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Jornal de Psicanálise

Print version ISSN 0103-5835

J. psicanal. vol.41 no.75 São Paulo Dec. 2008

 

REFLEXÕES SOBRE O TEMA

 

Articulação entre pessoa e função analítica1

 

Articulation between the person and the analyst at work

 

Articulación entre la persona y la función analítica

 

 

Luis Carlos Menezes*

Membro efetivo da Sociedade Brasileira de Psicanálise de São Paulo

Endereço para correspondência

 

 


RESUMO

O analista, objeto principal dos investimentos transferenciais do analisando, tende a ser imobilizado em posições imaginárias que fixam a pessoa do analista em certos papéis. O desafio maior na função analítica consiste em poder aceitar ser a pessoa a quem o analisando se dirige e, em algum momento, poder também tomar certa distância e responder a ele desde um outro lugar. É o que pode permitir ao paciente fazer o insight do que estava em jogo na transferência. A natureza da transferência é considerada como repetição, na sua acepção simples, e complexa, numa perspectiva metapsicológica.

Palavras-chave: Transferência, Pessoa do analista, Função analítica.


ABSTRACT

The analyst, as the main object of the analysand’s transference investment, tends to become immobilized in imaginary positions that freeze the analyst as a person in certain roles. The biggest challenge in the analytic work consists in being able to accept being the person the patient addresses himself to, and at the same time, in being able to take a step away and respond from another place. This is what enables the patient to have an insight of what was going on in the transference. The nature of the transference is considered in its simple conception, as repetition and complexity, in a metapsychological perspective.

Keywords: Transference, Analyst as a person, Analytic work.


RESUMEN

El analista, objeto principal de las investiduras transferenciales del analizando, tiende a ser inmovilizado en posiciones imaginarias que fijan a la persona del analista en ciertos roles. El mayor desafío en la función analítica es poder aceptar ser la persona a quién el analizando se adereza y, en algún momento, poder también permanecer a cierta distancia y responderle de otro logar. Esto le permite al paciente hacer insight sobre lo que estaba en juego en la transferencia. La naturaleza de la transferencia es considerada, en su simple acepción, como repetición y compleja, desde una perspectiva metapsicológica.

Palabras clave: Transferencia, Persona del analista, Función analítica.


 

 

O humano do homem sofrendo do demasiadamente humano é a alma da resistência.

Pierre Fédida

 

Talvez melhor fosse perguntarmos sobre a função da pessoa do analista na análise. A presença do analista é indispensável e tem uma importante função possibilitadora do processo analítico, o que implica, por outro lado, que poderá mesmo dificultá-lo, ao adquirir um peso resistencial.

Sobre sua função, de imediato somos orientados pelas referências à transferência e à atividade interpretativa. A consideração da transferência, que está no centro do trabalho analítico, transforma radicalmente – por sua potência insidiosa, muitas vezes silenciosa – o que chamamos, em nossa vida comum e em nossas relações com outras pessoas, de pessoa. Não que a transferência não esteja presente nessas relações, mas a situação analítica e a disposição do analista na sessão, favorecedores de movimentos regressivos do paciente, propiciam que esta se amplie e se intensifique na análise.

E ela será ali objeto de particular atenção por parte do analista que procurará adivinhá-la – para usar a expressão tão empregada por Freud – nos elementos em que possa se dizer o seu agir camuflado. Por vezes, ao contrário, pode cristalizar-se em formas muito explícitas e insistentes de solicitação do analista em pessoa. Parte visível do iceberg, a imobilização do analista numa posição “humana” relacional, opera como resistência à análise, ou seja, terá uma função defensiva em relação às angústias subjacentes. É o que acontece, por exemplo, na transferência dominada por uma paixão amorosa.

