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Revista Subjetividades

Print version ISSN 2359-0769On-line version ISSN 2359-0777

Rev. Subj. vol.15 no.2 Fortaleza Aug. 2015

 

RESENHA

 

O sal da terra - A gênese de Sebastião Salgado

 

The salt of the earth - The genesis of Sebastião Salgado

 

La sal de la tierra - La génesis de Sebastião Salgado

 

Le sel de la terre - La genese de Sebastião Salgado

 

 

Michel Renan Rodrigues de AndradeI; Clara Virginia de Queiroz PinheiroII; Verônica Siqueira AraújoIII; Dímitre Sampaio MoitaIV

IFormado em Comunicação Social e é Mestrando em Psicologia pela Universidade de Fortaleza; atualmente realiza pesquisas pelo Laboratório de Estudos sobre Psicanálise, Cultura e Subjetividade
IIDoutora em Saúde Coletiva pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (2002), pós-doutorado no CNRS/CERME3/Université Paris-Descartes, mestrado em Psicologia pela Pontificia Universidade Catolica de Campinas (1992) e graduação em Psicologia pela Universidade Federal do Ceará (1986). Professora titular do Programa de Pós-Graduação em Psicologia da Universidade de Fortaleza
IIIFormada em Psicologia e Mestre em Psicologia pela Universidade Federal do Ceará; Professora do curso de Ciências Sociais da Universidade Regional do Cariri
IVFormado em Psicologia e Mestre em Psicologia pela Universidade Federal do Ceará; atualmente realiza pesquisas pelo Núcleo de Pesquisa em Trabalho (NUTRA)

Endereço para correspondência

 

 

Da tela negra escutamos a voz de Wim Wenders: "Um filme sobre a vida de um fotógrafo? Talvez deva começar recordando a origem dessa palavra. Em grego fos significa luz, e grafês significa escrever, desenhar. Um fotógrafo é, literalmente, alguém que desenha com a luz. Alguém que desenha o mundo com luzes e sombras". E assim, à medida que essas palavras são ditas, a tela escura vai ganhando tonalidades, revelando-nos a imagem impactante dos trabalhadores de Serra Pelada, no sudeste do Pará. Assim é o início de O Sal da Terra (2014), filme dirigido pelo alemão Wim Wenders e pelo franco-brasileiro Juliano Salgado, filho do personagem principal, o fotógrafo Sebastião Salgado.

O documentário descreve a jornada de Sebastião na criação de sua fotografia social. Ao longo dos 110 minutos de filme, acompanhamos um ciclo que vai do lugar onde o fotógrafo nasceu, a fazenda paterna no interior de Minas Gerais, a Paris em que se refugiou durante a ditadura no Brasil. Sua trajetória nos leva pelos quatro cantos do mundo, nas viagens em que como um aventureiro construiu sua obra; para depois retornar ao ponto de origem, a fazenda da infância revivida e renovada na velhice.

A linha que guia a narrativa são suas cinco maiores obras, Outras Américas (1977-1984); Sahel: the end of the road (1984-1985); Trabalhadores (1986-1991); Êxodos (1993-1999); Gênesis (2004-2013). As falas dos codiretores, por vezes narram o documentário, mas os principais locutores são Sebastião e sua fotografia. Por meio de uma eleição estética de muita coragem, o filme é apresentado, em sua maior parte, em preto e branco, como são os quadros do fotógrafo, recurso que nos transporta de modo quase contínuo entre as histórias vividas por Sebastião Salgado e a própria narrativa tecida no documentário.

Esta não é uma biografia tradicional, não se recorre à infância para mostrar que na criança havia toda a vocação do fotógrafo adulto, que ali se traçavam os primeiros passos de uma trajetória que resultaria invariavelmente no homem que observamos agora. Não é esse o caso, a vida de Sebastião Salgado, como a de qualquer sujeito moderno, não é um transcorrer inexorável, mas sim um percurso de escolhas e descobertas.

