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Jornal de Psicanálise
versión impresa ISSN 0103-5835
Resumen
NINA, Milton Della. Re-desenhando com Winnicott: a interpretação encarnada. J. psicanal. [online]. 2007, vol.40, n.73, pp.157-168. ISSN 0103-5835.
O autor, como um jogo do rabisco, dialoga com as idéias de Winnicott sobre interpretação em psicanálise. A interpretação, como comunicação na dupla analítica, teria a natureza de um processo. Nele se percebe a visão winnicottiana do desenvolvimento emocional primitivo. Dispõe-se como modificadora da subjetividade, emanando sempre da contribuição do analisando, denominada colaboração inconsciente. A interpretação será considerada construção a quatro mãos. Como fator de transformação afetivo-cognitiva, em espaço potencializador da criatividade, seria objeto transicional desenvolvido na cultura intersubjetiva. O tempo será cuidadosamente observado no ajuste do encontro transferencial, considerando-se o ritmo do analisando. Colocando-se a interpretação como parte integrante do espaço potencial, também poderá ser objeto do brincar. Assim evita-se dogmatismo, sendo hipótese a ser verificada com o analisando e um impedimento à sua submissão. Winnicott, ao longo de seus textos, revelaria a existência de grande confiança na possibilidade evolutiva do analisando. No que denomina capacidade adquirida do analista, existe a sustentação do paradoxo: manter a análise em continuidade enquanto se ajuda a terminar e ao analisando se separar. Portanto, espera-se que cada interpretação possa integrar tais tendências. Finalmente, identifica-se a expressão de amor pela subjetividade, do outro e de si mesmo, analista. Existindo, pode o analista ajudar o outro a existir e acima de tudo a serem pessoas presentes, no âmbito desta sempre surpreendente relação humana, tão difícil de sustentar.
Palabras clave : Interpretação; Processo analítico; Subjetividade; Objeto transicional; Criatividade.