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Revista Polis e Psique

On-line version ISSN 2238-152X

Rev. Polis Psique vol.9 no.spe Porto Alegre  2019

 

CONFERÊNCIA

 

A Psicologia em tempos extremos1

 

Psychology in extreme times

 

Psicologia en tiempos extremos

 

 

Tania Mara Galli Fonseca (In Memoriam)

Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), Porto Alegre, RS, Brasil

 

 

Há um silêncio necessário diante dos extremos que nos afrontam

O título proposto para esta conversa, desde o primeiro momento, apresentou-se, para mim, como um desafio por sua abertura a uma problemática atordoante, complexa e, sobretudo, muito atual.

A expressão tempos extremos refere-se à nossa atualidade em pessoa que nos afronta com cenas, gestualidades, discursividades, atos e fatos e silêncios. Sentimo-nos feridos pelas circunstâncias que fazem furo na bolha de nossa cotidianeidade, fazendo vazar e transbordar matérias das memórias de épocas, que escorrem sobre os instantes como a lama que destruiu Mariana e seu rio, com o rompimento da barragem empreendida pela empresa Samarco. Momentos de crise, de ruptura e colapso, oscilantes entre o ser e o nada, suspensão entre o tudo é possível e o nada é possível. Emudecemos diante do que ouvimos, do que vemos e imaginamos, como se nos defrontássemos diante de signos de um acontecimento improrrogável que se aproxima e abate nosso atual mundo. Tal como no filme Melancolia, estrelado em 2011, sob a direção do dinamarquês Lars Von Trier, diante do que se aproxima de forma incontrolável parece-nos que o que podemos produzir não passa de uma pequena cabana de galhos rarefeitos que não suportariam sequer o sopro de uma brisa. Desamparo, solidão, desespero e medo. Eis um quadro importante que assoma em nós como um reflexo do que nos afeta, do que está por vir, do que já está vindo, e, sobretudo, do que já aconteceu sob o silêncio dos costumes e da distração, sem que nos déssemos conta da periculosidade que transportava. Periculosidade e surpresa, pois fomos, sim, surpreendidos pelo aparecimento de fissuras nas porcelanas das chávenas de nosso usual convívio.

Queremos nos referir a um tempo presente que se tornou inescapável à nossa percepção, e, então, falamos da bolha arrebentada que violentou nossa certeza, que nos expôs a um real nu e cru, frente ao qual ainda não pudemos tomar a necessária distância para a efetuação de análises críticas. Ainda nos situamos na condição de sentir em bloco, de um modo um tanto indiferenciado e massificado, não nos sendo ainda possível desconstruir o nó que aperta nossa garganta para debulhá-lo em sentidos claros e distintos. Encontramo-nos na ocorrência dos fatos e na condição de uma urgente exigência de pensar, pois sabemos, como nos alerta Nietzsche (2005, p.174), que os maiores pensamentos são os últimos a serem compreendidos e que as gerações que vivem no seu tempo, passam ao largo deles. Nas palavras do filósofo: “ocorre algo semelhante no reino das estrelas. A luz das estrelas mais distantes é a última a chegar aos homens; e, enquanto ela não chega, os homens negam que ali haja estrelas”.

Assinalamos, pois, que nos situamos em uma espécie de noite sem estrelas, e sentindo as ardências da fogueira dos acontecimentos que passam por nós e em nós, situamo-nos em uma condição ruidosa e precária que carregam o peso de um desastre que nos produz paixões que, por seu caráter imediato e rompante, assumem a característica de um trauma que, por momentos, confunde-nos como também à produção de um possível conhecimento a respeito do que nos acontece.

