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versión impresa ISSN 0102-7395
Reverso vol.39 no.74 Belo Horizonte dic. 2017
Psicanálise e Contemporaneidade
Desejo roubado: capitalismo contemporâneo e mais-de-gozar
Stolen desire: contemporary capitalism and surplus-jouissance
Breno Ferreira Pena
I Círculo Psicanalítico de Minas Gerais
II Círculo Psicanalítico do Pará
III Universidade Federal do Pará
RESUMO
A proposta deste artigo é refletir sobre como o capitalismo contemporâneo se beneficia da proliferação dos objetos de consumo, que funcionariam como tampão da falta do sujeito. Isso se daria atualmente, à medida que, cada vez mais, o consumo se torna um modo de gozo com estatuto de imperativo, tendo como consequência a instauração na sociedade atual de uma próspera e impiedosa ditadura do mais-de-gozar.
Palavras-chave: Desejo, Capitalismo contemporâneo, Supereu, Mais-valia, Mais-de-gozar.
ABSTRACT
This article purposes to reflect on how contemporary capitalism benefits the proliferation of consumer objects which functions by covering the lack of the subject. Nowadays this would increase as consumption becomes a imperative enjoyment. As a consequence it establishes a prosperous and merciless dictatorship of the surplus-jouissance.
Keywords: Desire, Contemporary capitalism, Surmoi, Surplus value, Surplus-jouissance.
A proposta deste artigo é trabalhar o mais-de-gozar articulando-o ao capitalismo atual, como um imperativo superegoico de consumo, que sufoca o desejo do sujeito ao exigir dele cada vez mais gozo pelo próprio consumo, modo de alcançar uma felicidade apenas prometida pelo mercado capitalista.
Como defende Bauman (2008), atualmente vivemos no capitalismo de consumo e não mais no de produção como em outra época, já que na sociedade atual as pessoas valem não pelo que têm, mas pelo que consomem. Na dinâmica da sociedade de consumidores, como se pode deduzir, o consumismo ocupa o lugar central, uma atividade que virou atributo social de enorme representatividade. Assim, para entrar nessa sociedade e conseguir uma posição de destaque, deve-se atender as condições de elegibilidade oferecidas pelo próprio mercado de consumo.
Hoje em dia, isso alcançou tamanha proporção que, para Bauman, as próprias pessoas se tornaram mercadorias:
Tornar-se e continuar sendo uma mercadoria vendável é o mais poderoso motivo de preocupação do consumidor, mesmo que em geral latente e quase nunca consciente (BAUMAN, 2008, p. 76).
Para a psicanálise lacaniana é possível propor que um forte motivo que daria sustentação à tendência consumista atual é o fato de esse consumo ter adquirido o estatuto de um imperativo de gozo, por meio do mais-de-gozar. Um mais-de-gozar, desvinculado do campo do Outro, que é exigido como imperativo pelo supereu. Modo de gozo, que passou a ser um imperativo do supereu, quando o gozo pelo consumo se tornou uma norma social e um dever do próprio sujeito, como modo de tentar tamponar a própria falta.
Assim, o mais-de-gozar seria buscado por meio da compra dos objetos disponibilizados pelo sistema capitalista atual, mas, paradoxalmente, o que o sujeito encontra de fato é a falta de gozar, já que não há satisfação completa da pulsão, e a operação de consumo deve ser novamente repetida, na busca do gozo prometido pelo mercado e exigido pelo supereu.
Modo de gozo que, para Colette Soler (2012), aumenta as exigências de performance frente ao horror do fracasso. Para a autora, esse modo de gozar ligado à performance de consumo é notório, tanto é que se tornou um imperativo do supereu realmente disseminado em nossa sociedade. Pessoas que devem ter sucesso e, na atual cultura narcísica, isso se daria pelo consumo de objetos que carregam em si o mais-de-gozar, objetos forjados e disponibilizados aos milhares pelo sistema capitalista atual, como um suposto suplemento ao gozo perdido.
O objeto a, mais-de-gozar, é uma formulação lacaniana que teve como esteio teórico para sua articulação, além do próprio campo da psicanálise, a teoria econômica proposta por Marx para analisar as relações de produção, principalmente, no que se refere a seu entendimento da mais-valia.
Nessa mais-valia, portanto, prendi, superpus, pespeguei, no avesso a ideia de mais-de-gozar [plus-de-jouir]. (LACAN, [1968-1969] 2008, p. 29).
