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Jornal de Psicanálise
Print version ISSN 0103-5835
J. psicanal. vol.52 no.96 São Paulo Jan./June 2019
DIÁLOGO COM UM JOVEM COLEGA
Desconstrução do ideal de analista
Deconstruction of the analyst ideal
Desconstrucción del ideal de analista
Déconstruction de l'idéal de analyste
Osvaldo Luís Barison
Membro efetivo e docente da Sociedade Brasileira de Psicanálise de São Paulo (SBPSP). Membro do Grupo de Estudos de Psicanálise de São José do Rio Preto e Região. osvaldobarison@gmail.com
RESUMO
Discute-se a identidade do psicanalista por meio do paradoxo de se necessitar seguir a tradição, com respectivos ideais, mantendo ao mesmo tempo a individualidade e a criatividade. Usam-se os conceitos de desconstrução e hospitalidade desenvolvidos por J. Derrida para refletir sobre a postura afetiva do analista, bem como as ideias de Mário de Andrade para a diferenciação entre o artista e o artesão, fazendo paralelos com a formação do ideal de psicanalista.
Palavras-chave: ideal de analista, analista ideal, hospitalidade, desconstrução, encontro
ABSTRACT
The psychoanalyst's identity is discussed through the paradox of having to follow tradition, with its ideals, while maintaining individuality and creativity. The concepts of deconstruction and hospitality developed by J. Derrida are used to reflect on the analyst's affective posture; as well as the ideas of Mário de Andrade for the differentiation between the artist and the artisan, paralleling the formation of the psychoanalyst ideal.
Keywords: ideal analyst, ideal analyst, hospitality, deconstruction, meeting
RESUMEN
Se discute la identidad del psicoanalista a través de la paradoja de si se necesita seguir la tradición, con respectivos ideales, manteniendo al mismo tiempo la individualidad y la creatividad. Se utilizan los conceptos de desconstrucción y hospitalidad desarrollados por J. Derrida para reflexionar sobre la postura afectiva del analista; así como las ideas de Mário de Andrade para la diferenciación entre el artista y el artesano, haciendo paralelos con la formación del ideal de psicoanalista.
Palabras clave: ideal de analista, analista ideal, la hospitalidad, desconstrucción, reuniones
RÉSUMÉ
L'identité du psychanalyste est discutée à travers le paradoxe de devoir suivre la tradition, avec ses idéaux, tout en maintenant l'individualité et la créativité. Les concepts de déconstruction et d'hospitalité développés par J. Derrida sont utilisés pour réfléchir sur la posture affective de l'analyste; ainsi que les idées de Mário de Andrade pour la différenciation entre l'artiste et l'artisan, parallèlement à la formation de l'idéal du psychanalyste.
Mots-clés: analyste idéal; analyste idéal; l'hospitalité; la déconstruction; réunion
Parece inapropriado o traçar de uma linha comum determinando motivações que levam cada um de nós à aproximação da psicanálise e de tornar-se psicanalista. Entretanto, independentemente de como essas vertentes se manifestam, o resultado, de modo invariável, recai sobre um aspecto que se poderia denominar de paradoxo de identidade.
Assim, diante da muralha que se apresenta ante o problema, alguns questionamentos possibilitam aproximação: o que nos leva a ser psicanalistas? Como apreendemos o que é ser analisa? Como manter a nossa individualidade e a nossa criatividade respeitando a tradição?
Acredito que sob o ponto de vista ideológico todas as pessoas que se tornam psicanalistas tragam em si forte desejo, às vezes até messiânico, de ajudar pessoas que sofrem psiquicamente.
Podemos falar que somos produtos direto das ideias e dos ideais humanistas, os quais marcaram uma faceta da chamada "modernidade", característica do final do século XIX e de quase todo o do século XX.
