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Estudos de Psicanálise
versión impresa ISSN 0100-3437
Resumen
COLAO, Magda Maria y SIQUEIRA, Janes Teresinha Fraga. Psicanálise: uma relação dialética entre o individual e o social?. Estud. psicanal. [online]. 2018, n.49, pp.125-138. ISSN 0100-3437.
Ao longo de sua vida e obra Freud (ousado, rebelde, criativo) analisava sua própria metamorfose cultural, psíquica. Freud, ser político. Tinha arte; fez ciência; desenvolveu seu método de enfrentar o mundo; exercia com práxis sua profissão; conduzia com cortesia e humanidade o que desejou obter como resultado em todos os campos e relações. Sua vigorosa teoria, seu desejo de orientar a psicanálise como ciência contribuiu com uma nova concepção de subjetividade humana: terapêutica, social e humanística. Este é o significado fundamental da teoria da libido. Sua dialética não opôs o sujeito individual ao ente social, ou seja: não existiam para ele, fronteiras rigorosas entre ambos. O principal objetivo deste trabalho é debater nossa compreensão de que: pela formação cultural e legado de Freud, seria um equívoco considerá-lo como individualista, ou desarticulado do social, como se não considerasse o homem vivendo da natureza com seu meio social e nele desenvolvendo-se em suas relações. Em psicologia das massas e análise do eu, Freud, na vida psíquica do ser consagrou o individual, o Outro o qual é, via de regra, considerado enquanto modelo, objeto, auxiliador e adversário, e, portanto, a psicologia individual é também desde o início, psicologia social, num sentido ampliado, mas inteiramente justificado. A psicanálise lida com matéria viva: o ser humano, com seus sentimentos, fantasias, desejos, significações, bem como com sua inibição, sintoma e medo. Pensar a psicanálise significa conceber que cada sujeito tem sua arte e a arte é o social em nós diz Vigotski.
Palabras clave : Psicanálise; Formação cultural de Freud; Dialética entre o individual e o social; Movimento de emancipação.