Para entender o conceito de mais-de-gozar, é interessante, portanto, articulá-lo ao pensamento de Marx, trilhando o mesmo percurso que Lacan fez.
A mais-valia em Marx é uma ideia extremamente perspicaz sobre o mecanismo de exploração do capitalismo; desvela seu funcionamento naquilo que é seu modo de expropriar o trabalho do proletariado, mesmo que ele seja excepcionalmente bem remunerado. O capitalismo engendra um modo novo de produção, em que pela primeira vez na história o mercado compra o trabalho do trabalhador, e este o vende em troca de remuneração. Com isso, o próprio trabalho passa a ser um produto do mercado, que é o que Lacan irá ressaltar como a absolutização do mercado.
Somente através desse processo será possível chegar à mais-valia. É importante lembrar que ela é produto do próprio funcionamento capitalista e não da exploração do homem pelo homem como tal, já que sempre existiu na história da humanidade. Logo, a mais-valia deriva da absolutização do mercado assim como o mais-de-gozar deriva da linguagem, e ambos se intensificam, como se verá adiante, com a lógica atual de mercado proposta pelo capital:
É mais do que provável que o aparecimento da mais-valia no discurso tenha tido como condição a absolutização do mercado. É difícil conseguir separar esta última do desenvolvimento de alguns efeitos de linguagem, e foi por isso que introduzimos o mais-de-gozar (LACAN, [1968-1969] 2008, p. 37).
O que qualifica sobretudo o preço de um produto para Marx seria o quanto de trabalho é demandado para ser realizado. O preço do diamante é alto, por exemplo, porque exige muito trabalho para se obter um pequeno volume de pedras:
Se com pouco trabalho fosse possível transformar carvão em diamante, seu valor poderia cair abaixo do de tijolos (MARX, [1867] 2013, p. 118).
Assim, o preço final desse produto seria o somatório dos gastos com a matéria-prima, com os meios de produção e com o tempo de trabalho remunerado pago ao proletário. O lucro seria o que o capitalista conseguisse aferir na venda além desses custos. Mas o que Marx denuncia é que as coisas não são bem assim: isso é o que o capitalista gostaria que se pensasse, e se fosse dessa maneira, não haveria a mais-valia.
A mais-valia, portanto, consiste em uma parte do trabalho que não é remunerada, um trabalho não pago, mas isso se dá de maneira não contabilizada, velada, escamoteada para o proletariado. Ela se dá pela extensão da jornada de trabalho, de maneira imperceptível, além do que lhe é de fato remunerado. É um mais-trabalho que acontece sem que o proletariado se dê conta, pois ele é contratado para trabalhar oito horas, por exemplo, mas sua remuneração corresponde a seis.
A taxa de mais-valia é, assim, a expressão exata do grau de exploração da força de trabalho pelo capital ou do trabalhador pelo capitalista (MARX, [1867] 2013, p. 294).
O trabalhador é forçado a abrir mão de algo que é dele, em favor do capitalista, uma parcela de gozo que não poderá gozar, mas que a rigor também nunca gozou. Entretanto, agora, que abriu mão dessa parcela de gozo, pode tentar recuperá-la, em uma tarefa inglória, por meio do consumo de objetos, que passam a ser um mais-gozar; assim, nota-se que é essencialmente a perda de gozo que possibilita e articula o mais-de-gozar.
Não por acaso, Lacan escolhe a mais-valia, para apoiar e articular seu conceito de mais-de-gozar:
É o conceito de mais-valia, [...] que sustenta aquele do mais-de-gozar de Lacan. Gozo a mais, não passível de entrar na significação do gozo fálico, tal como na mais-valia em Marx trata-se aqui de um resto, impossível de simbolizar (ALBERTI, 2000, p. 5).
O mais-de-gozar constitui um resto, impossível de simbolizar, por pertencer a uma estrutura real, mas enquanto função está ligado à renúncia ao gozo:
O mais–de-gozar é uma função da renúncia ao gozo sob o efeito do discurso (LACAN, [1968-1969] 2008, p. 19).
Essa renúncia ao gozo se dá no ser humano quando ele entra na linguagem. Mas esse mesmo processo também propicia um modo de recuperá-lo, efeito inexorável ao próprio discurso – há aí um paradoxo perda e tentativa de recuperação, entropia de gozo de caráter intangível, por isso Lacan ([1969-1970] 1992) vai afirmar que o saber, ao ser colocado a serviço da produção, gera entropia de gozo.