Freud, no texto em que trata dessa situação, adverte que o analista estará equivocado se achar que o estado amoroso foi suscitado pelo charme pessoal do ou da analista e ficar orgulhoso de sua “conquista”. Ele foi desencadeado, diz Freud, pela “situação analítica”. Como deve se conduzir o analista diante de uma situação de tal ordem? Nem corresponder a esse amor, nem rechaçá-lo: é indispensável que ele não impeça que subsistam no paciente “...necessidades e desejos, porque estas são as forças motrizes que favorecem o trabalho e a mudança” (Freud, 1915/1975, p. 123). Não se pode chamar “...um espírito dos infernos, e deixá-lo depois voltar sem tê-lo interrogado” (Freud, 1915/1975, p. 121). Notemos, a propósito, a violência sugerida pelas imagens a que ele recorre: pouco antes, mencionara “o incêndio no teatro”, interrompendo a comédia, e, já no final do artigo, lembra que “...o psicanalista sabe que manipula matérias as mais explosivas” (Freud, 1915/1975, pp. 119 e 130).

Um colega me contou que teve em análise uma paciente que, em uma análise anterior, se apaixonara pelo analista, a quem fazia declarações de amor. Este lhe teria dito, em dado momento, que “Como analista, ele não podia corresponder ao amor dela”. Ela deixou a análise. Ao novo analista ela explicava que “Queria apenas poder dizer o seu amor, que não queria nada com ele”. Talvez, mas para o que nos interessa esta seria uma situação exemplar de um movimento em que o analista foi levado a confundir sua pessoa com o objeto da transferência.

Foi intencionalmente que, para entrar em nosso assunto, tomei esta configuração bem conhecida, a do amor de transferência, clássica na literatura psicanalítica, e que põe tão bem em evidência como o analista pode se encontrar imobilizado resistencialmente numa posição imaginária fixa, induzida pelo trabalho da transferência. Há um sem-número de configurações transferenciais bem distintas desta que também podem afetá-lo em pontos vulneráveis de sua vida psíquica, levando-o a acreditar que seja aquele que pode dar o que transferencialmente o paciente busca; Freud percebeu o problema e o chamou de contratransferência, afirmando que este “...exigia que o médico reconhecesse e dominasse nele mesmo esta contratransferência” (Freud, 1910/1975, p. 27).

Exigir e dominar: é pedir um pouco demais. Em alguns de seus casos, o vemos enredado pela transferência a ponto de se identificar ao seu objeto, com o conseqüente fracasso da análise.2 Não podemos evitar que isso aconteça em uma análise, ela passa por aí, mas para que avance temos que poder, em algum momento, perceber a armadilha em que estamos presos e restaurar a sensibilidade inventiva e a mobilidade de nossa escuta, para que de novo possamos ser sensíveis ao que destoa, ao estrangeiro em ação na análise, recuperando o que fora imperceptivelmente sendo amortecido pela personificação do analista.

Não é raro, entre nós, o hábito de nos referirmos à transferência como deslocamento de algo vivido com outra pessoa para a pessoa do analista, de acordo com a primeira formulação de Freud sobre as transferências, explicadas então por ele como “falsa associação” (Freud,1895/1978, p. 245). De fato, ele próprio voltará a dizer sobre a transferência, em diferentes contextos, que esta corresponde a vividos, afetos, fantasias, camuflados no sintoma e que se atualizam na análise, na relação com a pessoa do analista. No entanto, formulações adicionais, em diferentes passagens, fornecem uma compreensão mais nuançada e sutil do que esta: a de um simples padrão relacional vivido com uma pessoa e repetido com o analista, por equívoco.

É assim que na discussão que se segue ao relato do caso Dora – escrito num momento em que Freud acabara de construir um pensamento metapsicológico para dar conta do trabalho do sonho –, encontramos uma passagem na qual, depois de afirmar que a “...produtividade da neurose não se extingüiu” (durante o tratamento), diz que “ela, ao contrário, se confirma na criação de um gênero particular de formações de pensamento na maioria inconscientes, às quais se pode dar o nome de transferências” (Freud, 1905/1975, p. 295). As transferências não são descritas nesta passagem em termos de uma psicologia relacional, mas como “...formações de pensamento”, “criadas” na análise como expressão da “produtividade da neurose”, estimulada pela situação que lhe é oferecida com base no método psicanalítico.

