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Psicologia: ciência e profissão

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Psicol. cienc. prof. vol.12 no.2 Brasília  1992

 

EDITORIAL

 

Política e instituições

 

 

Com a Lei nº 4.119, de 27 de agosto de 1962, alcançava a prática da psicologia aplicada no Brasil o reconhecimento formal da identidade profísisonal do psicólogo.

Era o resultado de esforços desenvolvidos no decénio anterior por psicólogos, associações de psicologia e instituições de ensino, nem sempre concordantes entre si mas convergindo todos par a a formação universitária e a regulamentação da profissão de psicólogo. Era, também, o início de uma nova fase na história da psicologia no Brasil, como ciência e profissão.

Nos trinta anos que nos separam de 1962, fatos relevantes aconteceram, como a instituição dos Conselhos Federal e Regionais de Psicologia, a expansão dos cursos de graduação e pós-graduação em Psicologia, a realização crescente de pesquisas e publicações de autores nacionais, o surgimento de novas áreas de estudos e de especialização, o reconhecimento social da profissão. Há muito ainda a crescer.

Psicologia, Ciência e Profissão tem registrado alguns dos avanços científicos, reflexões sobre problemas e descrições de experiências originais ocorridas nos últimos anos e relatados em artigos, ensaios e entrevistas de psicólogos.

Este número lembra os trinta anos da conquista da regulamentação da profissão e se detém sobre dois outros temas, importantes em si mesmos e por sua atualidade: aspectos políticos da profissão e a prática da Psicologia em diferentes contextos institucionais.

Durante este período, A Psicologia Clínica rompeu barreiras, como pode ser visto no artigo "Psicoterapia psicanalítica na rua realizada através de grupo operativo" e conquistou a rua (a instituição das populações marginalizadas) como espaço profissional.

Em contrapartida, o relato de uma experiência de "Supervisão em Psicologia Escolar" configura-se um constante desafio histórico frente às vicissitudes de atuação nesta área e que, talvez, não sejam específicos apenas da realidade de uma escola superior, particular notuma.

Finalmente, o artigo "O psicólogo nas organizações" retrata uma atuação fragmentada sem uma visão integral do trabalhador.