Assim, Lacan ([1968-1969] 2008) propõe em relação ao saber que, sob a forma científica, ele pode encarnar, ainda de forma mais clara, esse modo de gozo. O saber não é trabalho, às vezes equivale a ele, mas também nos é dado sem ele. O saber, portanto, tem um valor de renúncia ao gozo, que originalmente é adquirido pela criança sem a necessidade do trabalho, ao entrar na linguagem; por outro lado, o trabalho também implica uma renúncia de gozo.
Com isso, na medida em que trabalha para o mercado, o saber se torna um mais-de-gozar:
[...] existe alguma coisa que, embora remunerada por seu verdadeiro valor de saber, segundo as normas que se constituem do mercado da ciência, é obtida de graça. Foi a isso que chamei o mais-de-gozar (LACAN, [1968-1969] 2008, p. 40).
Mas como frisa Lacan, é preciso haver um mercado ou, melhor dizendo, um mercado do saber, que produza uma homogeneização do próprio saber para que isso aconteça.
Para Miller (2000), o mais-de-gozar que se dá por um excedente, um desperdício por meio do significante, demonstra como Lacan ([1968-1969] 2008) nesse momento de seu ensino, já ultrapassou a predominância do simbólico e, assim, também suas primeiras perspectivas sobre o gozo. Dentro dos seis paradigmas do gozo que ele localiza no ensino lacaniano, esse seria o que denomina como o paradigma do gozo discursivo:
Desde então, o acesso ao gozo não se dá mais, essencialmente, através da transgressão, mas através da entropia, do desperdício produzido pelo significante. É assim que Lacan pode dizer que o saber é um meio de gozo. Não se poderia renunciar melhor à autonomia da ordem simbólica. O saber é um meio de gozo num duplo sentido, na medida em que ele tem efeito de falta e na medida em que ele produz o suplemento, o mais gozar (MILLER, 2000, p. 99).
O mais-de-gozar, portanto, engendra uma dupla vertente, um paradoxo frente ao gozo, pois ao mesmo tempo que se produz, enquanto função, como uma perda de gozo, se insere como um suplemento para tentar buscar algo desse gozo perdido:
A segunda fase dessa relação primitiva, o que responde a isso, é um suplemento de gozo. Lacan introduz, então, o objeto pequeno a como mais-gozar, como suplemento da perda de gozo (MILLER, 2000, p. 98).
Atualmente o avanço de um estilo de vida baseado prioritariamente na aquisição de mercadorias, a ilusão de ‘tornar-se feliz’ por meio do consumo desenfreado, faz com que o desejo fique asfixiado. Há uma armadilha, na qual o discurso capitalista – ao proliferar a oferta de objetos mais-de-gozar a consumidores que na sociedade do consumo são ávidos de gozar – acaba por roubar o desejo do sujeito, que passa a tentar obliterar sua falta por meio do consumo.
Os consumidores gozam pelo consumo, quando o mercado consegue transformar todas as mercadorias literalmente em objetos mais-de-gozar e vender a ilusão de que o sujeito supostamente poderia se encontrar com o gozo perdido por meio de objetos forjados:
O que Marx denuncia na mais-valia é a espoliação do gozo. No entanto, essa mais-valia é o memorial do mais-de-gozar, é o seu equivalente do mais-de-gozar. A sociedade de consumidores adquire seu sentido quando ao elemento, entre aspas, que se qualifica de humano se dá o equivalente homogêneo de um mais-de-gozar qualquer, que é o produto de nossa indústria, um mais-de-gozar – para dizer de uma vez – forjado (LACAN, [1969-1970] 1992, p. 76).
Para exemplificar o mais-de-gozar como modo de gozo, Lacan trabalha com o livro de Marx O capital e retira-lhe uma pequena parte, na qual Marx exemplifica sua teoria num diálogo com um capitalista imaginário. No diálogo Marx espera que o capitalista demostre todo o seu raciocínio e seus argumentos. O capitalista quer provar que o capitalismo é algo bom, tanto para o capitalista quanto para o proletariado. Ele, em um discurso aparentemente honesto, então, argumenta que com o capitalismo, o proletário, que antes realizaria um trabalho rudimentar, agora com a ajuda dos meios de produção pode realizar maravilhas. Indica ainda que o proletariado teria seu trabalho remunerado e facilitado pelos meios de produção capitalista. Marx, todavia, em sua descrição, percebe que durante sua defesa o capitalista sutilmente ria.