Diante do desparecimento do que nos era dado como certeza e confiança, vimo-nos diante de ruínas e restos que, fomentam, acima de tudo, nossa crítica à crença em um progresso histórico, em que o futuro se anunciaria sempre como melhoria em relação ao passado. Progresso contínuo de um desenvolvimento emancipador... Ilusão que é colocada em questão nesse momento em que nos identificamos como sujeitos históricos ainda imbuídos da certeza de que a história se move tão somente pelos meios da conscientização e do conhecimento produzido por esta. Não haveria, nesse processo, algo a mais, que nos excede, vive e prolifera sem nós e que não pode se restringir à nossa limitada capacidade de compreensão? Seriam os restos ou as ruínas do passado que nos possibilitariam recomeçar uma nova reinscrição dos fatos no plano da história? Estaria a história, diante da crise e dos abalos, sujeita a recomeçar exatamente daquilo que resta? Podemos começar a história como nova inscrição a partir de anacronismos que ainda querem sobreviver e durar, apesar de seu desaparecimento?

O que nos desnorteia no momento atual denominado como de tempos extremos, é exatamente o nosso destronamento da posição de comando e, somos levados a considerar que tal fato leva-nos a reconhecer a necessidade de um tomar distância uma vez que o necessário ato de pensar se transforma em ação enquanto se exerce como engajamento e esforço que nos repõe a tarefa de detectar os eventuais signos diagnósticos e premonitórios dos tempos. Sabemos que os acontecimentos decisivos não são tagarelas e que eles acontecem nas horas de maior silêncio. Apreender sua presença e dá-los a ver nos exige as palavras mais quietas, pois, como nos diz Nietzsche (2011, p.140) “pensamentos que vêm com pés de pomba dirigem o mundo”.

Se houve surpresa, é porque algo irrompeu intempestivamente do casulo onde estava sendo pacientemente tecido. Inúmeros gestos produziram condições para a emergência do que hoje se coloca diante de nós como uma espécie de tempestade perfeita. Algo dela se efetuou e outro algo se reservou. Nem todo o potencial do real intempestivo abriu-se em efeitos ao modo de um sol ao meio dia, restando, felizmente, alguma obscuridade e noite para fazer reluzir as pequenas luzes do outro do mundo que se acha instalado ao avesso dos processos de nadificação e destruição. Se suspendemos nosso passo por alguns instantes, é para captar o silêncio e o ritmo das latências que pulsam no coração da noite; precisamos de grandes orelhas para escutar mínimos ruídos e longas pernas para atravessar montanhas. Situamo-nos no combate como animais em situação de espreita e atenção, guardamos nossos braços dos gestos mais violentos, preferimos tornar violento o pensamento que nos atravessa para fazer das ideias surgidas as necessárias armas do confronto.

Se sentimos a imediatez do que nos acontece como dificuldade que se interpõe à clareza de nosso pensar, aceitamos recolher seus precários resultados intuitivos como seus frutos impuros e ensanguentados, confessando que estes convêm ao nosso prazer de criar a contrapelo de resultados assépticos e higienizados. Quando nos referimos à necessidade de tomar alguma distância de nosso momento atual, isto não se refere, como talvez possa parecer, a um desenraizamento e indiferença e tampouco a um virar as costas diante do que nos acontece. Implica, antes, em uma cautela para que possamos estabelecer condições de um descentramento egóico e meramente emocionado ao próprio ato de pensar, para dar lugar à emergência de uma atitude que pressente, tal como Holderin (apud, Giacóia, 2013) , que lá onde há perigo, cresce também aquilo que salva. Isto não pode nos levar a confundir serenidade com resignação, pois, mesmo vivenciando a vertigem das instabilidades e a perda das referências, mesmo nos momentos em que nos situamos nas escadarias do desastre, em seus escuros desvãos e portando lamparinas ainda apagadas, são nesses momentos-limite e radicais, nos quais sentimos a aproximação de uma destruição iminente que assim que chegar mudará para sempre nosso mundo, nossa existência, nossos afetos e pontos de vista, que nos vemos arrebatados por forças que desconhecíamos possuir e que, diga-se a verdade, sempre estiveram em nós como um Fora estranho ainda não constituído como nossa interioridade formada. Reserva vital que insurge nos momentos de crise em que nos defrontamos com o morrer, com a finitude e com o desaparecimento de nosso mundo existencial, nos momentos de afundamento em que tudo desaparece de nosso horizonte de crenças e confiança, algo deve morrer também de nós próprios e de nossa forma atual.

