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Psicologia em Revista
Print version ISSN 1677-1168
Psicol. rev. (Belo Horizonte) vol.27 no.1 Belo Horizonte Jan./Apr. 2021
EDITORIAL
Prezados leitores e leitoras,
Sempre aberta à diversidade e complexidade do campo da Psicologia, tanto na pesquisa quanto nas experiências de trabalho e de intervenção psicológica, Psicologia em Revista reúne, neste primeiro número de 2021, diversas perspectivas teórico-metodológicas que mostram a riqueza que compõe esse campo na atualidade.
Os cinco primeiros artigos tratam do tema da violência, em suas diversas faces, como a violência doméstica e os afetos, as consequências da violência sexual, a violência de gênero sofridas por lésbicas e as dimensões da violência atual presentes no laço social que podem ser articuladas com o auxílio das noções psicanalíticas de desamparo e ausência do outro.
O artigo que segue, sobre o Programa de Proteção a Testemunhas, também fruto de políticas para lidar com a violência, explora a lógica mercantilista que opera nessa política pública, em sintonia com a racionalidade atual do Estado, e indica a necessidade de modificá-la.
Em seguida, temos três artigos que tratam das relações de trabalho e seus efeitos subjetivos. O primeiro deles aborda a precarização das relações na Pós-Modernidade, o segundo trata da clínica do trabalho em uma instituição judiciária federal, e o terceiro explora como o discurso sobre o risco produzido no Sistema Nacional de Proteção e Defesa Civil pode limitar a problematização de questões políticas e sociais relacionadas a emergências.
Temos, depois, dois artigos que tratam de questões muito atuais em relação ao campo da saúde. O primeiro sobre o atendimento em saúde, tendo em perspectiva os transexuais. O segundo, reportando resultado de pesquisa sobre o sofrimento mental de mulheres durante a pandemia e alguns de seus efeitos.
Na sequência, são apresentados dois artigos que tratam de crianças, porém com focos distintos, ambos relevantes. Um deles relata a intervenção realizada em escola com crianças do ensino fundamental para desconstruir estereótipos e afrouxar as amarras do controle e da disciplina, e o outro realiza uma revisão de literatura sobre o tema da compreensão emocional infantil.
Por fim, temos dois artigos de cunho teórico que exploram questões contemporâneas. O primeiro procura refletir sobre como as novas tecnologias podem modificar a forma de comunicação entre os psicanalistas e interferir nas modificações teóricas que a psicanálise sofre ao longo das épocas. O segundo explora o tema da correspondência identitária, buscando articular as contribuições sobre a noção de identidade oriundas de diferentes matizes teóricos.
Boa leitura!
A Comissão Editorial