Sebastião estudou Economia na Universidade Federal do Espírito Santo, em Vitória, onde conheceu Lélia, estudante de arquitetura com quem casaria e viveria até o presente. Aproximou-se dos movimentos políticos de esquerda na época da ditadura militar e refugiou-se do Brasil indo morar em Paris, onde finalizou seu mestrado em Economia e passou a trabalhar na área. Foi na capital francesa onde teve o contato com a primeira câmera de fotografar, pertencente à sua esposa, que usava a câmera para registrar imagens de prédios. Salgado logo se apropriou da máquina e passou a fotografar de tudo. Não demorou para o casal tomar uma decisão ousada: Sebastião largaria o seu promissor emprego de economista para se dedicar à fotografia. O casal gastou boa parte de sua economia em materiais fotográficos. Em início de carreira, Salgado fez fotos de casamentos, esportes, retratos e nus, até decidir fazer seu primeiro projeto autônomo: Outras Américas (1977-1984).

Sebastião percorreu a América Latina por 8 anos. Sua escolha partiu de um sonho antigo de conhecer as montanhas da região e da curiosidade em relação à agitação social que o subcontinente experimentava com o pensamento da Teologia da Libertação1. Nesta obra, Sebastião nos oferece o testemunho da riqueza étnica que encontrou em países como México, Peru, Equador e Bolívia.

Observando suas imagens de Outras Américas (1977-1984), Sebastião revela o poder que o retrato, como um registro humano, tem para ele: "A força do retrato é que, numa fração de segundos, se compreende a vida da pessoa".

Entre os anos de 1981 e 1983, Sebastião fotografou o Nordeste brasileiro, onde testemunhou um povo assolado pela mortalidade infantil, coagido a tornar-se retirante, e que lutava por condições de vida mais justas através de organizações como o Movimento dos Sem Terra. Foi diante do sofrimento que testemunhou no Nordeste que Sebastião deu novo sentido à sua fotografia, um sentido de crítica social que atingirá seu ponto máximo no trabalho seguinte: Sahel: the end of the road (1984-1985).

Em 1984, através de uma parceria com a Organização Não-Governamental Médicos sem Fronteiras, o fotógrafo viajou para o Sahel, território situado entre o deserto do Saara e a savana do Sudão, onde grandes porções da população sofriam com a fome, a cólera e as guerras constantes entre diferentes grupos étnicos que se sucediam no poder. "Morrer aqui é como a vida do dia a dia. As pessoas se acostumam com a morte (...) cada pessoa que morre é uma parte do mundo que morre", diz Sebastião com a voz embargada pela emoção que a memória evoca. São imagens impactantes de humanos cadavéricos; olhos cinzentos e sem brilho que revelam a morte; uma multidão tentando fugir das terras secas e da guerra que os cerca. Trata-se de um dos trabalhos mais fortes de Salgado, o qual mostra o sofrimento de um povo assolado pela guerra e pela tirania de um governo que impedia a distribuição de alimentos à população: "Uma desonestidade política brutal", ele afirma.

O livro Sahel: the end of the road (1984-1985) e a exposição organizada por Lélia foram vistos por um grande público, e fizeram com que a opinião pública se questionasse sobre as reais causas da catástrofe humana vivida no continente africano.

Em seu terceiro livro, sempre em parceria com Lélia, Sebastião apresentou "uma espécie de homenagem a todos homens e mulheres que construíram o nosso mundo". Trabalhadores (1986-1991) é uma arqueologia da era industrial, em que o fotógrafo, após ter viajado quase 30 países, observou metalúrgicos da União Soviética, demolidores de navios de Bangladesh, pescadores da Galícia e da Sicília, agricultores de chá de Ruanda e garimpeiros da Serra Pelada, entre outros. Apesar de apresentar um olhar diferente daquele que conduzira suas duas primeiras obras, Sebastião continuou sua narrativa da condição humana, agora através do trabalho. Ao longo dos capítulos de Trabalhadores (1986-1991) observamos a imersão do fotógrafo nos diversos ambientes de manufatura e, através de seus retratos, testemunhamos a humanidade desses trabalhadores. Este foi um dos mais divulgados livros do fotógrafo. Publicado em vários idiomas, com fotos em várias revistas e uma exposição que ganhou o mundo, Trabalhadores (1986-1991) é a obra em que o economista que Sebastião fora encontra o artista que ele havia se tornado.