É com a crise que nos comprometemos, sendo que esta exige de nós o máximo empenho de atividade intelectual e ação política. Nosso trabalho de pesquisa, de escrita e de pensamento converge para discernir os signos das silenciosas mutações em curso, sendo que nosso discurso deve tomar em conta a própria atualidade, para nela encontrar seu lugar ao mesmo tempo em que se encarrega de enunciar o sentido nela implicado. Trata-se, como nos faz ver Giacóia (2013,p.93), de “abrir uma distância em relação ao próprio tempo, de certo modo deslocar-se de si, para colocarse em condições de dizer também quem somos nós - qual é o lugar de onde falamos”. Interrogar a própria atualidade e inserir-se a si mesmo na questão parece indicar que “somente aquele que toma parte nesse acontecimento do presente -que justamente se trata de identificar como portador de um signo moral do progresso moral da humanidade - pode apreendê-lo pela reflexão e decifrar o seu sentido, na medida em que também toma distância reflexiva em relação a ele” (op.cit., p. 96). Nesse sentido, é o próprio sujeito que pensa que ascende à consciência de si mesmo pela resposta que dá à pergunta pelo presente sendo que a genealogia deste constitui, ao mesmo tempo, a ontologia de si mesmo. É nesse sentido duplo que gostaríamos de nos posicionar e compartilhar, assinalando a inseparabilidade entre socius e sujeito, entre história e acontecimento, entre duração e devires. Se reconhecemos que mundos colapsam ininterruptamente e forçam a criação de outros e, se diagnosticamos um colapso em nosso tempo presente, não se trata de identificarmos um desespero ou tampouco uma esperança que deva expressar a disposição de nossos atuais afetos. “Nosso cansaço - nosso tédio e nossa desesperança, lado a lado ao sentimento comum de que algo colapsa - talvez advenha do fato de que, tal como nos aponta Zourabichivili (2000, p.349), 'tudo o que vemos, dizemos, vivemos, e até mesmo imaginamos e sentimos já está, definitivamente, reconhecido; carrega antecipação, a marca da recognição, a forma do já visto e do já ouvido'” (Costa e Mizoguchi, 2018, p. 110). Se acontece nosso cansaço em relação aos clichês e modelizações que nos afrontam, trata-se de consideramos o próprio possível como potência e de o levarmos ao extremo ao ponto de seu esgotamento, ao ponto de um niilismo ou desertificação que possibilite a emergência do “impossível”, sendo que é nesse ponto que se pode dizer que a política se torna uma questão de percepção e “aquilo que se chama de 'lutas' exprime menos uma tomada de consciência do que a eclosão de uma nova sensibilidade” (op.cit, p. 111). E que é por isso que se pode dizer, que o acontecimento é o próprio 'potencial revolucionário' que se esgota quando rebatido sobre as imagens já feitas.

Em seu incisivo texto “Colapso: esgotamentos e passagens”, Luis Artur Costa e Danichi Mizoguchi (2018, p. 112) assinalam que “o possível é o virtual: é ele que a direita nega e que a esquerda deforma, representando-o como projeto. Ser de esquerda - de uma outra esquerda, menos programática, menos próxima dos clichês, talvez, certamente mais acontecimental - significa acompanhar as linhas de fuga em todos os lugares em que são pressentidas ; tentar, custe o que custar, conectá-las àquelas que nos abalam; favorecer, assim, a efetuação do possível em todos os lugares em que emerge - tal qual os efeitos convocados por esse colapso que sentimos, percebemos e vivemos no presente”. O acontecimento torna-se, nessa perspectiva, abertura para o possível, sendo que o abalo, o colapso não precisa ser visto como uma falha, pois é “ali, onde ele sucumbe a si mesmo, que um novo plano de possível se efetiva- aquém e além dos projetos e estabilidades que tão bem e tão longamente sabemos - ou sabíamos - reconhecer. É quando a experiência sufocante do esvaziamento de todo o repertório de possibilidades pode levar, portanto, aos pungentes imperativos do desvio, da fuga e da criação” (op.cit. 112).