A transferência, “...um tema quase inesgotável”, palavras com as quais Freud inicia o artigo “A dinâmica da transferência”, escrito doze anos depois (Freud, 1912/1990, p. 251), e que poderiam nos surpreender – na medida em que se tornou esta uma expressão extremamente familiar –, nos leva a perguntar sobre o que Freud não entende de algo que é tão óbvio para nós: o processo transferencial. Até porque, em poucas linhas, o veremos mencionar, no mesmo artigo, o modelo, o clichê afetivo de outrora a se repetir com a pessoa do médico. Mas, de novo, o vemos avançar ao longo do texto numa discussão sobre a função resistencial da transferência e sobre o uso da sugestão para que a interpretação tenha efeito; no final, recorre “...aos processos inconscientes que chegamos a conhecer pelo estudo dos sonhos” e a ênfase se desloca novamente para a atividade pulsional atualizada, em que as pulsões inconscientes se reproduzem “de acordo com a atemporalidade e a capacidade de alucinação do inconsciente. Tal como nos sonhos, o doente atribui realidade e atualidade aos produtos do despertar de suas pulsões inconscientes” (Freud, 1912/1998, p. 258).

O. Mannoni afirma que a transferência é “...o não-teorizável da psicanálise”, sugerindo que não se vá além de dizer que ela corresponde “à mobilização do inconsciente na relação com o analista” (Mannoni, 1980, p. 48). Pontalis lamenta que a palavra na psicanálise tenha se gasto e se banalizado tanto, lembrando que no Esboço, em 1938, Freud ainda se exclamava que “...não nos surpreendemos nunca o bastante do fenômeno da transferência” (Pontalis, 1990, p. 47).

O que é simples e banal na concepção da transferência? Pensá-la como reviviscência na relação com o analista de um modelo relacional vivido com outra pessoa, em outro tempo. É fácil, porque pode ser pensada com categorias da psicologia do senso comum, aquela pela qual percebemos os estados de espírito que podemos experimentar nas nossas relações interpessoais.

O que seria complicado e difícil de formular? Uma concepção metapsicológica da transferência, considerada como fugidia formação do inconsciente, e que torna também mais difícil dar forma definida ao lugar ou lugares que virá ocupar a pessoa do analista nesta formação... um resto diurno, já que o trabalho do sonho não está longe? Sim..., mas restará – ainda que, nestes termos, torne-se mais incerto, mais indefinido e cambiante – o que irá sendo, no estado transferencial, “a pessoa do analista” no interior do processo analítico. Se aceitarmos a afirmação de Freud, de que nos sonhos nem sempre a pessoa do sonhador representa o sonhador – mesmo que ela esteja no sonho, este poderá estar representado por outra pessoa –, será que um sonho do analisando, em que aparece o analista, isto terá que ser sempre entendido como referência a ele, em pessoa?

Deste ponto de vista, Fédida, tomando como argumento a aproximação freudiana da transferência com o sonho, afirma que o analista terá que escutá-la como escuta um sonho, e não sucumbir ao poder de atração do “...conteúdo alucinatório da transferência” (Fédida, 1995, p. 128). Tal consideração de Fédida faz sentido, a meu ver, com referência ao que disse antes sobre a imobilização do analista numa certa posição imaginária, como na paixão de transferência, em que o analista em pessoa é o ser amado e desejado; ou, em outras configurações transferenciais, em que o analista é acuado e pego numa posição personificada fixa, seja como uma boa mãe reparadora, um pai presente e firme, um ser que reassegura uma criança frágil e medrosa, etc.