Para sua obra seguinte, Sebastião escolheu como tema o descolamento de grandes contingentes populacionais, causado pela guerra, pela fome ou pelas regras do mercado global. Buscou compreender o movimento de pessoas que migravam das regiões mortas, das regiões miseráveis e afundadas em guerras em busca de uma nova vida. O resultado de 7 anos de trabalho e muitas outras viagens foi o projeto Êxodos (1993-1999). Como afirma Wenders: "O livro tenta despertar a consciência mundial sobre o dia a dia de todos os refugiados".

Sebastião viajou todo o mundo, mas a África tem um espaço privilegiado em seu trabalho. Seus olhos se voltaram para Ruanda, onde após um atentado ao avião presidencial ruandês, se deu início a uma perseguição ao povo tutsi, minoria étnica responsabilizada pelo atentado que levou à morte do presidente, da etnia hutu. O país entrou em guerra civil e os tutsis migraram em massa para países vizinhos como Tanzânia, Uganda e Burundi. "Era uma catástrofe generalizada", diz o fotógrafo, que testemunhou estradas repletas de pessoas que acampavam no caminho, pessoas que carregavam todos os seus pertences em bicicletas.

Como estava na Tanzânia, Salgado percorreu o caminho contrário ao dos refugiados, indo até a fronteira com Ruanda reportar o que acontecia. E o que viu foi o maior desastre por ele testemunhado. Corpos mortos espalhados por todos os cantos: "foi aí que entendi a dimensão da catástrofe que estava testemunhando", afirma Sebastião. Segundo ele, os 150 quilômetros de estrada que percorreu eram "150 quilômetros de cadáveres". Ruanda estava afundada no horror e na miséria da guerra. Não foi diferente ao chegar aos acampamentos de refugiados, onde encontrou um povo faminto, doente, aterrorizado, vivendo em milhares de barracas.

Em 1994, na antiga Iugoslávia, Sebastião acompanhou a fuga causada pela expulsão de mais de 200 mil sérvios da região da Krajina, na Croácia. Muitos homens sérvios jovens foram mortos pelo exército croata, restando uma população de refugiados constituída mormente de mulheres, crianças e idosos. A barbárie dessa limpeza étnica chamou a atenção por se passar dentro da Europa, dando provas de que a violência e a brutalidade não eram monopólio de povos distantes do mundo ocidental industrializado, mas estavam ali, "do lado de casa", como afirma Sebastião, eram pessoas que tinham um padrão de vida europeu e estavam sendo assassinadas ou alijadas de seus direitos mais básicos.

Ainda em 1994, Sebastião volta seu olhar novamente para o conflito ruandês. Com a reviravolta da guerra, os tutsis retomaram o governo e se tornaram então os genocidas. Os sobreviventes hutus fugiram de Ruanda, aglomerando-se nos campos e savanas, nas montanhas e nas florestas do Congo, antigo Zaire. Fome e doenças se espalhavam entre a população e cerca de 12 a 15 mil pessoas morriam por dia.

O relato visual de Êxodos (1993-1999) apresenta o extremo do sofrimento humano, e é diante dessas imagens que Sebastião afirma: "Somos um animal muito feroz. Nós humanos somos um animal terrível. Seja na Europa, seja na África, seja na América Latina, em toda parte. Somos de uma violência extrema de verdade. Nossa história é uma história de guerras. É uma história sem fim. Uma história de repressão, uma história...doentia".

Ao deixar o Congo, Sebastião se sentia doente, como se a própria condição humana lhe fosse uma doença na alma: "Ao sair dali, eu estava doente. Não era uma doença infecciosa. Mas, minha alma estava doente". Com o que testemunhara do conflito ruandês, passou a se questionar sobre o próprio trabalho do fotógrafo social e seu papel como testemunha da condição humana. Wenders afirma: "Sebastião havia desaparecido no mundo das sombras".

Sebastião voltou para casa, a fazenda de seu pai, onde tudo começou. Era lá onde estavam as lembranças mais felizes de sua vida. Sua alma doente pedia por cura. No entanto, o que encontrou foi uma região desmatada e imagens de seca como aquelas que retratou no Nordeste brasileiro em Outras Américas (1977-1984). Lélia lhe fez uma proposta inusitada: recuperar a floresta e a biodiversidade das terras da fazenda. Assim, o casal passou a se dedicar ao reflorestamento da área de 600 hectares que compreendia a fazenda, e o que começou como uma busca por um novo alento para Sebastião, resultou na criação do Instituto Terra, uma organização civil sem fins lucrativos responsável pelo plantio de mais de 2 milhões plantas de espécies de Mata Atlântica.

