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Estudos de Psicanálise
Print version ISSN 0100-3437
Estud. psicanal. no.48 Belo Horizonte July/Dec. 2017
PAINEL TEMÁTICO - POLÍTICA, PSICANÁLISE E BIOPOLÍTICA
A psicanálise e o mal-estar na contemporaneidade
The psychoanalysis and the malaise in the contemporaneity
José Antonio Pereira da Silva
I Universidade Federal da Bahia
II Rede Diagonal Brasil
III Campo Psicanalítico de Salvador
IV Internacional dos Fóruns - Escola de Psicanálise dos Fóruns do Campo Lacaniano
RESUMO
O trabalho se propõe a discutir como a psicanálise conceitua desde Freud o mal-estar na civilização, analisar o mal-estar contemporâneo com a ferramenta dos discursos em Lacan e refletir sobre o que esperar da psicanálise diante do mal-estar na contemporaneidade. Considera-se que ao psicanalista cabe acolher o mal-estar, mas ele não pode sonhar em suprimi-lo. A psicanálise vai em busca do resgate do sujeito, do que o causa e o constitui. Conclui-se que, numa cultura capitalista, encontra-se em contrapartida a proposta psicanalítica, que continua apostando na recuperação do laço do ser falante com a palavra em sua dimensão discursiva. Nesse sentido, é preciso que cada um invente a sua arte de viver.
Palavras-chave: Psicanálise, Mal-estar, Contemporaneidade, Discursos.
ABSTRACT
The paper proposes to discuss how psychoanalysis conceptualizes since Freud the malaise in civilization; to analyze contemporary malaise with the tool of discourses in Lacan and to reflect on what to expect from psychoanalysis in the face of discontent in contemporary times. It is considered that the psychoanalyst should accept the malaise, but he can not dream of suppressing it. Psychoanalysis goes in search of the subject's rescue, of what causes and constitutes it. It is concluded that in a capitalist culture, the psychoanalytic proposal is in counterpart, which continues to bet on the recovery of the bond of the speaking being with the word in its discursive dimension. In this sense, each one must invent his art of living.
Keywords: Psychoanalysis, Malaise, Contemporaneity, Discourses.
O mal-estar na civilização a partir de Freud
No texto O mal-estar na civilização, Freud ([1930] 1980) revela sua preocupação, já naquela época, quanto à relação do homem com a felicidade e a infelicidade. Destacou que as nossas possibilidades de felicidade sempre são restringidas por nossa própria constituição. Mas a infelicidade é muito menos difícil de experimentar.
O sofrimento nos ameaça a partir de três direções:
[...] de nosso próprio corpo, condenado à decadência e à dissolução, e que nem mesmo pode dispensar o sofrimento e a ansiedade como sinais de advertência; do mundo externo, que pode voltar-se contra nós com forças de destruição esmagadoras e impiedosas; e, finalmente, de nossos relacionamentos com os outros homens (FREUD, [1930] 1980, p. 95, grifos nossos).
Quanto a essas três direções, Freud destaca que o sofrimento advindo do relacionamento com os outros homens, na família, no Estado e na sociedade, talvez seja o mais penoso de todos.
Para Freud ([1930] 1980) grande parte das lutas da humanidade centraliza-se em torno da tarefa única de encontrar uma acomodação conveniente, que traga felicidade, entre a revindicação do indivíduo e as revindicações do grupo.
Freud enumerou diversos métodos pelos quais os homens se esforçam para conseguir a felicidade e manter afastado o sofrimento, destacando a técnica da arte de viver, que naturalmente visa tornar o indivíduo independente do destino. Para esse fim, localiza a satisfação em processos mentais internos. Ao proceder assim, utiliza a deslocabilidade da libido, sem abandonar o mundo externo; pelo contrário, prende-se aos objetos pertencentes a esse mundo e obtém felicidade de um relacionamento emocional com eles.