Além da paixão pela humanidade, temos nossa própria necessidade de nos tratarmos e superarmos estranhezas e sofrimentos, os quais, provavelmente, nos causem dores que acreditamos resolver por meio da aproximação com a psicanálise, e não somente de nos submetermos a um tratamento analítico.
Ao nos cercarmos dos estudos, dos colegas que partilham o mesmo campo de preocupação e linguagem, estamos dando vazão a estes dois aspectos que possivelmente nos levem para a psicanálise: o amor pela humanidade e a necessidade de nos tratarmos - que podem ser entendidos como um amor-próprio.
A imagem cultural que se tem do psicanalista indica pessoa muito culta, capaz de ter os afetos sob controle e respostas para quase todas as questões humanas. Por mais que essa imagem corresponda a certa idealização, muito do universo da psicanálise é cercado por esse tipo de misticismo.
O jovem estudante, ao adentrar esse universo carregado de certo hermetismo e alguma complexidade, elege um objeto de idealização que parece ser mais um modelo arquetípico do que propriamente um analista de carne e osso. Se bem que às vezes se elege alguém que representa este ser, geralmente o próprio analista. Esse ideal de ego, que deve ser conquistado, tem o poder de servir de motivação, sendo força motriz para o desenvolvimento.
Contudo, quanto maior e distante o ideal de ego, menor será a capacidade do ego real, gerando de forma mais radical a ação do superego. Consequentemente, maiores serão a crítica e o controle superegoico, tolhendo a criatividade e a autonomia do jovem aprendiz. Temos aí um primeiro paradoxo: um ideal que nos inspira, mas que também nos tolhe.
Considerando o meu percurso - que acredito ser semelhante ao dos demais colegas -, ao me aproximar da psicanálise e da instituição da qual escolhi fazer parte, ela me parecia uma catedral sólida e que, uma vez aceito e iniciado, ela me permitiria adquirir um instrumento que aplicaria sobre meu paciente.
Tal ilusão foi logo desmistificada. Quanto mais adentrava esse território, mais era convocado a criar a meu próprio jeito de proceder. Em verdade, descobrir a maneira particular de eu ser no mundo e transformar isso em recurso técnico.
Essa tensão em que se instala o paradoxo é marca insuspeita de todo analista praticante. Se por um lado carecemos nos moldar aos pressupostos de uma ciência − recente, embora de forte tradição e diversificadas ampliações teóricas, personalidades e pensadores excepcionais em sua história -, por outro temos de manter e desenvolver o que somos.
Desse modo, parece que, ao erigir o ser psicanalítico, carecemos mais desconstruir um ser ideal que faz parte da tradição, a qual deve ser respeitada, sem ser superegoica, portanto castradora da criatividade e da espontaneidade pessoal.
A condição inaugural da psicanálise se dá quando Freud, por meio da interpretação paradigmática do "sonho da injeção de Irmã" (Freud, 1900/1996, p. 140 e segs.), tem revelado ante si que o sujeito é dividido, habitado por um "outro", com regras próprias, e que força a presença no psiquismo na busca de prazeres mediante uma sexualidade polimorfa perversa.
Assim, a vida do psicanalista, por princípio, vem marcada pela convivência e aceitação de um "outro" do qual não se pode livrar. É também parte fundamental da militância com os pacientes dar vazão a esses outros − tanto o do paciente quanto o próprio -, a fim de poder se reconhecer e conviver melhor com eles.
Nesse sentido, desde a publicação de "Introdução ao narcisismo" (Freud, 1914/2010), pode-se sintetizar a capacidade de relação do sujeito com o "outro" a partir de amplo espectro de possibilidades que situa, em um polo, o que se compreende pelo estado narcísico; e, em outro, a capacidade anaclítica, entendida como o reconhecimento da alteridade.
Dependendo do lugar onde os elementos da relação se situam, estabelecem-se ou não relacionamentos mais livres de questões transferenciais. Em um dos polos ficam os relacionamentos carregados de aspectos narcísicos e projetados sobre o presente da relação. No outro polo ficaria a capacidade de se relacionar com o presente da experiência, mais isenta de transferências do passado. Como consequência desse posicionamento, pode-se definir o maior ou menor grau de sanidade do sujeito.
