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Avaliação Psicológica

Print version ISSN 1677-0471On-line version ISSN 2175-3431

Aval. psicol. vol.14 no.1 Itatiba Apr. 2015

 

EDITORIAL

DOI: 10.15689/ap.2015.1401.ed

 

 

Começo a edição 14(1) da revista Avaliação Psicológica divulgando duas excelentes notícias. A primeira delas, cujo mérito é devido aos dedicados profissionais que integram o corpo editorial, é que a revista será indexada na coleção Scopus. Isso significa que os resumos e os metadados dos artigos publicados pela revista agora constarão em uma das maiores bases de dados de artigos e trabalhos científicos, potencializando o impacto das publicações da revista no que diz respeito à área da psicometria e da avaliação psicológica. Trata-se de uma conquista que ajudará a divulgar a ciência brasileira, ampliando as possibilidades de diálogo com pesquisadores de outros lugares. Em virtude disso, a revista reitera seu incentivo a submissões de manuscritos em Inglês por parte dos autores, embora continuem a ser aceitos trabalhos em Português e Espanhol.

A segunda notícia é que o Instituto Brasileiro de Avaliação Psicológica (IBAP) é agora associado da CrossRef, de modo que os artigos publicados a partir desta edição passam a receber um número Digital Object Identifier (DOI). Esse número é uma espécie de identidade digital dos artigos, relacionada a metadados depositados em uma grande base de dados da CrossRef. Cada número DOI é único, e estará vinculado a um endereço eletrônico exclusivo e permanente. A implementação desse registro pela revista também aumentará a visibilidade de suas publicações, tornando acessíveis a apenas um clique de distância os artigos publicados pela revista que sejam referenciados em outros veículos científicos. A adesão a esse sistema requererá, mandatoriamente, que todos os artigos citados em manuscritos submetidos à revista tenham seu respectivo número DOI indicado na lista de referências, seguindo as regras da 6ª edição do manual de estilo da American Psychological Association. Em virtude disso, incentivamos os autores que adotem como prática comum o uso de programas de gerenciamento de referências, como o Mendeley (gratuito), o Zotero (gratuito) e o EndNote (comercial), entre outros. Esses programas, que funcionam junto ao Word e outros editores de texto, fazem sozinhos o árduo trabalho de inserir todas as informações dos artigos citados (incluindo o DOI) em uma lista completa de referências ao final do manuscrito; assim, também evitam imprecisões ou falta de correspondência entre citações e lista de referências.

Outro ponto é que a revista estimula que seus autores usufruam dos conhecimentos que estão sendo produzidos no que diz respeito à psicometria e à análise de dados. Apenas alguns exemplos de tópicos cujos desenvolvimentos são constantes: o uso de métodos de estimação (Asún, Rdz-Navarro, & Alvarado, 2015; Holgado-Tello, Chacón-Moscoso, Barbero-García, & Vila–Abad, 2010), os métodos de retenção fatorial (Damásio, 2012; Urbano Lorenzo-Seva, Timmerman, & Kiers, 2011; Ruscio & Roche, 2012; Timmerman & Lorenzo-Seva, 2011), a avaliação do ajuste de modelos (Antonakis, Bendahan, Jacquart, & Lalive, 2010; Hayduk, 2014a, 2014b), a estimação de relações causais (Antonakis et al., 2010; DeMaris, 2014), a detecção de misturas de populações presentes nos dados (Lubke & Muthén, 2005; Muthén, 2008) e a investigação da natureza das variáveis latentes (McGrath & Walters, 2012). Participar de listas de e-mail como a SEMNET é uma boa maneira de se manter atualizado e ainda interagir com outros pesquisadores do mundo todo.

Como sinalizado pela literatura, nem sempre os programas estatísticos populares de “clicar em botões” serão de ajuda quando o assunto é usar os melhores métodos disponíveis (cf. Antonakis et al., 2010; Borsboom, 2006). Todavia, há muitas excelentes alternativas de análise de dados. Programas comerciais como o Mplus (Muthén & Muthén, 2014) ou opções gratuitas como o FACTOR 9.2 (Lorenzo-Seva & Ferrando, 2013) e os pacotes para R psych (Revelle, 2014), lavaan (Rosseel, 2012) e ltm (Rizopoulos, 2006) ajudam o pesquisador a conduzir análises acompanhando o estado da arte na área.

A psicometria e a avaliação psicológica são áreas fascinantes. Certamente, ainda iremos experienciar muitos desenvolvimentos e refinamentos de nossas técnicas.

 

Referências

Antonakis, J., Bendahan, S., Jacquart, P., & Lalive, R. (2010). On making causal claims: A review and recommendations. The Leadership Quarterly, 21(6), 1086-1120. doi:10.1016/j.leaqua.2010.10.010         [ Links ]

Asún, R. A., Rdz-Navarro, K., & Alvarado, J. M. (2015). Developing multidimensional likert scales using item factor analysis: The case of four-point items. Sociological Methods & Research, 0049124114566716–. doi:10.1177/0049124114566716

Borsboom, D. (2006). The attack of the psychometricians. Psychometrika, 71(3), 425-440. doi:10.1007/s11336-006-1447-6         [ Links ]

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Hayduk, L. A. (2014a). Seeing perfectly fitting factor models that are causally misspecified: Understanding that close-fitting models can be worse. Educational and Psychological Measurement, 74(6), 905-926. doi:10.1177/0013164414527449         [ Links ]

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Lorenzo-Seva, U., & Ferrando, P. J. (2013). FACTOR 9.2: A Comprehensive Program for Fitting Exploratory and Semiconfirmatory Factor Analysis and IRT Models. Applied Psychological Measurement, 37(6), 497-498. doi:10.1177/0146621613487794         [ Links ]

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Muthén, L. K., & Muthén, B. O. (2014). Mplus user’s guide. (Seventh Ed.). Los Angeles: Muthén & Muthén.

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Timmerman, M. E., & Lorenzo-Seva, U. (2011). Dimensionality assessment of ordered polytomous items with parallel analysis. Psychological Methods, 16(2), 209-20. doi:10.1037/a0023353        [ Links ]

 

Nelson Hauck Filho

Editor Associado

Universidade São Francisco

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