maternal” no que de radical e ímpar existe nesse gozo de ser mãe, que a aproxima de Deus no mistério da criação, da perversão no que há de cruel, violento e excessivo e da psicose pela exaltação maníaca ou depressiva que a maternidade muitas vezes suscita.

Talvez seja essa a razão de a mulher não declinar do poder de ser mãe. Vamos ver isso nos discursos de mulheres que, impossibilitadas de gerar, por questões de infertilidade, insistem em adotar procedimentos invasivos e arriscados. E quando nem isso resolve, demandam adoção.

 

Loucura e paixão maternal

A pesquisa de doutorado realizada por Edineide Silva (2016) mostrou que a demanda por adoção constitui o ultimo recurso para ter um filho. A pesquisa doutoral de Sheila Speck (2014) mostra que a evolução de crianças em período de estágio de convivência decorre em grande parte da relação da candidata a adotar com o pretenso adotado. Mesmo nos casos de casais, a figura paterna pouco interfere ou decide nesse processo.

Nessa mesma direção são os resultados apontados por Carolina Albuquerque (2016), que analisou a especificidade do laço entre a criança e os pais no caso de adoção tardia. Ela constatou que as crianças maiores tendem a se aproximar com mais facilidade da figura masculina, e isso causa uma profunda decepção nas mulheres, gerando quadros depressivos ou levando as mulheres a desistir da adoção, ou seja, a devolver a criança.

Essas três pesquisas põem uma questão importante quanto ao lugar de filho para as mulheres. Se a maioria das mulheres deseja engravidar para ter um filho e para tal são capazes de se submeter a procedimentos invasivos e dolorosos, o fato de não conseguirem engravidar não as impede de continuar a reinvidicar o “poder de ser mãe”.

Sublinhamos aqui o “poder de ser mãe” diferente do que acontece com o homem. O lugar ocupado pelo homem nas demandas de adoção por casais heterossexuais é sustentar o desejo da mulher. E são raros os que falam do desejo de ser pai. Em alguns casos ser mãe torna-se um imperativo, pois elas carregam tal desejo desde sempre e não podem abrir mão dele.

Kristeva (s/d) fala de uma “paixão maternal”, que diz respeito a um impulso arcaico transmitido de mãe para filha. Se, como vimos em Freud, a marca estrutural da sexualidade feminina é o ressentimento vivido em duas temporalidades, na fase pré-edípica e na fase negativa do Édipo, podemos também entender como marca estrutural essa paixão maternal, herança dessa relação.

Dufourmantelle ([2001] 2016, p. 18) é mais radical ao usar a expressão “selvageria materna” para indicar essa propensão arcaica e pré-histórica constituída no espaço-tempo pré-edípico, um território de pulsões caóticas e violentas.

Segundo a autora, a selvageria designa não somente a crueldade, que faz a mãe ser capaz de um infanticídio, mas também a capacidade de sacrificar a vida pelo filho, mostrando que está aí a raiz do amor e do ódio, como o sentimento de amódio que domina a relação mãe-bebê.

Assim, cada mulher porta uma semente que a liga à sua mãe e que se reatualiza nesse desejo/poder de ser mãe. Se o corpo falha na função de procriar, se a medicina falha na oferta de recursos para reverter a infertilidade, à justiça se apela e se reinvidica esse poder.

Lou-Andreas Salomé (1980) observa que a maternidade é que permite à mulher viver o seu melhor e mais feminino: ela vai além de si mesma, partilha o mistério da criação. Nesse ponto Lacan dialoga com Salomé ao aproximar o gozo feminino do gozo místico.

 

Considerações finais

Se, de um lado, essas reflexões abrem caminhos para se avançar na compreensão do feminino, de outro, permanece o mistério de um gozo que leva a mulher a viver no excesso, bordejando a loucura. Devastação, maternidade, sacrifício, sublimação são alguns atributos que a ela se ligam, mas que jamais esgotam o feminino.

A fase pré-edípica instaura uma condição estrutural de mulher para mulher que a alteridade do masculino não consegue suplantar. Permanece dessa relação arcaica uma semente que se reatualiza em diferentes contextos: na maternidade, na escolha do(a) parceiro(a) amoroso(a).

Não é por acaso que as esfinges são sempre femininas. Elas estão ali como enígmas. “Decifra-me ou devoro-te”.