Diferentes fatores operarão a fim de dirigir a escolha do homem, em que a constituição psíquica desempenha papel decisivo, independentemente das circunstâncias externas.
Segundo Freud ([1930] 1980), são três os tipos de escolhas possíveis:
• o homem predominantemente erótico, que dá preferência aos seus relacionamentos emocionais com outras pessoas;
• o narcisista, que tende a ser autossuficiente, buscará suas satisfações em processos mentais internos; e
• o homem de ação, que nunca abandonará o mundo externo, onde pode testar sua força.
Entretanto, certamente nenhum deles levará o homem à felicidade.
Vimos que Freud ([1913] 1980) traça a passagem da natureza à cultura, momento em que a humanidade se separa da animalidade. Utiliza-se de dois mitos: o mito do assassinato do pai primitivo (gozador), que funda a civilização, o qual cede lugar ao segundo, o mito do pai edipiano, aquele que se curva, ele próprio, à lei que enuncia anárquica (OLIVEIRA, 1998).
Enfim, podemos observar que a noção de civilização, em Freud, acabou se tornando, sinônimo da lei da renúncia ao gozo, fundada sobre o recalque das pulsões, das forças de desagregação e de dispersão.
Entretanto, o próprio Freud ([1930] 1980, p. 170) se questionava sobre isso, de forma que considero muito oportuna para os tempos atuais:
Até que ponto a espécie humana, através do desenvolvimento cultural conseguirá dominar a perturbação de sua vida comunal causada pelo instinto humano de agressão e autodestruição?
O mal-estar hoje: o que mudou?
Com base nessa pergunta é preciso destacar quais são as questões cruciais da contemporaneidade e verificar os recursos teóricos que a psicanálise tem para analisar e discutir as consequências dessas mudanças.
Vale lembrar o que Lacan ([1970] 1992) apontava acerca da participação do psicanalista na construção da sua época na forma do “ser-para-seu-tempo” do psicanalista, condição, segundo Teixeira (2011), imprescindível para dimensionar os efeitos das práticas engendradas pelo discurso capitalista sobre a subjetividade, a vida e, consequentemente, a clínica psicanalítica.
O ensino de Lacan nos possibilita analisar o mal-estar contemporâneo com a ferramenta dos discursos. Lacan define os discursos como aparelhos que ordenam a realidade, os laços sociais e suas práticas, seus modos de gozo e suas políticas, a partir dos discursos do mestre, da histérica, da universidade e da psicanálise. O quinto é o discurso do capitalista, que, de forma global, passou a dominar a política e a economia, em dissonância com a lógica que rege os outros quatro. O discurso capitalista traz um problema por estar fora da regulação do gozo regida pela impossibilidade estrutural da castração, configurando outras modalidades de gozo, outras práticas e outros laços sociais, que merecem ser interrogados (TEIXEIRA, 2011).
Uma das razões da força do discurso capitalista reside no fato de transformar objetos de gozo da economia subjetiva em objetos de consumo, unidos na sua origem. Gerado pelo desregramento tecnológico, o aparecimento da internet como uma espécie de revolução silenciosa, impõe um novo produto, que é a informação associada à velocidade de comunicação.
Outra mudança radical está relacionada ao gozar do próprio corpo. Estamos lidando, segundo Soler (2012), com o corpo civilizado, quer dizer, socializado. Há uma fábrica do corpo, de nossos corpos socializados. Um corpo que não é produto da natureza é antes um produto da arte. Um corpo domado para fazê-lo entrar em práticas coletivizadoras de corpo. Usamos e abusamos de nosso corpo, o que aponta para novas mudanças nas formas de lidar com o corpo.
Primeiro, tratamos o corpo como objeto, a começar pela imagem que temos dele, o nosso primeiro objeto. Ou o amamos, ou o odiamos, ou os dois, o que nos leva a procurar transformá-lo, melhorá-lo e distingui-lo. Usa-se cirurgias, que vão até mudança de sexo, nas operações sexuais, todas as práticas de piercing, tatuagem, anabolizantes, além do uso performático, erótico, do corpo que também pode ser vendido, emprestado, recusado, etc.
