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Interações
Print version ISSN 1413-2907
Interações vol.8 no.15 São Paulo June 2003
EDITORIAL
Há exatamente um ano, anunciávamos aqui mesmo, no Editorial que a revista Interações estava iniciando uma nova fase de sua existência. Reformulação do projeto gráfico, mudanças na concepção e condução do processo editorial, aperfeiçoamento dos procedimentos de normalização e revisão, ampliação da rede de divulgação/distribuição e, por último mas não menos importante, implementação da missão do periódico conforme as diretrizes estabelecidas em nossa “Linha editorial”.
Embora todas essas metas sejam ambiciosas e envolvam, ademais, processos de longo alcance e duração, é surpreendente constatar a rapidez com que estamos conseguindo consolidá-las. Isso só é possível graças à convergência de esforços de um grande número de pessoas: pareceristas, membros da Comissão e do Conselho Editorial, equipe de produção todos têm trabalhado com afinco para a melhoria de nossa revista.
Este contexto conferiu especial sabor à já auspiciosa notícia de que obtivemos, pela segunda vez consecutiva, a classificação “Nacional A” na avaliação de periódicos feita pela Comissão CAPES/ANPPEP em 2002. Tal reconhecimento indica que estamos no caminho certo e nos estimula a continuar superando os inevitáveis percalços que cercam um empreendimento deste porte.
O número 15 da Interações abre com um artigo sobre a verdadeira exclusão social sofrida por mulheres que desviam dos cânones estéticos cada vez mais estritos, principalmente no que se refere aos rígidos padrões de feiúra/gordura. A subjetividade feminina é igualmente o eixo do segundo artigo, que aborda o delicado problema do uso de medicação ansiolítica por parte de usuárias de um serviço público de saúde. A seguir, temos um didático artigo em que a questão da transmissibilidade psíquica tema dos mais recorrentes nas discussões contemporâneas sobre a família é tomada como mote para a comparação entre as posições que a teoria sistêmica e a psicanálise sustentam sobre o assunto. É também no terreno da psicanálise que se situa o quarto artigo, um comentário teórico sobre o célebre “Caso Hans”, de S. Freud. Por fim, embora os clássicos permaneçam, a pesquisa em psicologia não pode se furtar à investigação de questões impostas pelas inovações tecnológicas, por exemplo. Daí o interesse do quinto e último artigo deste número, que versa sobre o uso de computadores na avaliação psicológica e interroga as diferenças de desempenho em relação à versão “tradicional” do mesmo teste, aplicada com lápis e pa-pel. Some-se a isso os assuntos dos dois livros resenhados (consumismo e manifestações corporais próprias à cultura brasileira) e estaremos diante de um amplo painel temático e teórico-metodológico, decerto representativo da rica diversidade que caracteriza a pesquisa brasileira na área da Psicologia.
Prestes a completar nosso oitavo ano de publicação, temos certeza de que Interações prosseguirá cumprindo cada vez melhor sua tarefa de acolher e veicular trabalhos de interesse para a comunidade científica, tal como os que compõem o presente número.
COMISSÃO EDITORIAL