EDITORIAL

 

O final do ano chegou tão rapidamente que atropelou diversos projetos que estão em desenvolvimento e que ficaram incompletos. Não podemos deixar de afirmar que o excesso de trabalho foi responsável por essa situação.

Apesar disso, o ano termina com a publicação do volume 5, nº 2, 2004, portanto, mantendo em dia a periodicidade da revista.

Os artigos escolhidos para esta edição procuram abordar uma amplitude de assuntos que permitam aos leitores manterem-se atualizados com pesquisas realizadas dentro da área e apresentam ao leitor resultados obtidos com diferentes tipos de tratamentos psicológicos.

Neste número os leitores encontrarão duas pesquisas realizadas com testes psicológicos, mostrando o interesse dos profissionais em melhorar os instrumentos. A primeira desenvolvida por Mary Stela Pereira Chueiri faz um estudo comparativo entre o Bender e o PMK, no lançamento de indicadores de seqüelas neurológicas causadas por alcoolismo. A segunda realizada por Cristiano Esteves, Márcia B. Bardella, Yasmin D. B. Almeida, José G. Bardella e Irai Cristina B. Alves, compara os resultados do PMK entre motoristas em Belo Horizonte, Recife e São Paulo.

Carlos Henrique Silva e Sonia Grubtis relatam o efeito positivo da equoterapia em crianças com diagnóstico de cegueira de acordo com o conceito da OMS.

Mais uma vez trazemos um artigo de uma colega argentina, Mónica Bruder, uma das autoras do Teste Desiderativo, intitulado Implicancias del cuento terapeutico en el bienestar psicológico en mujeres y sus correlatos.

Compreender e ajudar o adolescente a se integrar saudavelmente na sociedade é sempre um desafio para os especialistas. Neste número Kathia Maria Costa Neiva, Monica Martins de Abreu e Tatiana Pereira Ribas abordam o tema relatando um trabalho realizado com jovens entre 11 e 13 anos, intitulado é Adolescência: facilitando a aceitação do novo esquema corporal e das novas formas de pensamento.

Hericka Zogbi Jorge, Marisa Campio Müller, Vinícius Renato T. Ferreira e Cecília Cassal, tratam das relações iniciais e auto-agressividade em pacientes portadores de dermatoses, mostrando que a qualidade da maternagem está amplamente relacionada ao surgimento de distúrbios psicossomáticos, dicutindo as relações entre dermatologia e psicologia.

Finalmente um trabalho realizado por Ida Janete Rodrigues e Elizeu Coutinho de Macedo mostra, como era previsível, que crianças com Encefalopatias Crônicas Não Evolutivas e distúrbios comportamentais ou emocionais têm desempenho significativamente abaixo do esperado para a população, no artigo intitulado Habilidades visoconstrutivas de crianças com queixa escolar sumetidas ao psicodiagnóstico.

Enfim, caros leitores, a revista PSIC procura mantê-lo você a par de trabalhos inéditos e recentes na área da psicologia, procurando cumprir os objetivos para os quais foi criada.

Boa leitura para todos é o que desejamos.

José Glauco Bardella