Para Soler (2012) há um limite do “fazer algo com”; está no nível sexual ou, mais precisamente, no nível da resposta de gozo do corpo, do qual o sujeito não é mestre. É verdade no nível do orgasmo sexual. Todos os malogros desse registro indicam bem isso, mas não apenas. Nas práticas sadomasoquistas, que estão tão na moda, é possível tudo, programar o roteiro, mas não é possível programar o efeito de gozo: ou é encontrado, ou não.
De acordo com Soler (2005), o discurso do capitalista produz precariedade – subjetiva – em todos os níveis: no trabalho, na vida conjugal, na ordem social, cultural, econômica e familiar. O sujeito parece responder apenas por suas escolhas individuais, o que resulta da fragilidade dos laços, especialmente dos laços dilacerados das famílias. O efeito disso é que todos estão ameaçados pela possibilidade de se reduzir a um objeto dejeto, um objeto no trabalho, na vida conjugal, na família, nas amizades, etc.
O discurso capitalista, para Teixeira (2005), provoca outras mudanças na condição do sujeito, que passa a ser regida pelos aparelhos que os objetos comandam e não pelo aparelho de gozo do inconsciente que os quatro discursos condicionam. O sujeito perde sua relação com o saber inconsciente, que passa a ter valor de mercadoria, produzido em larga escala, valendo quanto vende; o objeto causa de desejo é confundido com o objeto de consumo. A falta do Outro falta, o Outro é tomado como não barrado, modificando o destino da impossibilidade real, que deixa de ser o recalque, e passa à foraclusão com a falsa promessa de que tudo é possível, pois tudo se vende e tudo se compra, desde que o sujeito esteja incluído no sistema, o que é privilégio de alguns, mesmo assim, até para estes, essa promessa não passa de um engodo.
Discurso do capitalista
Discurso do analista
Os efeitos do discurso capitalista são cada vez mais evidentes no nosso dia a dia, a violência, tal qual se apresenta na contemporaneidade, e os impulsões/as compulsões, em especial a droga e o consumo:
• Desequilíbrio social e econômico: Hoje 1% da população mundial possui a maioria das riquezas produzidas na Terra, e os 99% restantes são formados de miseráveis e classes média baixa, média e alta (HALIMI, 2017).
• Aumento dos homicídios: Mapa da violência (2016) – 59.627 homicídios por armas de fogo em 2014 – são mais de 160 pessoas assassinadas por dia no Brasil. (BAVA, 2017)
• Perda de pacto civilizatório mínimo que constitui uma nação: Acompanhamos pela mídia e pelas redes sociais – microcenas de horror (como o assassinato do carroceiro Ricardo no Bairro de Pinheiros; a tatuagem na testa de um adolescente acusado de roubo de bicicleta em São Bernardo do Campo; a demolição de uma casa onde havia pessoas, no centro da cidade de São Paulo) e microcenas de barbárie (anunciada e executada pelo capital – na regulação das relações entre capital e trabalho, que atualiza um ‘capitalismo selvagem’, com novas leis que retiram dos trabalhadores direitos trabalhistas e previdenciários) e composto por enredo perverso, que retiram os direitos sociais e de cidadania dos trabalhadores (LEITE, 2017).
• Racismo e machismo: Modos da violência no Brasil – violência física, moral, psicológica e de imposição de formas de dominação (nas escolas, nas delegacias, no sistema de saúde, no transporte público, no mundo do trabalho, etc.). O quadro da violência no País indica como vítimas endêmicas jovens negros e pobres das periferias, bem como mulheres, em especial as negras. Portanto, genocídio do negro (há mais 147% de chances de um jovem negro de ser assassinado do que um branco ou amarelo [Atlas da violência de 2016) e feminicídio (três mulheres são assassinadas por dia (2016), a maioria negra), somados ao etnocídio é a síntese de uma das características dessa violência (TELES, 2017).