A natureza foi a cura para a alma de Sebastião e ele tomou a arriscada decisão de transformá-la no objeto de sua fotografia, já que até então sua obra tinha como temática a condição humana. Assim nasceu a ideia de Gênesis (2004-2013), mais recente trabalho de Sebastião Salgado. O projeto é uma homenagem ao planeta Terra: "Para a nossa surpresa, descobrimos que quase a metade do planeta continua sendo ainda como no dia da gênese", diz ele. Em sua primeira viagem, foi às Ilhas Galápagos, visitadas por Charles Darwin em 1835 em sua expedição a bordo do Beagle. Sebastião queria compreender aquilo que Darwin havia compreendido, a evolução das espécies condicionada pelos diferentes ecossistemas da ilha. Foram 8 anos de observações e muitas outras viagens que levaram Sebastião à compreensão da íntima relação entre a vida e o planeta.

O ser humano reaparece como objeto em Gênesis (2004-2013), não a humanidade cujo sofrimento deve ser denunciado, mas a humanidade intacta, alheia à tecnologia moderna, enfim, a humanidade que se veria no princípio dos tempos (no livro exemplificada pelos nenets na Sibéria e os zo'é no Brasil). Gênesis (2004-2013) é carregado de um otimismo holístico: "Uma carta de amor à Terra", segundo Wenders.

Esse é o liame central da narrativa de O Sal da Terra (2014), as cinco maiores obras de Sebastião Salgado. Ao longo do documentário, somos convidados a observar essa obra a partir dos olhos do próprio fotógrafo e a conhecer as escolhas de foro pessoal que envolveram sua produção. Interpretar a fotografia de Sebastião Salgado é, também, entender o homem que ele é: um homem que vê no trabalho, nos conflitos políticos, na relação dos homens com o meio ambiente, os condicionantes básicos da existência humana, e que através de sua obra deseja transmitir um relato pujante do momento histórico que vivemos.

A obra de Sebastião Salgado remete à constatação, a nosso ver, fundamental da Psicologia Social de que não existe uma natureza e sim uma condição humana. Aceitar a proposição de uma natureza humana seria subscrever uma visão essencialista de humanidade, em que as características mais singulares dos sujeitos são determinadas antes mesmo de seu nascimento. Contrária a isso, a Psicologia Social compreende a ação consciente do homem no mundo pautada pelas próprias condições materiais de sua existência, assim, observa os sujeitos como processos históricos em construção (como em construção está a própria história).

As fotografias de Salgado ilustram com grande poder a intimidade presente na relação homem/mundo descrita por Hannah Arendt em A condição humana.

Os homens são seres condicionados: tudo aquilo com o qual eles entram em contato torna-se imediatamente uma condição de sua existência. O mundo no qual transcorre a vita activa consiste em coisas produzidas pelas atividades humanas; mas, constantemente, as coisas que devem sua existência exclusivamente aos homens também condicionam os seus atores humanos. (Arendt, 2001, p. 17)

Por vita activa Arendt (2001) designa três atividades fundamentais, o labor, o trabalho e a ação. O labor corresponde aos processos biológicos e às necessidades por eles criadas, "a condição humana do labor é a própria vida" (p.15), afirma. O trabalho é a atividade que produz o mundo artificial, "a condição humana do trabalho é a mundanidade" (p. 15). Por fim, a ação é a atividade que se dá exclusivamente entre os homens, sem mediação das coisas. A ação é a atividade política em si: "todos os aspectos da condição humana têm alguma relação com a política" (p. 15).

Desde seus relatos fotográficos da fome no nordeste brasileiro, da morte no Sahel, dos garimpeiros da Serra Pelada aos metalúrgicos da União Soviética, Salgado expressa a irredutibilidade da condição humana a uma só dimensão. A tentativa de compreender a existência humana exige, para Arendt assim como para Salgado, um olhar profundo sobre as experiências concretas nas quais se desenvolve a vida dos sujeitos. Labor, trabalho e ação se entrelaçam numa trama indissociável, capturada pelas lentes e decalcada na fotografia de Sebastião Salgado.