Lacan, ao ler O capital, diz ter sido fisgado por esse ponto do riso, e só algum tempo depois, pôde vir a fazer essa elaboração.
Refiro-me à conjunção do riso com a função radicalmente eludida da mais-valia, da qual já indiquei suficientemente a relação com a elisão característica que é constitutiva do objeto a (LACAN, [1968-1969] 2008, p. 63).
Com isso, Lacan aponta algo que se encarna e vai além da mais-valia, algo que traz a experiência do inconsciente, por meio do mais-gozar, um gozo a mais que se deflagra pelo riso:
Em suma, aí como alhures, ou seja, aí, na função radical que se esconde na relação da produção com o trabalho, assim como alhures, numa outra relação mais profunda, à qual tento conduzi-los a partir do mais-de-gozar, há um efeito cômico essencial, que se prende propriamente à junção em que temos de enfiar nossa cunha, quando se trata das relações que entram em jogo na experiência do inconsciente, entendido em sua função mais geral (LACAN, [1968-1969] 2008, p. 63).
O sistema capitalista se alimenta e prospera com a mais-valia, o que fica evidente pela teoria marxista. Mas o que Lacan ([1968-1969] 2008) explica é que o capitalismo se mostra também fortemente auxiliado pela própria busca do objeto a, mais-de-gozar; desse suplemento de gozo, disponibilizado pelo mercado sob a forma de objetos de gozo, que supostamente restituiriam o gozo perdido. Esse efeito parece ser cada vez mais intenso, visto que atualmente esse modo de gozo se tornou uma exigência absoluta, já que adquiriu um estatuto de imperativo de gozo ligado ao mais-de-gozar, que escraviza o sujeito ao consumo e transforma até mesmo seu corpo em objeto mais-de-gozar. Isso tudo desvela a busca pelo gozo de forma frenética e totalmente nova pela expansão do consumo em níveis que antes sequer eram inimagináveis:
A ditadura do mais-de-gozar devasta a natureza, faz romper os casamentos, dispersa a família, remaneja o corpo, não apenas nos aspectos das cirurgias estéticas, ou da dieta – um estilo de vida anoréxica, como dizia Dominique Laurent –, ela realiza também uma intervenção muito mais profunda sobre o corpo (MILLER, 2004, p. 2).
O cultivo de si mesmo, em um modo de gozo assexuado, aguçado pela lógica capitalista, que ainda oferece vários objetos multiplicados pela indústria, utilizados como supostos objetos – tampão da falta, mas que não passam de um modo de gozar que nunca permite alcançar o gozo prometido. Esse é um dos pontos que o mais-de-gozar engendra na mais-valia. Os consumidores são os proletariados buscando recuperar a perda de gozo. A máquina girando e produzindo mais falta e mais-de-gozo – o que se visa recuperar. Para o capitalismo obviamente isso acaba sendo vantajoso.
A ditatura do mais-de-gozar impõe um sistema que gira e se multiplica através desse jogo pulsional, engendrado pela busca e não pelo encontro com o gozo pleno, por mais paradoxal que a princípio isso pareça:
Porém, o que se troca verdadeiramente é a falta-de-gozar. O objeto de troca é, simultaneamente, aquilo de que um dos parceiros da troca pode gozar, mas não quer gozar – pois seu valor de uso não o satisfaz e por isso quer desfazer-se dele –, e aquilo que o outro parceiro quer, mas dele não pode gozar, pois seu valor de uso lhe falta por não possuir o objeto. Donde para ambos os parceiros o valor da troca de uma mercadoria é uma falta-de-gozar (QUINET, 2000, p. 78).
A maior preocupação dos consumidores no contemporâneo é buscar cada vez mais um suplemento de gozo, ao qual acreditam cegamente ter direito e dever de usufruir. Esse dever usufruir, no entanto, apropriado como imperativo de gozo do supereu, passa a revelar um modo de funcionamento dessa instância própria do contemporâneo: o gozo como direito do consumidor para que seja feliz.