• A barbárie nas redes sociais da internet compartilhada: Impressos ou filmados, meio e mensagem praticam e disseminam a barbárie. “Curtir” ou passar adiante (VIANA, 2017).
• Fascismo: O reaparecimento explícito no Brasil de atitudes ou procedimentos próprio de fascistas – com atos de violência antiliberais (que não respeitam e não aceitam as diferenças) e são antidemocráticos (não respeitam a soberania popular, a distribuição equitativa de poder nem a liberdade do outro, a autoridade)
De acordo com (TEIXEIRA, 2005) um problema do discurso do capitalista se evidencia através da violência, que não é mais da ordem do mal-estar da cultura ou do discurso, porém da ordem da devastação, do impasse, do curto-circuito do desejo decorrente da precariedade dos recursos que sustentam tais laços.
As violências e os dados relatados apontam evidentemente para uma mudança radical, em que criminosos zombam abertamente da lei, ao acenar com as garantias da impunidade vigente. Tudo leva a crer que os seres dessa nova ordem discursiva substituíram a angústia, a culpa, a autopunição superegoica por atos violentos sem a intermediação simbólica da demanda ao Outro. Reina soberano uma espécie de imperativo de gozo cruel sem Outro, uma operação de redução do Outro a objeto, cujo destino é ser cruelmente destruído.
Por outro lado, no artigo A psicanálise e o capitalismo, Soler (2012) aponta que os psicanalistas de hoje adquiriram o hábito de incriminar o capitalismo. Mas nos diz que essas queixas merecem ser pesadas, pois não se pode imputar ao capitalismo as infelicidades do sexo. Pensou-se que, se alguém goza mal, é por efeito de um mau arranjo da sociedade a união que se espera das almas e dos corpos. Não é culpa da sociedade se a coisa não vai bem. Lembra que o axioma “não há relação sexual”, que a psicanálise lacaniana atesta, não é efeito do capitalismo. Os arranjos propostos pelos discursos são, em todos os casos, incapazes de estancar uma “maldição sobre o sexo”, que vem de outro lugar.
Qual é o resultado disso? É algo bastante paradoxal, já que as satisfações obtidas são ao mesmo tempo insatisfações num mercado da falta de gozo generalizada, pois todas as ofertas feitas pelo discurso capitalista, consumo e êxito “narcínico”, como nomeia Soler (2012, p. 208), implica individualismo furioso, competição e instabilidade generalizada dos laços, do trabalho, do estado do mundo, etc. Portanto, essa oferta é o próprio objeto das insatisfações e das queixas. E é possível constatar que a insatisfação, nos sujeitos contemporâneos se dá, tanto nos perdedores como nos ganhadores.
Segundo Soler (2012), a multiplicação das vítimas com a escalada correlativa da vitimização não prevalece apenas porque o universo capitalista é duro e transforma a satisfação e a insatisfação em irmãs gêmeas.
Isso acontece porque o capitalismo destrói o capital simbólico, que não se reduz ao estoque de saberes transmitidos, mas inclui os valores, estéticos, morais e religiosos. São eles que permitem dar sentido às atribuições dos sujeitos ou compensá-las, permitindo suportá-las organizando defesas íntimas. Percebe-se que não é que não haja mais valores, mas, diferentemente do mercado, eles não estão globalizados. Ao contrário, estão fragmentados, localizados, e as coisas são menos compartilhadas.
Nesse contexto histórico, surge a psicanálise como um novo discurso, ao nomear um novo saber próprio ao inconsciente e à pulsão. Embora filha legítima do discurso da ciência numa organização econômica capitalista, a psicanálise não veio ao mundo para assegurar os resultados almejados pelos empreendimentos capitalistas, tampouco ficou seduzida por suas quinquilharias. Ao contrário, prescindiu de quaisquer que fossem suas invenções para operar uma nova prática clínica e, num movimento inverso, reafirmou a soberania da economia psíquica, apostando num novo laço social baseado exclusivamente no poder de reinvenção da vida pela fala (TEIXEIRA, 2014).
