HOMENAGEADO

Maria Solange Felix Pereira

Nascida no interior de São Paulo, essa militante, como gostava de ser conhecida, passou os 56 anos de sua vida lutando pela introdução da Psicologia em diversas áreas do conhecimento. A psicóloga Maria Solange Felix Pereira (1953 - 2009) deixou rica contribuição para a Psicologia como mestre, autora e coautora de inúmeras publicações. Atuou principalmente nas áreas de segurança/acidentes, cidadania, política e qualidade de vida.

Em 1977, formou-se em Psicologia pela Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho, momento no qual iniciou sua história de militância em prol da Psicologia. Em 1996, concluiu mestrado em Psicologia social, na Pontifícia Universidade Católica de São Paulo.

Solange Felix lutava contra os obstáculos que restringiam a atuação da Psicologia, tendo participado da produção de manifesto, na década de 80, para a inserção da prática da Psicologia na rede pública de ensino, na saúde e no trânsito. Destacou-se na área da Psicologia do trânsito e integrou a Comissão para a elaboração do Código Brasileiro de Trânsito nas comissões de educação, de cidadania e dos veículos não motorizados.

A professora foi pioneira na construção da Psicologia em Mato Grosso do Sul e na criação de novos modelos de educação para o trânsito. Também foi conselheira do Conselho Regional de Psicologia da 14ª Região (CRP-14) e integrante da Comissão de Políticas e Ações de Psicologia no Trânsito do Conselho Federal de Psicologia (CFP).

Como parceira do Sistema Conselhos, ela representou o CFP por mais de oito anos na Câmara Temática Saúde e Meio Ambiente do Departamento Nacional de Trânsito (Denatran), do Ministério das Cidades. E foi uma das fundadoras do Movimento Nacional de Democratização do Trânsito (MNDT).

Solange Felix atuou na Universidade Católica Dom Bosco como coordenadora do curso de Psicologia por 29 anos, formando profissionais comprometidos com a transformação social, e trabalhou como psicóloga do Departamento Estadual de Trânsito de Mato Grosso do Sul, locais onde exerceu grande parte da sua carreira.

Lembrada pelas lutas políticas, pela dedicação e humildade, Solange Felix era contra a segmentação da Psicologia a um determinado grupo social e acreditava que a Psicologia deveria posicionar-se a favor da cidadania e dos direitos sociais.

Maria Solange Felix Pereira faleceu em dezembro de 2009.