É disso que se trata situar a Psicologia em tempos extremos, significando a produção de um antihumanismo que sustente o advento do além do homem que suporte experimentar as faces do intolerável até sua última potência, levando-o ao impossível alocado no avesso do mundo presente, como um virtual à espera da necessária viragem da terra, do escavamento e revolvimento das camadas de tempo superpostas e ressonantes. Se falamos em virtualidades, isto corresponde à nossa recusa à pregação de verdades, sendo que acolhemos, entretanto, a coragem da verdade que corresponderia à nossa contribuição, enquanto ciência, para interpretar os signos daquilo que acontece em nossa atualidade como expressão de novos tempos.

Estar à altura do que nos acontece, é o que nos indica Deleuze, diante da impiedosa ética dos acontecimentos. Seria dizer, em outras palavras, da conjunção entre conhecimento, vida, pensamento e criação. Seria agir segundo um certo entusiasmo de uma vida - selvagem e livre - , ainda não encerrada no calabouço dos sentidos e das representações vigentes; agir a contratempo, a contrapelo, na contramão, visualizando no presente elementos anacrônicos e outros que pedem passagem e maior intensificação para se fazerem existentes. Tornar-se advogado de defesa de existências mínimas, conceder-lhes passagens e intensificação de potências, conferir-lhes realidade e atualização, levar a cabo sua instauração legítima no mundo das existências concretas. Produzir conhecimento como um modo de encontro, como um choque que força a pensar, como um afeto que derrete o gelo que está sendo formado nas beiradas dos corpos.

Sabe-se que nenhuma ciência pode tudo, e que o conhecimento deve derivar de nosso agir ético, estético e político. Dizer conhecer algo não significa saber tudo a respeito do que se diz objeto, sendo que o ato de conhecer procede de uma ferida que é sentida por alguém, que a encarna como uma pergunta que exige resposta e que é expressa segundo os procedimentos e gestos especulativos de um dado saber fazer. O que nos afronta e pede respostas, o que fere ou incide em nós como abalo ou colapso nos exige o que Deleuze (apud Cangi, 2005, p. 11) chama de paciência infinita que supõe uma demora, uma insistência junto ao nó problemático contraído nos fatos e cuja compleição encarna o tempo original na impessoalidade do acontecimento. A paciência a que nos referimos e que muito gostamos de assinalar, “é a presença do ascetismo ou a invocação da beatitude porque se trata de uma paixão atlética do espírito que enriquece em cada evento a intuição ontológica e prova com cada um o regime das singularidades como mundos possíveis” (op. cit., 13).

Quando, anteriormente nos referíamos à serenidade como condição para o conhecimento, não estávamos a elidir a força da imediatez intuitiva nos processos de percepção e de conhecimento. Acreditamos que apenas a consciência não sustenta a produção do conhecer como criação de mundos possíveis e, sendo assim, nos conduzimos de mãos dadas com diversos intercessores de outros domínios que nos auxiliam a armar algumas pontes e a desfazer outras. Experimentamos, assim, procedimentos profanatórios da chamada tradição científica, e inserimos, na pauta acadêmica, a crítica aos seus próprios modos de fazer existir verdades, mundos e sujeitos.

Já houve tempos em que nos detínhamos em combates binarizantes com as forças que se opõem à abertura da nossa ciência a novos futuros. Hoje, já computamos de sobra os resultados da catástrofe cientificista que dominava a cena, e assim perguntamos: O que resta dizer de uma ciência que, ao se arvorar como a ciência do homem, elidiu deste aquilo que lhe é mais próprio e singular e que preferiu recriá-lo segundo parâmetros externos e transcendentes , mantidos como sua medida, como sua cura e como sua normalização?