Nessa posição, o discurso psicanalítico é convocado a analisar um fator relevante para a criação do laço social capitalista. Trata-se da relação do saber com o gozo, vigente no coração da ciência. Essa relação pode ser explicitada, por um lado, pelo mais de gozo e, por outro, pelo saber como meio de gozo, correspondendo, respectivamente, à mais-valia e ao novo mercado.
O que esperar da psicanálise diante do mal-estar na contemporaneidade
Diante desse cenário, a psicanálise é elevada ao estatuto de discurso de urgência na civilização. Um discurso de resistência que, para Soler (2012), valoriza outro Real, o falasser, que trabalha esse Real para enodá-lo ao Eros possível laço vivível. Chega a dizer que essa oferta traz a possibilidade de uma mudança sensível da demanda social.
A psicanálise vai em busca do resgate do sujeito, do que o causa e o constitui. Essa parece ter sido a posição de Lacan, ao atribuir ao discurso do psicanalista uma saída possível para os impasses colocados pelo discurso capitalista.
Cabe à psicanálise, sem pretensões revolucionárias ou subversivas e sem estar atrelada a ideologias, partidos ou tendências morais, imprimir sua política no exercício da sua prática clínica, ao convocar cada sujeito a dizer a sua verdade. Podemos também considerar que é da ordem da política da psicanálise conceber a subjetividade – entre inconsciente e pulsão – como estrutura de linguagem e como discurso, modalidades de gozo no laço social (TEIXEIRA, 2014)
De acordo com Soler (2012), ao psicanalista cabe acolher o mal-estar, mas não pode sonhar em suprimi-lo. A partilha que lhe interessa é a produzida pelo inconsciente, sempre individual, que inscreve uma barreira entre as satisfações/insatisfações, comodidades e mal-estares padronizados, de um lado, e, do outro lado, a verdade do gozo, essa verdade que em cada um, responde por ficções, ou fixões, sempre particulares.
Considerações finais
Numa cultura capitalista encontra-se em contrapartida, a proposta psicanalítica que continua apostando na recuperação do laço do ser falante com a palavra em sua dimensão discursiva. Confronta o discurso do capitalista ao resgatar o direito à insatisfação, como não se reduzisse a insaciedade. É o analista que pode dizer ao mercado que não há o objeto da satisfação. Que não se trata de que temos muito ou pouco, pois não há nem haverá no mercado jamais o objeto que poderia nos satisfazer.
Há uma política a deduzir do ato analítico, que é a noção política do gozo, que requer que o ato mesmo de tomar a palavra se faça ação, porque falar é gozar. Sem confundir sua participação política com a de outros campos, a psicanálise circunscreve a sua à política do particular, em que o sintoma do sujeito dá a medida das mudanças, opondo-se vigorosamente a adaptar-se à realidade vigente e à demanda dos discursos, revelando que o gozo insiste, independentemente do que lhe é imposto ou concedido pelos pactos sociais. Nesse sentido, é preciso que cada um invente a sua arte de viver.
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Endereço para correspondência
E-mail: jpereirasilva04@gmail.com
Recebido em: 27/11/2017
Aprovado em: 17/12/2017
SOBRE O AUTOR
José Antonio Pereira da Silva
Psicólogo.
Psicanalista.
Mestre em Estudos Interdisciplinares sobre a Universidade - UFBA,
Professor Universitário,
Membro e AME da IF-EPFCL,
Membro da Rede Diagonal Brasil e do Campo Psicanalítico de Salvador.
Organizador das coletâneas publicadas Modalidades do gozo (Salvador: Campo Psicanalítico, 2007) e Topologia da fala (Salvador: Campo Psicanalítico, 2015).
Autor de diversos artigos.