O documentário, como relato da produção artística e da jornada individual do fotógrafo, é de grande inspiração para aqueles que desejam trilhar o caminho de uma Psicologia Social crítica e reflexiva. A trajetória de Sebastião parte da na denúncia da desigualdade opressora que toma contornos de barbárie em diversos momentos a uma prática que se deseja transformadora, percorrendo o que acreditamos ser o desafio maior do psicólogo social, qual seja, desenvolver um pensamento crítico da realidade que o cerca e encontrar formas de saber de caráter emancipador. Quando a injustiça social reveste-se das proporções mostradas por Salgado, a potencialidade do humano resta limitada, como constata Leontiev (1978):

É por isso que a questão das perspectivas de desenvolvimento psíquico do homem e da humanidade põe antes de mais nada o problema de uma organização equitativa e sensata da vida da sociedade humana - de uma organização que dê a cada um a possibilidade prática de se apropriar das realizações do progresso histórico e participar enquanto criador no crescimento destas realizações. (p. 257)

Além disso, é interessante observar a construção do sujeito Sebastião Salgado; as forças que tencionaram os caminhos em sua vida; sua resistência à tradicional cultura burguesa de formação e carreira seguras; o interesse em buscar construir nos desafios da arte uma visão sobre o humano e sobre a natureza.

O filme de Win Wenders e Juliano Salgado nos deixa muito clara essa constituição do sujeito Sebastião Salgado - desde sua ausência familiar, passando por seus testemunhos da condição humana a seu retorno ao braço da família e do próprio planeta -, sua ética e seus questionamentos. O filme trilha da política à ética, dos conflitos sociais aos conflitos pessoais. Os diretores constroem um documento biográfico de um sujeito produto/produtor de si e do ambiente que o cerca. A vitória de Salgado está em seu trabalho, que saiu da morte, da secura, do esvaziamento do sentido de ser humano ao retorno ao ambiente natural, à recuperação da própria natureza.

 

Referências

Arendt, H. (2001). A condição humana. Rio de Janeiro: Forense Universitária.         [ Links ]

Leontiev, A. (1978). O desenvolvimento do psiquismo. Lisboa: Livros Horizonte.         [ Links ]

Rosier, D. Salgado, J., & Wenders, W. (2015). O Sal da Terra. França, Brasil e Itália: Décia Filmes, Amazonas Images, Solares Fondazione dele Arti.         [ Links ]

Salgado, S. (2000). Êxodos (1993-1999). São Paulo: Companhia das Letras.         [ Links ]

Salgado, S. (2013). Gênesis (2004-2013). Colonia: Taschen.         [ Links ]

Salgado, S. (2015). Outras Américas (1977-1984). São Paulo: Companhia das Letras.         [ Links ]

Salgado, S. (2004). Sahel: the end of the road (1984-1985). Califórnia: University of California.         [ Links ]

Salgado, S. (2006). Trabalhadores (1986-1991). São Paulo: Companhia das Letras.         [ Links ]

 

 

Endereço para correspondência:
Michel Renan Rodrigues de Andrade
Avenida Washington Soares, nº 1321, Edson Queiroz
Fortaleza/CE, CEP: 60.810-905
E-mail: michel_renan84@hotmail.com

Clara Virginia de Queiroz Pinheiro
Avenida Washington Soares, nº 1321, Edson Queiroz
Fortaleza/CE, CEP: 60.810-905
E-mail: claravirginia@unifor.br

Verônica Siqueira Araújo
Rua Cel. Antônio Luiz, nº 1161, Pimenta
Crato/CE, CEP: 60.100-000
E-mail: veronicaaraujo59@yahoo.com.br

Dímitre Sampaio Moita
Avenida da Universidade, nº 2762, Benfica
Fortaleza/CE, CEP: 60.020-180
E-mail: dimitremoita@gmail.com

Recebido em: 27/02/2015
Revisado em: 18/05/2015
Aceito em: 29/06/2015

 

 

1 Movimento eclesiástico que teve por características fundamentais a defesa dos pobres, a organização de grupos populares, o respeito pelas diversas etnias (indígenas e africanas) e a construção de novas formas concretas de viver que almejassem justiça social, econômica e política.

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