De modo geral, a capacidade de aceitação do outro como aquilo que ele é tem longa discussão na história da humanidade. Tanto na história do pensamento - por meio da filosofia, da antropologia e da sociologia - quanto na política, pois a convivência com o diferente sempre foi questão que temos de enfrentar na coletividade.
Temos registros dessa discussão em Sócrates (por intermédio de Platão), Kant, Hume, Nietzsche, Buber, Levinas, Benveniste e outros. Entretanto, um formato que favorece o entendimento dos processos de globalização e das atuais características da movimentação de pessoas entre territórios, por meio do qual estas têm sido chamadas de refugiados, ganha maior relevo nas palavras de Jacques Derrida. Ele retoma a ideia grega de hospitalidade e faz interessantes formulações sobre a convivência íntima com o diferente, ideia tão cara ao momento atual.
Derrida (2003), de modo sumário, reflete sobre as condições de aceitação de refugiados e de culturas ditas estrangeiras. Seguindo suas ideias e fazendo exercício de adaptação para o trabalho do psicanalista, destaco a diferenciação entre hospitalidade do direito e hospitalidade radical. A primeira refere-se àquela que regula a procura do paciente por um trabalho analítico e pela qual, mediante vários critérios, o psicanalista se dispõe a recebê-lo. Na hospitalidade do direito há regras que necessitam ser observadas e seguidas.
Assim, na prática, o paciente se encarrega das custas dos honorários e, em contrapartida, recebe nosso horário, bem como a sala tranquila, confortável e arejada para os encontros. Recebe também a simpatia e o profissionalismo do analista − efetivado por meio de um setting constante, harmônico e equilibrado -, garantindo conforto e segurança para a dupla.
Todo esse arranjo se concentra em um conceito de lei, difícil de ser bem elaborada, mas possível e geralmente aceita pela dupla. Mas não é nesse direito acordado entre ambos que se dá o fundamental no fazer analítico.
O mais importante é quando Derrida (2003) formula a ideia de uma hospitalidade radical. Esta aponta para a abertura para o outro desconhecido, para o estrangeiro que incomoda, pois rompe padrões e gera incertezas. Exercita ao máximo a nossa capacidade de alteridade. Daí resultam a radicalidade e a beleza de quando somos capazes de receber o outro com a ideia de se propor ao "eu te convido". Acolher o outro é descentrar-se e, em simultâneo, receber e oferecer o que se é.
Convidar e receber o outro absoluto dentro de si é experiência marcada pela aceitação dele, que se apresenta como o não esperado, pois, se assim o fosse, não haveria a necessidade da hospitalidade radical, pois já seria conhecido e esperado.
Assim, constituir-se hospitaleiro é desconstruir-se, e desconstruir-se é ser hospitaleiro. Nesse sentido, a prática analítica se oferece como território perfeito para o exercício da hospitalidade radical. Aquilo que a filosofia trouxe para a cultura e para a política constitui o fundamento da ética relativa ao nosso proceder, pois a ética fundamental do trabalho analítico é entender o outro como outro, e para isso é necessário aceitá-lo tal qual ele é.
É exatamente em estado de hospitalidade radical que o inconsciente pode se manifestar de forma intensa e diferenciando aquela dada experiência de todas as demais que se possa ter. No entanto, não se pode transformar isso em lei.
Não há menor critério para exigir oficialmente que um analista aceite ser radicalmente hospitaleiro, nem mesmo quando ele − de bom grado − se dispõe a sê-lo. É algo que acomete o ser. Pode ser um desejo sê-lo, mas é o desejo que subjuga o ser que deseja.