Sempre que a pessoa do analista coincide demais com a “pessoa” construída transferencialmente, fortemente solicitada num afunilamento da análise, o analista perde a capacidade de recuo, de descolamento em relação à montagem cênica em ato; torna-se difícil encontrar palavras interpretativas que, ao serem ditas, desfaçam elaborativamente o agir transferencial, levando à percepção do engodo egóico transferencial e o acesso à conflitualidade pulsional em jogo.

Véspera de férias de verão. O paciente briga com seu analista por um motivo qualquer, tomado por muita raiva e cheio de excelentes argumentos, num crescendo de exaltação. O analista ouve em silêncio todo o contencioso e, em dado momento, observa: “Mas você está fazendo uma cena de casal!” Raiva e argumentos se desvanecem instantaneamente para o analisando, que se cala. A mulher do analista tem consultório ao lado, a sala de espera é comum, e o analisando a conhece, pois por vezes ela vem buscar seu paciente e ele a vê. O analisando cai em si; as palavras, como os pensamentos, são desnecessárias, ele já sabe de tudo sem palavras ou pensamentos: “É doído ficar de fora de um casal” – poderia ser dito em palavras bem-comportadas. No entanto, na hora, no tempo do instante, ele fica sabendo disso, flagrado ao vivo, aliviado e aquietado, fruindo de uma intimidade que ali se forma, nele. Não precisa e não deseja dizer nada, não há nada mais a ser dito ou compreendido.

As pessoas do analista e de sua mulher estavam em jogo? Sim, mas como materiais num sonho usados pelo agir inconsciente na transferência. O importante foi a discrição do analista, não comprando a briga – e devo dizer que o paciente era competente e bastante enérgico na argumentação, assim como o que se passou em dado momento nele que lhe permitiu falar da “cena de casal”. Na medida em que o analista em pessoa pôde se manter reservado, não se deixando confundir com o destinatário manifesto das falas e cobranças iradas, tornou possível o momento analítico fecundo e inesquecível para o analisando. Pôde ser analista na medida em que não se deixou tomar pelos afetos desagradáveis e também agressivos que deviam estar germinando nele, como em qualquer pessoa a quem outra pessoa atacasse com um requisitório daqueles, provavelmente bem injusto. Foi à contracorrente de sua pessoa que conseguiu ser analista, não se deixando finalmente confundir com o destinatário do manifesto da briga transferencial de que estava “possuído” o analisando.

Como escreve Fédida, “...o que é necessariamente violento no fenômeno da transferência é que esta, em sua insistência, tende a matar a imagem como que para atuar um assassinato inapreensível” (Fédida, 1995, p. 128). Nesse episódio, felizmente, a ofensiva transferencial não impediu o surgimento da imagem pela palavra, “cena de casal”, no analista. O que lembra também a observação de Laplanche de que “...a transferência está aberta sobre outra coisa que ela própria” (Laplanche, 1987, p. 246). Esta abertura, esta saída, acrescento, tem que ser encontrada – “adivinhada”, para que analista e analisando possam escapar ao corpo a corpo em que patina – resistencialmente – a relação a dois. Este é o maior desafio, a maior dificuldade da transferência como “a nossa cruz”.

Diante da domesticação do fenômeno da transferência, em sua “banalização relacional”, importa lembrar o que sabemos desde a abordagem da psicologia do Eu à luz da teoria do narcisismo, ou seja, que toda relação centrada em duas presenças humanas traz sempre consigo uma tensão agressiva e um embate potencial, induzindo persecutoriedade e seus antídotos defensivos, como docilidade reativa, identificação ao agressor, erotização, cisões e projeções, sociabilidade convencional, etc. Essa hostilidade é inerente à organização a mais arcaica do Eu, de um Eu que constitui o outro como um outro Eu, ou seja, um mesmo (ou um semelhante), com intenções más, ameaçador por ser hostil e, portanto, objeto de desconfiança e de ataques aniquiladores potenciais.3

Freud descobre a natureza arcaica paranóica do Eu na relação deste a outro Eu como ele. Podemos pensar que esta dimensão estará em algum nível sempre permeando a ação transferencial, o que, a meu ver, Fédida evoca, com sua linguagem inspirada em Freud, ao afirmar que devemos a Ferenczi ter descoberto “...que nenhuma análise poderá ser considerada terminada se ela não permitir reencontrar na transferência a hostilidade selvagem da qual é a memória filogenética” (Fédida, 1995, p. 123).

