SciELO - Scientific Electronic Library Online

 
 issue30Love: semblants and sinthomeNotes about the Fantastic and sexuation based on the short story As Academias de Sião by Machado de Assis author indexsubject indexarticles search
Home Pagealphabetic serial listing  

Services on Demand

article

Indicators

Share


Stylus (Rio de Janeiro)

Print version ISSN 1676-157X

Abstract

PACHECO, Ana Laura Prates. Para sempre é sempre por um triz. Stylus (Rio J.) [online]. 2015, n.30, pp.31-41. ISSN 1676-157X.

No Seminário 21, Les non-dupes errent (1973-74), Lacan escreve que "o nodal é o modal", articulando o nó borromeano aos modos de gozo que já havia localizado nas fórmulas da sexuação, no ano anterior. Ele propõe que há dois tipos de nó, estruturalmente distintos: o nó olímpico e o nó borromeano. O nó olímpico é ordinal, pois uma das esferas - a do meio - tem prevalência sobre as outras duas. Esse tipo de nó é aquele que tenta escrever a relação sexual. Dependendo do registro que ocupará a função prevalente - o Simbólico, o Imaginário ou o Real -, teremos uma tipologia de modos de amor que tentam escrever a relação: o amor a Deus, o amor cortês ou o amor masoquista. Curiosamente, garantir o impossível, como faz o amor cortês, é tanta impostura quanto garantir o possível, ou pior, torná-lo necessário. Pois bem, ao contrário do nó olímpico, o nó bô é cardinal - não há ordem, nem prevalência de nenhum dos registros sobre o outro. É essa a característica que permite a Lacan escrever "não há relação sexual" a partir desse nó. Pois como afirma Lacan, o 3 é Real, pois o 1 não atinge o 2. O 2 é ímpar! Belo modo de dizer que relação sexual não há.

Keywords : Amor; Nó borromeano; RSI; Lacan.

        · abstract in English     · text in Portuguese     · Portuguese ( pdf )