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Revista da Abordagem Gestáltica
Print version ISSN 1809-6867
Rev. abordagem gestalt. vol.15 no.1 Goiânia June 2009
DISSERTAÇÕES E TESES
Título Heidegger e Lacan: a linguagem do ponto de vista ontológico e da prática analítica
Autor(a) Ívena Pérola do Amaral Santos
Instituição Universidade de Brasília - UnB
Programa Programa de Pós-Graduação em Psicologia Clínica e Cultura (Doutorado)
Banca Norberto Abreu e Silva Neto (Orientador - UnB)
Regina Fabbrini (PUC/SP)
Maria do Rosário Dias Varella (UNIP/DF)
Gerson Brea (UnB)
Daniela Scheinkman Chatelard (UnB)
Defesa 13 de março de 2009
Resumo Este estudo busca encontrar na teoria psicanalítica de Jacques Lacan, formulada a partir do entendimento de que o inconsciente estrutura-se como uma linguagem, elementos que correspondam às análises efetuadas por Martin Heidegger da estrutura do Dasein e sobre a questão do Ser. Por se tratarem de âmbitos conceituais distintos, uma exposição sobre a diferença entre o ontológico e o ôntico mostra-se necessária, e esta é apresentada a partir do pensamento heideggeriano. Após a exposição da teoria da linguagem que cada autor propõe, buscar-se-á responder a pergunta sobre a possibilidade de uma aproximação entre ambos, tendo-se em mente que eles não se equivalem nem se subordinam, como também não representam um a continuidade do outro. O que anima o presente estudo é a visão de homem comum aos dois autores: seja ele Dasein ou sujeito, o homem não permite uma interpretação naturalizante nem substancializadora. Os principais textos utilizados foram Ser e Tempo e Seminários de Zollikon, de Heidegger, e Escritos e os seminários de 1955 a 1969, de Lacan. Para este estudo foi realizada uma pesquisa bibliográfica, donde se constatou que há poucas referências que tratam de um diálogo entre Heidegger e Lacan, pelo menos na língua portuguesa. O que se concluiu foi que, nos primeiros anos do ensino de Lacan, Heidegger de fato é presença constante em suas elaborações, particularmente quanto à linguagem ser o que constitui o sujeito enquanto reveladora da verdade em relação ao seu desejo. As divergências conceituais e metodológicas que efetivamente ocorrem não são consideradas para que se garanta a integridade de cada pensador no seu campo de investigação.
Palavras-chave Heidegger; Lacan; Linguagem; Fenomenologia hermenêutica; Psicanálise.
Abstract This paper intends to find in Jacques Lacan’s psychoanalytic theory, formulated from the understanding that unconsciousness is structured as a language, elements that correspond to analysis accomplished by Martin Heidegger of the structure of Dasein and about the question of Being. Dealing distinct conceptual scopes, an exposition about the difference between ontological and ontic is necessary and is presented from Heidegger’s thinking. After exposing the theory of language that each author propose, an answer is searched on the question about the possibility of an approximation between them, keeping in mind that they are not equivalent nor subordinating, as they do not represent a continuity involving one or another. What animates the present study is the concept of human being usual to both authors, being it the Dasein or the subject, human beings do not allow a naturalizing nor substantialize interpretation. The main texts used are Heidegger’s “Being in time” and Zollikon Seminars and Lacan’s Écrits and the seminars from 1955 until 1969. To this study was realized a bibliographic research, in which it was concluded that are few bibliographic references, at least in Portuguese, of a dialog between Heidegger and Lacan. The conclusion is that, in the first years of Lacan’s taught, Heidegger is, in fact, a constant presence in his thinking, particularly in the language that constitutes the subject, as a revealer of truth relative to his desire. The conceptual methodological divergence that effectively occurs is not considered to assure each thinker’s integrity in his arena of investigation.
Keywords Heidegger; Lacan; Language; Hermeneutic phenomenology; Psychoanalysis.
Résumé Cette étude il cherche trouver dans la théorie psychanalytique de Jacques Lacan, formulé à partir de l’accord dont l’inconscient structure comme une langage, éléments qui correspondent à eux tu analyses effectuées par Martin Heidegger de la structure du Dasein et sur la question de l’Être. S’agir de contextes conceptuels distincts, une exposition sur la différence entre l’ontologique et ontique se montre nécessaire, et celle-ci est présentée à partir de la pensée heideggerienne. Après une exposition de la théorie de la langage que chancun propose, il se cherchera répondre à la question sur la possibilité d’une approche entre les deux, en ayant à l’esprit que ils ne s’équivalent pas ni se subordonnent, comme ils ne représentent aussi pas une continuité de l’autre. Ce qu’anime présente étude est la vision d’homme commun aux deux auteurs: soit il Dasein ou sujet, l’homme ne permet pas une interprétation naturanisé ni substanciel. Les principaux textes utilisés ont été Être et Temps et Séminaires de Zollikon, de Heidegger, et Écrits et les séminaires de 1955 à 1969, de Lacan. Pour cette étude est réalisée une recherche bibliographique, dont il s’est constaté qu’il y a peu de références qui traitent d’un dialogue entre Heidegger et Lacan, pour le moins dans la langue portugaise. Ce que s’est conclu a été que, dans premières années de l’enseignement de Lacan, Heidegger en fait est présence constant dans leurs élaborations, particulièrement combien à la langage être ce qui constitue le sujet tant que révélateur de la vérité concernant son désir. Les divergences conceptuelles et méthodologiques qui efficacement se produisent sont considérées pour que se garantisse l’intégrité de chaque penseur dans son champ de recherche.
Mots clés Heidegger; Lacan; Langage; Phénoménologie herméneutique; Psychanalyse.
Texto completo http://bdtd.bce.unb.br/tedesimplificado/tde_busca/arquivo.php?codArquivo=5170