Acredito que seja possível fazer uma diferenciação entre psicoterapia e processo analítico, bem como entre um psicoterapeuta e um psicanalista, utilizando-se dessa ideia. A passagem para uma relação profunda em que se possibilite o encontro dos mundos inconscientes ocorre na medida em que os elementos envolvidos se manifestam em consonância a fim de fazer e aceitar o convite radical para que o outro, reciprocamente, o habite.
Apesar de isso ser do conhecimento intuitivo de todos nós que militamos na prática clínica psicanalítica, é difícil de ser elaborado em discurso narrativo. Para tanto, procuro ajuda metafórica na teoria da literatura.
O poeta e ensaísta Mário de Andrade (1893-1945), em O baile das quatro artes (1943/2016), faz interessantes reflexões sobre a diferenciação entre as figuras e as condições de artista e artesão.
Na proposta desse autor, todo artista carece saber muito bem o artesanato da respectiva arte: ter pleno domínio e conhecimento da técnica, do material, dos instrumentos, da tradição, da história e dos usos. Contudo, isso não garante o surgimento do artista.
Segundo ele: "Artista que não seja bom artesão, não é que não possa ser artista: simplesmente, ele não é artista bom. E desde que vá se tornando verdadeiramente artista, é porque concomitantemente está se tornando artesão" (Andrade, 1943/2016, p. 2). O artesanato é a parte da técnica que se pode ensinar e ser apreendida.
No segundo nível da relação do artista com a própria arte temos a passagem do artesão a artista. Isso segue percursos em que se coloca em cena "a concretização de uma verdade interior do artista. Esta parte da técnica obedece a segredos, caprichos e imperativos do ser subjetivo, em tudo o que ele é, como indivíduo e como ser social." (Andrade, 1943/2016, p. 2). O artista sabe, desde o princípio, que o importante é a obra de arte. Ela constitui o principal objetivo do processo, e não ele, o artista.
No terceiro nível, há o risco de alguns artistas se colocarem acima da obra produzida, usando-a para um tipo de exibicionismo no qual o produtor é mais importante do que o produto.
Mário de Andrade denomina esse fenômeno de virtuosismo, conferindo caráter de perversão ao fazer artístico. Alerta para o fato de que tal atitude
pode levar o artista a um tradicionalismo técnico, meramente imitativo, em que o tradicionalismo perde suas virtudes sociais pra se tornar simplesmente "passadismo" ou, si quiserem, "academismo"; como porque pode tornar o artista uma vítima de suas próprias habilidades, um "virtuose" na pior significação da palavra, isto é, um indivíduo que nem sequer chega ao princípio estético, sempre respeitável, da arte pela arte, mas que se compraz em meros malabarismos de habilidade pessoais, entregue à sensualidade do aplauso ignaro.
(Andrade, 1943/2016, p. 3)
A observação dessas três etapas e possibilidades da produção artística bem pode servir de modelo ao fazer psicanalítico. Há um "artesanato" que se apreende dos livros, cursos, supervisões, seminários, análises, conversas entre pares, práticas clínicas e todo o mais que signifique aprendizagem.
No entanto, o status de construção do analista autônomo, capaz e eticamente comprometido com o trabalho transcende o aprendizado formal, imiscuindo-se no ser do analista.
Por outro lado, há o perigo de transformar a psicanálise e o próprio analista em algo como um fetiche, estado em que o valor e a real importância seja ele mesmo, e não o paciente que procura ser ajudado pelo método analítico.
Assim, dispondo-se das sumarizadas ideias de Jacques Derrida e de Mário de Andrade aqui apresentadas, podemos traçar algumas linhas que talvez se aproximem da construção da identidade do analista.
Sabemos desde o início que a identidade se dá em um paradoxo: se por um lado são necessárias as instituições com regras próprias, etapas e compartilhamentos, assim como estudos, análises e práticas clínicas - metaforicamente, o "artesanato" -, por outro lado pouco se garante o surgimento do analista que tenha mente própria para o trabalho analítico, ou seja, o "artista na psicanálise".
