Stylus (Rio de Janeiro)
Print version ISSN 1676-157X
Abstract
GIANESI, Ana Paula Lacorte. A inexistência e a insensatez: hiância causal e o gozo do falasser. Stylus (Rio J.) [online]. 2014, n.28, pp.51-57. ISSN 1676-157X.
O texto parte de um poema-analisante, qual seja: [O vazio é um tempo, / Um tempo que parece, / Parece o nada.] para pensar alguns pontos cruciais da práxis psicanalítica. Lacan, algumas vezes, asseverou que o vazio não é o nada. Distinguir o nada e a inexistência parece um passo em uma análise. Circunscrever a inexistência pode configurar-se um ato (contingente) que prova o impossível e, por isso mesmo, faz escrever a não relação sexual. O que não ocorre sem forçamento: um forcing para fazer ressoar outra coisa que o sentido (neurótico). Para isso é preciso tempo, operações e algumas voltas. O forçamento revela o inexistente (propriamente o vazio). É possível, então, forçar o vazio para que este possa efetivamente inexistir e, desta feita, fazer ressoar as modulações do corpo e os efeitos de furo através dos quais cada sujeito (singular) poderá inventar.
Keywords : Vazio; Nada; Desejo; Gozo; Causa e Forçamento.