Sim, o que resta dizer tem sido o que nos ocupa e a marca de nosso entusiasmo frente ao nos parecia, em algum ponto de nosso passado recente, dominante e irrebatível. Percebemos que nossa trajetória, de alguma forma, foi exatamente a de não nos conformar com o estabelecido das coisas. Partimos para o delírio, para a esquize, para questionamentos invocando o negativo e o falso como potência, acolhendo a implicação de nosso inconsciente em nossos interesses e modos de dar-lhes trato, isto é, assumindo exatamente aquilo que a psicologia clássica havia expulsado e se recusado a aceitar. Tornamo-nos alertas para identificar os justos lados do que seria remédio ou veneno na produção de conhecimento e, assim, viemos convocar a poesia e a literatura como aliadas, também as artes e o cinema, além de historiadores pouco historiográficos e mais acontecimentais; aceitamos nosso regresso à filosofia para, a partir dela, podermos ver e escutar a prosa do mundo como variação infinita da diferença. Abrimos, finalmente, nossos corações e mentes ao ainda não, às reservas potenciais de nosso acontecimento e inauguração como ciência. Nosso PPGPSI congrega um pouco disso tudo e faz parte desse agenciamento coletivo de enunciação que nos entusiasma e do qual amamos fazer parte.

Escrevi este texto em um momento pré-eleitoral de grande polarização de posições e de percepções. Muito do que dizia ou escrevia, brotava desse cenário recentíssimo e que nos envolve ardentemente. Tornava-se até difícil desvencilhar meu pensamento dos acontecimentos políticos atuais. Nesta finalização, entretanto, posso ver de uma forma diferente aquilo que durante a escrita me parecia muito confuso e difícil: gostaria apenas de reiterar e assumir esse embrulhamento de situações e reconhecer nele a crença de que uma ciência não se desgruda dos aspectos políticos que concernem à produção de conhecimento e às vitalidades circulantes na atmosfera social. Sinto-me extremamente honrada e comovida pela posição que assumimos como colegas e amigos em conjunto, frente à Psicologia como ciência e profissão, frente ao nosso País e a nós próprios. Identificar os nomes dos colegas que fazem parte da programação desse evento Temas em Debate, evento que também marca o vigésimo aniversário de nosso PPGPSI, torna-se o reconhecimento das inúmeras parcerias e alianças que fizemos no passado, que estamos reiterando no presente e que sempre proporemos em nosso próximo futuro.

Amigos no tempo e nos extremos de uma nova sensibilidade que deve advir da produção de inúmeras mãos e gestos inconformados e que busca dar vida e existência a mundos possíveis que não nos cabe definir de forma isolada, e que vive e sobrevive em sua paciência infinita sob o ritmo das recentes palavras proferidas por Arnaldo Antunes, em seu desabafo “isto não é um poema”:

“ainda dá para evitar ainda é tarde de menos para conter o ódio e o horror. ainda dá

dd

a

d”.

 

Notas

1 Texto produzido para o evento Temas em Debate nos 20 anos do PPGPSI: Psicologia, Direitos sociais e politicas públicas, 19 de outubro de 2018, palestra de encerramento.

 

REFERÊNCIAS

ANTUNES, Arnaldo. Isto não é um poema. https://www.youtube.com/watch?v=CvjdDCo06dc        [ Links ]

CANGI, Adrián. Gilles Deleuze: o ato de criação. In: Auterives Maciel Júnior e outros (orgs). Polifonias: clínica, política e criação. Contracapa Livraria/Mestrado em Psicologia da UFF, 2005.         [ Links ]

COSTA, Luis Artur; MIZOGUCHI, Danichi Hausen. Colapso esgotamentos e passagens. In: BARROS, Maria Elizabeth Barros de e outros (orgs.) Colapso clínico-político do comum na contemporaneidade. Curitiba: CRV, 2018. p.107-126.         [ Links ]

GIACÓIA Júnior, Oswaldo. Tempo e acontecimento. In: Novaes, Adauto (org.) O Futuro não é mais oque era. São Paulo: Edições SESC/SP, 2013. P. 75-101.         [ Links ]

NIETZSCHE, F. Assim falou Zaratustra. São Paulo: Cia. das Letras, 2011.         [ Links ]

ZOURABICHIVILI, François. Deleuze e o possível: sobre o involuntarismo na política. In: Alliez, É. Gilles Deleuze: uma vida filosófica. São Paulo, Editora 34, 2000.         [ Links ]

 

 

Tania Mara Galli Fonseca foi psicóloga, docente e pesquisadora do Programa de Pós-Graduação em Psicologia Social e Institucional da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS).

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