Essa disposição acontece quando o analista desenvolve em si a capacidade verdadeira de aceitação e convivência com o "outro", radical e absoluto. Tanto o "outro" que em nós coabita, quanto os outros "outros" que nos procuram. Cada um até pode e deve saber sobre a teoria da psicanálise, sobre si, sobre vários pacientes, mas deve também assumir a crença de que o outro que se deita no divã naquele dia é um desconhecido, tanto para o psicanalista como para ele mesmo.
O melhor espaço para o desenvolvimento dessa capacidade se dá na própria análise do analista. Quando Ferenczi formula a "segunda regra fundamental da psicanálise", depois largamente aceita por todos nós, ele aponta exatamente nessa direção, pois "uma boa técnica analítica é a análise terminada do analista" (Ferenczi, 1928/2011, p. 42).
Muito mais do que aprender uma linguagem que confira passagem pelo desconhecido em que nossos pacientes se apresentam, vamos percebendo que o divã é território de fronteira, onde todas as línguas se encontram.
Em contato com as várias línguas, em nós mesmos e nas pessoas que nos visitam no divã, apreendemos o escutar e o entender nuances e sotaques os quais jamais ouvimos.
Portanto, implica aceitar descentralizar-se, desconstruir-se como um ser que pretensamente sabe, surgindo o ser que é capaz de questionar e aguardar que a resposta amadureça e se apresente quando nós e nosso paciente estivermos prontos para recebê-la.
Sabemos que é a experiência emocional que modula o encontro e preside as associações e intervenções. A base da experiência emocional que se espera no encontro analítico vem marcada pela convivência com a dúvida, com a incerteza que desenvolve em nós o senso de tolerância e paciência, indicando a abertura para o outro e para outras perspectivas, ou seja, outros pontos de vista.
Para terminar, transcrevo a escrita de Mário de Andrade sobre
a anedota espanhola do moço poeta que, desejoso de fazer poemas sublimes, se dirigiu ao maior poeta do tempo e lhe perguntou como é que este fazia versos. E o grande poeta respondeu: no princípio do verso põe-se a maiúscula e no fim a pontuação. "E no meio?" indagou o moço. E o grande poeta: "Hay que poner talento...". (Andrade, 1943/2016, p. 3)
Referências
Andrade, M. (2016). O artista e o artesão (Aula inaugural dos cursos de Filosofia e História da Arte, do Instituto de Artes da Universidade do Distrito Federal, em 1938). In M. de Andrade, O baile das quatro artes. (Edição comemorativa aos 70 anos da morte do escritor. Trabalho original publicado em 1943) Derrida, [ Links ] J. (2003). Da hospitalidade. Coimbra: Palimage, 2003. [ Links ]
Ferenczi, S. (2011). A elasticidade da técnica psicanalítica. In S. Ferenczi, Obras completas: psicanálise III. (pp. 223-224). São Paulo: WMF Martins Fontes. (Trabalho original publicado em 1928)Freud, [ Links ] S. (2010). Introdução ao narcisismo. In S. Freud, Introdução ao narcisismo: ensaios metapsicológicos e outros textos (1914-1916) (P. C. Souza, Trad. e notas). São Paulo: Companhia das Letras. (Trabalho original publicado em 1914) [ Links ]
Freud, S. (1996). A interpretação dos sonhos. (primeira parte). In S. Freud, Edição standard das obras psicológicas completas de Sigmund Freud (J. Salomão, Trad., Vol. 4, pp.11- 735). Rio de Janeiro: Imago. (Artigo original publicado em 1900) [ Links ]
Meneses, R. D. B. (2012). Da hospitalidade em Derrida ao acolhimento em saúde. Tese de Doutorado, Universidade Católica Portuguesa, Faculdade de Filosofia de Braga, Braga. [ Links ]
Recebido em: 14/11/2018
Aceito em: 5/5/2019