Para Pena (2016) o supereu agora favorecido pelo discurso capitalista submete o sujeito a uma busca frenética de suplemento de gozo por meio do consumo sem que esse sujeito, muitas vezes, nem perceba que na verdade está sendo submetido, obrigado, a procurar um a mais de gozo, que nunca vai completá-lo; ao contrário, exigirá dele mais gozo e cada vez mais, mais, mais.
O sistema capitalista atual obtém, assim, a dominação perfeita das pessoas pela figura do consumista. Ora, se Marx diz que o homem, que era preso por correntes na Roma antiga, com o capitalismo de produção passou a ser preso por fios invisíveis, pois mesmo ‘solto’ ainda sentia o peso do sistema que o oprimia e o reprimia. Agora, ao contrário, pelo consumo que o consome, o homem se acredita livre e no dever de ser ‘feliz’. Entretanto, ao trabalhar para consumir, esse homem é explorado com a mais-valia; ao comprar para reaver algo do gozo perdido, nunca encontra o gozo esperado e sente-se impelido a repetir a operação. Das duas maneiras, trabalhando ou tentando gozar pelo consumo, enriquece o sistema, se escraviza com o consumismo e se sente culpado ao não conseguir nunca alcançar uma boa performance como consumidor.
O consumista é perfeito para o capitalismo, por querer ser escravizado. Na verdade implora por isso e, quanto mais se escraviza consumindo e se submetendo ao discurso capitalista para “manter” a ilusão de ser feliz e completo – tanto para ele quanto para o outro –, mais é aprisionado pelo gozo, afasta-se do seu desejo, atende a gula do supereu e do próprio sistema econômico que é o que mais se beneficia atualmente com esse modo de gozar.
Referências
BAUMAN, Z. Vida para consumo: a transformação das pessoas em mercadorias. Rio de Janeiro: Zahar, 2008. [ Links ]
LACAN, J. O seminário, livro 16: de um Outro ao outro (1968-1969). Texto estabelecido por Jacques-Alain Miller. Rio de Janeiro: Zahar, 2008. (Campo Freudiano no Brasil). [ Links ]
LACAN, J. O seminário, livro 17: o avesso da psicanálise (1969-1970). Texto estabelecido por Jacques-Alain Miller. Tradução de Ari Roitman; consultoria de Antonio Quinet. Rio de Janeiro: Zahar, 1992. (Campo Freudiano no Brasil). [ Links ]
MARX, K. O capital: crítica da economia política: Livro I: o processo de produção do capital (1867). São Paulo: Boitempo, 2013. [ Links ]
MILLER, J.-A. Uma fantasia. Conferência em Comandatuba. Texto traduzido e estabelecido por Vera Avellar Ribeiro. IV CONGRESSO DA AMP, Comandatuba, BA, 2004. Disponível em: http://www.congresoamp.com/pt/template.php?file=Textos/Conferencia-de-Jacques-Alain-Miller-en-Comandatuba.html. Acesso em: 20 jul. 2017. [ Links ]
MILLER, J.-A. Os seis paradigmas do gozo. Opção Lacaniana: Revista Brasileira Internacional de Psicanálise, São Paulo: Eolia, n. 26/27, p. 87-105, abr. 2000. [ Links ]
PENA, B. F. O supereu estrutural e seus efeitos históricos: das dívidas morais na modernidade, às dívidas de performance no contemporâneo. 2016. 165 f. Tese (Doutorado em Psicologia) - Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais, Belo Horizonte, 2016. [ Links ]
QUINET, A. As 4+1 condições da análise. Rio de Janeiro: Zahar, 2000. [ Links ]
SOLER, C. Declinações da angústia: curso 2000-2001. São Paulo: Escuta, 2012. [ Links ]
Endereço para correspondência:
E-mail: brenopena@hotmail.com
Recebido em: 14/08/2017
Aprovado em: 01/09/2017
Sobre o autor
Breno Ferreira Pena
Psicólogo e bacharel em administração de empresas.
Psicanalista e sócio do Círculo Psicanalítico de Minas Gerais (CPMG).
Psicanalista e sócio do Círculo Psicanalítico do Pará (CPPA).
Pós-graduado em gestão de pessoas pela Fundação Getúlio Vargas (FGV).
Mestre e doutor em psicologia pela PUC Minas.
Professor adjunto da graduação em psicologia da Universidade Federal do Pará (UFPA).
Professor e orientador de pesquisa no Programa de Pós-Graduação em Psicanálise da Universidade Federal do Pará (UFPA).