Numa linguagem inspirada na força expressiva do pensamento mitológico ou mito-poético de Freud, Fédida entende que a comunicação inter-humana repousa sobre o recalque de uma hostilidade primordial e imediata diante do estrangeiro, própria ao homem originário, o que resultaria num certo “resfriamento do psíquico” (Fédida, 1995, p. 140). Ora, a transferência é permeada, em sua natureza regressiva, por esta potência hostil arcaica, com relação à qual a comunicação interpessoal é a forma abrandada, comportando todos os meios culturalmente produzidos para contorná-la e esquivá-la.

Nesta linha, tomado como “vestígio-testemunha (...) da humanidade hostil”, o paranóico apresenta-se como aquele em quem são particularmente visíveis “...as condições por assim dizer jurídicas da propriedade identitária da pessoa.” E, o autor conclui, é uma pessoa assim que se faz presente quando o analista personaliza “...a relação ao paciente, afastando-se da não-pessoa da transferência” (Fédida, 1995, p. 163).

Em um artigo anterior à invenção da psicanálise, Freud afirma que pela hipnose é possível fazer desaparecer uma pessoa por “alucinação negativa”, de maneira que esta se tornará, para o hipnotizado, “...transparente como o ar” (Freud, 1890/1984, p. 17)

Podemos agora dizer que a pessoa do analista será favorecedora da análise à medida que puder modular esta presença a ponto de adquirir tal qualidade, que será, paradoxalmente, capaz de garantir a ausência – “transparente como o ar” – necessária para o desdobramento a-comunicacional e não-relacional da fala em suas potencialidades regressivas, transferenciais, “mágicas” (Freud, 1890, p. 17), como no sonho, e, portanto, capaz de gerar lugares íntimos, em que o sujeito se aninha em momentos de verdade seus, apenas seus, quando o estrangeiro nele, por um instante, se torna o mais íntimo.

 

Referências

Freud, S. (1984). Traitement psychique. In S. Freud, Résultats, idées, problèmes (pp. 1-23). Paris: PUF. (Trabalho original publicado em 1890.)        [ Links ]

Freud, S. (1978). Études sur l´hystérie. Paris: PUF: pp. 205-247. (Trabalho original publicado em 1895.)        [ Links ]

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Fédida, P. (1991) A psicanálise não é um humanismo. In Nome, figura e memória (pp. 85-92). São Paulo: Escuta.        [ Links ]

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Laplanche, J. (1987). Le baquet–transcendence du transfert. Paris: PUF.         [ Links ]

Mannoni, O. (1980). Un commencement qui n´en finit pas. Paris: Seuil.        [ Links ]

Pontalis, J.-B. (1990). L´étrangeté du transfert. In J.-B. Pontalis, La force d´attraction (pp. 57-92). Paris: Seuil.        [ Links ]

 

 

Endereço para correspondência
Luis Carlos Menezes
R. Deputado Lacerda Franco, 300/134
05418-000 São Paulo, SP
Tel.: (11) 3030-9382
E-mail: luismzes@hotmail.com

Recebido em: 30/11/2008
Aceito em: 20/12/2008

 

 

* Psicanalista. Membro Efetivo da SBPSP.
1 Trabalho apresentado no XXVII Congresso da Fepal, realizado de 25 a 28 de agosto de 2008, em Santiago do Chile.
2 Como no Caso Dora (Freud, 1905/2006) e em Sobre a psicogênese de um caso de homossexualidade feminina (1920/1974).
3 Ver as formulações de Freud sobre a natureza metapsicológica do ódio em “Pulsões e suas vicissitudes” (Freud, 1915/1988).

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