 

Referências

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Endereço para correspondência
Edilene Freire de Queiroz
E-mail: edilenefreiredequeiroz@gmail.com

Elizabete Regina Almeida de Siqueira
E-mail: betesiqueira1@gmail.com

Pauleska Asevedo Nóbrega
E-mail: pauleskanobrega@hotmail.com

Recebido em: 05/05/2017
Aprovado em: 20/05/2017

 

 

SOBRE AS AUTORAS

Edilene Freire de Queiroz
Pós-doutora (Laboratoire de Psychopatholie Clinique, Université de Aix-Marseille I), Doutora em Psicologia Clínica (PUC SP), Professora titular e membro do Programa de Pós-graduação em Psicologia Clínica e Coordenadora da Linha de Pesquisa Psicopatologia Fundamental e Psicanálise (UNICAP). Psicanalista, Membro da Associação Universitária de Pesquisa em Psicopatologia Fundamental, Membro do Grupo de Trabalho “Psicopatologia e Psicanálise” da Associação Nacional de Pesquisa e Pós-Graduação em Psicologia (ANPEPP), Brasil, Bolsista de Produtividade nível PQ-2 do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPQ) do Ministério da Ciência e Tecnologia do Brasil. Membro do Conselho Científico das seguintes revistas: Psicologia Clínica da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Brasil; Revista Latinoamericana de Psicopatologia Fundamental da Associação Universitária de Pesquisa em Psicopatologia Fundamental; Tempo Psicanalítico; Psicologia Ciência e Profissão; Revista Estudos de Psicologia da Pontifícia Universidade Católica de Campinas (PUCCAMP), Brasil; Psicologia em Estudo; Alethéia. Autora de A clínica da perversão (2014) de diversos artigos publicados em revistas científicas indexadas. Desenvolve pesquisas na área de Psicologia Clínica e Psicanálise, com ênfase em Tratamento e Prevenção Psicológica, investigando, principalmente sobre: psicanálise, psicopatologia, perversão e atualmente em metapsicologia do corpo e sobre o tema da adoção e filiação.

Elizabete Regina Almeida de Siqueira
Psicanalista. Graduação e licenciatura em Psicóloga pela Faculdade de Ciências Humanas de Olinda, Doutora e Mestre em Psicologia Clínica pela Universidade Católica de Pernambuco. Professora do Programa de Pós-graduação em Psicologia Clínica da Universidade Católica de Pernambuco (UNICAP). Membro da Escola Brasileira de Psicanálise e da Associação Mundial de Psicanálise. Autora de Corpo escrito: um estudo sobre nomeações e marcas corporais (2014) e de vários artigos publicados em revistas indexadas e livros coletivos. Desenvolve pesquisas na área de Psicanálise, investigando, sobre novos sintomas e sua relação com o declínio do Simbólico e atualmente sobre o campo das Psicoses ordinárias.

Pauleska Asevedo Nóbrega
Doutoranda e Mestre em Psicologia Clínica pela Universidade Católica de Pernambuco (UNICAP), na linha de pesquisa Psicopatologia Fundamental e Psicanálise, Especialista em Saúde Mental pelas Faculdades Integradas de Patos (FIP), Graduada (Bacharelado e Licenciatura) em Psicologia pela Universidade Estadual da Paraíba (UEPB), com ênfase na Clínica Psicanalítica. Foi professora da Especialização em Saúde Mental pela Fundação de Ensino Superior de Olinda (FUNESO). Professora visitante da Especialização em Saúde Mental na Zenith – Clínica, Cursos e Consultoria pelo Instituto de Ensino Superior Múltiplo (IESM). Foi Psicóloga Clínica das Faculdades de Ciências Médicas (FCM). Colaboradora da Escola Brasileira de Psicanálise, Delegação Paraíba (EBP-DPB). Desenvolveu pesquisas nas seguintes áreas temáticas da Psicologia Clínica e da Psicanálise: saúde mental/psicose, urgência subjetiva, família, interface entre a primeira e a segunda clínica lacanianas. Atualmente, trabalha em pesquisas sobre as psicopatologias do corpo e metapsicologia do corpo, tendo estudado a relação corpo e transferência de Freud a Lacan e, recentemente, a relação corpo e feminino em psicanálise, mais especificamente, sobre o conceito lacaniano de devastação.

 

 

1“[...] uma face do Outro, a face de Deus, como suportada pelo gozo feminino”. (Tradução nossa).
2“[...] o que supre a falta de relação sexual é precisamente o amor”. (Tradução nossa).
3“Nós não somos senão um. Cada um está bem certo que isso jamais chegou entre dois que eles não fazem um. É disso que parte a id e ia de amor.” (Tradução nossa).

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